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ESQUEMA II DIREITO PROCESSUAL

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DIREITO PROCESSUAL II - SENTENÇA/RECURSO
Prof. Fernando Rubin – Esquema II
4. TEORIA GERAL DOS RECURSOS. DISPOSIÇÕES GERAIS. PRINCÍPIOS RECURSAIS VS. SUCEDÂNEOS RECURSAIS.
PRINCÍPIOS são valores historicamente preponderantes nos sistemas processuais recursais, e que representam os pilares do rito direcionado aos Tribunais.
Do Duplo Grau de Jurisdição (ao menos nas instâncias ordinárias);
Da Taxatividade (rol recursal);
Da Unirecorribilidade (um só recurso por decisão judicial);
Da Fungibilidade (com identidade de prazo, sem erro grosseiro);
Da voluntariedade (recurso como ato voluntário da parte sucumbente);
Da Reformatio In Pejus (Tribunal não pode beneficiar quem não recorreu).
( ) Da sentença julgada improcedente e que trata de revogar a tutela provisória de urgência cabe recurso de apelação, inclusive na parte que trata da revogação da liminar;
( ) Não cabe agravo de instrumento de decisão interlocutória que verse sobre multas punitivas e mesmo cominatórias;
( ) Relator recebe o recurso de embargos de declaração e o leva a colegiado para julgamento de mérito como sendo agravo interno;
( ) Proposta ação de danos morais, a mesma é julgada procedente com condenação de R$ 100 mil reais; só autor recorre buscando majoração da condenação para R$ 150 mil. Tribunal mantém a condenação, informando que é discutível no caso concreto a existência de prescrição, matéria ex officio, que não seria enfrentada no caso concreto;
( ) Réu, sucumbente parcial, expressamente entende como razoável o comando sentencial de mérito e recorre especificamente do índice de correção monetária IPCA, devolvendo só essa matéria ao Tribunal conforme explicita nas suas razões recursais;
( ) Autor teve negado o seu pedido de tutela provisória, recorre de imediato ao Tribunal ad quem levando todas as questões, de fato e de direito, trazidas ao Juízo a quo, tendo ainda direito de fazer sustentação oral perante os competentes Desembargadores.
Dentre os mais importantes sucedâneos recursais temos o pedido de reconsideração e o mandado de segurança:
- PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO: surgiu na prática do foro, medida atípica para reversão de decisões interlocutórias do julgador; substituiria os embargos de declaração ou o agravo de instrumento; não suspende e nem interrompe prazo recursal, razão pela qual é medida perigosa; devidamente válido para matérias de ordem pública, já que nesses casos excepcionais o Estado-juiz poderia reconsiderar a sua decisão a qualquer tempo, desde que mantida a sua atividade jurisdicional.
- MANDADO DE SEGURANÇA: medida prevista em legislação especial para atos arbitrários do Estado (executivo, legislativo e judiciário), com prova documental líquida e certa. Portanto não autoriza dilação probatória, mas tem aplicação limitada perante o Poder Judiciário em razão do rol amplo de recursos. Diz a Súmula 284 STF: não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso. 
-Em razão da disciplina do agravo de instrumento no NCPC, com exclusão de várias hipóteses, a mais grave, o de não caber o recurso imediato contra decisão de indefere prova pericial, seria viável a utilização do sucedâneo recursal.
- Aplica-se supletiva e subsidiariamente à legislação do mandado de segurança as contemporâneas disposições do Novo CPC;
O Mandado de segurança individual ou coletivo se presta a autorizar forte ingerência do Poder Judiciário em atos administrativos e judiciais, representando verdadeira garantia fundamental contra o arbítrio estatal e podendo proporcionar modificação positiva do funcionamento de um ente, organização ou instituição;
 A participação dos Tribunais Regionais no melhor encaminhamento meritório da ação constitucional é fonte importante de segurança jurídica, estabilizadora e orientadora para a sociedade e para a própria jurisdição de primeiro grau (na hipótese de mandado de segurança contra ato judicial).
- Tendo o Mandado de Segurança relação direta com a ideia geral de liberdade contra o Estado, necessária a constatação de que quanto maior a sua utilização, maior é o grau de desconfiança e mesmo tensão na relação Cidadão Vs. Estado. 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS. DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO RECURSAL. EFEITOS DOS RECURSOS.
- JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE VERSUS JUÍZO DE VALORAÇÃO
Dois momentos distintos de apreciação do recurso pelo Tribunal, exatamente como se sucede com o tema probatório pelo juízo originário. Só após ser admitido o recurso, pode ser examinado o mérito; lembrando o conceito geral de primazia do mérito, forte no art. 139, IX c/c 932, par. Único.
