Buscar

Organização do Trabalho Acadêmico

Prévia do material em texto

Vídeo.
Nesta aula, aprenderemos sobre conceitos relacionados à organização do trabalho acadêmico, suas caracterizações e particularidades, possibilitando a reflexão sobre os significados das palavras organização, trabalho e acadêmico. Conheceremos ainda o histórico da Internet, que é a rede mundial de computadores, e identificaremos os principais sites de pesquisa na área educacional. Antes de iniciarmos um percurso sobre a organização do trabalho acadêmico, vamos refletir sobre o sentido destas palavras.
Organização: Geralmente, utilizamos esta palavra como o modo que organiza um determinado sistema. Em outros termos, é a palavra que indica arranjar, dispor ou classificar documentos, informações e objetos. Prova disso é que trabalhamos com o conceito de pensamento sistemático, ou seja, um pensamento organizado de forma rigorosa e precisa a partir de determinadas regras de organização da nossa capacidade de pensar e representar pela linguagem o próprio pensamento.
Trabalho: Podemos compreendê-lo como um ato vital para garantir a sobrevivência humana. Em outras palavras, é um ato intencional do homem num movimento de retorno à natureza para produzir sua existência. Decorre de uma relação dialética (conflituosa) entre o homem e a natureza, ou seja, o homem como produto da natureza retorna à mesma para produzir as condições materiais de sua existência. Nesse processo, antecipa a sua ação em sua mente e, com isso, produz os sentidos e os significados sobre a natureza, o homem e de como este se relaciona com ela, consigo e com os outros seres humanos. Em outras palavras, produzimos sentidos e significados. Portanto, produzimos conhecimento e formamos a nossa consciência.
Acadêmico: O termo decorre do filósofo grego Platão à sua escola: academia. Esta foi fundada na parte noroeste da cidade de Atenas, mais precisamente em um terreno que homenageava a deusa Atena da Mitologia Grega. De acordo com a tradição da cidade, acreditava-se que o jardim pertenceu a Academo (uma personagem mitológica). Por esta razão é que designamos o termo aos estabelecimentos que se destinam à atividade do ensino (principalmente do ensino superior de base científica) como também para designar a prática de esportes ou ginásticas. Além disso, refere-se às instituições que se dedicam à vida artística, literária e científica. O termo acadêmico se refere à atividade do ensino (principalmente do ensino superior de base científica). Podemos afirmar que o trabalho acadêmico decorre da tradição de uma cultura, portanto de uma determinada forma de evidenciar formas de organização do pensamento, da linguagem e dos resultados de uma investigação rigorosa, seja ela filosófica, científica ou artística. A partir das concepções sobre o trabalho acadêmico, podemos lançar algumas questões, tendo a finalidade de possibilitarmos a reflexão crítica sobre o domínio das regras e do conteúdo de um texto acadêmico. São elas:
Do ponto de vista pedagógico: Qual é a finalidade do trabalho acadêmico em nossa formação?
Do ponto de vista teórico-ideológico: Qual é a finalidade do trabalho acadêmico para a sociedade?
Do ponto de vista epistemológico: Qual é a forma (o método) e o conteúdo (as bases teóricas) do trabalho acadêmico?
Em referência ao trabalho acadêmico, estamos querendo afirmar que o mesmo é intencional e datado historicamente. Portanto, ele expressa determinados interesses da época em que é ou foi produzido. Sendo assim, aquele que produz um trabalho acadêmico se constitui como autor, ou seja, o responsável pelo que declara. Isso nos leva a afirmar que é uma questão ética evidenciarmos com quem, como e para que dialogamos em nossos textos. 
texto Acadêmico – Caracterização: Todo texto acadêmico resulta de um processo de investigação rigorosa, seja ela filosófica, científica ou artística. Sendo assim, podemos compreender que a sua essência ou razão de ser encontra-se no objeto de análise de pesquisa. Um segundo aspecto – tão importante quanto o primeiro – é a distinção existente entre o conteúdo (bases teóricas) e a forma (o método, a linguagem, a organização dos elementos e etc.). A esta altura, você deve estar se perguntando: se o conteúdo sobrepõe à forma ou se a forma sobrepõe ao conteúdo? Essa é uma questão complexa para tratarmos rigorosamente da mesma em nossa aula. Mas vale fazermos a seguinte consideração: vai depender de qual base teórico-metodológica nos apoiamos para compreender a relação entre conteúdo e forma. Por conseguinte, cabe-nos fazer uma opção teórica e explicitarmos como ela compreende tal relação.
