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KARL MARX

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
 
Acadêmicos(a): NATÁLIA NEVES GARCIA MORAES
 
KARL MARX
Atividade apresentada a Prof. Heloisa Mazzoccante, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, como avaliação da disciplina de Ciências Sociais aplicada a saúde da turma A03.
Abril / 2018
Disciplina: Ciências Sociais aplicada a saúde(HGS1431)
Prof. Heloisa Mazzoccante
Karl Marx 
Nascido na Alemanha, em 1818, na cidade de Treves, Marx foi um filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista. Com o objetivo de entender o sistema capitalista e modifica-lo, Marx elaborou um dos pensamentos mais difíceis de se compreender, explicar e sintetizar. Ele produziu muito, sua intenção ia além de apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, queria propor uma ampla transformação política, econômica e social.
Marx, acima de tudo, definia-se como militante da causa socialista, por isso suas ideias não se limitaram ao campo teórico e científico, mas foram defendidas com luta como princípios norteadores para o desenvolvimento de uma nova sociedade em diferentes campos e batalhas, nos quais se confrontaram diversos grupos sociais desde o século XIX, quando o marxismo se organiza como corrente política. 
A teoria marxista, expressa em dezenas de obras, foi claramente apresentada no pequeno livro publicado em 1848, O Manifesto Comunista (obra fundadora do “marxismo”). Posteriormente, a partir de 1867, foi publicada a obra básica para o entendimento do pensamento marxista: O Capital (primeiro volume). Os demais volumes, graças ao esforço de Engels, foram publicados após a morte de Marx.
As Origens 
Deve-se fazer justiça à influência da filosofia hegeliana de quem Marx absorveu uma diferente percepção da história. Hegel entendia a história como um processo coeso que envolvia diversas instâncias da sociedade, da religião à economia, e cuja dinâmica se dava por oposições entre forças antagônicas, tese e antítese.
Outra influência significativa foi o contato de Karl com o pensamento socialista de Claude Henri de Rouvroy, François-Charles Fourier e Robert Owen. Marx admirava o pioneirismo desses críticos da sociedade burguesa e suas propostas de transformação social, apesar de julgá-las "utópicas", ou seja, idealistas e irreais. Esses autores propunham transformar radicalmente a sociedade, implantando uma ordem social justa e igualitária, da qual seriam eliminados o individualismo, a competição e a propriedade privada.
 Na obra de Marx, há ainda toda a leitura crítica do pensamento de Adam Smith e David Ricardo, aonde marca a sua trajetória pelo desenvolvimento de conceitos importantes como alienação, classes sociais, valor, mercadoria, trabalho, mais-valia, modo de produção. 
Por último e um dos mais importantes, seu interlocutor, Friedrich Engels, que trabalhou com Marx de 1844 até sua morte. Socialismo científico ou Socialismo marxista foi criado por Marx e Engels, quando estes desenvolveram a teoria socialista, partindo da análise crítica e científica do próprio capitalismo, em reação contrária as ideias espiritualistas, românticas, superficiais e ingênuas dos utópicos.
A ideia de alienação
Marx desenvolve o conceito de alienação mostrando que a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção, ferramentas, matéria-prima, terra e máquina, que se tornaram propriedade privada do capitalismo. Separava também, ou alienava o trabalhador fruto do seu trabalho, que também é apropriado pelo capitalista. Essa é à base da alienação econômica do homem sob o capital.
Politicamente, também o homem tornou - se alienado, pois o princípio da representatividade, base do liberalismo, criou a ideia de Estado com um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder alegado aos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes esse Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o interesse desta.
Com o desenvolvimento do capitalismo, a filosofia, por sua vez, também passou a criar representações do homem e da sociedade. Diz Marx que a divisão social do trabalho fez com que a filosofia se tornasse a atividade de um determinado grupo. Ela é, portanto, parcial e reflete o pensamento desse grupo. Essa parcialidade e o fato de que o Estado se torna legítimo a partir dessas reflexões parciais – como, por exemplo, o liberalismo – transformou a filosofia em “Filosofia do Estado”. Esse comportamento do filosofo e do cientista em face do poder resultou também na alienação do homem.
As classes sociais 
As ideias liberais consideravam os homens, por natureza, iguais politicamente e juridicamente. Liberdade e justiça eram direitos inalienáveis de todo cidadão. Marx, por sua vez, proclama a inexistência de tal igualdade natural e observa que o liberalismo vê os homens como átomos, como se estivessem livres das evidentes desigualdades estabelecidas pela sociedade.
Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais.
A história do homem é segundo Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos, embora esses conflitos nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada. As divergências, oposições e antagonismo de classes estão subjacente a toda relação social, nos mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedade privada.
