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funções estomatognáticas

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PBL
	Modelo para atividade
	
	Nome
	RA
	Coordenador
	
	
	
Equipe
	MARCELO LUIZ JOAQUIM
	98920
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Learning goals ou objetivos de aprendizado (Diante dos problemas identificados, e após a primeira discussão, com base nos conhecimentos prévios, identificam-se os assuntos ou temas que precisam ser estudados para resolver o problema):
Quais os problemas apresentados pelo paciente?
	
Paciente do sexo masculino, 72 anos, procurou por atendimento odontológico em curso de especialização. Como queixa relatou que há cerca de dez anos, quando foram extraídos os últimos dentes superiores, não fazia uso de prótese por não se acostumar com a falta de retenção da prótese total previamente confeccionada.
	Discussão dos problemas (Aqui deverão ser identificados e listados os problemas do caso clínico e suas possíveis explicações. O grupo deverá se reunir e discutir os problemas baseados em seus conhecimentos. O coordenador deve colocar nesta seção um resumo dos pontos abordados na discussão em grupo):
Liste e discuta o impacto dos problemas apresentados no caso clínico nas funções do sistema estomatognático.
	
 Diante dos fatos do caso clínico citado, as funções estomatognáticas ficam: mais lentas, descoordenadas, e adaptadas às perdas estruturais sofridas ao longo dos anos. 
Os reflexos do processo de envelhecimento na mastigação são observados na:
 perda da capacidade de controlar o bolo alimentar,
 coordenação motora na lateralização dele durante o ato mastigatório, 
 redução da força mastigatória,
 maceração dos alimentos, processo no qual o desdentado total realiza o amassamento, preparando o bolo diante das condições anatômicas que possui.
 A falta de dentes posteriores e a utilização de próteses removíveis mal adaptadas são fatores etiológicos para a disfunção temporomandibular. A redução da dimensão vertical de oclusão aumenta a sobrecarga mecânica na ATM e o uso de próteses com deficiência de estabilidade e retenção favorecem o aparecimento de hábitos parafuncionais como o apertamento dentário. Sendo assim, a articulação do idoso que já possui uma capacidade de regeneração reduzida tende a sofrer desgaste de seus componentes articulares.
 Nas funções estomatognáticas, verificou-se, que na maioria dos idosos desdentados, a participação exagerada da musculatura perioral, tanto na mastigação, quanto na deglutição. O aumento no uso desta musculatura caracteriza uma adaptação na tentativa de manipular melhor o bolo alimentar dentro da cavidade oral, uma vez que o músculo mentual entra em hiperfunção, compensando a musculatura periorbicular hipofuncionante.
A saúde oral deficiente prejudica a função mastigatória, podendo ser um fator importante na seleção da dieta. O envelhecimento da população ocidental, as perdas dentais e deficiências funcionais de outros órgãos envolvidos na mastigação, que levam a alteração na absorção de nutrientes necessários à manutenção da saúde geral são fatores que denotam que uma ênfase especial deve ser dada à manutenção da saúde oral na população da terceira idade (N’GOM; WODA, 2002), ressaltando-se aí a importância da reabilitação protética sobre implantes.
Atualmente, os pesquisadores se preocupam com a avaliação do desenvolvimento da função mastigatória e satisfação dos pacientes portadores de próteses apoiadas sobre implantes osseointegrados.
A relação mecânica existente entre o implante osseointegrado e a interface óssea é bem diferente da verificada entre o dente natural e o osso. Enquanto o dente está preso ao osso alveolar por intermédio de ligamentos periodontais, o implante osseointegrado está firmemente conectado ao tecido ósseo (FONTIJN- TEKAMP et al., 1998), permitindo ao dente, circundado de um periodonto sadio, se movimentar 10 a 100 vezes mais que o implante no osso (RICHTER, 1989). Estas são as razões de o implante e o osso circundante estarem expostos a diferentes estresses sob a ação de forças de mordidas quando comparadas com o dente natural (AKPINAR; ANIL; PARNAS, 2000).
	Esclarecimento do caso (As informações deverão ser pesquisadas em livros e artigos científicos – NUNCA deve ser retirada de blogs). Após considerar que consegue explicar o problema em suas bases científicas adicionar aqui a pesquisa escrita de maneira coerente. Discuta a repercussão da falta de dentes naturais e do tratamento proposto nas funções do sistema estomatognático. As perguntas a seguir podem ser utilizadas para guiar a discussão:
A reabilitação com prótese pode substituir os dentes naturais em todos os aspectos funcionais?
Existe diferença na força mastigatória de usuários de próteses e indivíduos com dentição natural?
A função mastigatória em usuários de próteses é a mesma que em indivíduos que apresentam dentes naturais?
	
