2 Ourinhos Introdução à Educação Física Adaptada

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Teoria e prática da Educação 
Física Adaptada
Aula 2- Histórico da atividade motora adaptada. Conceitos básicos.
Prof. Ms. Daniel Maciel Crespilho
email: danielmcrespilho@hotmail.com
Conceito: Envolve modificações ou ajustamento
das atividades tradicionais da Educação Física a
fim de permitir que as pessoas com deficiências
participem com segurança de acordo com suas
capacidades funcionais, sempre respeitando-as e
promovendo suas suficiências .
Esporte adaptado: atletas com deficiências que
são limitados de participar de atividades
esportivas convencionais, portanto competem
em esportes adaptados às deficiências.
Educação Física Adaptada
Atividade Motora Adaptada (AMA) considera 
que a pessoa com deficiência tem direito:
• Educação / Reeducação Motora (Educação);
• Desporto e performance (igualdade de
oportunidade);
• Lazer e recreação (Participação Social).
A EFA prioriza
AUTONOMIA: capacidade de governar por si
mesmo, liberdade ou independência moral ou
intelectual;
INDEPENDÊNCIA: condição de quem está livre
de qualquer dependência ou sujeição,
caracterizado pela autonomia.
Considerações EFA 
Visão biológica e anatômica 
X
Visão com iguais oportunidades
Direitos humanos/sociais.
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Histórico AFA 
Fevereiro de 1944
neurocirurgião britanico Dr.
Ludwing Guttmann.
Esporte em cadeiras de
rodas no Centro de
tratamento de soldados
lesionados medulares do
Hospital de Stoke
Mandeville.
1944 - Stoke Mandeville
1948 - 1ᴼ
programa de
esportes em
cadeiras de rodas
pelo empenho do
Dr. Guttmann
1952 - 1ᴼ Jogos
internacionais para
deficientes físcos
na Inglaterra (EUA,
Inglaterra e
Holanda) e foi
criada a primeira
organização
internacional de
esportesPrimeiros Jogos - 28 de junho de 1948;
16 atletas ingleses nas modalidades:
tiro ao alvo, lançamento de dardo e
arco e flecha;
1960 - O IX Jogos de SM ocorreram em Roma, após os
Jogos Olímpicos de Roma 230 atletas de 23 países,
passando a se chamar “Paralympics” .
1956 – O
COI
reconheceu
os Jogos de
Stoke
Mandeville
Video 1
Stoke Mandeville
Paralimpíadas
Pode ser entendido como evento paralelo às
Olimpíadas;
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Movimento Paralímpico
1980 - Dr. Guttmann faleceu em 18 de março de 80;
• Surgimento de organizações de deficientes (IBSA-
cegos e a CP-ISRA – Paralisados cerebrais);
1982 - Fundado o Comitê Coordenador Internacional
sendo substituido pelo IPC;
1988 - Paralimpíadas no mesmo local das olimpíadas
(Seul).
Portaria Interministerial 1207: Comissão
Paradesportiva Brasileira;
1989 - Comitê Paralímpico Internacional (IPC);
Brasil e Paralimpíadas
• 1976, Canadá, Olimpíada ocorreu em Montreal e a
paralimpíada, em Toronto, o Brasil conquistou suas
primeiras medalhas, na Bocha.
• Foi a primeira participação do Brasil, onde Cláudio
Araujo (classe 4) foi eleito o melhor jogador do mundo
dentro de sua classificação;
• 2012, Londres, os atletas brasileiros conquistaram 21
medalhas de ouro, 14 de prata e 8 de bronze. Nosso
país ficou em 7º lugar no quadro de medalhas, com 43
medalhas conquistadas.