A origem histórica do capitalismo 
O capitalismo surge na história quando, por circunstâncias diversas, uma enorme quantidade de riquezas se concentra nas mãos de uns poucos indivíduos, que têm por objetivo a acumulação de lucros cada vez maiores.
No início, a acumulação de riquezas se fez por meio da pirataria, do roubo, dos monopólios e do controle de preços praticados pelos Estados absolutistas. A comercialização era a grande fonte de rendimentos para os Estados e a nascente burguesia.
A Revolução Industrial introduziu inovações técnicas na produção que aceleraram o processo de separação entre o trabalhador e os instrumentos de produção. As máquinas e tudo o mais necessário ao processo produtivo, ficaram acessíveis somente aos mais ricos. Os artesãos, isolados não podiam competir com dinamismo dessas nascentes industriais e do consequente crescimento do mercado.
O salário 
O operário, é aquele indivíduo que nada possuindo, é obrigado a sobreviver da venda de sua força de trabalho e, em troca, paga ao operário uma quantia em dinheiro. O salário é, assim, o valor da força de trabalho, considerada como mercadoria. Como a força de trabalho não é uma “coisa”, mas uma capacidade, inseparável do corpo do operário, o salário deve corresponder à quantia que permitia ao operário alimentar-se, vestir-se, cuidar dos filhos, recuperarem as energias e, assim, estar de volta ao serviço no dia seguinte. Em outras palavras, o salário deve garantir a reprodução das condições de subsistências do trabalhador e sua família.
Trabalho, valor e lucro
O capitalismo vê a força de trabalho, como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer. Enquanto os produtos, ao serem usados, simplesmente se desgastam ou desaparece, o uso da força de trabalho significa, ao contrário, criação de valor. Os economistas clássicos ingleses desde Adam Smith, já haviam percebido isso ao reconhecerem o trabalho como a verdadeira fonte de riqueza das sociedades.
Marx foi além, para ele o trabalho ao se exercer sobre determinados objetos, provoca nestes uma espécie de “ressurreição”. Tudo o que é criado pelo homem, diz Marx, contém em si um trabalho passado, “morto”,
que só pode ser reanimado por outro trabalho. Assim, por exemplo, um pedaço de couro animal curtido, uma faca e fios de linha são, todos, produtos do trabalho humano. Deixados em si mesmos, são coisas mortas; utilizadas para produzir um par de sapatos, renascem como meios de produção e se incorporam um novo produto, uma nova mercadoria, um novo valor.
A mais valia 
Suponhamos que o operário tenha uma jornada diária de nove horas de trabalho e confeccione um par de sapatos a cada três horas, ele cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário, que é suficiente para obter o necessário à sua subsistência. Como o capitalista lhe paga o valor de um dia de força de trabalho, o restante do tempo, seis horas, o operário produz mais mercadorias, que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário. A duração da jornada de trabalho resulta, portanto, de um cálculo que leva em consideração o quanto interessa ao capitalista produzir para obter lucro sem desvalorizar seu produto.
Visualiza-se, portanto, que uma coisa é o valor da força de trabalho, isto é, o salário, e outra é quanto esse trabalho rende ao capitalista. Esse valor excedente produzido pelo funcionário é o que Marx chama de mais-valia.
As relações políticas 
Para Marx as condições específicas de trabalho geradas pela industrialização tendem a promover a consciência de que há interesses comuns para o conjunto de classes trabalhadoras e, consequentemente, tendem a impulsionar a sua organização política para a ação. A classe trabalhadora, portanto, vivendo uma mesma situação de classe e sofrendo progressivo empobrecimento em razão das formas cada vez mais eficientes de exploração do trabalhador, acaba por se organizar politicamente. Essa organização é que permite a tomada de consciência da classe operaria e sua mobilização para a ação política.
Materialismo histórico 
Teoria marxista, na qual se atribui a explicação de toda a história das relações humanas por meio de fatos materiais. Marx parte do princípio que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como seus homens organizam a produção social de bens. A produção social, segundo Marx, engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de trabalho.
Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade. As relações de produção, nesse sentido, são consideradas as mais importantes relações sociais. Os modelos de família, as leis, a religião, as ideias políticas, os valores sociais são aspectos cuja explicação depende, em princípio, ao estudo do desenvolvimento e do colapso de diferentes modos de produção.
Analisando a história, Marx identificou alguns modos de produção específicos: sistema comunal primitivo, modo de produção asiático, modo de produção antigo, modo de produção germânico, modo de produção feudal e modo de produção capitalista. Cada qual representa diferentes formas de organização privada e da exploração do homem pelo homem.

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