Sendo assim, tomemos como referencial a perspectiva de análise dialética. Segundo a dialética, embora o conteúdo e a forma sejam coisas distintas, uma só existe mediante a existência da outra, ou seja, uma constitui e é constituída pela outra. Além disso, compreende que a forma e o conteúdo de um texto rigoroso revelam uma determinada compreensão acerca da natureza, do mundo, do homem, da sociedade e das relações que estabelecemos com os mesmos. Portanto, um texto não é neutro e objetivo, mas subjetivo, histórico, social e intencional.
Tipos de textos acadêmicos: Todo trabalho acadêmico, ou seja, toda pesquisa ou atividade acadêmica pode e deve ser divulgada em diferentes tipos de textos: 
Livro: tradicionalmente utilizado para veicular os resultados da pesquisa científica, literária ou artística.
Artigos: em decorrência do aumento da produtividade nos meios acadêmicos e científicos do século XX para cá, como também do fenômeno da especialização nas áreas de conhecimento, optou-se por uma forma de texto que pudesse divulgar os resultados de uma pesquisa ou de um estudo de forma rápida. Dessa necessidade, surgiram os periódicos especializados (revistas) que tem por finalidade publicar artigos e resenhas. Hoje, com o advento da Internet e com a propagação de sites de caráter científico, acadêmico, filosófico e literário, expandiram as possibilidades de publicação e de divulgação.
Outros: teses, dissertações, monografias, ensaios, relatórios de pesquisa, trabalhos de curso, memorial, portfólio e etc., são textos mais restritos, ou seja, atendem às necessidades do processo de formação, pesquisa e apresentação de seus resultados.
A leitura e o texto acadêmico: Possivelmente, quando você iniciou o seu curso, deve ter ficado(a) impressionado(a) com a quantidade de leituras diferentes que deve enfrentar em cada disciplina, esta ou aquela matéria difícil e, como se não bastasse, produzir trabalhos acadêmicos que devem seguir determinadas normas ou regras para serem avaliados. Ufa! Haja fôlego. A respeito da formação acadêmica, inicialmente, gostaríamos de dizer que, como professores universitários, um dia fomos alunos da universidade. Provavelmente, no passado fizemos tais perguntas em algum momento, seja na graduação ou na pós-graduação. Hoje nos deparamos com a responsabilidade de orientar e formar o nosso aluno a partir dos rituais existentes como, por exemplo, do domínio crítico do conhecimento e das regras de organização do trabalho acadêmico. Quem sabe um dia você não poderá estar ocupando este lugar! Uma formação acadêmica, de base teórico-metodológica e crítica, só se faz mediante a leitura atenta, rigorosa e investigativa da obra. 
Desse modo, passamos a uma questão central: qual é a importância da leitura? O educador brasileiro Paulo Freire em sua obra “A importância do ato de ler” faz uma análise profunda sobre a coerência entre a prática e o discurso. Tal análise aponta para a compreensão de que é possível o exercício de uma prática pedagógica baseada numa perspectiva libertadora da educação, ou seja, de uma prática que supera a opressão e a dominação da prática tradicional, autoritária e bancária que predominou no modelo de escola da sociedade moderna. 
