Buscar

caso peça 3 ACAO DE ANULACAO DE NEGOCIO JURIDICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR – BA.
GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador da cédula de identidade nº..., expedida pelo..., inscrito no CPF/MF sob nº..., usuário do endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., nesta comarca de Vitória - ES vem, respeitosamente perante V. Exa., por seu advogado que esta subscreve, com escritório..., e endereço eletrônico..., pelo que regem os artigos 77, 319 e seguintes do Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015, propor:
AÇÃO REVOCATÓRIA PARA ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO GRATUITO
pelo procedimento COMUM, em face de BERNARDO, brasileiro, viúvo, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob nº..., usuário do endereço eletrônico..., residente na rua..., em Salvador / BA, e JULIANA menor impúbere, representada legalmente por sua GENITORA, brasileira, solteira, portadora da cédula de identidade n°...., expedida pelo..., inscrita no CPF sob n° ..., usuária do endereço eletrônico..., residente e domiciliada na rua ..., nesta comarca de Macaé – RJ, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Com base no art. 98, do CPC/15, art. 5º, LXXIV, da CRFB/88, art. 2º, lei nº 1.060/1950 e Súmula nº 481 do STJ o autor requer a V. Ex.ª. a concessão do benefício da gratuidade de justiça, tendo em vista que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem prejuízo do seu próprio sustento. 
II – DOS FATOS
A presente ação se dá pelo fato que BERNARDO fez doação de seus dois imóveis, localizados em Aracruz e Linhares ambos no Espirito Santo, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais), para sua filha JANAÍNA, que é menor de idade e reside no estado do Rio de Janeiro em Macaé, com sua mãe. 
A doação referida é com cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio réu, além da cláusula de incomunicabilidade, que pode ser verificado na Certidão de Ônus Reais. Devo ressaltar que mesmo os imóveis valendo trezentos mil reais, o mesmo possui dividas que chegam a R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), que o torna insolvente, além disso, o imóvel doado está alugado para terceiros.
III - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O direito dos autores encontra amparo inicialmente no artigo 158 do Código Civil, uma vez que os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. 
Resta claro que o negócio jurídico apresentado é passível de anulação, pois demonstra que o devedor possui o objetivo, através de meio ilícito, assegurar os imóveis de uma possível ação de execução judicial. Pois, o réu fez tais doações a sua filha Janaina, logo após contrair e deixar vencer as dívidas, reiterando que o devedor possui dívidas maiores que seu patrimônio, tornando insolvente e deixando clara a fraude contra seus credores. 
Corroborando com esta temática o eminente professor Flávio Tartuce (2017) nos ensina que:
Constitui fraude contra credores a atuação maliciosa do devedor, em estado de insolvência ou na iminência de assim tornar-se, que dispõe de maneira gratuita ou onerosa o seu patrimônio, para afastar a possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à transmissão. (TARTUCE, 2017, p. 188)
Sendo, portanto, sensata a anulação da doação como relata o ilustre professor Flávio Tartuce vez que “caberá ação anulatória por parte de credores quirografários eventualmente prejudicados, desde que proposta no prazo decadencial de quatro anos, contados da celebração do negócio fraudulento (art. 178, II, do CC)” (Manual de Direito Civil: volume único; Forense; 2017, p. 188).
Ademais, um fato que não pode passar despercebido é a cláusula de usufruto vitalício para o réu, deixando este com o domínio da coisa, explicitando o intuito de burlar a lei e o direito dos credores previsto no art. 167 do Código Civil de 2002.
Por fim, o negócio jurídico gratuito celebrado deve ser anulado, impedindo o objetivo do réu de fraudar doação de bens imóveis e, desta forma, garantindo aos credores o pagamento de seus direitos.
IV – DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência: 
a) A citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do CPC/2015 para integrar a relação processual;
b) Declaração anulatória do negócio jurídico gratuito, tendo em vista o objetivo do réu de fraudar o credor/autor, artigo 158 do Código Civil 2002;
c) Concessão da gratuidade de justiça;
d) A procedência do pedido do autor para anular o negócio jurídico gratuito;
e) Ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar o réu nos ônus sucumbência e ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
f) intimação dos réus para audiência de conciliação ou mediação;
g) Receber o montante da dívida que é de R$80.000,00 reais, aceitando parcelamento do valor, como os imóveis encontram – se alugados podendo ser repassado todo mês à quantia dos alugueis ao autor até que quite toda a dívida no valor mencionado.
V – VALOR DA CAUSA 
Dá–se à causa o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), nos termos do art. 291 e 292 do CPC/15.
VI – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC/15, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
VII – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
A designação de audiência prévia de conciliação ou mediação e intimação do réu para o seu comparecimento, nos termos do art. 334, do CPC/2015;
Termos em que,
Pede deferimento.
Salvador - Ba, Data...
ADVOGADO...,
OAB/__ nº...,
Aluno: Luan Ferreira Peixinho
Prática Simulada I - CCJ0146
Professor: Gustavo Silva Calçado

Outros materiais