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16/09/2017 1 Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos Teoria e Prática da Educação Física Adaptada Deficiência visual Profª Msª Daniel Maciel Crespilho Deficiência visual • Perda parcial ou total da capacidade visual em ambos os olhos, avaliado após melhor correção ótica ou cirúrgica, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual (MELLO, 1996). • Acarreta num aprendizado motor influenciado por outros sistemas de percepção sensorial (Craft, 1995). (vídeo 1) Introdução - sistema visual • Limitações nas interações com o meio – sociedade muito visual. • Metade do córtex cerebral é dedicado à visão (Sacks). • 70% dos receptores dos sentidos do corpo humano estão localizados nos olhos (Ackerman). Incidência • IBGE 2000 OLHO • Camada externa (fibrosa): esclera e córnia; • Camada média (vascular): coróide, corpo ciliar, pupila, cristalino e íris; • Camada interna (nervosa): retina. 16/09/2017 2 Entendendo a Visão • Vídeo Visão (Homem Virtual) • http://projetohomemvirtual.org.br/portal/ind ex.php/2012/02/22/visao/ Funções Visuais 1. Acuidade Visual 2. Visão Binocular 3. Campo Visual 4. Visão das Cores 5. Adaptação às Diferentes Luminosidades 6. Capacidade de Resistência à Ofuscação 1. Acuidade Visual • Capacidade de Distinguir Detalhes em função da distância; • 47 anos: diminuição da visão de perto. • 50 anos: degradação da adaptação à obscuridade e visão noturna. • 80 anos: acuidade visual igual a 6/10. 1. Acuidade Visual 2. Binocularidade • Criação da imagem a partir da informação dos dois olhos. • Dá a noção de profundidade. 3. Campo Visual 16/09/2017 3 3. Limitação de Campo Visual 3. Limitação de Campo Visual 3. Perda de Visão Periférica 3. Perda de Visão Periférica 4. Visão das Cores Discromatopsias Congênitas • Anomalia tipo Dalton; • Impedimento para determinadas cores; • Atividades na Educação Física – Esportes. Retina – 10 camadas 4. Daltonismo 16/09/2017 4 5. Distúrbios do Sentido Luminoso Capacidade de adaptação frente a diferentes níveis de iluminação ambiental: • Sensibilidade excessiva à luz; • Distúrbios de adaptação às baixas luminosidades. 5. Fotossensibilidade 5. Cegueira Noturna 5. Cegueira Noturna Importância de conhecer as funções • Que tipo de estímulo é mais eficientes em cada caso? (brilho, cor, contraste) • Qual região do campo visual esse estímulo deverá ser apresentado? • Qual distância o aluno é capaz de identificar um objeto? • Qual a luminosidade mais adequada para os ambientes esportivos? Incidência e causas da Deficiência Visual • Pré natal • Peri natal • Pós natal 16/09/2017 5 Astigmatismo • Formato irregular da córnea ou do cristalino. Forma uma imagem em vários focos que se encontram em eixos diferenciados. Hipermetropia • Erro de focalização da imagem no olho. A imagem é formada após a retina – imagem de perto embaçada. Miopia • Erro de refração da luz no olho, que acarreta uma focalização da imagem antes desta chegar à retina – objetos distantes embaçados. Albinismo • É uma condição de natureza genética em que há um defeito na produção de melanina pelo organismo. • Sistema visual – despigmentação. Deslocamento de Retina • Separação da retina da sua conexão na parte traseira do olho. A separação resulta geralmente de uma rasgadura na retina, com extravasamento do humor vítreo. Estrabismo • Perda do paralelismo entre os olhos. 