Durante a obra, Freire faz uma profunda reflexão entre a vivência do autor na infância e a sua concepção de leitura e ressalta que antes todo ser humano sabe ler antes mesmo de conhecer e dominar a palavra escrita. Desse entendimento, compreende que assimcomo fazemos a leitura do mundo, conseguimos escrevê-lo, ou seja, traduzi-lo em palavras. Além disso, salienta que não existe texto sem contexto. Em outras palavras, um texto é uma forma de compreensão da realidade. Sendo assim, convidamos-lhe a conhecer as palavras deste autor sobre a importância do ato de ler. A respeito do ato de ler, mediante o exposto até o momento, indicamos a você os seguintes procedimentos de estudo: 
Ao fazer a leitura dos textos (livro didático da disciplina, textos complementares, aulas on-line), procure registrar as palavras que você não conhece e faça uma pesquisa no dicionário (ele é uma fonte de consulta fundamental em nossa formação). Após compreender o significado da palavra, refaça a leitura do texto. Assim, estará ampliando o seu entendimento, portanto, apropriando-se do conteúdo;
Procure fazer uma síntese (resumo) das principais ideias do(a) autor(a) com suas palavras ou com as palavras do (a) autor (a). Tal prática é fundamental para você compreender o que está e como está sendo dito;
Anote suas dúvidas e coloque-as para o(a) professor(a). Assim, o (a) mesmo (a) terá como fazer as devidas orientações para os seus estudos e entendimentos;
Sempre que possível, consulte outras fontes de pesquisa, como Internet, jornal, artigos, livros de assuntos que você não domina. A prática da pesquisa é um diferencial na formação de ensino superior;
Procure elaborar novas questões problematizando o que está sendo estudado e faça uma relação entre os referenciais teóricos e as práticas sociais. Com o tempo, você perceberá que toda prática social está alicerçada em uma determinada forma de compreensão e que toda teoria é resultado de práticas humanas como, por exemplo, a pesquisa.
Agora, dedicando-nos a estudar a Internet como fonte de pesquisa na área da educação, destacaremos alguns sites fundamentais para o campo educacional. 
Breve Histórico da Internet: Boa parte da produção do conhecimento científico e tecnológico no século XX se desenvolveu a partir de pesquisas desenvolvidas na área militar. A Internet surgiu nos tempos áureos da Guerra Fria.
Guerra Fria: Corresponde ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados e a União Soviética. Iniciou-se após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45) e vai até a dissolução da União Soviética em 1991.
Esse período expressa a disputa entre dois projetos distintos de sociedade, ou seja, entre o Capitalismo e Socialismo. Nesse contexto, qualquer inovação científica e tecnológica era de interesse das duas grandes potências da época: os Estados Unidos e a União Soviética. Elas compreendiam que era necessária uma eficácia dos meios de comunicação. Tal situação levou os EUA, que temia um ataque soviético ao seu país, a investirem num modelo de troca e compartilhamento de informação que permitisse a descentralização das informações armazenadas no Pentágono (Central das Forças Armadas dos Estados Unidos, inaugurado em 13/01/1943). Sendo assim, foi criada pela ARPA (Advanced Research Projects Agency a ARPANET que operava através de um sistema de chaveamento de pacotes, ou seja, de um sistema de transmissão de dados em rede de computadores. Como o conflito militar entre as duas grandes potências (EUA e União Soviética) não se materializou nos anos 70, o governo norte-americano permitiu que pesquisadores das universidades de seu país desenvolvessem estudo na área de defesa. A partir daí, o sistema foi dividido em dois grupos: MILNET (para localidades militares) e a ARPANET (para as localidades não militares) o que acabou impulsionando as pesquisas na área de ciências da computação.
