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Thaís Pires 1 Triagem Neonatal • Introdução – Desde a década de 60, a OMS preconiza a IMPORTÂNCIA dos programas de triagem neonatal para a prevenção de DEFICIÊNCIA MENTAL e AGRAVOS À SAÚDE do recém-nascido - esse tipo de prevenção é denominada TERCIÁRIA, pois é pós-natal (primária = pré-concepcional e secundária = pré-natal). Segundo a OMS, cerca de 10% da população brasileira possui alguma deficiência – a triagem neonatal foi incorporada ao SUS em 1992, incluindo a avaliação para FENILCETONÚRIA e HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO. Em 2001, o MS publicou uma portaria criando o PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL, que tem como principais objetivos: o Aumentar a quantidade de doenças pesquisadas, sendo elas: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias e Fibrose Cística. ▪ 2012 incluiu – Hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase o Buscar cobertura de 100% dos nascidos vivos o Garantir que a triagem neonatal envolva desde realização do exame laboratorial, busca ativa de casos suspeitos, confirmação diagnóstica, tratamento e acompanhamento multidisciplinar! o Percebeu que o PNTN respira o SUS, né? Universalidade, equidade, integralidade, atenção básica como porta de entrada, acompanhamento multidisciplinar • Conceito - O termo triagem origina-se do vocábulo francês triage que significa seleção. Em saúde pública, triar significa identificar, em uma população assintomática, os indivíduos que estão SOB RISCO de desenvolver determinada doença ou distúrbio e que se beneficiariam de investigação adicional, ação preventiva ou terapêutica imediatas. Ao aplicarmos a definição de Triagem Neonatal, estamos realizando essa metodologia de rastreamento, especificamente na população com idade de 0 A 28 DIAS DE VIDA!!! A triagem neonatal inclui o DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO, DE CERTEZA, TRATAMENTO, ACOMPANHAMENTO DOS CASOS DIAGNÓSTICADOS: o Diagnóstico Presuntivo – refere-se à correlação clínica-laboratorial que indica suspeita ou probabilidade dos distúrbios o Diagnóstico Definitivo – constatação da presença da doença nos casos previamente suspeitos por meio da triagem • Data de Coleta - Recomenda-se que o período ideal de coleta da primeira amostra esteja compreendido entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê devido às especificidades das doenças diagnosticadas atualmente. o Deve ser considerada como uma condição de exceção toda coleta realizada após o 28º dia de vida, mesmo que não recomendada, por se tratar de um exame fora do período neonatal. Consideram-se excepcionalidades as dificuldades de acesso de algumas aldeias indígenas e populações de campo e da floresta, bem como questões culturais e casos de negligência. • Doenças – para a inclusão de uma doença em testes de triagem neonatal, é preciso: o Doença ser frequente: incidência acima de 1/6.000 nascidos vivos o Não apresentar manifestações clínicas detectáveis precocemente o O teste deve ter elevada sensibilidade e especificidade: para reduzir os achados falso-positivos e falso- negativos o A introdução do teste deve reduzir a morbimortalidade da doença: bom custo-benefício o Teste deve ser de fácil execução Thaís Pires 2 • Teste do Pezinho – o momento ideal de coleta é entre o 3º e 7º dia de vida (MS recomenda entre 3º e 5º dia), NUNCA antes de 48h de amamentação e nunca superior a 30 dias. A realização do teste é feita em um posto de coleta, onde será realizada a ficha cadastral da criança. É feita uma pequena punção no calcanhar do RN com agulhas e luvas descartáveis, sendo o sangue adsorvido em um papel-filtro, que deve permanecer em temperatura ambiente até a completa secagem (geralmente 2h) e ser encaminhado ao laboratório. o Doenças de Rastreio ▪ Fenilcetonúria (5/100.000) – mede a quantidade de fenilalanina no sangue do papel filtro ▪ Hipotireoidismo Congênito (52/100.000) – mede a quantidade de TSH OU T4 e TSH ▪ Doença Falciforme e Hemoglobinopatias (26/100.000) – por meio da eletroforese de hemoglobina por Focalização Isoelétrica (FIE) ou Cromatografia Líquida de Alta Resolução ▪ Fibrose Cística (30/100.000) – mede a tripsina imunorreativa no sangue! ▪ Hiperplasia Adrenal Congênita (5/100.000) – dosagem de 17-OH-progesterona ▪ Deficiência de Biotinidase – dosa a atividade da biotinidase no papel filtro o Procedimento Coleta ▪ Luvas de procedimento – lavar as mãos e calçar luvas ▪ Posição da criança – calcanhar abaixo do nível do coração ▪ Assepsia – algodão ou gaze com álcool 70, massageando bem o local para ativar a circulação. Nunca usar álcool iodado ou antisséptico colorido ▪ **Aquecimento – em cidade de baixa temperatura, deve-se considerar o aquecimento prévio do pé do bebê para vasodilatar ▪ Punção – lancetas autorretráteis, estéreis, descartáveis com profundidade máxima de 2mm e espessura máxima de 2mm também. Deve ser feita a punção nas lateraisdo calcanhar, evitando o osso na região medial ▪ Coleta de Sangue – aguardar a formação de uma grande gota de sangue e retirá-la com gaze/algodão esta (pode ter outros fluidos que interferem no resultado). Encostar o papel-filtro na nova gota até preencher o círculo. Não tocar com os dedos a superfície do papel-filtro na região dos círculos. Jamais retorne um círculo já coletado no local do sangramento para completar áreas mal preenchidas. A superposição de camadas de sangue interfere nos resultados dos testes. ▪ Verificação imediata pós coleta - Fazer a verificação imediata da qualidade da amostra coletada, levantando o papel-filtro acima de sua cabeça e observando-a contra a luz. Todo o círculo deverá ter um aspecto translúcido na região molhada com o sangue, que deverá estar espalhado de forma homogênea ▪ Curativo - Após a coleta, colocar a criança deitada, comprimir levemente o local da punção com algodão ou gaze até que o sangramento cesse. Se desejar, utilize curativo ▪ Secagem - as amostras deverão ser submetidas ao processo de secagem à temperatura ambiente (15° a 20°C por cerca de 3 horas), em dispositivo próprio ou superfície plana, isolada, e que a área contendo sangue fique livre de qualquer contato. A posição horizontal permite a distribuição do sangue de forma homogênea o Resultado não Alterado - Se o resultado do teste estiver dentro dos valores de referência, informe claramente que o recém-nascido não apresenta alteração de resultados para as doenças testadas e peça ao responsável para assinar o comprovante de entrega de resultados o Resultado Alterado - Realização de exame de confirmação: para isso, a criança deverá comparecer ao local para uma nova coleta. ► Encaminhamento para consulta especializada: seguir orientações da consulta agendada Thaís Pires 3 • Teste da Orelhinha – O déficit auditivo é um problema de grande impacto na saúde infantil, havendo uma elevada incidência dessa afecção (5/1.000 nascidos vivos). Cerca de 50% das perdas auditivas são de causas GENÉTICAS e, dessas, 70% são do tipo NÃO-SINDRÔMICO, i.e., não identificáveis ao exame morfológico. Quando não corrigido o déficit, grande prejuízo na aquisição da linguagem pode ser percebido, bem como na comunicação e desenvolvimento cognitivo. A triagem para deficiência auditiva iniciou em 2000 e leva em consideração que a idade ideal para o diagnóstico é ANTES DOS 3 MESES, enquanto o início do tratamento deve ser feito ANTES DOS 6 MESES. o Quando fazer? A TAN deve ser realizada, preferencialmente, nos primeiros dias de vida (24h a 48h) na maternidade, e, no máximo, durante o primeiro mês de vida, a não ser em casos quando a saúde da criança não permita a realização dos exames. o Fatores perinatais que aumentam o risco de perda auditiva: ▪ Asfixia (APGAR < 6 no minuto 5) ▪ História Familiar de surdez congênita ▪ Infecção TORCHS – Toxoplasmose, Rubéola, CMV, Herpes e Sífilis ▪ Hiperbilirrubinemia (>15mg/dL no a termo; >12mg/dLno pré-termo) ▪ Sepse/Meningite ▪ Hemorragia intraventricular ▪ Convulsões ▪ Anomalias Craniofaciais ▪ Espinha bífida ▪ Cromossomopatias ▪ Drogas Ototóxicas ▪ Peso ao nascer < 1.500g ▪ Ventilação Mecânica > 5 dias o Pode-se dividir a gravidade da deficiência auditiva em níveis, considerando que a intensidade da fala humana se situa entre 40-80 dB: ▪ Leve → > 26 Db ▪ Moderada → > 40 dB ▪ Moderada/Grave → > 55 dB ▪ Grave → > 70 dB ▪ Grave/Profunda → > 90 dB o Formas de Triagem: ▪ Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA) – teste rápido, fácil e sem sedação que é feito durante o sono natural do bebê colocando-se um fone externo ao seu ouvido. Consiste na EMISSÃO de um estímulo sonoro e na captação do RETORNO (eco), que são registrados em um gráfico. Este