 No caso clínico em apresentado a anamnese constatou-se que o paciente encontrava-se em bom estado de saúde geral, não apresentando aspecto importante de ordem sistêmica (porque quem sofre de doenças sistêmicas deve ter cuidado redobrado durante o tratamento. Males como a diabetes, o HIV, a osteoporose e a hipertensão podem prejudicar processos de coagulação e de cicatrização e deixam o corpo mais exposto a infecções).
 No exame físico intrabucal notou-se a ausência de todos os dentes superiores e presença dos dentes 31, 33, 41, 42, 43 e 44. Estes apresentavam mobilidade graus 2 e 3, devido à considerável perda de inserção, confirmada no exame radiográfico. A Indicação da extração deste últimos dentes remanescentes também foi correta pelo fato dos mesmos já estarem de certa forma condenados pelo grau de mobilidade apresentado e pela alta desmineralização nas faces proximais no terço da linha do colo cervical apresentando diastemas.
 O tratamento proposto da confecção de prótese total superior e inferior fixas por implantes foi a alternativa que mais se assemelha aos dentes naturais e oferece mais segurança ao paciente. 
 Instalados diretamente sobre o osso da maxila ou da mandíbula, os implantes osseointegrados funcionam como substitutos das raízes naturais dos dentes e servem como suporte para a prótese, que pode ser parafusada ou encaixada em cima deles. A colocação é feita em duas fases:
A primeira é a cirurgia, quando os implantes de titânio na forma de parafusos são fixados no osso do paciente. 
Na segunda fase, chamada de etapa protética, poderá ser instalada uma prótese fixa, parafusada nos implantes ou cimentada sobre uma estrutura metálica parafusada nos implantes, ou uma prótese removível, que deve se encaixar sobre retentores parafusados aos implantes.
 