A Internet decorre da lógica de um projeto de defesa militar, a partir do momento em que jovens da contracultura buscaram a difusão da informação. Sendo assim, foi criado um sistema técnico denominado “Protocolo da Internet”, permitindo que o tráfego de informações fosse encaminhado de uma rede para outra. No ano de 1991, foi criado, pelo cientista Tim Berners-Lee, a World Wide Web (WWW) e a  empresa norte-americana Nescape criou o protocolo HTTPS. Este protocolo possibilitou o envio de dados criptografados para transações comerciais pela Internet. Portanto, a década de 90 marcou a explosão e a popularização da Internet. Só para se ter uma ideia, em 2003, cerca de 600 milhões de pessoas estavam conectadas à rede e, em junho de 2007, esse número chegava a 1,234 bilhão de usuários espalhados pelos quatro cantos do mundo. [1: Leia o texto sobre a contracultura no seguinte endereço: http://pt.wikipedia.org/wiki/Contracultura e leia o artigo “Filósofo da Contracultura”, de Gian Danton, no seguinte site: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=747]
Internet – A rede mundial de computadores: A rede mundial de computadores, denominada de Internet, tornou-se uma grande fonte de pesquisa para todas as áreas do conhecimento, pois a mesma disponibiliza um grande acervo de dados aos interessados. Além disso, o conteúdo disponível pode ser acessado com facilidade, pois os atuais recursos informacionais e comunicacionais estão acessíveis no mundo inteiro. As informações que são armazenadas num Web Site permite ao usuário navegar por toda a rede de computadores, podendo realizar consultas e buscar informações de toda ordem. Segundo Severino, a Internet “permite ainda aos pesquisadores de todo o planeta trocar mensagens e informações, com rapidez estonteante, eliminando assim barreiras de tempo e de espaço“. A Internet estrutura-se da seguinte forma: pela WWW (World Wid Web) e que o acesso deverá ser feito através do protocolo HTTP (Protocolo de Transporte de Hipertexto), ou seja, é uma técnica utilizada pelos servidores da rede para passarem informações para os programas rastreadores (browsers web). Além disso, existem os provedores que são grandes centros que articulam as redes de computadores.[2: SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez Editora, 2008. (2008, p. 137)]
A pesquisa científica na rede mundial de computadores: Uma das primeiras preocupações que se deve ter para realizar uma pesquisa de caráter científico na Internet é ter clareza do que e onde pesquisar, pois, por se tratar de uma rede mundial de computadores, encontramos as mais variadas informações e comunicações, mas nem todas atendem às necessidades de uma pesquisa acadêmica. Em primeiro lugar, devemos diferenciar os sites informacionais dos sites de instituições que se dedicam às pesquisas científicas nas mais diversas áreas do conhecimento. Para se ter acesso aos diversos sites que disponibilizam os resultados de pesquisas científicas, você poderá fazer um levantamento através dos Web Sites de Busca. Ou seja, no acesso aos programas que ficam vinculados à rede de computadores e que tem por finalidade localizar os sites que tratam do tema pesquisado. Entre os sites mais populares da rede encontram-se: 
Exemplo: O Google (www.google.com.br), o Yahoo (www.yahoo.com), o Alta Vista (www.altavista.com), entre outros. Ao se conectar a um dos sites, você deverá digitar uma palavra-chave, o assunto, o nome de uma pessoa ou de uma entidade etc. A partir dessa informação inicial, aparece uma relação de sites onde se poderá ter acesso ao conteúdo do que se pesquisa. Outro dado importante é compreendermos que existem sites oficiais do governo que disponibilizam seus dados através da Internet. Vejamos alguns sites:
Site do IBICT: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia: www.ibict.gov.br 
Site do portal brasileiro que traz base de dados, bibliotecas virtuais, eventos científicos e portais temáticos nas mais diversas áreas do conhecimento: www.prossiga.ibict.br 
Site do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira: www.inep.gov.br 
Portal Domínio Público, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura do Brasil. É uma biblioteca digital desenvolvida em software livre: www.dominiopublico.gov.br 
Site do Governo Federal: www.brasil.gov.br 
Site do Ministérioda Educação: www.mec.gov.br 
Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE: www.ibge.gov.br 
CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, vinculada ao Ministério da Educação: www.capes.gov.br 
CNPq: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico: www.cnpq.gov.br 
Site do Ministério de Ciência e Tecnologia: www.mct.gov.br 
Site da FINEP: Financiadora de Estudos e Projetos e vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia: www.finep.gov.br
SCIELO: é um portal com todos os artigos científicos das principais revistas científicas especializadas de todo o mundo e de todas as áreas. www.scielo.br 
www.usp.br/sibi - É um portal que permite ter acesso a todos os acervos das bibliotecas de todas as universidades que estejam interligadas em sistema de rede.