Parapan de 2015 - Toronto
Outras Datas importantes
2016: Jogos Paralimpicos realizados no Brasil
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1968: Special Olympics Internacional (Chicago)
Outras Datas importantes
Outras Datas importantes
1978: Associação Internacional de Esporte e 
Recreação;
• Paralisados Cerebrais (CP-ISRA);
1981 – ANO INTERNACIONAL DA PESSOA 
COM DEFICIÊNCIA
EUA histórico AMA 
• Mr. Benjamin H. Lipton (diretor da Joseph Bulova
School of Watchmaking);
• Pioneiro na formação e treinamento da pessoas
com deficiência para o mercado de trabalho;
• Em 1946, realizou a primeira apresentação de
esporte de cadeirantes, pelo EUA, equipe
denominada “Flight Wheels” Rodas voadoras.
Os Jogos Paralímpicos é o segundo maior
evento do mundo perdendo apenas para as
Olimpíadas;
Em Atlanta, no ano de 1996, um recorde de
participação foi estabelecido, com 4.912
atletas de 104 países;
Em Sydney 2000, 121 países mandaram
representantes para a Austrália quebrando
o recorde estabelecido em Atlanta;
Curiosidades
Movimentação no Brasil 
Início com os Srs. Robson Sampaio de Almeida (RJ) e Sergio
Serafim Del Grande (SP) que fizeram Reabilitação nos EUA;
• 1957 a AACD trouxe uma apresentação dos “Pan Jets”,
paraplégicos que continuaram a trabalhar e a praticar esporte,
exibições em SP e RJ de basquete, tênis de mesa e arco e flecha;
• 1958 - Del Grande fundou o Clube dos Paraplégicos (SP); Clube
do Otimismo (RJ);
• 1958 - inicio do treinamento do basquete em cadeira de rodas,
no HC – São Paulo;
• 1959 – Primeira competição internacional, Clube dos
paraplégicos embarca para Argentina, jogando 3 partidas e em
1960 participa do I campeonato Mundial, realizado em Roma;
• 1959 - Primeiro jogo entre duas equipes brasileiras entre RJ e
SP;
SURGIMENTOS DAS ASSOCIAÇÕES e AÇÕES 
DESPORTIVAS 
1984 - ABRADECAR (CADEIRANTES) 
1984 - ABDC (DV) 
1989 - ABDEM (DI)
1990 - ABDA (AMPUTADOS) 
Associação Olimpíadas Especiais Brasil (OEB);
1986 – I SIMPÓSIO DE ATIVIDADE MOTORA ADAPTADA
1994 - FORMADO O SOBAMA
ARAUJO (1998) 
Movimentação no Brasil 
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1990: 
• Criação da SEDES/PR, contendo o Departamento de 
Desportos para Portadores de Deficiência (DEPED)
1994 - Fundado o Comitê Paralímpico Brasileiro.
2000: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa
Adaptado (CBTMA);
2003: Associação Brasileira de Voleibol Paralímpico
(ABVP);
2010: Inclusão de pessoas com DF/DI/DV na OEESP
(Atletismo e Tênis de Mesa);
Movimentação no Brasil Formação do profissional em AMA
• Graduação - sensibiliza o aluno para questões
relativas às pessoas com deficiência;
• Pós-Graduação Latu-Sensu - especialização –
formação de profissionais visando atuar em:
Educação e reeducação motora, organização
do lazer e recreação e práticas desportivas;
• Pós- Graduação Strictu-Sensu - mestrado e
doutorado – investigação em AMA.
Marcos Históricos 
1987: Resolução 03/87 do CFE – inclusão da
disciplina EF Especial nos cursos de graduação de
EF;
Escola Superior de Educação Física de Goiás
Introdução ao Estudo da Educação Física para
Deficientes
Universidade Federal de Minas Gerais
Educação Física para Deficientes
Universidade Federal de Viçosa
Recreação Especial
Faculdade de Educação Física da Guanabara (C.
