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PNTN 2012

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PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL - PNTN
CONCEITO DE TRIAGEM – O termo triagem, que se origina do vocábulo francês triage,
Significa seleção, separação de um grupo.
Ao aplicarmos a definição Triagem Neonatal, estamos realizando esta metodologia de rastreamento especificamente na população com idade de 0 a 30 dias de vida.
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS - No final da década de 50, nos EUA o biólogo Robert Guthrie (1916 –1995) passou a dirigir seus estudos para a prevenção da doença mental e com este objetivo, adaptou o método de inibição bacteriana em que vinha trabalhando para a realização de identificação de erros inatos do metabolismo. Através desta metodologia poder-se-ia detectar patologias que tardiamente culminavam com o retardo mental dps pacientes. Através da inibição do crescimento da bactéria Bacillus subtilis, realizava análise da presença de níveis elevados do aminoácido Fenilalanina no sangue de RN coletados em papel filtro, realizando o diagnóstico precoce de Fenilcetonúria. Em 1964 –400.000 cç haviam sido testadas nos EUA, com 39 casos positivos (incidência –1:10000 RN). Alguns anos depois o teste passou a ser obrigatório. No Brasil ocorreu a 1º tentativa em 1976 na APAE/SP. Inicialmente realizava-se somente o diagnóstico de Fenilcetonúria. A partir de 1980 incorporou-se a detecção precoce do Hipotireoidismo Congênito. – Lei Federal n. 8069 de 13 de Julho de 1990 ( Estatuto da Criança e do Adolescente) – formalizar a obrigatoriedade dos testes em todo o território nacional. 
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O QUE É TRIAGEM NEONATAL?
São testes nos primeiros dias de vida (período pré-sintomático) que permitem detectar crianças portadoras de diversas doenças, antes que elas manifestem qualquer sinal ou sintoma, porém a tempo de se intervir para evitar sequelas futuros decorrentes do início tardio do tratamento, permitindo que todas as crianças tenham a oportunidade de ter um tratamento adequado no momento certo e possam crescer e se desenvolver de forma mais plena possível.
QUANDO DEVE SER COLHIDO O TESTE DO PEZINHO?
Entre o 3º e o 5º de vida do bebê (NUNCA ultrapassando o 7º dia do nascimento);
Crianças internadas em UTI também devem ter o seu teste colhido no mesmo prazo, 
As gestantes, durante o pré-natal, devem ser instruídas a procurar uma Unidade de Coleta do Teste do Pezinho entre 3º e 5° dias de vida do bebê;
Se a coleta não for realizada na alta do bebê da Maternidade, a mãe deve receber orientações sobre a Unidade de Coleta do Teste do Pezinho mais próxima de sua casa.
MATERIAL PARA COLETA
-Cartão acondicionado em saco plástico. Após a coleta, identificação e secagem adequada, ele deverá ser colocado novamente no mesmo saco plástico para envio o laboratório.
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 LEMBRETES IMPORTANTES:
A coleta do teste do pezinho deve ser feita entre o 3º e o 5º dia de vida (no máximo até 7 dias);
Crianças que sejam submetidas à coleta com mais de 7 dias, não poderão fazer o teste para fibrose cística; é importante informar às gestantes, durante o pré-natal sobre o momento certo para a coleta;
Todos os profissionais envolvidos em todas as etapas da triagem neonatal são responsáveis pelo diagnóstico, tratamento e evolução dos casos diagnosticados.
PROCEDIMENTOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA:
Usar LETRA DE FORMA para preenchimento do cartão;
Preencher todos os campos corretamente;
O nome da mãe deve ser o mais legível possível para evitar erros de digitação e impressão de resultados com nomes incorretos.
Sexo: é importante porque algumas doenças predominam em um dos sexos.
Prematuridade: as crianças prematuras tem uma tendência maior para os erros inatos do metabolismo, bem como para o hipotireoidismo congênito;
A data coleta deve ser de no mínimo 3 dias após o nascimento e no máximo 7 dias após o mesmo;
As crianças cuja coleta seja feita em prazo superior a 7 dias NÃO terão o teste para Fibrose Cística realizado; porém farão os demais testes.
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 PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA
 Transfusão: crianças submetidas a transfusão sanguínea podem ter resultado para Hemoglobinopatias alterado e podem necessitar de uma 2ª coleta.