Instituto Paulo Freire: www.paulofreire.org 
Base de dados de artigos de periódicos nacionais em Educação – UNICAMP: http://www.bibli.fae.unicamp.br/fae/pesquisa.htm
Biblioteca digital de educação de jovens e adultos. http://www.eja.ce.ufpb.br/eja/ 
ANPED – Associação Nacional de Pós-Gradução e Pesquisa em Educação: www.anped.org.br 
Em Aberto. Periódico do Inst. Nac. de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/index 
Métodos e Processos de Alfabetização. Bibliografia básica e complementar para o Curso de Métodos e Processos de Alfabetização. Visite o seguinte endereço: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2004/ale/meio.htm
Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar (GEBE). http://www.eci.ufmg.br/gebe/index.php?m=P Iniciativa de promoção da leitura da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais. Integra pesquisadores e estudantes em torno de atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas especialmente a questões sobre a função educativa da biblioteca, procurando uma melhor compreensão do potencial dessa instituição como espaço de ação pedagógica.
Metodologia do Ensino. Apresenta publicações do Departamento de Metodologia do Ensino da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (UNICAMP) - São Paulo-Brasil, que estão agrupadas por artigos em revistas especializadas de circulação nacional e internacional, trabalhos publicados em anais de congressos, livros e relatório de pesquisa. Veja no seguinte endereço:
http://www.unicamp.br/anuario/97/humanas/node31.html#SECTION00224000000000000000
Periódicos - Capes. Site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação (MEC) - Brasil, que disponibiliza acesso eletrônico integral ao conteúdo de periódicos internacionais. O portal é uma ferramenta que facilita as pesquisas bibliográficas por meio de bases de dados referenciais, tendo como público-alvo toda comunidade acadêmica, professores, alunos de graduação e pós-graduação das instituições relacionadas em Instituições Federais de Ensino Superior. Visite o seguinte endereço: http://www.periodicos.capes.gov.br
Exercícios:
1. Boa parte da produção do conhecimento científico e tecnológico no século XX se desenvolveu a partir de pesquisas desenvolvidas na área militar. A Internet surgiu nos tempos áureos da Guerra Fria. Esse período expressa a disputa entre dois projetos distintos de sociedade. São eles: Capitalismo e Socialismo. VERDADEIRO
2. Sobre a rede mundial de computadores, podemos afirmar que: tornou-se uma grande fonte de pesquisa para todas as áreas do conhecimento, pois a ela disponibiliza um grande acervo de dados aos interessados. VERDADEIRO
3. Sobre a rede mundial de computadores, podemos afirmar que: As informações são armazenadas num Web Site e permite ao usuário navegar por toda a rede de computadores, podendo realizar consultas e buscar informações de toda ordem. VERDADEIRO
4. Sobre a rede mundial de computadores, podemos afirmar que: A Internet estrutura-se da seguinte forma: pela WWW (World Wid Web) e que o acesso deverá ser feito através do protocolo HTTP (Protocolo de Transporte de Hipertexto), ou seja, é uma técnica utilizada pelos servidores da rede para passarem informações para os programas rastreadores (browsers web). VERDADEIRO
O tecnicismo educacional tem como fundamento o seguinte principio: aprender a fazer.
Normas, procedimentos e técnicas – o cotidiano racionalizado: Uma das formas de compreendermos o tempo histórico em que vivemos é considerarmos o modo de organização da produção material e não material de nossa sociedade. Assim sendo, para entendermos as relações às quais estamos sujeitos em nossa contemporaneidade, temos que refazer o percurso e compreender alguns elementos centrais na formação e desenvolvimento da cultura urbano-industrial.
Pré-História: A partir de um breve estudo histórico sobre a formação cultura urbano-industrial, iremos apenas identificar alguns pontos que nos permitirá uma radiografia da mesma. Para tanto, retomaremos ao processo de constituição da sociedade moderna e capitalista, bem como o desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico. Tal conhecimento constituiu-se como um dos pilares centrais para a racionalização das relações humanas (sejam elas políticas, econômicas e sociais).
Modernidade e o Capitalismo: O sistema capitalista de produção, baseado no processo de industrialização, só foi possível com o nascimento e desenvolvimento da ciência moderna. Esta, por sua vez, acabou por atender às necessidades da burguesia capitalista que, a partir de sua ascensão econômica, aspirava ao controle do poder político-social e, para tanto, teria que promover processos revolucionários nos planos teóricos e práticos. Assim, se por um lado a burguesia comercial assumiu o papel de mecenas, financiando o desenvolvimento da arte, da filosofia moderna e da ciência, por outro lado, o conhecimento científico produzido promoveu a junção da ciência com a técnica, provocando profundas mudanças nas relações do homem com a natureza e consigo mesmo.