16/09/2017 6 Retinopatia Diabética • Uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes. Caracterizada por alterações vasculares. São lesões que aparecem na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual. Catarata É uma condição na qual há uma diminuição da transparência do cristalino. Tipicamente é apresentado como embaçamento visual progressivo “catarata senil”. Conjuntivite Inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. • Na maioria dos tipos de glaucoma, a pressão intra- ocular está elevada. Entretanto, o glaucoma pode se manifestar sem que haja aumento da pressão intra- ocular. Glaucoma • A característica comum é o dano ao nervo óptico. Se não tratado, pode levar à perda gradual da visão. Classificações da DV • Legal • Médica • Esportiva • Educacional Dependente do Objetivo Legal Cegueira Legal: • acuidade visual de 20/200 pés (6/60 metros) ou menor, no melhor olho, após correção. (Art.70, Decreto 5.296 de 02/12/2004) 16/09/2017 7 Médica Cego: • acuidade visual inferior a 3/60 e campo visual inferior a 10 graus. (Escala de Snellen) Baixa visão: • tem acuidade visual entre 3/60 e 6/18 no olho com melhor capacidade visual e utilizando a melhor correção oftalmológica. Esportiva B1: Nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção. B2: Capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior a 5°. B3: Acuidade visual de 2/60 a acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5°e menos de 20°. Educacional Classificação vinculada à alfabetização e a funcionalidade da visão nas aulas Cegueira: • Aquela cuja percepção de luz, embora pode auxiliar em seus movimentos e orientação, é insuficiente para a aquisição de conhecimentos visuais. Necessidade de sistema braille (Barraga, 1985). Baixa Visão: • Aquela com dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com prescrição de lentes corretivas, mas que pode aprimorar sua capacidade de realizar tais tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias, como uso de lupas ou livros com letras maiores.. (Corn & Koenig, 1996) Educacional Orientações Básicas • Permita que a criança com DV realize o que sabe, pode e deve fazer sozinha. • Não fale com o DV como se fosse surdo. • Use a palavra “cego” sem rodeios, mas não chame o DV de “ceguinho”. • Dirija a palavra diretamente ao DV e não através de seu guia. (vídeo 5) • Ao orientar uma pessoa cega à distância, não diga apenas “à direita” ou “à esquerda”. • Conhecer a patologia do aluno antes de submetê-lo a qualquer atividade física. • Verbalize as instruções com voz tranquila e calma. Orientações Básicas 16/09/2017 8 • A demonstração dos exercícios deverá ser feita com ajuda física. • É preciso saber o nome dos alunos. Eles não respoderão a gestos e expressões. • Alerte a pessoa cega quanto a qualquer incorreção no seu vestuário. • Ao se aproximar ou se afastar do aluno cego, avise-o. Orientações Básicas • Dicas do ambiente, como muros, paredes, textura do solo, etc, auxiliarão o deficiente na sua locomoção e formação do mapa mental do ambiente físico. • Evite ambientes com muitos estímulos sonoros. Os DV costumam perder a orientação. • Evite excesso de zelo ou de proteção com o cego. Ele gosta de ser tratado com igualdade. Orientações Básicas • Novas atividades - realizá-las por etapas, possibilitando maior segurança. • O professor de Educação Física deve adaptar as atividades aos alunos cegos. Orientações Básicas Desenvolvimento da Criança cega Atrasos no desenvolvimento motor, cognitivo e habilidades sociais. Falta de motivação Insuficiencia de oportunidades para explorar o ambiente ativamente. Características motoras gerais do deficiente visual • Locomoção insegura; • Pouca consciencia Corporal; • Insegurança. • Equilíbrio; • Coordenação; • Agilidade; • Controle corporal; • A locomoção de crianças com deficienciavisual, que costuma começar a andar aos 20 meses. Desenvolvimento da Criança cega • Atrasos nos marcos motores; • Deficiencia de lateralidade; • Esquema corporal deficiente; • Expressão facial e corporal