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Direito Financeiro e Tributário - Planos de Aula Respondidos 1 ao 16

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ESTÁCIO-FASE 
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I - CCJ0030 
Professor: RONALDO ANTONIO DE LIMA 
Aluno: Raphael Jhonson Santos Freire – Mat. 201307179231 
 
Plano 01: 
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a 
Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma 
expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria 
considerável pela oposição ressentida por não ter reeleito o antigo governador, 
candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue 
aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. 
Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da 
oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos 
tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
a) Quais seriam estes argumentos? 
A nossa Constituição Federal veda expressamente a edição de Medida 
Provisória para Leis Orçamentárias, salvo em casos imprevisíveis ou de 
catástrofes. 
b) Pode o governador editar medida provisória? 
Sim, o Governador pode editar Medida Provisória, não tendo tal proibição. Pela 
nossa doutrina, temos o princípio da simetria, onde o Chefe do Poder Executivo, 
pode editar tal medida. 
 c) Cabe medida provisória em Direito Financeiro. 
Não cabe medida provisória em Direito Financeiro, em regra. Exceto nos casos 
de imprevisíveis ou catástrofes. 
 
OBJETIVA: Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de 
aplicação das regras do Direito Financeiro: 
a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil 
b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual 
c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do 
Rio de Janeiro 
d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte 
 
Plano 02: 
Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal 
apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária comum déficit 
de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos 
foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios 
orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade 
financeira do estado. 
Indaga-se: 
A) A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor 
um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário 
referente e como os elementos do Direito Financeiros e relacionam no caso. 
Resposta: O princípio que se relaciona com os elementos do direito financeiro é 
o princípio do equilíbrio orçamentário, que corresponde ao fato do gestor público 
estar preso a estimativa de receitas para realizar as despesas durante o 
exercício financeiro, conforme previsão em lei orçamentária. A constituição de 
88 veda no seu artigo 167, III apenas a realização de operações de crédito que 
excedam o montante das despesas de capital, com ressalva daquelas 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais aprovadas pelo 
legislativo. 
B) Como ficaria com base na legislação atual? 
Resposta: A partir da promulgação da emenda constitucional 95/2016 foi 
implementado um novo regime fiscal com limites individualizados, no intuito de 
estabelecer o equilíbrio orçamentário, uma vez que são limites globais para cada 
poder. 
Questão Objetiva 
Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta. 
a) Todo tributo advém da Receita Originária. 
b) Ingresso e receita constituem sinônimos. 
c) Os tributos constituem receita derivada c obrada mediante 
atividade administrativa vinculada ou discricionária. 
d) (Correta) Receita originária é aquela em que o Estado atua como 
particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu 
poder de império. 
e) Receita deriva da é aquela em que o Estado atua como particular e receita 
originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. 
 
Plano 03: 
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas 
no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de 
Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo 
legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de 
Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. 
Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da 
Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 
A) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? 
Resposta: O tribunal de contas é órgão do estado responsável por fazer a 
avaliação técnica das contas públicas. Em função disso, como órgão de controle 
externo possui atribuição para aplicar sanções pelo descumprimento das regras 
constitucionais e da lei de responsabilidade fiscal, em relação aqueles que 
exercem a gestão das contas públicas. A aplicação de multas está prevista no 
ART 71, VIII da CF/88. 
B) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se 
encontram alcançadas pela coisa julgada? 
Resposta: As multas aplicadas pelo tribunal de contas resultam em documento 
que terá eficácia de título executivo, conforme dispõe o artigo 71, § 3° da CF. 
Tendo em vista que o tribunal de contas não exerce jurisdição, função do Estado 
com atributo de definitividade, suas manifestações podem ser objeto de 
questionamento judicial. 
3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio 
contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios 
exigidos? 
O caso concreto decorre de aplicação do princípio da transparência, previsto no 
ART 48 e seguintes da lei de responsabilidade fiscal. 
Questão objetiva: O Tribunal de Contas 
( ) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na 
apreciação de renúncia de receitas. 
( ) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle 
Externo. 
( ) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional. 
(X) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula 
pétrea constitucional. 
( ) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que 
resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo. 
 