O processo revolucionário burguês estendeu-se ao campo político e econômico. No plano econômico, foi possível o desenvolvimento de um novo sistema de produção a partir da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, e mais tarde, na Alemanha do século XIX. No plano político, impulsionado pelas ideias do liberalismo, no século XVIII, deu-se Revolução Francesa fundamentada nos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade.
Idade Média: A Revolução Industrial significou um conjunto de transformações em diferentes aspectos da atividade econômica (indústria, agricultura, transportes, bancos, etc.) que levou a uma afirmação do capitalismo como modo de produção dominante com suas duas classes básicas: a burguesia, detentora dos meios de produção e concentrando grande quantidade de dinheiro, e o proletariado, que, desprovido dos meios de produção, vende a sua força de trabalho para subsistir. Significou, sobretudo, uma revolução no processo de trabalho, por meio da “(...) criação de um ‘sistema fabril’ mecanizado que por sua vez produz em quantidades tão grandes e a um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado (...)”.Se o século XVIII presenciou o nascimento da indústria mecanizada, podemos apontar alguns efeitos desse processo, a partir do século XIX, tais como:[3: HOBSBAWM, 1981, p.48. in: PEREIRA, Maria Eliza M.; RUBANO, Denize Rosana & MOROZ, Melamia. Séculos XVIII e XIX: revolução na economia e na política, p. 257]
Do ponto de vista político, os séculos XVIII e XIX trouxeram:
A destituição das relações feudais;
Uma postura contrária ao absolutismo assumida pela burguesia (poder absoluto do rei);
A defesa de um governo liberal, ou seja, a defesa de um Estado baseado no contrato social entre Estado e Sociedade;
A formação e o desenvolvimento do Estado-Nação;
A divisão social do trabalho;
O aprofundamento da divisão social de classes;
Introdução da divisão social do trabalho.
A racionalização da produção material e não material, na sociedademoderna, instituiu novas formas de controle racional sobre a vida. O Estado Moderno ou Estado Nação assume o papel de regulador das relações políticas, econômicas e sociais no novo modelo de sociedade. Com o emprego da ciência e da tecnologia no mundo do trabalho e da produção, desenvolve-se um conjunto de princípios racionais para regular as relações humanas e sociais. Desta forma, é no aparelho estatal que se configuram as regras e/ou normas que procuram padronizar procedimentos a partir de critérios científicos e reconhecidos por um determinado grupo ou classe. A partir do controle do Estado, todo indivíduo, ao nascer, deve passar pelo crivo do reconhecimento do aparelho estatal através do Registro Civil (ou Certidão de Nascimento) para se constituir como cidadão de direitos e deveres de uma sociedade racionalizada. Desse documento derivam-se outros, tais como:
Exemplo: Carteira de Identidade, CPF, Certificado de Reservista, Carteira Profissional, etc. A partir dos números dos registros em documentos, faz-se um controle das ações dos indivíduos em sociedade. Fica claro que o não cumprimento de seus deveres implicará em um conjunto de sanções sobre o indivíduo e/ou grupo.
A cultura urbano-industrial, por ser uma cultura complexa nas suas formas de organização e controle, atinge as diversas áreas do saber com os critérios bem definidos, para organizar o que, como e para que produzir algo ou alguma coisa. Diante do exposto até o momento, podemos conhecer a Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas é responsável pela determinação das normas dos trabalhos científicos e acadêmicos em nossa sociedade. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é uma entidade privada, sem fins lucrativos. Ela foi fundada em 1940 e é reconhecida como único Fórum Nacional de Normalização através da Resolução Nº 07 do CONMETRO, de 21.08.1992.
A finalidade da ABNT é “Prover a sociedade brasileira de conhecimento sistematizado, por meio de documentos normativos, que permita a produção, a comercialização e uso de bens e serviços de forma competitiva e sustentável nos mercados interno e externo, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico, proteção do meio ambiente e defesa do consumidor” (retirado do site da ABNT. Acessado em 01 jun. 2010).