Gemelaridade: marcar apenas se for o caso de GÊMEOS. Toda vez que houver um Gemelar A , obrigatoriamente deverá haver um Gemelar Be, talvez, um C.
TIPO DE AMOSTRA
1ª COLETA - triagem inicial
2ª COLETA- este tipo de amostra é usada nas seguintes situações:
a) se a amostra tiver sido mal colhida e/ ou mal identificada;
b)quando a 1ª amostra tiver um resultado de IRT ou PKU alterados;
Retorno- campo para uso exclusivo interno do laboratório de Triagem Neonatal
CUIDADOS COM CARTÃO
Antes da coleta, evite passar os dedos nos círculos do cartão de papel de filtro;
O picote é para uso exclusivo do laboratório: não destaque os círculos da parte de identificação!
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 PROCEDIMENTOS PARA COLETA
Usar luvas descartáveis;
Massagem na perna no sentido da raiz da coxa para o pé;
Aquecimento do pé;
Antissepsia com álcool puro;
Secar o local com gaze antes da punção;
Puncionar com lanceta-padrão
O sangue deverá ser colhido pelo verso, preenchendo a totalidade do círculo, de forma que seja visto na parte anterior do cartão – assim, teremos certeza de que a quantidade de sangue é suficiente para a realização do exame.
Depois de colhido, o sangue deverá ser mantido em temperatura ambiente por pelo menos 3 horas, para que fique completamente seco.
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 FLUXOGRAMA DE CONVOCAÇÕES PARA EXAME ALTERADO:
 
IEDE UNIDADE CRIANÇA UNIDADE IEDE
CONSELHO TUTELAR
-1ª convocação: contato telefônico
-2ª convocação: carta / contato telefônico
-3ª convocação: Conselho Tutelar
É necessário contato com o Conselho Tutelar após recebimento do ofício enviado pelo “Programa Primeiros Passos”- Teste do Pezinho para unidade comunicar ao Conselho Tutelar enviando uma cópia ao IEDE.
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Hipotireoidismo Congênito ocorre quando a glândula tireóide do recém-nascido (RN) não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônios tireoidianos, o que resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos.
Conceitos:
É uma doença em que a criança tem deficiência na produção do hormônio tireoidiano;
É uma doença de causa congênita, isto é, causada durante a gravidez;
A deficiência do hormônio tireoidiano comprovante o crescimento e todo o desenvolvimento normal da criança; resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos. Crianças não submetidas a programas de Triagem Neonatal e,  conseqüentemente, não tratadas precocemente, o crescimento e o desenvolvimento mental ficam seriamente comprometidos. As manifestações clínicas são: hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardia, anemia, sonolência excessiva, choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanelas, mixedema, sopro cardíaco, dificuldade na alimentação com deficiente crescimento pôndero-estatural, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem elasticidade, atraso de desenvolvimento neuropsicomotor e retardo mental
A incidência média mundial do Hipotireoidismo Congênito gira em torno de 1:4000 recém-natos vivos;
o Estado do RJ, a incidência tem se mostrado em torno de 1:1942 recém-natos vivos.
O principal sistema comprometido é o Sistema Nervoso;
A criança nasce assintomática porque durante a gestação recebe hormônio tireoidiano materno através da placenta, a cada dia sem tratamento, o dano Neurológico fica mais grave e irreversível. Por isso é fundamental que a coleta seja feita entre o 3º e o 5º dia de vida.
Até 20mUI/ml. Acima deste valor reconvocar e coletar soro.
 HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
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 DOENÇA FALCIFORME
O QUE É DOENÇA FALCIFORME
É a doença hereditária mais comum no Brasil e decorre de uma alteração no genbeta da hemoglobina(Hb) originando uma hemoglobina anormal
denominada HEMOGLOBINA S (HbS) ao invés da hemoglobina normal denominada HEMOGLOBINA A (Hb A).
A doença Falciforme é uma doença de causa genética em que há alteração na estrutura da Hemoglobina;
Em condições em que há redução de oxigênio na atmosfera, a hemácia assume a forma de foice.
A alteração estrutural da hemácia provocada pela modificação na hemoglobina, leva a fenômenos obstrutivos e a uma redução no tempo de vida média da hemácia(anemia hemolítica crônica).
 
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 O QUE É ANEMIA FALCIFORME?
