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DIREITO CIVIL II- OBRIGAÇÕES- RESUMO

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FEVEREIRO 19
OBRIGAÇÕES
POSITIVAS – DAR e FAZER
NEGATIVAS – NÃO FAZER
As obrigações de dar se traduzem em obrigações positivas, em que o devedor tem o dever de entregar algo ao credor, transferindo, dessa forma, a propriedade do objeto devido, que antes se encontrava no patrimônio do devedor.
As obrigações de dar, por sua vez, se subdividem em: obrigações de dar coisa certa ou de dar coisa incerta, cada qual com suas peculiaridades.
As obrigações de fazer não dizem respeito à entrega de uma coisa. Esse tipo de obrigação se materializa no dever de exercer determinada conduta, ou seja, desenvolver determinado trabalho físico ou intelectual, prestar um tipo de serviço.
As obrigações de não fazer determinam que o devedor deixe de executar determinado ato em virtude de um contrato estabelecido entre as partes. É uma obrigação que se materializa na abstenção de um comportamento que poderia normalmente ser exercido se não houvesse o contrato entre as partes.Um exemplo seria o contrato de exclusividade de um artista a uma determinada emissora de televisão; para garantir a exclusividade, o artista assina um contrato em que se obriga a não conceder entrevista a outra emissora. A obrigação de não fazer é não conceder entrevista a outra emissora de televisão.
DESCUMPRIMENTO 
CUMPRIMENTO FORÇADO
INDENIZAÇÃO
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
Lei 
Contrato - art. 421 
Atos unilaterais - 854 a 886
Ato ilícito – arts. 186/927 do CC
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
LEI :obrigação de alimentar os parentes necessitados, assunto de Direito de Família (1.696); obrigação de votar, assunto de Direito Eleitoral; obrigação de pagar impostos, assunto de Direito Tributário; obrigação dos homens de prestar serviço militar.
FONTES DAS OBRIGAÇÕES PATRIMONIAIS: 
            1 – Contratos:CC ARTS. 421 a 853 -esta é a principal e maior fonte de obrigação. Através dos contratos as partes assumem obrigações (ex: compra e venda, onde o comprador se obriga a pagar o preço e o vendedor se obriga a entregar a coisa). 
            2 – Atos unilaterais CC arts. 854 a 886: PROMESSA DE RECOMPENSA ; GESTÃO DE NEGÓCIOS; PAGAMENTO INDEVIDO; ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, com destaque para a promessa de recompensa (ex: perdi meu cachorro e pago cem a quem encontrá-lo, obrigando-me perante qualquer pessoa que cumpra a tarefa). Não temos aqui um contrato, mas  um ato unilateral gerador de obrigação. 
            3 – Atos ilícitos CC arts. 186 e 927: já estudados no semestre passado, revisem o art. 186 (ex: João bate no carro de Maria e se obriga a reparar os prejuízos).
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo
CONCEITO
A obrigação é um vínculo jurídico(1) transitório(2) em virtude do qual uma pessoa fica sujeita a satisfazer uma prestação(3) econômica(4) em proveito de outra. 
CARACTERÍSTICAS
	- vínculo jurídico: o vínculo é o motor da obrigação e precisa interessar ao Direito; um vínculo apenas moral (ex: ser educado, ser gentil, dar “bom dia”) ou religioso (ex: ir a missa todo Domingo) não tem relevância jurídica;
            - transitório: a obrigação é efêmera, tem vida curta (ex: uma compra e venda de balcão dura segundos), podendo até ser duradoura (ex: alugar uma casa por um ano), mas não dura para sempre. Inclusive um direito de crédito se extingue quando é exercido (ex: José bate no carro de Maria, quando Maria cobra o prejuízo e José paga, a obrigação se extingue). Já os Direitos Reais são permanentes, e quanto mais exercidos mais se fortalecem (ex: a propriedade sobre uma fazenda passa por gerações de pai para filho, e quanto mais a fazenda for usada mais cumprirá sua função social, ficando livre de invasões e desapropriação).   
            - prestação: é o objeto da obrigação e se trata de uma conduta ou omissão humana, ou seja, sempre é dar uma coisa, fazer um serviço ou se abster de alguma conduta. Dar, fazer e não-fazer, estas três são as espécies de obrigação.