Branco)
Educação Física Especial para Deficientes
Escola de Educação Física da USP
Educação Física Adaptada
Marcos Históricos 
Escola de Educação Física de Itapetininga
Ginástica Especial
Escola de Educação Física da Polícia Militar de São
Paulo
Educação Física Adaptada
Faculdade de Educação Física de Cruz Alta
Educação Física Especial
Marcos Históricos 
Escola Superior de Educação Física de
Pernambuco -FESP
Educação Física Adaptada
Fonte: SEED/MEC –MARÇO / 86
Marcos Históricos 
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Considerações ao professor
É fundamental que o professor estimule ao
máximo seu aluno;
O sucesso da aprendizagem está em explorar:
• Talentos;
• Atualizar possibilidades;
• Desenvolver predisposições
naturais de cada aluno.
Considerações ao professor
Propiciar oportunidades para o aluno aprender
a partir do que sabe e chegar até onde foi capaz
de progredir.
As dificuldades,
deficiências e limitações
precisam ser
reconhecidas, mas não
devem conduzir ou
restringir o processo.
CONCEITOS
O processo de inclusão iniciou-se com a
integração.
INTEGRAÇÃO -> O aluno com deficiência é
inserido no grupo, no entanto a instituição não
prepara ou adapta sua estrutura para as
necessidades do novo aluno, e ele frequenta e
participa das aulas de acordo com suas
possibilidades.
INCLUSÃO -> Termo recente que teve sua origem na
palavra inglesa “full inclusion” que prescrevea
educação de todos.
Pressupõe-se o acesso da pessoa com deficiência ao
mundo que a rodeia com oferecimento de
oportunidades iguais em relação aos aspectos:
CONCEITOS
(AMARAL; 1994)
Trabalho;
Cultura;
Esporte;
Lazer.
Físico;
Relações sociais;
Ao mundo escolar;
INCLUSÃO
Na medida que o mundo se move em seu curso
histórico e as regras e convenções vão sendo
modificadas novos tipos de excluídos poderão
sempre aparecer.
Cabe aos que possuem
consciência a este
respeito, lutar por um
mundo cada vez mais
justo e democrático.
A inclusão favorece:
• A cooperação;
• A auto-superação;
• Auxilia no convívio em sociedade;
• A compreensão das diferenças individuais e da
diversidade.
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DICAS DE INCLUSÃO
• Deve-se considerar a presença do aluno com
deficiência.
• Altera-se o meio para acolher a pessoa com
deficiência.
• As atividades propostas devem ser adequadas
para permitirem sua completa participação.
DICAS DE INCLUSÃO
• Oportunidade de treinar e competir separado,
se assim o desejar, assim como homens e
mulheres o fazem.
• Criar e vivenciar jogos e esportes onde é
possível todos participarem.
DICAS DE INCLUSÃO 
• A possibilidade de conviver com a diferença;
• A não cobrança de adequação a moldes pré-
estabelecidos;
• A existência da alternativa da pessoa com
deficiência ser uma pessoa comum,
considerando a especificidade das limitações
impostas pela deficiência.
DICAS DE INCLUSÃO 
• O resgate da potência, sem que seja super ou
infra equacionada.
• O oferecimento de oportunidades:
aprendizagem, aparência e desempenho
compatíveis com as possibilidades reais;
• O favorecimento de acesso a múltiplas
experiências.
DICAS DE INCLUSÃO
CUIDADO COM RÓTULOS E 
ESTÍGMA SOCIAL NEGATIVO
• Movimento grosseiro
• Desarmônico
• Descoordenado
• Fraco
• Deficiente
PROBLEMAS PARA INCLUSÃO 
• Poucos profissionais especializados;
• Leitura especializada deficitária;
• Dificuldades infra-estrutura física e nos R.H.; 
• Institutos e Universidades distantes;
• Mercado de trabalho competitivo;
• Ausência tradição de trabalho sério e falta de 
crédito por outros profissionais.
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TERMINOLOGIA
PRECONCEITO – Julgamento pré-formado.
DISCRIMINAÇÃO – Atitudes opressivas, que
limitam os outros do acesso à liberdade,
oportunidades.
TERMINOLOGIA
INCORRETO: adolescente, crianças ou pessoa
normal;
TERMO CORRETO: adolescente (criança, adulto)
sem deficiência ou, ainda, adolescente (criança,
adulto) não- deficiente.