 DOENÇA HEREDITÁRIA AUTOSSÓMICA RECESSIVA
 AS AS
 AA AS AS SS
( NORMAL) ( TRAÇO ) ( TRAÇO ) (ANEMIA FALCIFORME)
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OCORRÊNCIA DA DOENÇA FALCIFORME
Segundo a OMS a cada ano nascem no Brasil:
-2.500 crianças com Doença Falciforme
No Rio de Janeiro
1 doente falciforme / 1204 nascidos
1 traço falcêmico/ 21 nascidos
TRAÇO FALCÊMICO
-Identificável através do teste do pezinho.
-É a alteração mais frequente, atingindo 1/21 nascidos no RJ
-Ocorre quando um indivíduo herda o gene da hemoglobina normal (A) de um dos pais e o gene da hemoglobina alterada (S,C,D ou S talassemia) de outro.
O PORTADOR DO TRAÇO FALCÊMICO é um indivíduo NORMAL. No futuro, se esse indivíduo vier a se casar com outro portador de Traço Falcêmico poderá ter um ou mais filhos com Doença Falciforme.
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 Manifestações
-As células falciformes formam múltiplos trombos que obstruem os vasos produzindo isquemia e necrose dos tecidos
-A intercorrência mais comum é a crise trombótica dolorosa- redução do suprimento sanguíneo da região irrigada pelo vaso obstruido.
-Hemólise
-Retardo no crescimento e desenvolvimento sexual
-Úlcera em MMIIs – crônicas e dolorosas
Sinais e sintomas: taquicardia, taquipnéia, anorexia, palidez, febre, dor abdominal, dor lomber, artralgias, edema articular(mãos e pés), icterícia e leucocitose, cardiomegalia.
Diagnóstico: Eletroforese da hemoglobina ou do teste de afoiçamento.
Garrotear um dedo do paciente para produzir hipóxia. O exame ao microscópio
demonstra as hemácias em formato de foice.
Tratamento: Hidratação contínua e aumento da quantidade e frequência hídrica.
Controle da dor e apoio emocional. Administrar ácido fólico para favorecer a
eritropoiese namedula óssea, antibióticos em caso de infecção e transfusão para situações especiais.
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FENILCETONÚRIA: 
 A fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética devida a ação de um gene recessivo que se manifesta em homozigose, que afeta aproximadamente 1 em cada 12.000 recém-nascidos no Brasil. As pessoas com essa anomalia são incapazes de produzir uma enzima (Fenilalanina Hidroxilase) que atua na conversão de um aminoácido fenilalanina no aminoácido tirosina. Sem essa conversão a Fenilalanina acumula-se no sangue e é convertida em substância tóxica que provoca lesões no sistema nervoso, culminando com retardo mental do portador. Uma dessas substâncias é o Ácido Fenilpirúvico, excretado pela urina, que explica o nome dado a doença. Uma criança recém-nascida, homozigota recessiva para PKU, tem início de vida saudável, uma vez que as enzimas produzidas pela mãe foram transferidas pela placenta, livrando-a do problema. No entanto, à medida que os dias passam, a enzima acaba e a fenilalanina vai se acumulando. Foi a 1ª- doença genética a ter um tratamento realizado a partir da terapêutica dietética específica. 
A criança afetada sem tratamento antes dos 3 meses de vida, apresenta um quadro clínico caracterizado por deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina. 
Para detecção é fundamental que a criança tenha tido ingestão protéica, portanto é recomendado que a coleta seja após 48h do nascimento da criança. Valor de referência – maior ou igual a 4mg%.
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 PTN DA
 ALIMENTAÇÃO
 
 Fenilalanina-hidroxilase
 + cofatores
 
 FENILALANINA TIROSINA NEUROTRANSMISSORES
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FIBROSE CÍSTICA - Mucoviscidose. 
 O que é? 
É uma doença herdada geneticamente. Na maioria das vezes, é diagnosticada na infância, embora também possa ser diagnosticada na adolescência ou na vida adulta. 
As pessoas com fibrose cística tem um funcionamento anormal das glândulas que produzem o muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo. 
O pâncreas - um órgão localizado no abdome que tem como função auxiliar na digestão dos alimentos e produzir hormônios - está afetado em quase todos casos de fibrose cística. As enzimas digestivas do pâncreas estão alteradas e podem dificultar a digestão dos alimentos. Até 10-20% dos recém-nascidos com fibrose cística podem ter uma obstrução no intestino por causa da insuficiência no funcionamento das enzimas do pâncreas. Este problema é chamado de íleo meconial, e a criança não consegue evacuar. A cirurgia é quase sempre necessária nesta situação. 