- econômica: toda obrigação precisa ter um valor econômico para viabilizar a responsabilidade patrimonial do inadimplente se não for espontaneamente cumprida. Em outras palavras, se uma dívida não for paga no vencimento o credor mune-se de uma pretensão e a dívida se transforma em responsabilidade patrimonial. Que pretensão é esta de que se arma, de que se mune o credor? É a pretensão a executar o devedor para atacar/tomar seus bens através do Juiz. E se o devedor/inadimplente não tiver bens? Então não há nada a fazer pois, como dito, a responsabilidade é patrimonial e não pessoal. Realmente já se foi o tempo em que o devedor poderia ser preso, escravizado, esquartejado e morto por dívidas, pois isto hoje atenta contra a dignidade humana. 
As obrigações patrimoniais são aquelas que podem ser convertidas em dinheiro, como no caso do cumprimento de um contrato ou a indenização pelo descumprimento.
Já as obrigações não patrimoniais são aquelas que nunca serão convertidas em dinheiro pela própria natureza da obrigação. Um exemplo seria o dever de fidelidade entre os cônjuges, o dever de guarda e educação dos filhos pelos pais, o dever do filho de se submeter ao poder parental exercido pelos pais, dentre outros.
Elementos da obrigação:  
            a) duplo sujeito: o Direito das Obrigações trata das relações entre pessoas, então toda obrigação tem dois sujeitos, um ativo, chamado credor, e um passivo, chamado devedor. Não existe relação obrigacional com apenas um sujeito (381). Pode haver num dos pólos mais de um credor e mais de um devedor (257). Numa relação simples, sabe-se exatamente qual das partes é a credora e qual é a devedora (ex: José bate no carro de Maria, então José é devedor e Maria é credora), mas numa relação complexa ambos os sujeitos são simultaneamente credores e devedores (ex: contrato de compra e venda, onde o comprador deve o dinheiro e é credor da coisa, e o vendedor deve a coisa e é credor do dinheiro).  Tais obrigações complexas são também chamadas de sinalagmáticas. Os sujeitos precisam ser bem identificados para que o devedor saiba a quem prestar, e o credor saiba de quem receber. Excepcionalmente o devedor pode ser desconhecido (ex: qualquer pessoa que adquira imóvel hipotecado responde pela dívida, apesar de não ter originariamente assumido a obrigação) e o credor também pode ser desconhecido (ex: o credor faleceu ou desapareceu, deve então o devedor pagar na Justiça para se livrar da obrigação).  
b) vínculo jurídico: o vínculo liga os sujeitos ao objeto da obrigação. O vínculo é a força motriz da relação obrigacional. O vínculo seria qualquer acontecimento relevante para o direito capaz de fazer nascer uma obrigação (ex: um acidente de trânsito gera um ato ilícito, um acordo de vontades produz um contrato). 
c) objeto: O objeto da obrigação não é uma coisa, mas um fato humano/uma conduta ou omissão do devedor chamada prestação.A prestação possui três espécies: dar, fazer, ou não-fazer. Na obrigação de dar o objeto da prestação é uma coisa (ex: dar dinheiro, dar uma TV), mas o objeto da obrigação é a ação de entregar a coisa, não a coisa em si. Na obrigação de fazer o objeto da prestação é um serviço (ex: o cantor realiza um show, o advogado redige uma petição, o professor ministra uma aula). Finalmente, na obrigação de não-fazer, o objeto da prestação é uma omissão/abstenção (ex: o químico da fábrica de perfume se obriga a não revelar a fórmula do perfume). 
Como o objeto da obrigação é a prestação, mesmo na obrigação de dar o credor não tem poder sobre a coisa, mas sim sobre a prestação (ex: compro uma geladeira e a loja promete me entregar em casa, mas a loja não cumpre, não posso por isso invadir a loja e pegar a geladeira à força, devo sim exigir perdas e danos, – trata-se da responsabilidade patrimonial do devedor).  
O objeto da obrigação para ser válido precisa ser lícito (ex:  comprar drogas,contratar o serviço de um “pistoleiro”), possível (ex: viagem no tempo, procurar um anel no mar, encontrar um dinossauro vivo), determinável (a coisa devida precisa ser identificada ou identificavel) e ter valor econômico para viabilizar o ataque ao patrimônio do devedor em caso de inadimplemento 
DIREITOS REAIS E PESSOAIS(Obrigações)
Distinção entre direitos obrigacionais e direitos reais( arts. 1225 e seguintes)
REAIS – afetam a coisa diretamente, sob todos ou sob certos aspectos. (Exemplo : Art. 1228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha).