 As dificuldades em restabelecer as habilidades mastigatórias com próteses totais convencionais e, assim, melhorar a qualidade de vida dos indivíduos edentados constituem-se, em um desafio na odontologia. A literatura demonstra que o restabelecimento da função mastigatória com próteses totais é precário. Segundo Kapur, Soman7, a eficiência mastigatória de um indivíduo portador de próteses totais é menos do que um sexto da de indivíduos dentados. Adicionalmente, indivíduos portadores de próteses totais podem gerar somente 15% da força de mordida de um indivíduo dentado. Três são os fatores principais a serem considerados quando da confecção de próteses totais: 
a moldagem dos arcos desdentados, 
o restabelecimento das relações intermaxilares e 
o desenvolvimento da oclusão. 
 Destes, a oclusão é o que está mais intimamente relacionado com a mastigação. Segundo Manly, Bradley8, a oclusão em prótese total tem uma importância fundamental no que diz respeito à estética, estabilidade, transmissão de forças para os tecidos de suporte, eficiência mastigatória, conforto e aceitação da prótese total pelo paciente. O esquema oclusal e as formas dos dentes selecionados para a reabilitação do indivíduo edêntulo dependerão do conceito de oclusão escolhido para satisfazer às necessidades do paciente. Os dentesartificiais montados de acordo com esse conceito deveriam englobar toda a filosofia de oclusão do dentista. A escolha do tipo de dente artificial e as características de montagem desses dentes são responsáveis pela definição do esquema oclusal. 
 Em relação à montagem dos dentes artificiais, ela pode ser avaliada do ponto de vista estático, em oclusão cêntrica, ou dinâmico, nos movimentos excêntricos. Em cêntrica, a oclusão em prótese total pode ser: convencional, que utiliza dentes anatômicos com contatos cêntricos nas cúspides de contenção dos dentes posteriores superiores e inferiores; lingualizada, que pode utilizar dentes anatômicos na prótese superior e dentes com superfície oclusal com inclinações discretas na prótese inferior e os contatos cêntricos ocorrem somente na cúspide de contenção dos dentes superiores; e monoplana que, pela ausência de qualquer altura de cúspide, apresenta áreas de contatos ao invés de pontos nos dentes posteriores11,12. Nos movimentos excêntricos, encontram-se a oclusão balanceada ou bilateral equilibrada, que apresenta contatos oclusais posteriores e anteriores, bilaterais e simultâneos durante os movimentos da mandíbula, e a oclusão com guia pelo canino, em que nos movimentos laterais da mandíbula apenas os caninos entram em contato provocando uma desoclusão lateral dos dentes posteriores nos lados de trabalho e balanceio e em protrusiva ocorre a desoclusão dos posteriores pelos anteriores. A literatura odontológica apresenta discussões sobre as vantagens e desvantagens dos vários tipos de formas oclusais e esquemas de montagem dos dentes artificiais posteriores para próteses totais, buscando uma oclusão ideal, que promova eficiência mastigatória e estabilidade máximas, sem comprometer a saúde dos tecidos de suporte9, 10.
 Próteses totais fixas sobre implantes: Pesquisas apontam para um comportamento biomecânico e funcional das próteses totais implanto-suportadas muito similar à próteses sobre dentes naturais. Portanto, a maioria dos autores recomenda um esquema de oclusão mutuamente protegida para próteses totais implanto-suportadas, podendo alterar esta indicação somente em casos onde a oclusão antagonista necessite de algum esquema de equilíbrio ou desoclusão em particular. Mesmo reconhecendo as marcantes diferenças de comportamento biomecânico verificadas entre dentes e implantes, vários autores aplicaram em suas reabilitações implanto-suportadas as mesmas regras de oclusão que aplicavam em próteses convencionais, obtendo sucesso clínico longitudinal não por embasamento científico, mas por simples sistema de tentativa-erro. 
 Passados anos de acompanhamento, os resultados clínicos parecem indicar que há realmente a possibilidade de aplicação, com adaptações, dos conceitos de oclusão indicados para dentição natural, dados os índices expressivos de sucesso clínico obtidos nestes estudos de acompanhamento longitudinal. Em 1987, Per-Ingvar Branemark publicou um livro no qual a osseointegração foi então definida, por ele e outros autores colaboradores, como “uma conexão direta, estrutural e funcional entre o osso vivo, ordenado e a superfície de um implante submetido a uma carga funcional”. A técnica de instalação de implantes osseointegrados ficou consolidada como sendo previsível e as próteses confeccionadas sobre eles se constituíram numa alternativa eficiente para o tratamento do edêntulo (ADELL; LEKHOLM; BRANEMARK, 1981; HARALDSON; CARLSSON; INGERVALL, 1979; BRANEMARK; ZARB, 1987). Estudos mostram que as forças de mordida em pacientes portadores de próteses fixas apoiadas sobre implantes osseointegrados são comparáveis aos pacientes com dentes naturais (BAKKE; HOLM; GOTFREDSON, 2002; CARLSSON, 1994; CARLSSON; LINDQUIST, 1994; HARALDSON; CARLSSON, 1977; LUNDQUIST; HARALDSON, 1990, 1992).