Plano 04: 
Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de 
regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito 
a atividades do contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos 
segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, 
dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário-de-contribuição), incidentes 
sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de concursos de 
prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições 
sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a 
apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas 
gerais do Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei 
complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para tanto a 
compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento 
jurídico específico ao qual está submetida. 
Resposta: A cobrança estabelecida como fonte de custeio da seguridade social 
está submetida ao conceito de tributo previsto no ART 3° do CTN e no ART 149 
da constituição, o STF ao identificar a contribuição social como uma espécie 
tributária entendeu que ela está submetida ao regime jurídico do direito tributário, 
razão pela qual suas normas gerais devem ser objeto de lei complementar na 
forma do ART 146, III da CF. 
 
Questão objetiva 
(CETREDE – 2016) Como se chama o tributo que tem por características sernão vinculado a uma atividade estatal, admite, por expressa e excepcional 
previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não 
admite previsão de restituição ao final de determinado período? 
A ( ) Contribuição de intervenção no domínio econômico. 
B ( ) Contribuição social. 
C ( ) Empréstimo compulsório. 
D (X) Imposto. 
E ( ) Taxa. 
 
Plano 05: 
A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de 
que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de 
pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei. 
Resposta: O ART 151, III da CF, veda a chamada isenção heterônoma, ou seja, 
a união não pode conceder este benefício fiscal em relação aos tributos de 
competência dos estados e municípios. 
 
Questão objetiva 
Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa incorreta. 
a) A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em 
caso de guerra. 
b) Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade 
predial e territorial urbana. 
Resposta - c) Os Municípios não têm competência para instituir 
contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União 
Federal. 
d) As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, 
tributos de competência comum. 
 
Plano 06: 
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado 
respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na 
fonte pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade 
passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto 
de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado. 
Resposta: A competência tributária no imposto de renda é de fato da união, 
entretanto o Estado é parte legítima para figurar no pólo passivo da ação de 
repetição de indébito promovida por seus servidores em relação ao imposto 
retido na fonte pagadora, esse é o posicionamento do STJ veiculado na súmula 
447. Isso porque, o ART 157, I, da CF, dispõe que pertence ao Estado 100% do 
produto da arrecadação do IR incidente na fonte sobre os rendimentos pagos 
por eles aos seus servidores. 
 
Questão objetiva 
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, 
MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios 
(2) e as dos Estados/DF para os Municípios (3): 
 
( 3 ) 50% do IPVA; 
( 2 ) 20% dos impostos de competência residual; 
( 1 ) 50% do ITR; 
( 2 ) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
( 3 ) 25% do ICMS; 
( 1 ) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
( 1 ) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial. 
 