raras; 16/09/2017 9 Controle da cabeça • Criança com visão normal movimenta olhos e cabeça de forma a ver aquilo que aparece na periferia do seu campo visual. • Criança cega não faz movimentos de cabeça a menos que seja atraída por estímulos táteis ou auditivos. • A maneira pela qual o bebê busca alcançar e preender objetos favorece o fortalecimento da musculatura do pescoço, tronco, ombro e braços. • Essa movimentação e a sustentação da cabeça é fundamental para o equilíbrio, postura e aquisição de funções motoras subsequentes. Controle da cabeça Sedentarismo pela falta de estimulação Atraso escolar • Baixa capacidade aeróbia; • Repertório motor limitado. • Pouco material em braille ou meios auditivos. Estratégias ensino-aprendizagem Condições corporais Estratégias ensino-aprendizagem C o n d iç õ es am b ie n ta is Programas de atividades físicas • Exploração espacial guiada por uma extensão de cordas; • Tarefa de memória para indícios espaciais (arcos em posições pré visitadas) -> conhecimento da posição dos objetos.; 16/09/2017 10 Por outro lado, os cegos podem ter desempenho igual ou superior às pessoas que enxergam em tarefas que envolvam eventos intracorpos. Ex: Judô Programas de atividades físicas • Familiarizar o aluno cego com o ambiente de aula, experimentando todos os espaços; • Remover obstáculos que possam causar acidentes e não mudar objetos de lugar sem avisar; • Adaptar materiais com relevos, texturas e sons variados; Programas de atividades físicas Substituir informações visuais por pistas táteis e/ou auditivas: • Linhas da quadra com barbante ou corda; • Demarcação do percurso com tapetes, colchonetes; • Rádio sinalizando local (ex. Raso da piscina e saída da piscina. Programas de atividades físicas • Utilizar informações claras e objetivas, sem mudar de lugar durante as instruções; • Usar informações táteis, fazendo com que o aluno sinta seu próprio corpo e o corpo do professor em diferentes situações de movimento; • Saber o nome dos alunos; Programas de atividades físicas • Atividades em ambiente espacialmente organizado habilitam crianças cegas a aquisição de relações espaciais precoces por meio de sua própria atividade. • Evitar ambientes com rotas irregulares no início. Programas de atividades físicas Estratégias de trabalho • Movimentos coativos; • Enfatizar posturas, expressão facial e toque; • Estimular contatos sociais; • Treinar capacidades de força e resistência, equilíbrio, corrigir desorientação espacial; Programas de atividades físicas 16/09/2017 11 Estratégias de trabalho Desenvolver habilidades que serão usadas no dia a dia e habilidades motoras básicas; Desenvolver modalidades esportivas básicas e de lazer. Programas de atividades físicas Cuidados gerais • Professor deve possuir bom vocabulários e transmitir afetividade por meio do toque e palavras, pois o sorriso ou sinal de provação não será perceptível para o cego; • Antecipar verbalmente suas ações; • Evitar ambientes com excesso de ruídos; • Questionar sempre se a informação foi clara e se o material é apropriado. Orientação e mobilidade • Conjunto de capacidades e técnicas específicas que permitem ao deficiente visual conhecer, relacionar-se e deslocar-se com independência. Orientação • Processo do uso dos sentidos para reconhecer e estabelecer sua posição em relação ao meio e ao seu redor. Mobilidade • Movimento realizado com segurança e eficiência através do emprego de técnicas apropriadas de exploração e proteção. Técnicas As principais técnicas são: • Proteções; • Guia vidente; • Bengala longa (técnica de Hoover); • Cão guia. Tipos de mobilidade Mobilidade dependente • Conjunto de técnicas com o auxílio de uma pessoa de visão normal enquanto guia. Locomoção independente • Conjunto de técnicas com a utilização de partes do corpo e da bengala longa. 