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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO: FARMÁCIA ANGELA MARIA RODRIGUES CAROLINA CORDEIRO DA COSTA KAÍQUE GOMES DE MOURA PABLO SCHER MARQUES QUÉZIA SAMPAIO RAQUEL DE CARVALHO SANTOS RELATÓRIO: MORFOLOGIA VEGETAL FEIRA DE SANTANA 2018 ANGELA MARIA RODRIGUES CAROLINA CORDEIRO DA COSTA KAÍQUE GOMES DE MOURA PABLO SCHER MARQUES QUÉZIA SAMPAIO RAQUEL DE CARVALHO SANTOS MORFOLOGIA VEGETAL Relatório apresentado à Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS – para fins avaliativos da Disciplina de Farmacobotânica no curso de Farmácia, sob orientação da Professora Emília Valente de Brito. FEIRA DE SANTANA 2018 Morfologia Vegetal Introdução As plantas são essenciais na manutenção da vida a partir da liberação de gás de oxigênio até o fornecimento de alimentos e na produção de água. Destacando-se na área científica, as plantas possuem grande valor medicinal como matéria prima em medicamentos e cosméticos. A Botânica, ramo que estuda os vegetais, possibilita o conhecimento aprofundado do potencial de cada espécie vegetal. “A Botânica divide-se em diversas subáreas, como por exemplo: Sistemática, Fisiologia, Organografia, Anatomia, Palinologia, Fitogeografia, Paleobotânica, Genética, Ecologia Vegetal, Botânica Agrícola, dentre outras” (Martins-da-Silva, 2014). Neste relatório está relacionado apenas na Organografia de angiospermas, destacando-se as raízes, caules, folhas, inflorescência e frutos. Também está sendo abordado a morfologia externa de algas, Briófitas e Pteridófitas. “São as raízes que fixam o vegetal ao solo onde retiram, principalmente, água e sais minerais.” (Ferri, 1979). As raízes são classificadas, morfologicamente, como: Raízes tabulares; Raízes tuberosas; Raízes grampiformes; Raízes estranguladoras Raízes escoras ou suporte; Raízes sugadoras ou haustórios; Pneumatóforos ou raízes respiratórias; Raízes aquáticas. “O caule é o elemento de ligação entre as raízes e as folhas. Para isso possui, em seu interior, um sistema de tubos, os vasos lenhosos e liberianos, que se encarregam do transporte de materiais, em ambos os sentidos, entre a copa e o sistema radicular.” O caule pode ser classificado como aéreo, subterrâneo ou aquático, mas diferencia-se da raiz pela presença das folhas, botões vegetativos ou gemas”. (Ferri, 1979). Além da diferenciação pela forma, as folhas possuem vastas classificações, pois é observado os constituintes da folha, a filotaxia (o posicionamento das folhas pelo caule), o padrão de nervação, consistência, superfície e divisão do limbo. “Morfologicamente uma folha completa é formada por limbo, pecíolo e bainha. Por ser o centro de formação de alimento para todo o vegetal, torna-se extremamente importante. É no seu interior que, durante o processo da fotossíntese, em presença da energia retirada dos raios solares e do gás carbônico retirado do ar, acontece a transformação da seiva bruta, ou seja, dos compostos inorgânicos (água e sais minerais retirados do solo pelas raízes e conduzidos pelo caule até as folhas) em seiva elaborada, ou seja, compostos orgânicos. Esses compostos orgânicos serão, através dos vasos, conduzidos a todas as estruturas do vegetal”. (Martins-da-Silva, 2014). As flores são os elementos que permite a multiplicação das plantas. “A flor sempre nasce na axila de uma bráctea e, quando completa, consta de um pedúnculo que se prende ao caule por uma de suas pontas, transportando, na outra, os demais elementos que a constituem: cálice, corola, estames e pistilo” (Ferri, 1979). Inflorescência é definido como uma aglomeração de flores e possuem organização variada. Segundo Ferri, os três tipos de inflorescências fundamentais são o cacho, espiga e umbela. Esses tipos de inflorescência são variações da ramificação monopodial do caule. As inflorescências que correspondem à ramificação simpodial é subdividida, apenas, em cimo uníparo ou monocásio e cimo bíparo ou dicásio. “O fruto resulta do desenvolvimento do ovário. Encerra uma ou mais sementes, que provêm de óvulos fecundados. Geralmente se transforma em fruto após a polimerização do gineceu. Conhecem-se casos, todavia, de formação de fruto sem que haja polinização (frutos partenocárpicos). Pode-se considerar a semente como parte integrante do fruto, que então, seria constituído por duas partes fundamentais: o fruto propriamente dito, ou pericarpo, e a semente.” (Ferri, 1979). As variações de formas e dimensões das Algas são, geralmente, microscópicas, já outras podem chegar à metros em extensão, sendo a maioria de vida aquática. Por outro lado, algumas Algas possuem o solo, paredes ou troncos como habitat, fazendo parte do bênton. As Algas flutuantes fazem parte do plâncon. As Briófitas abrangem os Musgos e as Hepáticas. Classificada por Ferri (1979), são Criptógamas avasculares e limitam-se em lugares úmidos por serem desprovidas de vasos, assim, não são muito desenvolvidas. O ciclo evolutivo das Briófitas é inverso quando comparado com o das Pteridófitas. As Pteridófitas também são Criptógmas, porém são vasculares. “As samambaias e avencas pertencem a esse grupo, que abrange as classes: Filicíneas, Licopodíneas e Equissetíneas. Todas