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DIRINT AULA 5 e 6 1a parte

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AULAS 5 e 6
TRATADOS INTERNACIONAIS
1ª Parte
 1. Os Tratados Internacionais
 1.1. Definição e conceitos;
 1.2. Classificação dos tratados na doutrina
 1.2.1. Pelo número de partes, pelo procedimento; pela natureza das 
normas, pela
 participação das partes.
 1.3. Fundamentos 4.3.1.1. O art. 26 da C.V.T. e o art. 53 da C.V.T.
 2. Fases de elaboração do tratado.
 2.4.1. Expressão do consentimento
 2.1.1. Negociação, assinatura, adesão, reserva e registro
 2.1.2. A ratificação
 3. A relação entre o direito internacional e o direito interno: dualismo e 
monismo.
 3.1. A incorporação dos Tratados no Brasil.
 4. Uma perspectiva contemporânea do direito internacional
 4.1.O jus cogens e o soft law
 5. Condições de validade dos tratados
 5.1.1. Os vícios de consentimento
 6. Efeitos e execução dos tratados;
 6.1. Efeito subjetivo e no tempo;
 6.1.1. Execução, suspensão e extinção dos Tratados
 6.1.1.1. A extinção dos tratados e a denúncia
 6.1.1.2. Impossibilidade de execução
 6.1.1.3. A cláusula rebus sic standibus
 6.1.1.4. A consequência da inexecução e da suspensão 
dos tratados
 Definição
- É todo acordo formal concluído entre pessoas de direito
internacional público e destinado a produzir efeitos
jurídicos.
- É um acordo internacional concluído entre Estados em
forma escrita e regulado pelo DIP, consubstanciado em um
único instrumento ou em dois ou mais instrumentos
conexos, qualquer que seja a sua designação específica.
 OBS: “troca de notas”
Trata-se de modo alternativo para a conclusão de tratados
bilaterais em que não se visa a uniformização em texto único
mas em dois documentos trocados entre as partes
contratantes.
 Terminologia
A terminologia é bastante imprecisa na prática, mostrando que o uso é
indiscriminado e livre. Há no entanto nuances que podem ser
observadas. ( vide lista do Celso Mello)
 Tratado: utilizado para acordos solenes ex: tratado de paz
 Convenção: é o tratado que cria normas gerais ex: Conv. sobre o 
mar territorial
 Acordo: geralmente utilizado para tratados de cunho econômico, 
financeiro, comercial e cultural
 Protocolo: dois significados: protocolo de uma conferência é a sua 
ata e protocolo-acordo que é um tratado onde são criadas normas 
jurídicas, utilizado como complemento a um tratado já existente
 Declaração: utilizada para acordos que firmam atitude política em 
comum ou criam princípios jurídicos
a) Capacidade das Partes Contratantes
Uma pessoa internacional é parte capaz para concluir um 
tratado: (Estados soberanos, Organizações 
Internacionais, beligerantes e Santa Sé)
OBS:
- A Constituição pode dar aos Estados Federados o 
direito de concluir tratados – Suiça, antigas URSS e 
Alemanha Ocidental, EUA
- Alcance deste direito para os beligerantes: tratados 
somente referentes às operações de guerra / sobre 
qualquer matéria uma vez que adquirem capacidade 
internacional após o reconhecimento
b) Habilitação dos Agentes Signatários
 Todo Estado soberano tem capacidade para celebrar
tratados e igual capacidade costumam ter as
organizações internacionais. A competência negocial
cuida de precisar quem está habilitado em nome do
Estado para agir em nome daquelas pessoas jurídicas
no procedimento de negociação dos tratados.
a) Chefe de Estado e de Governo
São aqueles que originariamente possuem a função de
conduzir a política exterior. A prerrogativa é inerente
ao cargo, são as autoridades os representantes do
Estado na seara internacional.
b) Plenipotenciários
São aqueles que possuem uma competência derivada, sendo-lhe concedido plenos
poderes para a negociação dos tratados.
Os plenos poderes dão aos negociadores o poder de negociar e concluir um tratado e
aqueles que recebem estes plenos poderes são os plenipotenciários.
Ministro das Relações Exteriores: presume-se um plenipotenciário, prescindindo-se da
apresentação de qq documento, em razão da investidura pelo chefe do Estado no
cargo.
Chefe de Missão Diplomática ( embaixador ou encarregado dos negócios) –
plenipotenciário presumido estrito, pois seu poder negocial se restringe aos
tratados bilaterais entre o Estado que representa e o Estado onde presta missão
diplomática.
Diplomata ou servidor público: será
plenipotenciário se apresentar a carta de
plenos poderes e nos seus termos e limites.
Carta de plenos poderes:
-expedida pelo chefe de Estado.