16/09/2017 12 Mobilidade dependente Procedimentos: • o guia toca de leve o braço do DV (com o cotovelo ou dorso da mão) ou informação verbal; • o DV segura o braço do guia acima do cotovelo. Criança segura no pulso. • o braço e antebraço do DV formam um ângulo de 90 graus. O DV fica meio passo atrás do guia. Mudança de direção: • 180 graus – o guia indica verbalmente. O DV se solta e os dois se voltam. O guia estabelece novo contato. Mobilidade dependente Troca de lado: • o guia indica a troca verbalmente; • a mão livre segura o braço acima da outra mão, solta a primeira mão que desliza pelas costas do guia até o braço oposto, segurando-o. Passagem estreita: • o guia deve hiperestender o braço e aduzi-lo para a linha média das suas costas; • o DV estende o cotovelo, se colocando atrás do guia; • ao final, o guia retorna o braço e retorna à posição original. Mobilidade dependente Subir e descer escada: • o guia aproxima-se da escada e faz uma breve pausa, fazendo junto com o DV um alinhamento no espelho ou na borda do degrau; • o DV deve estar um degrau atrás do guia; • ao final, o guia deve parar ligeiramente. Mobilidade dependente Passagem por portas: • o guia aproxima-se da porta dando pista de área estreita. Puxa ou empurra a porta. O DV toca a mesma com lado livre, localizando o trinco. Eles passam pela porta e o DV a fecha. Mobilidade dependente Sentando-se: • o guia conduz o DV até o assento, tocando a borda com sua perna. O DV solta o braço do guia, inclina-se em direção ao assento usando o braço, antebraço e mão em frente ao rosto. Com a outra mão toca o assento com a face posterior dos dedos. Sentando-se em auditório: • o guia para de lado na fileira. O DV alinha-se ao lado e iniciam o deslocamento lateral. Com o dorso da mão livre, o DV rastreia o encosto das cadeiras de frente. O guia para com o DV em frente à cadeira que ele deverá sentar. Ele toca o assento e senta. Mobilidade dependente 16/09/2017 13 Fonte: • FELLIPPE, João Álvaro de Moraes & FELLIPPE, Vera Lúcia Rhein, Orientação e Mobilidade, LARAMARA-Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, São Paulo, 1997. Mobilidade dependente Locomoção independente. Bengala longa - Técnicas de Hoover - Ambientes internos e externos. • Toque, rastreamento, vias urbanas, transportes. Rastreamento. Proteção superior e inferior. Localização de objetos. Uso de sentidos remanescentes: paladar, audição, fala, olfato, cinestesia e equilíbrio. • Aprimorar, o quanto for possível, o indivíduo como um todo, com ênfase nas partes que necessite mais. Para isso, será trabalhado o domínio do ambiente, imagem corporal, autoconfiança, autovalorização e utilização de técnicas de bengala. Locomoção independente. Jogos e brincadeiras Atividades iniciais • Bola: Ensinar a criança a bater, receber e arremessar uma bola. • Corda: ensinar a criança a saltar, bater a corda e depois a pular a corda batida por duas pessoas. Câmbio • Jogo usado como educativo para o voleibol. • Alunos colocados nas posições do voleibol. • A bola deverá ser passada por três alunos antes de ser devolvida para a quadra adversária 16/09/2017 14 Câmbio • Somente o aluno que estiver na posição do meio do ataque poderá arremessar a terceira bola para o campo adversário. Este deverá dizer a palavra ”câmbio”, jogar a bola para o campo adversário e toda a sua equipe deverá rodar como no rodízio do voleibol. Câmbio • É proibido: saltar ou tocar na rede para passar a bola para o campo adversário. •Faz ponto quando a outra equipe não conseguir pegar a bola ou não devolver em três “toques”. Corrida do bambolê • Todos da equipe, de