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Materia: Filosofia e ética matricula do aluno: 17213110020 curso: Administração pública pólo: Nova Iguaçu-RJ Nome do aluno: wellington da silva de campos. Atividade: 07 Estude: capítulo 24 de “Filosofando”, das págs. 236 a 250 e responda às questões: 1. Diferencie Socialismo Utópico de Socialismo Científico (Materialismo histórico). RESPOSTA: Socialismo utópico foi uma corrente de pensamento estabelecida por Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier. O socialismo utópico tinha como objetivo a criação de uma sociedade ideal, que seria alcançada de forma pacífica graças à boa vontade da burguesia. O nome socialismo utópico surgiu graças à obra "Utopia" de Thomas More, sendo que a utopia é referente a algo que não existe ou não pode ser alcançado. De acordo com os socialistas utópicos, o sistema socialista se instalaria de forma lenta e gradual. Karl Marx se distanciou do conceito de socialismo utópico, visto que de acordo com essa corrente a fórmula para alcançar a igualdade na sociedade não era discutida. O oposto do socialismo utópico é o socialismo científico, que criticava o utópico porque este não tinha em conta as raízes do capitalismo. Karl Marx classificava os métodos dos utópicos de "burgueses", porque eles se baseavam na transformação súbita da consciência dos indivíduos das classes dominantes, acreditando que só assim se alcançaria o objetivo do socialismo. O socialismo utópico surgiu como resposta aos abusos causados pelo liberalismo e capitalismo na altura da Revolução Industrial. Nesta ocasião, muitos trabalhadores (sendo muitos deles crianças) viviam em grande miséria e eram explorados, com horários de trabalho absurdos e sem condições. Na Inglaterra, Robert Owen chegou colocar em prática alguns princípios do socialismo utópico em algumas das suas fábricas, reduzindo a carga horária, aumentando os salários e providenciando soluções de habitação para os seus trabalhadores. O socialismo científico, também conhecido como marxismo, era uma corrente oposta ao socialismo utópico. Criado por Karl Marx e Friedrich Engels, o socialismo científico tinha como base a análise crítica e científica do capitalismo. Os socialistas científicos criticavam o socialismo utópico porque viam nesta corrente uma passividade e uma utopia, pois esperavam que os indivíduos exploradores ganhassem uma consciência social para que as reformas fossem postas em prática. O socialismo científico tinha objetivos semelhantes, mas tinha uma visão menos "romântica", pois previa melhores condições de trabalho e de vida para os trabalhadores através de uma revolução proletária e da luta armada. 2. Explique os conceitos marxistas de alienação e de ideologia. RESPOSTA: Com a descrição da mais-valia, Marx configura o caráter de exploração do sistema capitalista. De imediato o operário não é capaz de reverter o quadro porque se encontra alienado. Ao desenvolver o conceito de alienaçao, Marx rejeita as explicações comuns que aparecem em toda a história da filosofia, ora com contornos religiosos, ora metafísicos ou morais. A elas opõe a análise das condições reais do trabalho humano e descobre que a alienação tem origem na vida econômica: quando o operário vende no mercado a força de trabalho, o produto que resulta do seu esforço não mais lhe pertence e adquire existência independente dele. A perda do produto significa outras perdas para o operário: ele não mais projeta ou concebe aquilo que vai executar (dá-se a dicotomia concepção-execução do trabalho, a separação entre o pensar e o agir); com o aceleramento da produção, provocado pela crescente mecanização do trabalho (linha de montagem), o operário executa cada vez mais apenas uma parte do produto (trabalho parcelado ou trabalho "em migalhas"); o ritmo do trabalho é dado exteriormente e não obedece ao próprio ritmo natural do seu corpo. O produto do trabalho do operário subtrai-se portanto á sua vontade, à sua consciência e ao seu controle, e o produtor não se reconhece no que produz. O produto surge como um poder separado do produtor, como realidade soberana e tirânica que o domina e ameaça. A esse processo Marx chama fetichismo da mercadoria. Da mesma forma, a mercadoria não é apenas o resultado da relação de produção, mas vale por si mesma, como realidade autônoma e, mais ainda, como determinante da vida dos homens. Produz-se então a grande inversão em que a reificação do homem (res: "coisa") é o contraponto do fetichismo da mercadoria. Quando a mercadoria se "anima", se "humaniza", obriga o homem a sucumbir às forças das leis do mercado que o arrastam ao enfrentamento de crises, guerras e desemprego. A consequência é a desumanização do homem, sua reificação. O que faz com que os homens não percebam a reificação e não reajam prontamente à exploração é a ideologia. À medida que o modo de produção vai sendo superado, a classe dominante procura retardar a transformação mantendo o modo de produção caduco com suas superestruturas, disfarçando as contradições, dissimulando as aparências e apresentando soluções reformistas, impedindo, assim, que as classes oprimidas formem a sua própria consciência de classe. Em outras palavras, as ideias, condutas e valores que permeiam a concepção de mundo de uma determinada sociedade, e que representam os interesses da classe dominante, ao serem generalizadas às classes dominadas ajudam a manter a dominação. A ideologia impede que o proletário tenha consciência da própria submissão, porque camufla a luta de classes quando faz a representação ilusória da sociedade mostrando-a como una e harmônica. Mais ainda, a ideologia esconde que o Estado, longe de representar o bem comum, é expressão dos interesses da classe dominante. 3. Resuma as ideias anarquistas. RESPOSTA: Anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa). Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável. O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado. Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão. O movimento anarquista surgiu na metade do século XIX. Podemos dizer que um dos principais idealizadores do anarquismo foi o teórico Pierre-Joseph Proudhon, que escreveu a obra "Que é a propriedade?" (1840). Outro importante precursor do anarquismo foi o filósofo e revolucionário russo Mikhail Bakunin.
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