TERMINOLOGIA
INCORRETO: aleijado; defeituoso; incapacitado;
inválido: termos utilizados na década de 80; a partir de
1981, por influência do Ano Internacional das Pessoas
Deficientes, começa-se a utilizar o termo pessoa
portadora de deficiência (1986-1996)
TERMO CORRETO: Pessoas com deficiência, pois as
pessoas não portam deficiência; a deficiência que elas
têm não é como coisas que às vezes portamos e às
vezes não portamos (por exemplo, um documento de
identidade, um guarda-chuva).
TERMINOLOGIA
INCORRETO: Criança excepcional
CORRETO: criança com deficiência intelectual
TERMINOLOGIA
“apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno”
• Preconceito embutido na frase, como se a
pessoa com deficiência não pudesse ser um
ótimo aluno.
FRASE CORRETA: “ele tem deficiência e é um
ótimo aluno”.
TERMINOLOGIA
“Ceguinho”
O diminutivo ceguinho denota que o cego não é tido
como uma pessoa completa.
TERMOS CORRETOS: cego; pessoa cega; pessoa com
deficiência visual; deficiente visual.
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TERMINOLOGIA
“Classe normal”
TERMOS CORRETOS: classe comum; classe
regular. No futuro, quando todas as escolas se
tornarem inclusivas, bastará o uso da palavra
classe sem adjetivá-la.
TERMINOLOGIA
“ela é cegamas mora sozinha”
Esta frase denota que todo cego não é capaz de morar
sozinho.
FRASE CORRETA: “ela é cega e mora sozinha”.
“ela é retardadamental mas é uma atleta excepcional”
Há um preconceito embutido: “Toda pessoa com deficiência
intelectual não tem capacidade para ser atleta‟.
FRASE CORRETA: “ela tem deficiência intelectual e se
destaca como atleta”.
TERMINOLOGIA
“ele sofre de paraplegia” [ou de paralisia cerebral ou
de sequela de poliomielite] .
A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima
e provoca sentimentos de piedade.
FRASE CORRETA: “ele tem paraplegia” [ou paralisia
cerebral ou sequela de poliomielite].
Preconceituoso ou Aceitável?
1 - Se algumas crianças apresentarem alguma
dificuldade motora na aula de educação física, a
melhor estratégia será a de separá-las do grupo
para remediar em suas dificuldades.
2 - Nós profissionais, que fazemos a intervenção,
precisamos saber das limitações causadas por
patologias e doenças para eliminar os defeitos
consequentes, procurando estabelecer a
normalidade.
Preconceituoso ou Aceitável?
3 - Todos os estudantes podem aprender e, na
realidade, se nos guiarmos pelos direitos
fundamentais do ser humano, eles não
deveriam ser separados do ambiente de seus
pares para receber serviços especiais.
4 - O ambiente inclusivo pode influenciar
negativamente o comportamento das crianças sem
deficiência pelo contato com outras crianças com
deficiência ou a presença delas pode reduzir o
andamento da aprendizagem em classe.
Concordam ou Discordam?
5 - Indivíduos com deficiências, índios, negros,
gays e lésbicas, assim como canhotos e garotas
de olhos azuis, são o que são porque nunca
tiveram escolha para a sua condição particular.
6 - Você concorda que a utilização de
terminologias inadequadas pode ser
considerada um gesto de discriminação?
Porquê?
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Para refletir
7 - Cite exemplos de sua vivência nos quais você
considerou a situação ou a atitude das pessoas
discriminatória.
8 - O indivíduo é limitado ou o ambiente e a
sociedade o limitam por exigir que o indivíduo
tenha comportamentos idênticos à maioria?
9 - Escolhemos o que somos? Ou simplesmente
somos e devemos nos adaptar ao meio em que
vivemos?
10 – Discorra sobre a diferença entre diferença
entre:
a) Inclusão X Integração
b) Exclusão X Segregação
Para refletir