Buscar

Vigilância da Fluoretação das Águas nas Capitais Brasileiras

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Luterana do Brasil
Saúde, Bioética e Sociedade
Alana Fonseca, Caroline Geremias, Franscine Kruger, Ketlyn Monique, Raquel Marsh 
Introdução
 A fluoretação é a adição controlada de um composto de flúor à água de abastecimento público com a finalidade de elevar a concentração do mesmo a um teor predeterminado e, desta forma, atuar no controle da cárie dentária. Representando uma das principais e mais importantes medidas de saúde pública, a fluoretação, pode ser considerada como o método de controle de cárie dentária mais efetiva, quando levado em consideração a abrangência coletiva. 
 Levando em consideração de que a fluoretação das águas de abastecimento público, seja uma forma efetiva de prevenção da cárie, um controle em relação a fluoretação deve ser mantido, tanto para saber se a quantidade distribuída está sendo eficaz na prevenção da cárie, como também, se suas quantidades não se encontram relativamente aumentadas, podendo causar fluorose, causando assim, danos à saúde.
 
A Vigilância da Fluoretação das Águas nas Capitais Brasileiras
A Vigilância em Saúde no Brasil vem adquirindo um nível de especificidade de importante papel, tanto em ações de promoção e proteção da saúde como na orientação de ações voltadas para o controle de eventos adversos à saúde.
A Lei n° 8.080/1990, ao ampliar o conceito de saúde, passou a atribuir ao Sistema Único de Saúde (SUS) a responsabilidade pela execução das ações de vigilância em uma perspectiva mais abrangente, incorporando os condicionantes socioambientais como determinantes da saúde das populações. A integração entre o monitoramento de fatores ambientais que possam oferecer riscos à saúde e de agravos associados a esses fatores ambientais representa a essência das ações da Vigilância em Saúde Ambiental.
A fluoretação é a adição controlada de um composto de flúor à água de abastecimento público com a finalidade de elevar a concentração do mesmo a um teor predeterminado e, desta forma, atuar no controle da cárie dentária.
Compostos de flúor adicionados à água de abastecimento previnem ou reduzem a incidência de cárie dentária. Isto é especialmente verdadeiro para crianças. Porém, fluoreto demais pode causar efeitos tóxicos ou adversos à saúde. Por causa disso, a adição de fluoreto na água destinada ao consumo humano é regulada por legislação específica.
Atualmente, o padrão de potabilidade da água de consumo humano é estabelecido pela Portaria MS n°518/2004, que determina o valor máximo permitido (VMP) de 1,5 partes por milhão (ppm) para o fluoreto. Porém, na maior parte do país, tendo em vista as médias de temperaturas máximas anuais, a concentração preconizada para maximizar a prevenção de cárie e limitar a ocorrência de fluorose do esmalte situa-se entre 0,6 e 0,9 ppm. A rigorosa observância desse limite deve-se ao fato de o fluoreto ser encontrado, além de nas águas de abastecimento público, em vários produtos, como águas minerais, chás, medicamento, cremes dentais, suplementos nutricionais, sendo seu monitoramento de grande interesse para a vigilância em saúde. Sendo, assim reforçada a necessidade da implementação de sistemas de vigilância.
A ampliação da cobertura da fluoretação de águas no país reforça a necessidade do monitoramento desse parâmetro por parte das Secretarias Municipais de Saúde, responsáveis pela vigilância da água para consumo humano. O potencial dessa política pública tem sido pouco destacado, a despeito de sua importância para a adequação do processo de fluoretação.
A fluoretação de águas é a principal política publica para prevenção de cáries no pais, e a concentração adequada do fluoreto na água é fundamental para obtenção dos benefícios e controle dos riscos associados a essa medida. O VIGIAGUA é um programa nacional coordenado pelo Ministério da Saúde/Secretaria de vigilância em Saúde, implantado praticamente em todas as capitais brasileiras e tem, entre suas responsabilidades, o monitoramento dos teores de flúor nas águas de abastecimento. 
Com o propósito de esclarecer o assunto sobre a vigilância na fluoretação das águas, nosso grupo entrou em contato com o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) por e-mail. Explicamos ser acadêmicas de odontologia e que estaríamos realizando uma pesquisa a respeito da “Vigilância na Fluoretação das Águas das Capitais Brasileiras, e que gostaríamos de saber a respeito. E obtivemos a seguinte resposta:
 
“Boa Tarde,
A Portaria 2914 do Ministério da Saúde de 12.12.2011 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Esta Portaria se aplica à água destinada ao consumo humano proveniente de Sistemas e Soluções Alternativas de Abastecimento de Água. A referida portaria, estabelece no artigo nº 37, paragrafo 1º, que os valores recomendados para a concentração de íon fluoreto na água tratada para consumo humano devem observar a Portaria 635/GM/MS, de 30 de Janeiro de 1976, não podendo ultrapassar o valor máximo permitido de 1,5 mg/L, expresso na Tabela do Anexo VII da Portaria 2914/2011. Para o município de Porto Alegre, são consideradas dentro do padrão de Potabilidade as águas que apresentarem a concentração de íon fluoreto dentro da faixa de 0,6 a 0,9 mg/L.
A elaboração e revisão da Portaria de potabilidade têm como base uma discussão de alcance nacional, com ampla participação do setor saúde - esferas federal, estadual e municipal, os serviços de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental em saúde, o setor de saneamento – companhias estaduais, serviços municipais e suas entidades representativas, as universidades e instituições de pesquisa, os órgãos ambientais e entidades da sociedade civil (Instituto de Defesa do Consumidor), tendo como  coordenação a entidade responsável pela Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde Ambiental, com parceria do Departamento de Engenharia de Saúde Pública e da representação no Brasil da Opas/OMS.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos deve atender na integra a Legislação do Ministério da Saúde, Portaria nº 2914/2011.
O DMAE agradece o seu contato e coloca-se à disposição para esclarecimentos adicionais.”
Conclusão
A fluoretação da água é reconhecida como um importante fator para o declínio da prevalência da cárie dentária. Portanto, além de ser mantida, deve ser monitorada, a fim de que o teor de flúor seja mantido dentro dos padrões adequados para o controle da cárie e prevenção da fluorose dentária. Programas de políticas públicas devem garantir a implantação da fluoretação das águas em municípios com sistemas de tratamento, possibilitando à população o acesso aos benefícios do flúor.
Já que é um meio de prevenção de baixo custo e que proporciona até mesmo a população de baixa renda o direito de se prevenirem contra a cárie, mesmo que não se tenha dinheiro para comprar dentifrícios fluoretados, deve haver uma rigorosa fiscalização que proporcione a todos a segurança necessária ao uso de íons de flúor, tanto para o seu uso ser eficaz, como para que não haja exageros capazes de causar algum dano a saúde.

Outros materiais