-trocadas nos acordos bilaterais e verificadas por
comissão ou secretaria nos acordos
multilaterais
c) Objeto Lícito e Possível:
- É nulo o tratado que violar uma norma
imperativa do DIP geral. Estas normas ainda
são muito poucas e um exemplo deste tipo de
norma é a Carta da ONU. A nulidade do
tratado ocorre mesmo quando a norma
imperativa for posterior a ele. ( Conv. Viena
art. 53)
- Um tratado não pode ter objeto contrário à
moral nem impossível , podendo a parte pôr
fim ao mesmo.
d) Consentimento mútuo:
O acordo deve se basear na expressão legítima da 
vontade das partes, não podendo estar eivado 
de nenhum vício.
Vícios do consentimento:
- Erro: art. 48 CVT “Um Estado pode invocar erro no tratado como
tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado
se o erro se referir a um fato ou situação que esse Estado supunha
existir no momento em que o tratado foi concluído e que
constituía uma base essencial de seu consentimento em obrigar-se
pelo tratado.”
- Dolo: art 49 CVT “Se um Estado foi levado a concluir
um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado
negociador, o Estado pode invocar a fraude como
tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se
pelo tratado.”
- Coação: ato de obrigar a alguém a que faça ou deixe de 
fazer algo, mediante ameaça de um mal. Para viciar a 
declaração de vontade deve incutir ao paciente 
fundado temor de dano iminente à sua pessoa, à sua 
família ou aos seus bens.
No caso do DIP a coação pode se manifestar de duas 
maneiras: contra a pessoa do representante do Estado 
ou contra o próprio Estado, com a ameaça de emprego 
da força.
 Aspecto formal
a) número de partes: consiste no número de partes
envolvidas no processo convencional. Bilateral quando
forem duas as partes contratantes e multilateral ou
coletivo quando forem igual ou superior a três o
número de pactuantes.
b) extensão do procedimento adotado: necessidade ou não
de ratificação.
Unifásico: quando o consentimento definitivo se exprime
desde a assinatura, já tornando o tratado vigente.
Bifásico: se for possível detectar duas fases de expressão
do consentimento, compostas primeiro pela assinatura
e segundo em caráter definitivo pela ratificação.
 Aspecto material
a) Natureza das normas expressas no tratado:
tratado contratual –através deste as partes realizam um acordo, uma operação
jurídica
tratado normativo – através deste as partes editam uma regra de direito
objetivamente válida, criam normas jurídicas.
b) Execução no tempo:
tratado dispositivo/ territorial, executado/real (estático) – cria uma obrigação
jurídica objetiva e definitiva ex: tratado delimitando fronteiras
tratado dinâmico (permanência/continuidade) - estabelece uma relação
jurídica obrigacional que vincula as partes por prazo determinado ou por
prazo indefinido ex: tratado que firma operação comercial ( executável ao
longo do tempo)
c) Execução no espaço: cuida do alcance espacial do tratado. Se é ou não
aplicado a todo o território sujeito à soberania do pactuante .
Os tratados retiram sua obrigatoriedade na norma
“pacta sunt servanda”, um dos princípios da
sociedade internacional e que tem seu
fundamento último no direito natural
 Artigo 26 da Convenção de Viena sobre 
Tratados
Pacta sunt servanda
Todo tratado em vigor obriga as partes e deveser 
cumprido por elas de boa fé
 São normas pétreas, que não podem ser derrogadas e que
constituem os alicerces do Direito Internacional sustentando a
estabilidade da sociedade internacional
 Segundo Carrillo Salcedo são normas de jus cogens:
a) A igualdade jurídica entre os Estados e o Princípio da Não
Intervenção
b) A proibição do uso de força nas relações internacionais e a
obrigação da solução pacífica das controvérsias
c) O Princípio da auto determinação dos povos
d) Os direitos fundamentais do homem
 Artigo 53 da Convenção de Viena sobre Tratados
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito
Internacional Geral (jus cogens)
“É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite
com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para
os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de
Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida
pela comunidade internacional dos Estados como um todo,
como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só
pode ser modificada por norma ulterior de Direito
Internacional geral da mesma natureza.”
- Os efeitos se limitam às partes contratantes
- Excepcionalmente os tratados podem produzir
efeitos com relação a terceiros Estados, se o
terceiro Estado aceitar a obrigação
(consentimento). Havendo este consentimento
só poderá haver revogação com a
manifestação do terceiro Estado e dos Estados
Contratantes.