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 Quais os sintomas? 
 Na fibrose cística, as enzimas do pâncreas, que deveriam ajudar a digerir alimentos gordurosos, não são liberadas para dentro do intestino. Com isso, os alimentos (principalmente os gordurosos) são mal digeridos e as fezes podem ficar volumosas, espessas, fétidas e gordurosas. Além do problema pancreático, há o problema respiratório devido à obstrução das passagens de ar do pulmão pelo acúmulo de muco espesso e pegajoso. Então, as pessoas com esta doença podem ter esses sintomas respiratórios: Tosse Expectoração excessiva de muco (catarro) Respiração difícil Chiado no peito (sibilância) 
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Como se previne? 
Testes genéticos podem ajudar na prevenção, já que até 80% das pessoas com gene anormal poderão ser identificadas. Isto poderá auxiliar nas decisões em relação ao planejamento familiar. Estes testes genéticos também podem ser realizados em fetos. 
Como se faz o diagnóstico? 
Em todos recém nascidos é realizado o teste do tripsinogênio imunorreativo (TIR), um exame padrão para detecção da fibrose cística em recém nascidos. Um elevado nível TIR indica grande possibilidade de fibrose cística e requer exames adicionais. 
Os indivíduos doentes deverão ser vacinados contra a gripe anualmente e contra o pneumococo (bactéria freqüente em infecções respiratórias) cada 5 anos, conforme orientação de seu médico para tentar reduzir a freqüência das complicações respiratórias da doença. 
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 Como se trata? 
O tratamento é voltado para a solução dos sintomas e das deficiências causadas pela doença. 
O uso de enzimas pancreáticas e modificações na dieta auxiliam na digestão. Em relação a parte respiratória, antibióticos são usados quando ocorrem as infecções respiratórias - que são freqüentes e caracterizam a doença. Os pacientes apresentam, no início, infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae. Depois, podem começar a ter infecções respiratórias por Staphylococcus aureus e, mais adiante, por Pseudomonas aeruginosa ou por Burkholderia. Outros microorganismos também podem causar infecção e deterioração da situação do paciente. 
Os broncodilatadores também podem diminuir a falta de ar em algumas pessoas com fibrose cística. 
Medicações que deixam as secreções mais finas e outros mucolíticos, que ajudam na retirada do muco excessivo para fora dos pulmões, também podem auxiliar nesta doença. 
A fisioterapia respiratória, exercícios aeróbicos e a drenagem postural também são importantes, pois facilitam a saída do excesso de muco das vias respiratórias. Na drenagem postural, a pessoa fica deitada inclinada, com a barriga para baixo, os
pés elevados e a cabeça e os braços para baixo, de maneira que a secreção dos pulmões possa descer até a boca e ser expelida. Esta higiene das vias respiratórias melhora os sintomas da doença e faz com que as infecções respiratórias não sejam tão freqüentes. Em alguns casos, o oxigênio domiciliar pode ser necessário para a melhora da falta de ar. 
Em alguns casos, pode ser usada a DNAse recombinante humana (rhDNAse) administrada por um nebulizador específico para tal. 
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Teste da Orelhinha
Teste da Orelhinha: simples e essencial ao bebê
Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz.
É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
Bom, depois dessas informações fica mais fácil saber a importância do Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no Teste da Orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê (ainda bem).
Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.
O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.
O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido.
Fácil, rápido e sem dor - Recado para as mamães: o Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contra-indicações e dura em torno de 10 minutos. Viu que fácil.
Há os chamados bebês de risco para a surdez. São os casos em que já existe um histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros. Se o Teste da Orelhinha já e importante para uma criança sem problemas, imagine para essas crianças.
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Mas todos os bebês devem fazer o Teste. Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos, já em bebês de UTI Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos. A avaliação Auditiva Neonatal limitada aos bebês de risco é capaz de identificar apenas 50% dos bebês com perda auditiva.
A deficiência auditiva é a doença mais freqüente encontrada no período neonatal quando comparada a outras patologias. Só como exemplo, o Teste do Pezinho aponta uma criança em cada 10 mil nascimentos, muito menos que o da Orelhinha.
Portanto, o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, entre muitas outras coisas.
É como uma bola de neve: a criança cresce e tem dificuldade em ouvir ou se expressar e, com isso, sente mais dificuldade em se socializar. Isolada por não ter fácil acesso ao grupo de amiguinhos, ela pode apresentar depressão. E por aí vai.