Fases de elaboração do trabalho acadêmico:
CAPA: Por se tratar de um trabalho acadêmico, portanto de caráter científico ou filosófico, deve conter as seguintes informações: nome da instituição, nome do autor, título do trabalho, local (cidade) da instituição, ano de entrega do trabalho. Use a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14 e em caixa alta. A capa é um elemento obrigatório em um texto acadêmico. Veja o exemplo do documento CAPA na Biblioteca Virtual da disciplina.
FOLHA DE ROSTO OU CONTRACAPA: Contém as mesmas informações da capa, mas com fonte menor, ou seja, de 12 cm. Além disso, contém um texto sintético no canto inferior direito sobre o tipo do trabalho a ser desenvolvido, instituição, objetivo do trabalho e nome do orientador. Da mesma forma que a capa, a contracapa é obrigatória. Veja o exemplo do documento CONTRACAPA na Biblioteca Virtual da disciplina.
AGRADECIMENTOS ou DEDICATÓRIA: Vai depender da natureza e da especificidade do trabalho. Em um trabalho acadêmico mais extenso, que envolve um tempo de pesquisa e de produção longo, como é o caso da Dissertação de Mestrado ou Tese de Doutorado, o autor tem a liberdade de escrever seus agradecimentos em um texto longo. Em trabalhos específicos de uma disciplina, como um fichamento, resumo, trabalhos de pesquisa, deve-se fazer um texto conciso, ou seja, um texto mais curto. Veja o exemplo do documento AGRADECIMENTOS ou DEDICATÓRIA na Biblioteca Virtual da disciplina.
RESUMO: Deve expressar os pontos essenciais ou fundamentais do trabalho desenvolvido. Portanto, deve informar os resultados e as conclusões mais relevantes. É elaborado ao final do processo de uma pesquisa realizada. Esse parágrafo deve ser escrito no centro da folha e recomenda-se o mínimo de 100 palavras e o máximo de 250 palavras. É um elemento obrigatório em um trabalho de caráter acadêmico. Veja o exemplo do documento RESUMO na Biblioteca Virtual da disciplina.
EPÍGRAFE: É uma citação que se relaciona com o tema do trabalho, ou seja, é um primeiro convite à reflexão sobre a temática que será apresentada. Situa-se geralmente no canto inferior da página e consiste em uma frase de caráter reflexivo. Além disso, deve-se citar o nome do autor da frase. Veja o exemplo do documento EPÍGRAFE na Biblioteca Virtual da disciplina.
SUMÁRIO: Evidencia cada uma das partes do trabalho (capítulo, título, subtítulo, considerações finais, referências bibliográficas e anexos. Ele não é obrigatório, mas deve ser colocado, quando necessário, pois  é um documento comprobatório de determinadas questões que foram desenvolvidas). Veja o exemplo do documento SUMÁRIO na Biblioteca Virtual da disciplina.
CORPO DO TRABALHO: É importante destacar que a Capa não faz parte da contagem, ou seja, a contagem deve ocorrer a partir da folha de rosto ou contracapa. É fundamental compreender que a visualização numérica da página ocorrerá a partir da primeira página de conteúdo.
Na produção de uma trabalho acadêmico, deve-se utilizar a seguinte formatação:
Títulos e subtítulos devem ser digitados em letra Times New Roman ou Arial, tamanho 14 e espaçamento simples entre as linhas. 
Citações existem 3 tipos: 
Citação de abertura: localiza-se após o título ou subtítulo, que deve ter uma relação com o tema a ser desenvolvido. Deve-se utilizar o recuo de 4 cm da margem esquerda e colocar em "CAIXA ALTA" o nome do autor, ano e página.
Citação no corpo do parágrafo: só é permitida se a mesma não ultrapassar as três linhas e deve estar entre aspas. Em seguida, deve-se colocar em “caixa alta” o nome do autor, ano e página e; 
Citação em destaque: é feita quando a mesma ocupar mais de 03 linhas de texto e sem aspas, pois ela encontra-se em destaque. Deve-se utilizar o recuo de 4 cm a partir da margem esquerda, tamanho 11 e espaçamento simples entre as linhas. Em seguida, deve-se colocar em "CAIXA ALTA" o nome do autor, ano e página.