mãos dadas e em círculo, com um bambolê passado nos braços de dois participantes • Os participantes deverão ir passando o bambolê para frente, sem soltar as mãos, passando seu corpo dentro dele, com o objetivo de ir de uma extremidade a outra. • Vence a equipe que o bambolê chegar primeiro na posição inicial.. Adivinhe a música • Cada participante retira um papel de dentro de um saquinho, contendo o nome (letra ampliada e Braille) de uma melodia (ou som de um animal). Ou o professor fala no ouvido de cada participante. • Dado o sinal, os participantes deverão achar seu grupo • somente através do som da melodia (ou som de um animal), sem emitir palavras. • Após encontrar, deverão dar as mãos e aguardar que todos encontrem seus grupos. Adivinhe a música • O professor deve pedir que os grupos -um de cada vez - emita o som da melodia (ou som de um animal) para que os outros adivinhem a música ou o animal. Adivinhe a música 16/09/2017 15 • O professor deverá levar quatro pares de tênis com alguns objetos pendurados, como chaveiro de bolinha, bichinho, etc. O mesmo objetos nos dois pares. • Deverá pedir tênis emprestados para os alunos e misturá-los com os tênis e objetos. Jogo de calçar a cadeira Jogo de calçar a cadeira • Deverá dividir a classe em duas equipes e vendar um aluno de cada uma. A equipe escolhe um aluno de cada equipe para orientar os alunos vendados a calçar dois pés de uma cadeira com os tênis com objetos iguais pendurados. • É marcado o tempo de cada equipe. Vence aquela que conseguir calçar a cadeira em menos tempo. Jogo de calçar a cadeira Telefone sem fio com toque • Duas colunas, com os alunos de cócoras, um atrás do outro. • O professor desenha nas costas do primeiro aluno de cada coluna alguma figura (ou símbolo). O aluno deverá repetir a figura nas costas do colega da sua frente e assim por diante, até chegar no último. • Quando a corrente chegar ao último, este aluno deve falar qual desenho foi feito nas suas costas. • Vence a equipe que o desenho corresponde ao que o professor desenhou nos primeiros alunos. Telefone sem fio com toque Estafeta “Abracadabra” Duas equipes: • Os alunos deverão sentar um ao lado do outro, bem encostados, com as pernas estendidas e com as duas mãos para trás apoiadas no chão. 16/09/2017 16 • O professor coloca uma bola no colo do primeiro aluno de cada equipe e dá o sinal. Usando apenas as pernas, os alunos passam a bola para o colega ao lado, até chegar no colo do último. Estafeta “Abracadabra” • Este aluno deverá se levantar com a bola nas mãos e dizer Abracadabra. Todos os alunos deverão levantar suas pernas, fazendo um túnel onde o aluno deverá passar. Chegando no último aluno, ele deverá sentar-se ao seu lado e todos voltam as pernas na posição inicial. Estafeta “Abracadabra” • Vence a equipe que chegar na posição inicial primeiro. • OBS.:O aluno com deficiência visual deverá correr com a ajuda de um guia. Estafeta “Abracadabra” Dama Tabuleiro adaptado: tem velcro debaixo das peças e nas casas. Peças: metade são lisas e as outras tem um material áspero, identificando as peças. • Não há modificações nas regras. Modalidades para DV • Arco e Flecha • Atletismo • Beisebol • Críquete • Boliche • Tiro • Torball • Vela • Xadrez • Ciclismo • Esqui alpino • Esqui aquático • Esqui de fundo • Golf • Futebol de 5 • Goalball Modalidades para DV • Hipismo • Judô • Natação • Showdown • Powerlifting • Remo 16/09/2017 17 Competições Oficialmente DV elegíveis B1, B2, B3 Competições Internacionais Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) www.ibsa.es Comitê Paralímpico Internacional (IPC) www.paralympic.org Competições