Buscar

Tipos de Conhecimento Científico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

QUESTÕES PARA O TRABALHO-CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS 
 
 Apresentar tipos de conhecimentos, com consulta de 2 (dois) autores ou mais. 
 
Conhecimento científico 
 Para Francis Bacon 
 Propôs a necessidade de se inventar um novo instrumento, um método de invenção e de 
validação que desse maior eficácia à investigação. Para ele, o método silogístico e da abstração 
não ofereciam um conhecimento completo do universo. Para isso seriam necessárias a 
observação sistemática e a experiência dos fenômenos e fatos naturais. Cabia à experiência 
confirmar a verdade. Somente ela seria capaz de proporcionar uma verdadeira demonstração 
sobre o que é verdadeiro ou falso. A autoridade (do conhecimento religioso e dogmático) podia 
fazer crer, porém, não facultava a compreensão da natureza das coisas em que se acreditava. A 
razão (no conhecimento filosófico) poderia completar a autoridade; não teria, porém, condições 
de distinguir entre o verdadeiro e o falso. 
 Propôs um método que chamou de interpretação da natureza, oposto aos outros que denominou 
de antecipações da natureza. 
 Sustentados na crença vigorosa, de que a natureza é a grande mestra do homem. Para dominá-la 
era necessário obedecê-la. Seu princípio fundamental afirmava que o homem deveria libertar seu 
intelecto dos pré-conceitos (ídola) que impediam a correta visão das formas (leis) que 
organizavam a natureza. Livre da visão distorcida da realidade, poderia dedicar-se exaustiva, 
metódica e sistematicamente à observação dos fenômenos. O verdadeiro caminho era o da 
indução experimental. 
 Esse método se tornou conhecido como método científico e deveria ser utilizado para se atingir 
um conhecimento científico. 
 Deveria seguir os seguintes passos: 
 a) experimentação: é a fase em que o cientista realizaria os experimentos sobre o problema 
investigado, para poder observar e registrar metódica e sistematicamente todas as informações 
que pudesse coletar (experimento lucífero); 
 b) formulação de hipóteses fundamentadas na análise dos resultados obtidos dos diversos 
experimentos, tentando explicar a relação causal dos fatos entre si; 
c) repetição da experimentação por outros cientistas ou em outros lugares, com a finalidade de 
acumular dados que pudessem servir para a formulação de hipóteses (experimentos frutíferos); 
d) repetição do experimento para a testagem das hipóteses, procurando obter novos dados e 
novas evidências que as confirmassem; 
e) formulação das generalizações e leis: pelas evidências obtidas, depois de seguir todos os 
passos anteriores, o cientista formularia a lei que descobrir, generalizando suas explicações para 
todos os fenômenos da mesma espécie. (pg.50 KOCHE, JOSÉ CARLOS). 
 
Para José Carlos Köche 
 O conhecimento científico surge da necessidade de o homem não assumir uma posição meramente 
passiva, de testemunha dos fenômenos, sem poder de ação ou controle dos mesmos. Cabe ao homem, 
otimizando o uso da sua racionalidade, propor uma forma sistemática, metódica e crítica da sua função de 
desvelar o mundo, compreendê-lo, explicá-lo e dominá-lo. 
 É um produto resultante da investigação científica. Surge não apenas da necessidade de encontrar 
soluções para problemas de ordem prática da vida diária, característica essa do conhecimento do senso 
comum, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas através 
de provas empíricas e da discussão intersubjetiva. É produto, portanto, da necessidade de alcançar um 
conhecimento “seguro”. 
 O que distingue o conhecimento científico dos outros, principalmente do senso comum, não é o assunto, 
o tema ou o problema. O que o distingue é a forma especial que adota para investigar os problemas. 
 Ter espírito científico é estar exercendo essa constante crítica e criatividade em busca permanente da 
verdade, propondo novas e audaciosas hipóteses e teorias e expondo-as à crítica intersubjetiva. 
 [...] é aquele que é obtido pelo método científico e pode continuamente ser submetido à prova, 
enriquecer-se, reformular-se ou até mesmo superar-se mediante o mesmo método. O que se observa, no 
conhecimento científico, é uma retomada constante das teorias e problemas do passado e do presente, 
através da crítica severa e sistemática. 
 Uma explicação é algo sempre incompleto: sempre podemos suscitar um outro porquê. E esse novo 
porquê talvez leve a uma nova teoria, que não só “explique”, mas corrija a anterior (POPPER, 1977, p. 
139). 
 [...]é, pois, o que é construído através de procedimentos que denotem atitude científica e que, por 
proporcionar condições de experimentação de suas hipóteses de forma sistemática, controlada e objetiva e 
ser exposto à crítica intersubjetiva, oferece maior segurança e confiabilidade nos seus resultados e maior 
consciência dos limites de validade de suas teorias. (pg.29. KOCHE, JOSÉ CARLOS). 
 
 
 
Para Marina de Andrade Marconi e Eva Mara Lakatos 
 
 O conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda "forma 
de existência que se manifesta de algum modo" (frujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento 
contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da 
experiência e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se 
trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos 
dispersos e desconexos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações 
(hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em 
conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é 
aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo 
de teoria existente. (pg.80. LAKATOS, E .M.; MARCONI, M. A.). 
 