exame avalia apenas o sistema auditivo PRÉ-NEURAL, i.e., SISTEMA DE CONDUÇÃO E CÓCLEA. Resultados FALSO-POSITIVOS podem ser obtidos pela presença de VERNIZ CASEOSO ou SECREÇÕES no conduto auditivo – se o resultado vier alterado, deve ser repetido até os 3 meses de vida!!! Detecta perdas em torno de 30- 35dB ▪ Bera – Potencial Auditivo de Tronco Encefálico: exame mais complexo que requer pessoal treinado e sedação do RN. São colocados fones de ouvido no bebe, além de eletrodos na cabeça, tendo como função captar as ondas eletrofisiológicas geradas pelos estímulos sonoros. É um exame que detecta alterações na via NEURAL até o TRONCO ENCEFÁLICO, podendo haver diversos falso-positivos pela imaturidade do SNC → repetir exame alterado APÓS OS 4 MESES! As perdas auditivas RETROCOCLEARES são mais comuns em RNs com fatores de risco, que não são detectadas pelo EOA!! ▪ Qual é melhor? Comparando-se as vantagens e desvantagens dos dois, a EOA é o melhor método por ser mais rápido, fácil e barato, além de avaliar todas as frequências de perda mais comuns. Todos os testes de EOA alterados devem ser confirmados antes do 3 meses!! Para os neonatos e lactentes SEM INDICADOR DE RISCO, utiliza-se o exame de EOA. Caso não se obtenha resposta satisfatória (falha), repetir o teste de EOAE, ainda nesta etapa de teste. Caso a falha persista, realizar de imediato o BERA. Para os neonatos e lactentes com indicador de risco, utiliza-se o teste de BERA ou em modo triagem. ▪ Triagem Auditiva Neonatal (TAN) - A TAN, o diagnóstico funcional e a reabilitação fazem parte de um processo contínuo e indissociável, para que se alcance o desfecho esperado em crianças com perdas auditivas permanentes. A TAN, sem as etapas subsequentes de diagnóstico funcional e reabilitação, não será efetiva. Portanto, além da realização do teste e reteste, é necessário que se garanta o Thaís Pires 4 monitoramento e acompanhamento do desenvolvimento da audição e linguagem e, sempre que necessário, o diagnóstico e a reabilitação. • Teste do Olhinho/Teste do Reflexo Vermelho/Teste de Bruckner – Feito pelo pediatra com o uso de um oftalmoscópio ou retinoscópio que deve ser segurado pelo examinador a um braço de distância dos olhos do bebê. O teste é baseado na transmissão da luz por todas as estruturas habitualmente transparentes do eixo visual e na reflexão do fundo ocular – testa opacidade dos meios. Qualquer alteração que se interponha nessa via irá promover alteração no reflexo. O que se espera de resposta normal é o REFLEXO VERMELHO BRILHANTE quando a luz incide sobre a pupila! O achado de LUZ BRANCA ou LEUCORIA, PONTOS PRETOS ou ASSIMETRIA necessita a DILATAÇÃO PUPILAR e INVESTIGAÇÃO POR UM OFTALM. Esse exame é feito para detecção de anormalidades grosseiras no segmento posterior do olho – a leucoria (reflexo branco) pode ser encontrada em situações como CATARATA, RETINOBLASTOMA, RETINOPATIA, CORIORRETINITE. o Obs: a Academia Americana de Pediatria recomendo a realização do reflexo vermelho periodicamente para todas as crianças de 0 a 2 ANOS DE IDADE! o Obs 2 - É imprescindível conscientizar os pais e responsáveis de que o TRV não substitui o exame oftalmológico que todo o bebê deve ser submetido se não nos primeiros seis meses de vida, no máximo no primeiro ano. Um teste normal não exclui a presença de catarata parcial ou de desenvolvimento ou mesmo de retinoblastoma em fase inicial. O diagnóstico precoce é fator primordial para se preservar a visão e seu desenvolvimento. Assim, pais e Pediatras devem ser alertados da necessidade de exame oftalmológico precoce. o Como realizar? O TRV é realizado com o oftalmoscópio direto, cuja luz projetada nos olhos, atravessa as estruturas transparentes, atinge a retina e se reflete, causando o aparecimento do reflexo vermelho observado nas pupilas. Um fenômeno semelhante pode ser notado nas fotografias com flash. A cor vermelha do reflexo ocorre devido à vasculatura da retina e coroide e do epitélio pigmentário. Durante o teste, a SALA ESCURECIDA (PENUMBRA) facilita a observação dos reflexos, não havendo a necessidade de DILATAÇÃO DAS PUPILAS COM COLÍRIOS MIDRIÁTICOS. • Teste do Coraçãozinho – 1 ou 2 a cada 1.000 nascidos vivos possuem cardiopatias congênitas, sendo que, desses, 30% não recebe o diagnóstico hospitalar, evoluindo com hipóxia, choque e óbito (10% dos óbitos