Nacionais Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) www.cbdv.org.br Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)- Paralimpíadas Escolares www.cpb.org.br Competições Estaduais Federação Paulista de Desportos para Cegos (FPDC) www.fpdc.org.br Atletismo B1 = 11 B2 = 12 B3 = 13 Provas de pista = T –Track • T11 –T12 –T13 Provas de campo = F –Field • F11 –F12 –F13 • Código da prova + código da classe Provas de Campo 16/09/2017 18 Provas de Pista Alterações Baseadas na IAAF: • Possibilitar a prática e igualar as condições dos praticantes. • Informações táteis, sonoras e visuais (BV). • Guias. Guia • T11: obrigatório; • T12: opcional; • T13: proibido. • O método de condução mais usado é a corda guia que conecta ambos pelas mãos, braço ou, em casos muito raros, pela cintura. O guia • O guia não pode ultrapassar o atleta em “nenhum”momento da prova. • O guia não pode propelir, empurrar ou puxar o atleta. Também não pode ficar a mais de 50 cm do atleta durante todas as fases da corrida. O guia • Os guias estão sempre atrás da linha o peito ou ombro dos atletas cegos. • O atleta e o guia são um só competidor. Quando um comete uma irregularidade, os dois são punidos. Características dos guias • Possuir condição atlética. • Conhecer a modalidade. • Transmitir segurança, confiança e incentivo. • Ter afinidade com o atleta. • Comentar situações da prova com o atleta e o técnico. • Conhecer a capacidade do atleta. 16/09/2017 19 Informações Gerais Corrida raiada: • 4 atletas por prova (2 raias para atleta e guia). Arremessos/saltos para B1 e B2: • terá um chamador • (palmas, sons). Informações Gerais Revezamentos: • Mínimo um atleta B1 e no máximo um B3. Atleta B1: • Obrigatório o uso de óculos em todas as provas. Sugestão de Atividades • Estafeta corrida • Filas de 6 a 8 alunos com guia • Na liberação do professor, as primeiras duplas (um aluno vendado e seu guia) saem em direção a um cone colocado a 30m de distância. Estafeta corrida – com guia • Contornam o cone e retornam à fila, liberando a próxima dupla. • Cada dupla deve fazer o trajeto duas vezes, invertendo as vendas. • Vence a equipe que terminar primeiro as duas passagens. Sugestão de Atividades • Estafeta corrida – sem guia • Um aluno sem venda se posiciona a 20 ou 30m de distância e faz a referência para seus colegas por meio de informação verbal ou sinalética. • Os alunos da fila, que estão vendados, correm em direção ao som do colega. Sugestão de Atividades Estafeta corrida – sem guia • Assim que chegarem ao destino encostando no colega que faz a referência sonora, pode liberar a saída do próximo da fila. • Quando toda a fila chegar ao destino, começa o caminho inverso. • Vence a equipe que realizar o percurso de ida e volta primeiramente. Sugestão de Atividades 16/09/2017 20 Ciclismo Bicicleta dupla - Taden Regras A luta: • Duração -5 minutos • Início -“com pegada” • A luta pode ainda ser interrompida quando os jogadores perdem o contato total um do outro. Judô Regras • Os judocas: • B1 • B2 • B3 • B1 – círculo vermelho em ambas as mangas dos kimonos. Regras A área de luta: • Não há punição ao sair da área de segurança; • Interrupção e retomada da luta. Regras A arbitragem: • Posicionamento dos lutadores; • Comandos verbais • Comandos Táteis (surdo-cego) 16/09/2017 21 Sugestão de Atividades Desequilibrar o adversário Todos vendados • De cócoras Frente a frente Contato entre palmas da mão Empurrar o adversário Vence quem não perder o equilíbrio (cair ou sair da posição inicial) Sugestão de Atividades Desequilibrar o adversário Todos vendados • Ajoelhado Frentea frente Com “pegada”nos braços Balançar, puxar e empurrar o adversário para os lados Vence quem fizer o outro perder o equilíbrio (cair no solo ou sair da posição inicial) Futebol de 5 