. 
Conhecimento Filosófico 
 
Para Marina de Andrade Marconi e Eva Mara Lakatos 
 O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que 
não poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, 
portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação" (Trujillo, 1974: 
12); por este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados das 
hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser cominados 
nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente 
correlacionados. Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a 
uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua 
totalidade. Por último, é infalível e exato, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger 
todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, 
assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação 
(experimentação). Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura 
78 para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente 
recorrendo às luzes da própria razão humana. (pg.78, LAKATOS, E .M.; MARCONI, M. A.). 
 
Para A. Guilherme Galiano 
 Conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por instrumento 
exclusivo o raciocínio. Como a Ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, 
o homem tenta essas explicações através da Filosofia. Filosofando ele ultrapassa os limites da 
Ciência- delimitados pela necessidade de comprovação concreta - para compreender ou 
interpretar anecessidade em sua totalidade. Mediante a Filosofia estabelecemos umas 
concepções gerais do mundo. 
 Tratando de compreender a realidade dos problemas mais gerais do homem e sua presença no 
universo, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. É, sobretudo, 
especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade. Mas, 
embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas questões 
formuladas pela mente, ela traduz em ideologia. E como tal influi diretamente na vida concreta 
do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual. (pg.19. GALLIANO, A. 
GUILHERME). 
 
Conhecimento Empírico 
Para José Carlos Köche 
 A forma mais usual que o homem utiliza para interpretar a si mesmo, o seu mundo e o universo 
como um todo, produzindo interpretações significativas, isto é, conhecimento, é a do senso 
comum, também chamado de conhecimento ordinário, comum ou empírico. 
 Esse conhecimento surge como consequência da necessidade de resolver problemas imediatos, 
que aparecem na vida prática e decorrem do contato direto com os fatos e fenômenos que vão 
acontecendo no dia-a-dia, percebidos principalmente através da percepção sensorial. 
 O conhecimento do senso comum, sendo resultado da necessidade de resolver os problemas 
diários não é, portanto, antecipadamente programado ou planejado. À medida que a vida vai 
acontecendo ele se desenvolve, seguindo a ordem natural dos acontecimentos. Nele, há uma 
tendência de manter o sujeito que o elabora como um espectador passivo da realidade, atropelado 
pelos fatos. Por isso, o conhecimento do senso comum caracteriza-se por ser elaborado de forma 
espontânea e instintiva. (pg.23 e 24. KOCHE, JOSÉ CARLOS) 
 
 
Para Marina de Andrade Marconi e Eva Mara Lakatos 
 O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada 
com base em estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de 
realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o ohjeto conhecido, e este é 
possuído, de certa fOIma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. 
É também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objeto, nã0e-ode ser 
reduzido a uma formulação geral. A característica de assistemático baseia-se na "organização" 
particular das experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das 
idéias, na procura de uma formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que 
dificulta a transmissão, de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer. É verificável, visto que está 
limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito àquilo que se pode perceber no dia-a-dia. 
Finalmente é falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a 
respeito do objeto. (pg. 78. LAKATOS, E .M.; MARCONI, M. A.) 
 
Conhecimento Teológico 
Para Marina de Andrade Marconi e Eva Mara Lakatos 
 O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que contêm proposições 
sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse 
motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento 
sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador 
divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude de fé perante um 
conhecimento revelado. Assim, o conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que 
as "verdades" tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em "revelações" da 
divindade (sobrenatural). A adesão das pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática 
do mundo é interpretada como decorrente do ato de um criador divino, cujas evidências não são 
postas em dúvida nem sequer verificáveis. (pg. 79. LAKATOS, E .M.; MARCONI, M. A.), 
 
Para A. Guilherme Galiano 
 O conhecimento teológico é produto da fé humana na existência de uma ou mais entidades 
divinas – um deus ou muitos deuses. Ele provém das revelações do mistério, do oculto, por algo 
que é interpretado como mensagem ou manifestação divina. 
 Não é necessário que se seja monoteísta para que o conhecimento proporcionado pela fé seja 
teológico. 
 De modo geral, o conhecimento teológico apresenta respostas para questões que o homem não 
pode responder como os conhecimentos vulgar, científicos ou filosóficos. Assim, as revelações 
feitas pelos deuses ou em seu nome são consideradas satisfatórias e aceitas como expressões de 
verdade. Tal aceitação, porém, racional ou não, tem necessariamente de resultar da fé que o 
aceitante deposita na existência de uma divindade. (pg.20. GALLIANO, A. GUILHERME). 
 
 Referencias 
Lakatos, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica 1 Marina de Andrade 
Marconi, Eva Maria Lakatos. - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003. 
Köche, José Carlos Fundamentos de metodologia científica : teoria da ciência e 
iniciação à pesquisa / José Carlos Köche. 
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: 
Harbra, 1999. 198p. 
 
 
 
 
	Para Francis Bacon

Continue navegando