Os direitos reais estão limitados no art. 1.225 do Código Civil : Art. 1225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese; XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso.
Os direitos reais são oponíveis contra todos; 
PESSOAIS – tem por objeto prestações e pressupõe pessoa cujo ato ou prestação constitui este mesmo objeto. Exemplo: Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Quanto ao OBJETO -O direito real tem por objeto sempre e necessariamente uma coisa, móvel ou imóvel; material ou imaterial, fungível ou infungível ; O direito obrigacional uma prestação, de dar ou de restituir, fazer ou não fazer. 
 Quanto aos SUJEITOS - Direitos pessoais (obrigacionais) sempre 2 sujeitos perfeitamente determinados ou, pelo menos, determináveis. O credor ou os credores, o outro sujeito é o devedor ou os devedores, sobre os quais versam o dever/direito de pagar. Nos direitos reais há um só sujeito determinado, que é o sujeito ativo, o titular do direito real, como por exemplo, o proprietário.O sujeito passivo é toda a coletividade, os demais membros da sociedade. Não existe sujeito passivo determinado.
3- Os direitos reais são absolutos, são oponíveis “erga omnes”. O titular do direito real pode opô-lo a todos os demais membros da sociedade.
Os direitos obrigacionais são relativos. Só poderão ser opostos àqueles que integram a relação obrigacional.
4- Quanto ao modo de exercer o direito.
O direito real pode ser exercido diretamente pelo seu titular (sujeito ativo) independente da participação ou cooperação de qualquer outra pessoa. 
O direito obrigacional para o seu exercício, depende sempre da cooperação do outro sujeito. O credor só recebe a prestação se o devedor se dispuser a pagá-la, e o reverso é verdadeiro – o devedor não consegue pagar diretamente se o credor não quiser receber. 
 5-Titularidade – Direito real não suporta mais de um titular, tal imperativo não interfere na concepção de condomínio a propriedade continua sendo exclusiva de cada sujeito sobre a sua quota parte. O sujeito desse direito exerce seu direito de forma imediata sem intermediário.
6- O direito obrigacional tem relação transitória, a prestação se consolida, se extinguindo com o adimplemento da obrigação.
 No direito real à permanência é preponderante. Não se pode afirmar que o direito real é perene posto que existem vários cuja transitoriedade consiste na sua essência como o usufruto, de outro lado, algumas relações de direito pessoal, tendem a prestações permanentes como a de abstenção.
7- O direito de seqüela é próprio do direito real é a possibilidade de o titular desse direito perseguir a coisa com quem quer que esteja. 
O direito obrigacional não possui tal característica porque os sujeitos estão vinculados à obrigação e a prestação só pode ser exigida daquele que a compõe.
8- O direito real é limitado pela lei – artigo 1225 cc insere em números clausus.
O direito obrigacional é ilimitado possibilitando que qualquer convenção possa prosperar desde que não seja defesa em lei.
OBRIGAÇÕES
POSITIVAS – DAR e FAZER
NEGATIVAS – NÃO FAZER
As obrigações de dar se traduzem em obrigações positivas, em que o devedor tem o dever de entregar algo ao credor, transferindo, dessa forma, a propriedade do objeto devido, que antes se encontrava no patrimônio do devedor.
As obrigações de dar, por sua vez, se subdividem em: obrigações de dar coisa certa ou de dar coisa incerta, cada qual com suas peculiaridades.
As obrigações de fazer não dizem respeito à entrega de uma coisa. Esse tipo de obrigação se materializa no dever de exercer determinada conduta, ou seja, desenvolver determinado trabalho físico ou intelectual, prestar um tipo de serviço.
As obrigações de não fazer determinam que o devedor deixe de executar determinado ato em virtude de um contrato estabelecido entre as partes. É uma obrigação que se materializa na abstenção de um comportamento que poderia normalmente ser exercido se não houvesse o contrato entre as partes.Um exemplo seria o contrato de exclusividade de um artista a uma determinada emissora de televisão; para garantir a exclusividade, o artista assina um contrato em que se obriga a não conceder entrevista a outra emissora. A obrigação de não fazer é não conceder entrevista a outra emissora de televisão.
DESCUMPRIMENTO 
CUMPRIMENTO FORÇADO
INDENIZAÇÃO
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