Histórico Internacional: • Institutos (Espanha). • IBSA – 1981. Subcomitê Futsal – 1994 (Regras). I Copa América – 1997. I Mundial – 1998. Histórico Nacional: • Institutos. • ANDE e APAES (dec. 1970). • ABDC 1984. I Campeonato Nacional 1986 (idem Espanha). Futebol de 5 Regras A duração da partida: • 2 tempos de 25m – 10m de intervalo. Os jogadores: • 10 total – 5 em quadra • Goleiro vidente • Os atletas jogam ainda com vendas nos olhos e se tocarem na venda, o árbitro marca uma falta. A disputa de bola: • Regra do Voy A bola • A bola tem guizos que servem para orientar os atletas durante a partida. • Projeto “Pintando a Liberdade” • Distribuição gratuita pelo Ministério dos Esportes Regras Fonte: MORATO (2007) 16/09/2017 22 A quadra: Regras Fonte: MORATO (2007) O chamador: Há ainda o guia (chamador) que pode ficar atrás da baliza e tem a função de orientar os jogadores, dizendo-lhes onde se devem se posicionar e para onde devem chutar. Regras Fonte: MORATO (2007) Bandas laterais: Regras Fonte: MORATO (2007) Área do goleiro: Regras Fonte: MORATO (2007) Sugestões de atividades • Contato com a bola • Relação com o parceiro • Futebol adaptado • Oposição adversária Contato com a bola Estafetas de condução • de frente • de costas • de lado 16/09/2017 23 Relação com o parceiro Estafetas de passe Quem passa com venda – quem recebe sem venda Ambos vendados + protetores Deslocamento 2 a 2 com passe • frente a frente • lado a lado • somente um vendado • ambos vendados Oposição adversária • 1x 1 com finalização • Marcador sem venda (sombra) • Atacante vendado • Utilização da regra do voy (driblar pelo som) Futebol adaptado Pebolim humano • Duas filas de 5 alunos por equipe + goleiros videntes • uma fila na metade ofensiva e outra na defensiva • alunos de mãos dadas • deslocamento lateral Pebolim Humano • Caso a bola saia ou pare entre as filas, o próximo ataque deve ser iniciado pelo goleiro adversário • Rodízios de posição a cada chute • Inversão de linhas a cada gol Esquemas Táticos 16/09/2017 24 Estruturação Coletiva Leitura do Jogo O Ciclo Cultural Vela • Podem competir tanto atletas com deficiência locomotora como visual. A competição segue as regras da Federação Internacional de Iatismo, porém, com algumas adaptações, principalmente nos barcos que devem ser mais estáveis e seguros. Ganha a prova quem percorrer o trajeto estipulado no menor tempo possível. Equitação • O hipismo é um dos desportos mais recomendados para a reabilitação física e social de portadores de qualquer deficiência. No desporto para-olímpico a areia deve ser mais compacta oferecendo uma maior segurança para os competidores. O local deve possuir uma rampa de acesso para os cavaleiros montarem seus cavalos. Além disso, deve haver uma sinalização sonora para orientar o atleta deficiente visual. Goalball Introdução • Criado especificamente para o DV. Características específicas: • Percepção Tátil. • Percepção Auditiva. • Confronto sem invasão. • Classificação B1, B2, B3. Ações ofensivas. Ações defensivas. 16/09/2017 25 Goalball Goalball Histórico Internacional: • 1946 / Hanz Lorenzer (austríaco) e Sett Reindle (alemão). • 1972 / Exibição – Paralímpiada Heidelberg/Alemanha. • 1976 / Incorporação ao programa esportivo dos Jogos Paralímpicos de Toronto –Canadá (masculino). • 1978 / Primeiro Campeonato Mundial – Áustria. • 1984 / Feminino - Jogos de Nova York – USA. Histórico Nacional: • 1985 / Steven Dubner – Clube de Apoio ao Deficiente Visual (CADEVI). • 1986 / Mário Sérgio – Mundial de Goalball da Holanda. • 1995 / Jogos Pan-americanos de Mar Del Plata – Argentina. • 2002 / VII Campeonato Mundial – Rio de Janeiro. Regras Duração da partida: 2 X 12’ tempo regulamentar. • Fim do jogo por tempo e diferença no placar, ou por diferença de 10 gols • Prorrogação – 2X3 ‘ com morte súbita. • Disputa de penalidades. Regras Equipes - 3 titulares e 3 suplentes; Time Out - 3 tempos técnicos; Substituições - 3 por times; Técnicos - só pode dar instrução com a bola parada; Bola - com guizos; Uniformes - números para controlar o rodízio; Bandagens - obrigatórias a todos. 