Inovação do CPC/2015 foi a de que a admissibilidade recursal no 2° grau passa a ser feita diretamente pelo Tribunal ad quem, e não pelo Juízo a quo (1° grau). Assim, juiz sentenciante só recebe o recurso de apelação, abre vista à parte contrária para contra-razões e depois remete os autos ao Tribunal para juízo de admissibilidade. Caso não seja admitido o recurso (não conhecido recurso), tal ato impede exame do mérito (provimento do recurso).
Requisitos intrínsecos da admissibilidade: legitimidade (parte legítima para recorrer pode ser também o MP, como fiscal da lei), interesse recursal (necessidade de ser sucumbente, mesmo que em parte, o que autoriza a utilização eventual do recurso adesivo) e inexistência de atos de disposição (como a desistência prévia do recurso, o que gera preclusão lógica nos termos do art. 1000).
Requisitos extrínsecos da admissibilidade: cabimento e adequação (escolha correta do recurso previsto em lei e cumprimento dos requisitos necessários de admissão, como por exemplo o que consta no art. 1010, II); tempestividade (preclusão temporal) e preparo (deserção, com flexibilização da preclusão consumativa conforme art. 1007, par. 4°).
- EFEITOS RECURSAIS: DEVOLUTIVO, SUSPENSIVO E TRANSLATIVO
Efeito devolutivo: devolver a matéria ao Tribunal, nos limites apresentados pela parte (art. 1013, par. 1°).
Efeito suspensivo: receber recurso no “duplo efeito” significa além de devolver a matéria ao Tribunal (efeito devolutivo), suspender os efeitos da decisão de 1° grau até o pronunciamento pelo Colegiado (efeito suspensivo). O recurso de apelação por regra tem efeitos suspensivo, já os demais recursos não: Agravo de instrumento, Embargos de declaração, Agravo Interno, recursos à Brasília. Uma novidade interessante do CPC/2015 é a possibilidade de requerimento de efeito suspensivo na própria peça recursal, alegando o recorrente a probabilidade de êxito recursal bem como a urgência de ser temporariamente suspensa a decisão judicial recorrida (art. 1012, par. 4°).
Efeito translativo: exame de matérias de ordem pública pelo Tribunal, a favor do recorrente de mérito, preservado o princípio da reformatio in pejus. Valiosa, nesse sentido, a contribuição do art. 485, par. 3° ao registrar que as matérias preliminares poderão ser examinadas em qualquer grau de jurisdição, ainda que não invocadas (mesmo então nas instâncias extraordinárias de Brasília), desde que haja recurso competente de mérito interposto pela parte interessada (e que poderá então ser beneficiada pelo reconhecimento de uma preliminar antes de o Tribunal ingressar no mérito recursal).
QUESTÕES DE REVISÃO/REFORÇO PARA O GRAU A
Determinado julgador ao proferir sentença de mérito em demanda com pedido de danos morais entende por correto o pleito, vindo também por sua liberalidade a fixar danos materiais, espécie de pensionamento mensal e vitalício a ser suportado pelo réu. O julgador tem liberdade para decidir dessa forma? Justifique a sua resposta.
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Juiz de 1° grau entende que não deva homologar acordo de transação entabulado pelas partes emrazão da matéria estar fora da causa de pedir e pedido formatado na fase postulatória. Alega em seu favor a aplicação do princípio geral_______________________. Está correto o posicionamento do magistrado? Explique, inclusive se o acordo uma vez homologado faria ou não coisa julgada material. 
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Em uma demanda proposta para pagamento de indenização por danos morais, o magistrado fixa condenação em R$ 100 mil. Só o réu recorre ao Tribunal buscando minoração da condenação para pelo menos R$ 80 mil. Caso o Tribunal entenda prudente, examinando os fatos, que a devida condenação no caso concreto seria na ordem de R$ 150 mil, poderia assim proceder de ofício ? Justifique a sua resposta.
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Dê um exemplo de cada pronunciamento judicial: (a) despacho, (b) decisão interlocutória que não verse sobre mérito, (c) decisão interlocutória que verse sobre mérito, (d) sentença terminativa, (e) sentença definitiva.
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O princípio do duplo grau de jurisdição aplica-se integralmente nas instâncias extraordinárias? Justifique a sua resposta.
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Foi proferido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acórdão com provimento do recurso de apelação do réu, determinando ainda a cassação da tutela provisória que vinha sendo mantida em favor do autor para manter prestação de caráter alimentar. Entendendo imprecisa e obscura a decisão, a parte autora apresenta embargos de declaração ao Tribunal, no prazo legal. Poderia ser requerido nesse caso efeito suspensivo ao recurso de embargos de declaração, para que fosse suspensa a cassação da liminar? Explique.
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