Para que isso não aconteça, procure o pediatra, um médico otorrinolaringologista ou uma fonoaudióloga quando houver alguma suspeita de perda auditiva no seu filho.
O teste é obrigatório por lei?
Sim. Desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é obrigatório e gratuito.
Clique aqui e confira a matéria sobre o assunto.
Dicas
0 a 6 meses O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.
6 a 12 meses Localiza prontamente os sons de seu interesse e reage a sons suaves. O balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado.
12 a 30 meses Vai do início da primeira palavra (papai) até o uso de sentenças simples (dá bola). Lógico que ainda é cedo, mas nunca incentive o filho a falar errado só porque soa bonitinho. Se ela diz que o papai chegou de "calo", corrija naturalmente dizendo que ele chegou de carro. O estímulo à pronúncia correta é fundamental no aprendizado.
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TESTE DA ORELHINHA
O que é? O Teste da Orelhinha ou exame de emissões otoacústicas evocadas (código AMB 51.01.039-9), é o método mais moderno para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos. O exame consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno através de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do bebê. É rápido, seguro e não provoca dores. Como é feito? O exame é feito com o bebê dormindo, em sono natural, a partir de 48 horas de vida, preferencialmente ainda no primeiro mês. A duração é de aproximadamente 10 minutos, é indolor e não apresenta contra-indicações. Quem deve fazer? Todos os bebês. Por que realizar o teste? A criança aprende a falar ouvindo! Quando o bebê escuta a voz da mãe ele aprende sobre o mundo e a se comunicar. Os bebês que nascem com problemas de audição necessitam de ajuda especializada ainda no primeiro ano de vida, minimizando assim prejuízos no desenvolvimento da linguagem e da fala. "Seu bebê merece esse cuidado" 
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TESTE DA ORELHINHA
Qualquer bebê recém-nascido pode apresentar um problema auditivo no nascimento ou adquiri-lo nos primeiros anos de vida. Isto pode acontecer mesmo que não haja casos de surdez na família ou nenhum fator de risco aparente. 
Um teste simples feito 48 horas após o nascimento do bebê pode detectar se ele tem algum problema auditivo e evitar problemas na fala e no aprendizado da criança. A avaliação é rápida, indolor e importante para toda a vida da pessoa. Conhecido popularmente como teste da orelhinha, a Emissão Evocada Otoacústica existe desde os anos 90, mas até hoje poucas maternidades públicas brasileiras realizam o exame, mesmo com a vigência de leis dispondo sobre a obrigatoriedade. Hoje, cerca de 150 locais em 19 estados realizam a triagem auditiva. O problema é que, dessas unidades, só 20 são maternidades públicas.
No Brasil, estima-se que existam cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva. No Censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3,3% da população responderam ter algum problema auditivo. Aproximadamente 1% declarou ser incapaz de ouvir.
 O Exame
O exame é feito no berçário em sono natural, de preferência no 2º ou 3º dia de vida Demora de 5 a 10 minutos, não tem qualquer contra-indicação, não acorda nem incomoda o bebê Não exige nenhum tipo de intervenção invasiva (uso de agulhas ou qualquer objeto perfurante) e é absolutamente inócuo. A triagem auditiva é feita inicialmente através do exame de Emissões acústicas evocadas(código 51.01.039-9 AMB).
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Bebê de 0 a 28 dias 
HISTÓRIA FAMILIAR - ter outros casos de surdez na família 
INFECÇÃO INTRAUTERINA - provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose 
ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS - deformações que afetam a orelha e/ou o canal auditivo (p.ex.: duto fechado) 
PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER 
HIPERBILIRUBINEMIA - doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirubina. Ele precisa tomar banho de luz
e fazer exosangüíneo transfusão 
MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS - uso de antibióticos do tipo aminoclicosídeos que podem afetar o ouvido interno 
MENINGITE BACTERIANA - a surdez é umas das conseqüências possíveis quando o bebê tem este tipo de meningite 
NOTA APGA MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO - Todo bebê quando nasce, recebe uma nota, composta por uma avaliação que inclui muitos fatores. Agpa era o nome do médico que inventou o teste. 
VETILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS - quando o bebê teve que ficar entubado por não conseguir respirar sozinho 
OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - p.ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg 
Crianças de 29 dias a 2 anos 
OS PAIS DEVEM OBSERVAR SE HÁ ATRASO DE FALA OU DE LINGUAGEM - aos 7 meses ele já deve imitar alguns sons; com 1 ano já deve falar cerca de 10 palavras e com 2 anos o vocabulário deve estar em torno de 100 palavras ; 
MENINGITE BACTERIANA OU VIRÓTICA - esta é a maior causa de surdez no Brasil; 
TRAUMA DE CABEÇA ASSOCIADA À PERDA DE CONSCIÊNCIA OU FRATURA CRANIANA MEDICAÇÃO OTOTÓXICA - uso de antibióticos do tipo aminoglicosídeos que podem afetar o ouvido interno ; 
OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - p.ex.: Síndrome de Down e de Waldemburg; 
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Teste do Olhinho
Teste do olhinho: fundamental para todos os nenês 
Existem hoje em dia vários tipos de exames que são realizados logo que o bebê nasce, antes mesmo da alta hospitalar. São triagens neonatais que podem prevenir doenças e até mesmo detectar alguma alteração o mais cedo possível para evitar seqüelas mais graves.
Já havíamos abordado em outros artigos do Guia do Bebê os testes do Pezinho e da Orelhinha, desta vez citaremos o teste do Olhinho, tão importante quanto os outros dois.
O teste do olhinho (ou o teste do reflexo vermelho) é um exame que deve ser realizado rotineiramente em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade, e que pode detectar e prevenir diversas patologias oculares, assim como o agravamento dessas alterações, como uma cegueira irreversível.
Ao contrário do teste do pezinho, que é super conhecido nacionalmente (até por ser obrigatório), os testes da orelhinha e olhinho são muito menos "famosos" entre os pais. A explicação para a pouca fama se deve ao fato de ambos os testes são realizados somente em alguns Estados e cidades do país.
Para alívio das mamães, o teste do olhinho é fácil, não dói, não precisa de colírio e é rápido (de dois a três minutos, apenas). Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, tipo uma "lanterninha", onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo,
Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. 
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A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo.
O teste do olhinho previne e diagnostica doenças como a retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma, infecções, traumas de parto e a cegueira. Segundo dados estatísticos, essas alterações atingem cerca de 3% dos bebês em todo o mundo.
Prematuros - Bebês prematuros devem obrigatoriamente realizar esse teste visual, de modo que afaste o risco da retinopatia da prematuridade, principal causa da cegueira infantil na América Latina.
"Como essas crianças prematuras ainda passam por um processo de formação, possuem vasos sangüíneos imaturos no globo ocular", explica Larissa Magosso, oftalmologista da Maternidade e Hospital da Criança, em São Paulo/SP.
O teste do olhinho pode ser realizado por um pediatra, mas se alguma alteração é identificada, o bebê deve ser encaminhado para o oftalmologista para a realização de exames mais específicos.
Não deixe para depois - Pelo menos 60% das causas de cegueira ou de grave seqüela visual infantil podem ser prevenidos ou tratáveis se fossem detectadas precocemente, antes de se agravarem. Daí a importância do teste do olhinho. 
O pior de tudo é que mais da metade dos casos só tem o problema descoberto quando estão cegas ou quase cegas para o resto da vida. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica prevê cerca de 710 novos casos de cegueira por ano.
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Dicas
A mamãe e o papai podem observar as fotografias de seu filho. Se em vez do reflexo vermelho que fica nos olhos aparecer uma mancha branca, procure um oftalmologista. 
Pergunte ao pediatra do seu bebê quais exames que foram realizados ao seu nascimento. Se o teste do olhinho não estiver entre eles, converse com o médico a possibilidade de realizá-lo. 
A catarata não é um problema só de idoso, não. A catarata congênita é uma patologia presente ao nascimento e uma em cada cem crianças nascidas apresenta essa alteração. 
Obrigatoriedade do Exame
Não existe uma lei federal. Apenas alguns estados brasileiros possuem leis que garantem o exame "Teste do Olhinho" em hospitais e maternidades públicas e privadas. Dentre eles estão: Bahia, Distrito Federal (Brasília), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo.
Planos de Saúde - desde junho de 2010 é obrigatório aos planos de saúde o pagamento para a realização do Teste do Olhinho.
SUS - o Sistema único de Saúde diz que está garantida a realização do exame em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, atualmente menos de 50% dos municípios estão na Rede Cegonha.

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