16/09/2017 26 A QUADRA QUADRA Piso – madeira; Marcações – táteis; • Dimensões – mesma usada no voleibol; • Áreas de equipe – de ataque, defesa e neutra; • Traves – todo o fundo de quadra. INFRAÇÕES /PENALIDADES Individuais – apenas esse que fez a infração defende o gol. Coletivas – no caso da infração ou penalidade ser coletiva, o último que arremessou defende sozinho. Iniciação Atividades sugeridas • Reconhecimento do espaço. • Contato com a bola / parceiro • Oposição adversária. • Jogo formal. Reconhecimento do espaço • Elástico • Rodízio de posições • Arco Contato com a bola / parceiro • Passes (círculo) • Buscada de bola • Estafeta orientação • Alerta Oposição Adversária 1x0 • 1 aluno vendado vs. 1 vidente 1+1 x1+1 • 1 aluno vendado e outro vidente em cada equipe 1x1 • 2 alunos vendados + 2 protetores Disputa de pênaltis Jogo Formal Todos vendados e posicionados em um ponto de referência. • Restrição de atuação à área de equipe. • Somente bolas rasteiras . • Aumentar quadra para comportar + jogadores. Penalidades: • 1.Restringir (só perde a posse) • 2.Realizar a cobrança 16/09/2017 27 Regras Infrações: • PrematureThrow • BallOver • Pass Out Penalidades Individuais •High Ball •Long Ball •Short Ball •Illegal Defense •Eyes hades •Third Time Throw •Personal Delay Of Game •Personal Unsports man like Conduct •Noise Regras Penalidades Coletivas • Ten Seconds • Team Delay Of Game • Team Unsports man like Conduct • Illegal Coaching • Noise Técnicas de Defesa • Posição de Expectativa • Posição de Finalização Aspectos Técnicos Aspectos Técnicos Técnicas de Ataque • Frontal • Giro • Entre pernas Esquemas Táticos Triangulo básico Triangulo avançado Triangulo recuado Funil Xadrez Tabuleiro • Mínimo de 20 cm x 20 cm. As casinhas negras são ligeiramente elevadas. Cada casinha tem um orifício. • Cada peça tem um pino que entra nos orifícios. • As peças negras levam marcas especiais. A competição entre jogador vidente e cego: • Tabuleiro normal (vidente). • Tabuleiro de desenho especial (cego). 16/09/2017 28 Regra • No tabuleiro do jogador DV, será considerada “peça tocada” quando ela for retirada do orifício. O deficiente visual terá que: • Fazer sua planilha da partida em Braille, ou gravar as jogadas e posteriormente fazer a planilha, ou ter um assistente fazendo (que não interfira no jogo). • Usar relógio especial. Natação Óculos de proteção • dependendo do órgão que controla a competição é obrigatório para o S11, devendo ser opaco. Raias • Para garantir a segurança dos nadadores, exigem- se piscinas que tenham raias com um mínimo de 0,5 m de largura para fora das raias 1 e 8. • Caso isso não seja possível, então não se devem usar as raias externas da piscina. Provas • Livre 50m, 100m e 400m • Costas: 100m • Peito: 100m • Borboleta: 100m • Medley Ind.:200m Provas • Revezamentos: total de 49 pontos, somando a pontuação entre S11, S12 e/ou S13 que componham a equipe. • Livre: 4 X 50m, 4 X 100m • Medley:4 X 50m, 4 X 100m Largada Nos estilos Livre, Peito e Borboleta: podem ocorrer da plataforma de saída, ao lado da plataforma ou dentro da piscina (tendo uma mão na borda). Tapper Um batedor auxiliará o nadador B1 ou S11 na plataforma de largada e não é permitida a comunicação com atletas depois que entram na área de balizamento.
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