O texto deve ser digitado em letra Times New Roman ou Arial, tamanho 12 e espaçamento de 1,5cm entre as linhas.
Vejamos a seguir os principais exemplos de citações e como fazê-las:
Livros são citados da seguinte forma: SOBRENOME, Nome do Autor. Título. Cidade: Editora, ano. Exemplos:
CHAUÍ, Marilena. Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Editora Perseu Abramo, 2000. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura). 
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2008 (Coleção Educação Contemporânea).
Artigos de Jornais são citados da seguinte forma: SOBRENOME, Nome do Autor (se houver). Título do artigo. Nome do jornal, cidade, data de publicação. Caderno, página. Exemplo:
NASSIF, Luís. O neonacionalismo nascente. Folha de São Paulo, São Paulo, 07 jul. 2004. Caderno B, p.3.
Artigos de Revistas são citados da seguinte forma: SOBRENOME DO AUTOR, Nome do autor (se houver). Título do artigo. Nome da revista. Cidade, Nº do volume, Nº do fascículo, Páginas consultadas inicial-final, mês ano. Exemplo:
WORRAL, Simon. Londres volta por cima. National Geographic. São Paulo, v.1, nº 2, p.22-43, junho 2003.
Textos de Internet são citados da seguinte forma:
Texto com Autoria: 
SILVA, Deonísio. Até o mais amargo fim. Disponível em: <http://www.deonisio.com>. Acesso em: 12 dez. 2007.
DIAS, G. A. Periódicos eletrônicos: considerações relativas à aceitação deste recurso pelos usuários. Ciência da Informação. Brasília, DF, v. 31, n.3, 2002. Disponível em: <http://www.ibict.br/>. Acesso em: 07 maio 2003.
Evento: SILVA, L. P. A internet na cultura escolar. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 25., 2002, Caxambu. Trabalhos apresentados. Rio de Janeiro: ANPED. Disponívelem: <http://www.anped.org.br/inicio.html>. Acesso em: 07 maio 2003.
Texto sem autoria: 
ESTUDANTES ajudam na preservação ambiental. Disponível em: <http://www3.uberlandia.mg.gov.br/noticia.php?id=885>. Acesso em: 19 set. 2007.
Textos de Internet são citados da seguinte forma: Trabalho acadêmico, dissertação ou tese:
PEDOTT, Paulo Roberto. Publicidade na Internet: a internet como ferramenta de comunicação de marcketing. 2002. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. Disponível em: <http://www.ufrgs.br>. Acesso em: 07 maio 2003.
Legislação: BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/5198.html>. Acesso em: 12 dez. 2007.
Vimos que na produção do trabalho acadêmico devem ser observadas diversas regras. Você deve ter observado ainda que os títulos encontram-se em ITÁLICO. Além desse tipo de formato, você poderá usar também o NEGRITO ou SUBLINHADO. Contudo, ao optar por um deles, deverá utilizá-lo até o final de seu trabalho. Alertamos para o fato de que se deve procurar pesquisar sites com credibilidade, como, por exemplo, sites de universidades, centros de pesquisa, jornais, revistas, etc. 
Exercício:
1. No século XVIII, presenciou-se o nascimento da indústria mecanizada. Podemos apontar como efeitos desse processo, a partir do século XIX, o processo de urbanização com o crescimento de novas cidades e o significativo crescimento populacional. CERTO
2. O tecnicismo educacional tem como fundamento o seguinte principio: aprender a aprender. ERRADO
3. No século XVIII, presenciou-se o nascimento da indústria mecanizada. Podemos apontar como efeitos desse processo, a partir do século XIX, a formação de uma classe trabalhadora assalariada e um crescimento vertiginoso da miséria social. CERTO
4. No século XVIII, presenciou-se o nascimento da indústria mecanizada. Podemos apontar como efeitos desse processo, a partir do século XIX, os avanços na produção e o desenvolvimento dos meios de transporte e de comunicação. CERTO

Continue navegando