possuem um sistema condutor constituído por tubos, os vasos lenhosos e os liberianos, por onde a seiva bruta é conduzida. Por perder água em transpiração, é necessária a rapidez no transporte de água para o reabastecimento da copa”. (Ferri, 1979) Metodologia Análise de amostras disponíveis na bancada e identificação de determinadas partes, sendo elas orientadas pelo roteiro fornecido pela docente. Foram utilizados os seguintes materiais para auxiliar no processo de análise: Lupa; Microscópio; Pinça; Agulha; Lâmina; Lamínula. Resultados Raiz e caule Raiz do tipo tabular: São raízes com formatos semelhantes a tabuas ou pranchas, são comuns em árvores com caules bem desenvolvidos, e tem como função auxiliar na respiração. Raiz do tipo estranguladora: São raízes que se desenvolvem ao redor de outra planta, que lhe serve como suporte ou substrato inicial, a acaba por sufoca-la e matar a planta que servia como suporte. Caule aéreo ereto do tipo tronco: É um caule bem desenvolvido e lenhoso e com ramificações no ápice, comum nas dicotiledôneas. Caule aéreo rastejante: São caules que se espalham horizontalmente sobre a terra, não conseguindo se manter eretos por serem pouco resistentes, não apresentarem elementos de fixação e não conseguirem se enrolar. Caule aéreo ereto tipo estipe: É um caule cilíndrico alongado resistente, com um conjunto de folhas na parte apical. Folhas Amostra 1: É uma folha completa, de limbo composto, é peciolada, sua filotaxia é alternada, com nervação do tipo peninérvia, sua superfície é lisa, em relação aos tricomas é classificada como glabra e possui forma imparipenada. Amostra 2: É uma folha completa, de limbo simples, é peciolada, possui filotaxia alternada, sua nervação é do tipo peninérvia, sua superfície é rugosa, em realção aos tricomas é glabra e possui forma ovada. Amostra 3: É uma folha incompleta, de limbo simples, é peciolada, possui filotaxia do tipo verticilada, sua nervação é peninérvia, sua superfície é lisa, em relação aos tricomas é glabra e sua forma é obovada. Amostra 4: É uma folha incompleta, de limbo simples, é peciolada, sua filotaxia é do tipo verticilada, sua nervação é do tipo peninérvia, sua superfície é rugosa, em relação aos tricomas é glabra e sua forma é lanceolada. Flor e inflorescências Flor Amostra 1: Flor diclamídea do tipo perianto: Com dois verticilos protetores diferentes, sendo pentâmera (possuindo 5 pétalas e sépalas). Actinomorfa: possui mais de um plano de simetria. Dialissépala e dialipétala: as pétalas e sépalas não são fundidas. Hermafrodita: possui androceu e gineceu. Isostêmone: possuio mesmo número de estames e pétalas. Isodínamo: estames de mesmo tamanho. Gamostêmone monadelfo: mais de 3 estames estão fundidos em um único filete. Dorsifixa: o filete se insere na porção dorsal. O gineceu é sincarpio: fundido em apenas um. Hipógina: o ovário fica acima de onde as outras partes se fixam no cálice Pétala Sépala Gineceu com carpelo Androceu Estames Estilete Estígma Receptáculo Amostra 2: Flor diclamídia perianto. Tetrâmera (possuindo 4 pétalas e sépalas). Actinomorfa: possui mais de um plano de simetria. Dialissépala e gamopétala: as pétalas são fundidas e sépalas não são fundidas. Unissexuada: possui apenas gineceu com carpelas. Isostêmone: possui o mesmo número de estames e pétalas. Isodínamo: estames de mesmo tamanho. Dialistêmone: estames lives. O gineceu é sincarpio: fundido em apenas um. Hipógina: o ovário fica acima de onde as outras partes se fixam no cálice Inflorescência Amostra 1:Umbela: Flores presentes em pedicelos que saem do mesmo ponto do eixo principal, atingindo o mesmo nível. Amostra 2: Capítulo: Flores inseridas em um eixo que se alarga na extremidade superior e forma uma superfície achatada. Frutos Amostra 1: Laranja A laranja é um fruto indeiscente, simples carnoso do tipo baga, pois apresenta pericarpo rico em água e substâncias nutritivas e com sementes que são facilmente separadas do fruto. É polispérmico, por apresentar mais de uma semente. Endocarpo Epicarpo Mesocarpo Amostra 2: Tomate O tomate é um fruto indeiscente, simples, carnoso do tipo baga e polispérmico. Endocarpo Epicarpo Mesocarpo Amostra 3: Morango O morango é um pseudofruto composto agregado, ou seja, origina de diversas partes de uma flor possui mais de um ovário. Sépala Arquênio Receptáculo Amostra 4: Maçã A maçã é um pseudofruto agregado, carnoso do tipo pomo. Endocarpo Epicarpo Mesocarpo Amostra 5: Ameixa A ameixa é um fruto simples indeiscentes, carnoso do tipo drupa. Endocarpo Epicarpo Mesocarpo Amostra 6: Abóbora Fruto simples indeiscentes, carnoso do tipo baga. Endocarpo Epicarpo Mesocarpo Algas, briófitas e pteridófitas Na imagem a seguir pode-se observar a presença de talos na imagem 1 e talos parênquimas na imagem 2. Imagem 1 Imagem 2 Além disso apresentam formas filamentosas REFERÊNCIAS FERRI, M. G. Botânica: morfologia externa das plantas. 15. ed. São Paulo: Nobel, 1983. MARTINS-DA-SILVA, R. C. V. et al. Noções morfológicas e taxonômicas para identificação botânica. Brasília: Embrapa, 2014. VIDAL, M. R. R. ; VIDAL, W. N. Botânica Organografia. 4. ed. Viçosa: UFV, 2003.
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