 Tsuga et al. (1998) consideraram a força de mordida um parâmetro objetivo e mensurável de avaliação da habilidade e qualidade da função, sendo esta um dos tópicos de pesquisa que tem se desenvolvido junto com os implantes. É tratada como uma das características que indica o sucesso dos resultados clínicos alcançados por este tipo de tratamento (DUYCK et al., 2000).
 Numerosas técnicas e instrumentos têm sido apresentados na literatura para medir as forças mastigatórias. A maioria desses instrumentos tem desempenho favorável e são baseados no cálculo de conversão de deformação mecânica registrado por células de força, usando transdutores disponíveis no mercado ou individualizados para cada caso. Encontrou-se na literatura o princípio dos transdutores de força usados em trabalhos de pesquisa, nos quais a quantificação da força de mordida era o objetivo principal do experimento. A tecnologia dos microtransdutores é aplicada diretamente em próteses sobre implantes unitários para se estudar a resposta dos parafusos que prendem os intermediários protéticos frente às forças mastigatórias (DUYCK et al., 2000; JÖRNÉUS et al., 1992;) e também para se testar a percepção oclusal em implantes fixos (TRULSSON; GUNNE, 1998).
Referências BiBliográficas
1- Marchesan IQ. Distúrbios da motricidade oral. In: Russo IP. Intervenção fonoaudiológica na terceira idade. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. 
2- Amaral AKFJ, Silva HJ, Cabral ED. Fatores determinantes do tempo de maceração dos alimentos em idosas edêntulas totais. Rev CEFAC, 2009;11 Supl3:S398-404. [online] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S1516-18462009000700016. Data de acesso: 22.04.18
3- Santos-Daroz CB, Senna PM, Nuñez JMC, Lucena SC, Barbosa CMR. Relação entre o envelhecimento, problemas articulares e disfunção temporomandibular. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, 2009;11(1):46-51.
4- Manly RS, Bradley LC. Masticatory performance and efficiency. J Prosthet Dent. 1950; 29: 448-62.
5- Demers M, Bourdages J, Brodeur JM, Benigeri M. Indicators of masticatory performance among elderly complete denture wearers. J Prosthet Dent. 1996; 75: 188-93. * De acordo com o estilo Vancouver. Disponível no site: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html 106 
6- Edlund J, Lamm CJ. Masticatory efficiency. J Oral Rehabil. 1980; 7: 123- 30. 
7- . Kapur KK, Soman SD. Masticatory performance and efficiency in denture wearers. J Prosthet Dent. 2004; 92: 107-11. 
8- Manly RS, Bradley LC. Masticatory performance and efficiency. J Prosthet Dent. 1950; 29: 448-62. 
9- Trapozzano VR. Tests of balanced and nonbalanced occlusion. J Prosthet Dent. 1960; 10: 476-87. 
10- Srna MA, Kiausinis V, Filho OM, Yamada RN. Montagem dos dentes em prótese total. Oclusão lingualizada. Aspectos quanto à estabilidade e à eficiência mastigatória nos casos de grande reabsorção óssea alveolar. Rev Odontol Univ St Amaro. 2001;6:4-7. 
11- Sutton AF, McCord JF. A randomized clinical trial comparing anatomic, lingualized, and zero-degree posterior occlusal forms for complete dentures. J Prosthet Dent. 2007; 97: 292-8. 
12- Sutton AF, Worthington HV, McCord JF. RCT Comparing posterior oclusal forms for complete dentures. J Dent Res. 2007; 86: 651-5. 
13- Akça K, Uysal S, Çehereli MC. Implant-tooth-supported fixed partial prostheses: correlations between in vivo occlusal bite forces and marginal bone reaction. Clin Oral Implant Res 2006;17:331-6.
14- Akpinar I, Anil N, Parnas L. A natural tooth’s stress distribution in occlusion with a dental implant. Journal of Oral Rehabil 2000;27(6):538-45.
15- Ballian M. Implantodontia intraóssea. Rio de Janeiro: Genesis Artes; 1976.
16- Carvalho LEP. Avaliação do nível de satisfação, capacidade, eficiência e performance mastigatórias em pacientes reabilitados com próteses fixas totais inferiores sobre implantes, sob carga imediata [Dissertação de Mestrado]. Bauru:Faculdade de Odontologia da USP; 2002.
17- Ceschin JR, Sorci PR. O implante na reabilitação bucal. São Paulo: Paramed; 1984. 535 p.

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