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Apelação no Direito Processual Civil

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	DIREITO PROCESSUAL CIVIL
APELAÇÃO
INTRODUÇÃO
É o recurso mais importante, pois permite maior amplitude de debate e é o mais utilizado, sendo, também, o mais antigo.
CONCEITO
Revela a possibilidade de levar a outra instância o que foi debatido em um processo.
Apelação é o recurso oponível às decisões que colocam fim ao processo. Isso nos leva a pensar que é oponível apenas à sentença, sendo cabíveis tanto em processo de conhecimento quanto em processos de execução.
Frederico Sodero: a casa da apelação é o processo de conhecimento, entretanto, todo processo cabível de sentença cabe apelação.
Somente a sentença que trouxer erro na forma (error in procedendo) ou no conteúdo (error in judicando) poderão ser passiveis de apelação. 
CONCEITO: É recurso utilizado, previsto no art 9.941 e 1009, CPC, que tem cabimento das decisões que poe fim ao processo com ou sem resolução do mérito, marcadas por error in procedendo (formal) e/ou error in judicando (material). 
REAPRECIAÇÃO DAS DECISOES INTERLOCUTÓRIAS NÃO PRECLUSAS
Caderno:
Antigamente a apelação só poderia ser apreciada depois que o agravo retido fosse apreciado. Entretanto, houve a extinção do agravo retido.
O NCPC trouxe novas hipóteses de agravo de instrumento que, caso não sejam utilizadas dentro do prazo, serão preclusas.
Nos casos de cabimento que não estão no rol taxativo, podem ser alegadas em preliminar de apelação, ocorrendo arguição das decisões interlocutórias não preclusas e serão verificadas antes do objeto principal da apelação, podendo prejudica-la.
A parte contraria deve ser intimada para apresentar contra razoes no prazo de 15 dias, por serem graves ao processo e por conta do principio da instrumentalidade das formas. 
Doutrina: Humberto, pagina 1014, Volume 3.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DA APELAÇÃO
A QUO AD QUEM: interpõe o recurso diante do juiz que proferiu a sentença recorrida para que este intime a parte contrária e remeta ao ad quem.
PEÇA DE INTERPOSIÇÃO + RAZÕES: o apelante deve interpor a apelação por meio de petição (dirigida ao juiz que proferiu a decisão recorrida) devendo haver dois documentos:
Peça de interposição: que será dirigida ao juízo a quo;
Razões: devem estar juntas à peça de interposição e são os motivos pelo qual se está apelando, remetido ao ad quem.
Conteúdo da apelação:
Nome e qualificação das partes;
Exposição dos fatos e do direito, pois o ad quem receberá apenas o recurso, não o processo num todo;
Razões do pedido de reforma ou decretação de nulidade da sentença;
Pedido de nova decisão.
Posterior aditamento: é quando a parte edita a apelação. 
Em regra, não é possível por conta da preclusão consumativa (consumação do ato de recorrer). 
Entretanto há exceção, qual seja nos casos de oposição de embargos de declaração que modificam a decisão. Ou seja, aquele que já havia apelado, não contava com as modificações da decisão e por isso poderá editar a sua apelação.
Apelação de sentença que indefere a inicial: o juiz que proferiu a decisão recorrida, antes de remeter ao ad quem, poderá de retratar no prazo de 5 dias, gerando o chamado efeito regressivo. Dai, podem ocorrer duas coisas quanto a citação do réu:
Se o juiz não se retrata, cita o réu para apresentar contra razões caso a apelação seja aprovada;
Caso a apelação seja provida pelo tribunal, o réu é apenas intimado, uma vez que já encontrava-se citado.
EFEITOS DA APELAÇÃO
SUSPENSIVOS: Em regra, a apelação tem efeito suspensivo. Entretanto, o código apresenta questões que, por conta de sua natureza, não vão ter efeito suspensivo. São os casos do art 1012, §1º:
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras: a demarcação será aquela até o momento do fim da apreciação da apelação, podendo o proprietário utilizá-la.
II - condena a pagar alimentos: porque, se não, a criança ficaria sem a prestação necessária até o fim da apreciação da apelação.
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.

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