infantis). O teste da OXIMETRIA/CORAÇÃO objetiva a detecção precoce de CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CRÍTICAS, i.e., aquelas cujo FLUXO PULMONAR OU SISTÊMICO é dependente de canal arterial, como: o Cardiopatias Congênitas Críticas que dependem do canal arterial – o canal arterial só se fecha completamente entre o 3-10 dia de vida, tendo somente uma redução de fluxo nas primeiras 10h. Muitas cardiopatias congênitas não se manifestam antes do fechamento do canal, então não causam cianose precoce, não evoluem com sopro, não cursam com baixo débito – isso só seria percebido após o fechamento do canal arterial. Por isso a importância de um teste que detecte cardiopatias ANTES DO FECHAMENTO: ▪ Atresia de artéria pulmonar ▪ Hipoplasia de coração esquerdo e coarctação grave de aorta ▪ Transposição de grandes vasos o Quando fazer ▪ Todo neonato com > 34 semanas de IG após 24h de vida e antes das 48h! ▪ Local – extremidade do membro superior direito (representa a saturação pré-ductal) e a extremidade de um dos membros inferiores (saturação pós-ductal). Ambas extremidades precisam estar aquecidas. ▪ Resultado Normal – saturação < 95% ou se a diferença entre elas for igual ou maior que 3%. Se houver anormalidade, realizar o teste novamente após 1h – a criança deve realizar um ecocardiograma nas próximas 24h. ▪ Sensibilidade/Especificidade – a sensibilidade é de 75% e especificidade de 99%, podendo n detectar algumas cardiopatias críticas, como a coarctação de aorta - Orientar os familiares que a triagem Thaís Pires 5 negativa não afasta completamente o diagnóstico de cardiopatias, uma vez que algumas cardiopatias congênitas não apresentam hipoxemia. Cerca de 50% dos casos de coarctação de aorta podem não ser diagnosticados ▪ Falsos Resultados - O teste apresenta maior taxa de falso-positivos em altas altitudes e em RN pré- termo. Nesses casos não há protocolo determinado de triagem. A saturação de oxigênio aferida associada ao exame físico e demais sinais clínicos do RN auxiliam na suspeita diagnóstica. O uso frequente de oxigenioterapia devido às patologias pulmonares associadas, nesse tipo de paciente, pode ser causa de falso-negativos • Teste da Linguinha – consiste na avaliação da ANQUILOGLOSSIA ou língua presa, condição em que o frênulo lingual é curto ou possui tecido em excesso, limitando a movimentação da língua (fala, sucção, deglutição). O exame é clínico e indolor, podendo ser feito pelo FONO ou PED. Apenas anquiloglossias congênitas e graves necessitam de correção cirúrgica – o MS e a SBP não recomendam o teste como TRIAGEM OBRIGATÓRIA NEONATAL. o Em junho de 2014 foi sancionada a lei que “obriga a realização do protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês,em todos os hospitais e maternidades do Brasil”. O objetivo da avaliação é a identificação de situações em que o frênulo lingual limita os movimentos da língua, que são importantes para sugar, mastigar, engolir e falar. PODE SER FEITO ATÉ OS 6 MESES DE VIDA a avaliação COMPLETA (história clínica, avaliação anatomofuncional e avaliação da sucção), enquanto a triagem neonatal é composta apenas pela AVALIAÇÃO ANATOMOFUNCIONAL nas primeiras 48h de vida – é realizada somente a avaliação anatomofuncional pois o bebê demora de 15 a 20 dias para se adptar as condições de vida o Protocolo de Avaliação do frênulo lingual ▪ Posicionamento do bebê – nuca do bebê no espaço entre o braço e o antebraço + segurar mãos ▪ Elevação da língua - são introduzidos os dedos indicadores enluvados embaixo da língua, pelas margens laterais, para que se possa fazer a elevação Thaís Pires 6 • Coletas Especiais – cerca de 12,4% dos nascidos ao ano são partos PREMATUROS E COM CRIANÇAS DE BAIXO PESO, o que justifica a necessidade de criação de protocolos específicos para a triagem neonatal de pré-termos, RN de baixo peso. Todos os RN devem ser triados, embora esses com situações mais críticas estejam mais predispostos a resultados FALSO POSITIVOS e FALSO NEGATIVOS. RNs pré-termo tem VOLUME DE SNAGUE PEQUENO, portanto, as coletas de sangue devem ser otimizadas! Além disso, as punções de calcanhar devem ser evitadas, sendo recomendada a COLETA DE SANGUE VENOSO PERIFÉRICO, não utilizando linhas venosas de infusão de medicamentos ou nutrição parenteral.
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