- Um tratado não tem efeito retroativo
Quando falamos de interpretação de tratados nos
reportamos a dois níveis:
- No plano interno, quando é feita por um dos
contratantes, sem haver obrigatoriedade no plano
internacional
- No plano internacional pelos contratantes:
- de modo expresso ( acordos de interpretação)
- de modo tácito
- a interpretação é incorporada ao tratado tendo o
mesmo valor que ele
- O Decr. 92.890 de 1986 estabelece no art 5º que
compete à Consultoria geral da República fixar a
interpretação dos tratados
 Regras de Interpretação da Convenção de
Viena
1) Deve ser interpretado com boa fé, de acordo
com o sentido comum a ser dado aos termos
do tratado no seu contexto e à luz de seu
objeto e propósito
2) Deve-se levar em consideração o preâmbulo,
anexos, um tratado feito por todos os
contratantes conexo ou qualquer instrumento
elaborado por um ou mais contratantes e
aceito pelas outras partes como um
instrumento relativo ao tratado
3) deve-se considerar qualquer acordo entre as
partes relativo à interpretação; prática na
aplicação dos tratados que revele determinada
interpretação; qualquer norma relevante de
DIP aplicável na relação entre as partes
4) Um sentido especial será dado às palavras se as
partes assim pretenderem
5) Sentido obscuro ou absurdo pode conduzir a
outros meios de interpretação como o uso dos
trabalhos preparatórios do tratado ou as
circunstâncias de sua conclusão
6) Tratados autenticados em duas ou mais línguas
diferentes, os textos possuem a mesma
autenticidade, deve-se observar o sentido
comum dos termos e em havendo sentidos
diversos se adotará o que privilegia uma
reconciliação dos textos ou dar-se á preferência
ao menos obscuro ou ao que foi redigido em
primeiro lugar.
 Normas de interpretação com apoio na doutrina:
1) Interpretação no sentido de produzir efeito útil
2) Palavras devem ser compreendidas com o sentido que
tinham no tempo da celebração do tratado
3) O tratado deve presumir-se como um todo cujas
partes se completam
4) Prevalecem as regras especiais sobre as gerais
5) Deve-se considerar o ordenamento jurídico vigente
quando da conclusão do tratado bem como o que está
em vigor quando se interpreta o tratado.
A) execução integral do tratado – quando o estipulado é executado
pelas partes contratantes
B) Consentimento mútuo – a mesma vontade que cria o tratado pode
terminá-lo
C) Termo – concluído por prazo determinado finda com a expiração
do prazo
D) Condição resolutória – convencionado pelas partes que certo
evento futuro ocorrer
E) Renúncia do beneficiário – tratado que estabelece vantagens para
uma das partes e obrigações para a outra termina quando o
beneficiário renunciar às vantagens
F) Guerra- extinguem os tratados bilaterais entre os beligerantes
exceção: tratados territoriais, tratados a serem aplicados durante
guerras, tratados multilaterais entre o beligerante e os países
neutros
G) Impossibilidade de Execução –quando existe impossibilidade física
ou jurídica de sua execução, quando contraria norma imperativa
de DI
H) Inexecução do tratado por uma das partes contratantes
- em tratado bilateral: a outra pode suspender ou terminar a
execução do tratado no todo ou em parte
- Em tratado multilateral: o tratado pode ser suspenso no todo ou
em parte por consenso unânime, em relação a todos os
contratantes ou somente com relação ao Estado autor da violação;
um contratante afetado pela violação pode suspender no todo ou
em parte o tratado com relação ao Estado autor da violação
- I) Denúncia unilateral: é o ato através do qual uma das partes
contratantes comunica à outra(s) sua intenção de terminar o
tratado ou de se retirar do mesmo. Regra geral: somente podem
ser denunciados os tratados que prevejam esta possibilidade ou,
segundo a Convenção de Viena, quando a natureza do tratado
implicitamente autoriza a denúncia ex: tratados por tempo
indeterminado
J) A cláusula Rebus Sic Stantibus
- A convenção deverá ser revista ou terminada
quando as circunstâncias que lhe deram origem
forem substancialmente modificadas de modo
imprevisível ( evento futuro e incerto)
- Art 62 da Convenção de Viena
 Artigo 62
 Mudança Fundamental de Circunstâncias
 1. Uma mudança fundamental de circunstâncias, ocorrida em 
relação às existentes no momento da conclusão de um tratado, e 
não prevista pelas partes, não pode ser invocada como causa para 
extinguir um tratado ou dele retirar-se, salvo se:
 a)a existência dessas circunstâncias tiver constituído uma 
condição essencial do consentimento das partes em obrigarem-se 
pelo tratado; e
 b)essa mudança tiver por efeito a modificação radical do alcance 
das obrigações ainda pendentes de cumprimento em virtude do 
tratado.
 Término:
- Desobriga o Estado a executar o tratado
- Não atinge qualquer direito, obrigação ou situação
legal criada pela execução do tratado antes de sua
extinção
 Suspensão:
- libera as partes, entre as quais a execução do
tratado seja suspensa, da obrigação de cumprir
o tratado nas suas relações mútuas durante o
período da suspensão
- Durante o período da suspensão as partes não
devem praticar atos que obstruam o reinício à
execução do tratado

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