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AULA 6 TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 2017 3

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AULA – 6
PESSOAS JURIDICAS
CONCEITO 
São entidades as quais a lei confere personalidade, capacitando-as a ser sujeitas de direitos e obrigações. Atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que as compõem.
NATUREZA JURIDICA
Varias teorias procuram explicar o fenômeno que leva um grupo de pessoas a constituir um unidade orgânica, com individualidade própria reconhecida pelo Estado e distinta das pessoas que a compõem. 
Podem ser reunidas em dois grupos:
TEORIAS DA FICÇÃO (ambas não são aceitas)
Ficção Legal – desenvolvida por Savigny, sustenta que a pessoa jurídica constitui uma criação artificial da lei.
Ficção Doutrinaria – afirma que a pessoa jurídica é criação dos juristas, da doutrina.
TEORIAS DA REALIDADE
Teoria da Realidade Objetiva – sustenta que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, que nasce por imposição de forcas sociais.
Teoria da Realidade Jurídica (ou institucionalista de Hauriou) – assemelha-se a primeira. Considera as pessoas jurídicas organizações sociais destinadas a um serviço ou oficio, e por isso personificadas.
Teoria da Realidade Técnica – entendem seus adeptos, especialmente Ihering, que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada pelo direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados.
REQUISITOS PARA A CONSTITUICAO DA PESSOA JURIDICA
1 - Vontade Humana Criadora – intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros. Materializa-se no ato de constituição.
2 - Observância das Condições Legais – instrumento particular ou publico, registro e autorização ou aprovação do Governo. O ato constitutivo, denomina-se estatuto, em se tratando de associações (sem fins lucrativos); contrato social, em se tratando de sociedades, simples ou empresarias (antigamente denominadas civis e comerciais), e escritura publica ou testamento, em se tratando de fundações (CC, art. 62). Deve ser levado a registro para que comece, então, a existência legal da pessoa jurídica de direito privado (CC, art. 45). Antes do registro, não passara de mera “sociedade de fato” ou “sociedade não personificada”.
Registro Publico: - sociedade empresaria (na Junta Comercial)
- sociedade simples de advogados (na OAB – EAOAB, arts. 15 e 16, §3º)
- demais pessoas jurídicas de direito privado (no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas – LRP, arts. 114 e s.)
Aprovação do Governo: algumas pessoas jurídicas precisam ainda de autorização do Executivo (CC, art. 45), como as seguradoras, as instituições financeiras as administradoras de consorcio etc.
3 - Licitude dos Seus Objetivos – objetivos ilícitos ou nocivos constituem causa de extinção da pessoa jurídica (CC, art. 69)
CLASSIFICACAO DA PESSOA JURIDICA
Quanto a Nacionalidade:
Nacionais
Estrangeiras
Quanto a Estrutura Interna:
Corporação – (universitas personarum: conjunto ou reunião de pessoas). Visam a realização de fins internos, estabelecidos pelos sócios. Os seus objetivos são voltados para o bem de seus membros. Dividem-se em associações e sociedades, que podem ser simples ou empresarias. 
Fundação – (universitas bonorum: reunião de bens). Visam objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor.
Quanto a Função:
Pessoas Jurídicas de Direito Publico:
Externo – Nações estrangeiras. Santa Se. Organismos Internacionais
Interno:
Administração Direita (União, Estados, DF, Territórios e Municípios)
Administração Indireta (autarquias, inclusive as associações publicas, fundações publicas e as demais entidades de caráter publico criadas por lei) 
Pessoas Jurídicas de Direito Privado (art. 44)
Associações (entidades que não tem fins lucrativos, mas morais, culturais, desportivos ou beneficentes)
Sociedades Simples (tem fim econômico e são constituídas, em geral, por profissionais liberais ou prestadores de serviços)
Sociedades Empresarias (também visam lucro. Distinguem-se das sociedades simples jurídicas porque tem por objetivo o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro previsto no art. 967 do CC.) 
Fundações Particulares (acervo de bens que recebe personalidade para a realização de fins determinados – art. 62, paragrafo único)
Organizações Religiosas (tem fins pastorais e evangélicos e tratam da complexa questão da fé, distinguindo-se das demais associações civis.)
Partidos Políticos (tem fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não)
Sindicatos (embora não mencionados no art. 44 do CC, tem a natureza de associação civil – CF, art. 8º; CLT, arts. 511 e 512)
Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (foram incluídas no rol do art. 44 do CC pela Lei. n.12.441/2011.)
DESCONSIDERACAO DA PERSONALIDADE JURIDICA
A teoria da desconsideração da personalidade jurídica (disregard of the legal entity) permite que o juiz, em casos de fraude e de má-fé, desconsidere o principio de que as pessoas jurídicas tem existência distinta da de seus membros e autorize a penhora de bens particulares dos sócios (CC, art. 50; CDC, art. 28)
RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURIDICAS
Responsabilidade contratual: as pessoas jurídicas, desde que se tornem inadimplentes, respondem por perdas e danos (CC, art. 389). Tem responsabilidade objetiva por fato e vicio do produto e do serviço (CDC, arts. 12 a 25)
Responsabilidade extracontratual: as pessoas jurídicas de direito privado (corporações, fundações, etc) respondem civilmente pelos atos de seus propostos, tenham ou não fins lucrativos (CC, arts. 186 e 932, III)
A responsabilidade das pessoas jurídicas de direito publico por ato de seus agentes é objetiva, sob a modalidade do risco administrativo. A vitima não tem o ônus de provar culpa ou dolo do agente publico, mas somente o dano e o nexo causal. Admite-se a inversão do ônus da prova. O Estado se exonerará da obrigação de indenizar se provar culpa exclusiva da vitima, forca maior e fato exclusivo de terceiro. Em caso de culpa concorrente da vitima, a indenização será reduzida pela metade (CF, art. 37, §6º; CC, art. 43)
EXTINCAO DA PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO
Convencional: por deliberação de seus membros, conforme o quórum previsto nos estatutos ou na lei.
Legal: em razão de motivo determinante na lei – CC, art. 1.034
Administrativa: quando as pessoas jurídicas dependem de autorização do Governo e praticam atos nocivos ou contrários aos seus fins.
Natural: resulta da morte de seus membros, se não ficou estabelecido que prosseguira com os herdeiros.
Judicial: quando se configura algum dos casos de dissolução previstos em lei ou no estatuto e a sociedade continua a existir, obrigando um dos sócios a ingressar em juízo.
DOMICILIO DA PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO
O art. 75 do Código Civil declara que o domicilio da União é o Distrito Federal; dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; e do Município, o lugar onde funcione a administração municipal. O das demais pessoas jurídicas é o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicilio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

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