Plano 07: 
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de 
Inconstitucionalidade contra emenda constitucional que cria um imposto sobre 
toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas 
jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, 
os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, 
a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes 
federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício 
financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma 
preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade 
de dispositivo constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do 
Supremo Tribunal Federal. 
Resposta: As normas de emenda constitucional decorrem do poder constituinte 
derivado, razão pela qual podem ser objeto de controle, mediante ação direta de 
inconstitucionalidade quando confrontadas com normas elaboradas pela 
assembleia nacional constituinte. Esse é o posicionamento do STF. (ADIN 926.) 
Questão objetiva: 
(FGV-2015) O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, 
celebra tratado internacional com outros dois Estados soberanos, com o objetivo 
de incrementar a prestação de serviços de tecnologia para grandes projetos de 
infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmites legislativos 
impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus 
efeitos, dentre os quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa 
operação. Considerando que esses serviços estão incluídos na lista anexa da 
Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudência do STF, é correto afirmar que 
o tratado é: 
A ( ) inconstitucional ao estabelecer isenção heterônoma, vedada pelo artigo 151, 
III, da Constituição Federal em vigor, o qual veda à União instituir isenções de 
tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; 
B ( X ) constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada 
impedindo que a República Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa 
jurídica de direito público externo, celebre tratados e acordos 
internacionais de Direito Tributário; 
C ( ) constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e 
convenções internacionais sobre tributação, desde que aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turn os, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais; 
D ( ) inconstitucional, pois somente lei complementar federal poderia estabelecer 
isenção de tributos estaduais e municipais; 
E ( )inconstitucional, pois a União somente pode conceder isenção de tributos de 
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando 
simultaneamente conceder aos tributos de competência federal. 
Plano 08: 
O Município de Angra dos Reis promulga lei em 30.05.2006, estabelecendo a 
incidência do ITBI sobre as embarcações alienadas no território municipal, já que 
esses bens são garantidos por hipoteca, o que demonstraria a natureza 
imobiliária das embarcações. Ester efetua alienação de uma embarcação para 
Moisés (ambos domiciliados naquele Município, mediante contrato lavrado em 
cartório no dia 30.05.2007. Firme na legislação municipal, a Fazenda Pública de 
Angra dos Reis efetua o lançamento de ofício do ITBI. Ester apresenta 
impugnação na via administrativa, pleiteando o seu direito de não pagar o tributo 
em tela. Examine o caso, em suas várias nuances, sob a ótica das normas do 
CTN sobre interpretação. 
Resposta: As embarcações não são consideradas como bens imóveis pela 
legislação em geral, tampouco o código civil às classifica expressamente desta 
forma, razão pela qual não procede a alegação do município. Ademais, o código 
tributário nacional não permite a utilização de conceitos de outros ramos do 
direito para ampliar as competências tributárias, e consequentemente a 
tributação. 
 
Questão objetiva 
(FAURGS-2015) No que se refere à legislação tributária, assinale a alternativa 
que contém afirmativa correta. 
 
A ( X )Leis expressamente interpretativas não podem ser aplicadas a atos 
ou fatos pretéritos se contrariarem orientação favorável aos contribuintes 
já firmada pelos Tribunais Superiores. 
B ( )Os conceitos utilizados pela Constituição da República para outorgar 
competência impositiva podem ser alterados pelo legislador do ente político que 
a titularizar, dada a sua autonomia tributária e financeira. 
C ( )O Código Tributário Nacional admite a utilização da analogia para a 
aplicação das hipóteses de incidência tributária a fatos juridicamente 
semelhantes àqueles por elas previstos, com vistas à promoção da igualdade. 
D ( )O legislador ordinário pode estabelecer que multa tributária menos gravosa 
somente se aplique a fatos futuros. multa ou imputação de débito tem a natureza 
de título executivo. 
 
Plano 09: 
Lei federal,publicada no ano passado, majora alíquotas do Imposto de Renda 
incidente em determinadas importações e determina a incidência sobre o 
exercício passado cuja declaração será feita neste exercício. Neste caso, inicia-
se forte discussão sobre o tema da segurança jurídica e dos princípios tributários 
atinentes. Para verificação da constitucionalidade do tema, apresente o 
entendimento do STF e sua evolução até os dias atuais. 
Resposta: A súmula 584 do STF autoriza a aplicação da legislação tributária 
vigente no exercício da declaração ainda que alcance fatos geradores ocorridos 
no exercício financeiro anterior. Porém, após a edição da referida súmula, o STF 
alterou seu posicionamento ao julgar o RE 592.396, reconhecendo a 
inconstitucionalidade a aplicação retroativa sobre imposto de renda. 
 
Questão Objetiva: 
(FUNDATEC-2015) Quanto aos princípios da legalidade e da anterioridade 
tributária, analise as assertivas abaixo: 
I. O princípio da legalidade tributária aplica-se a todos os tributos, mas se admite 
a alteração da alíquota de certos impostos federais, de caráter extrafiscal, desde 
que sejam atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. 
II. Reserva absoluta de lei tributária designa a exigência de que a Administração 
Tributária se paute rigorosamente pelos ditames legais, não adotando condutas 
contrárias à legislação tributária. 
III. A anterioridade de exercício e a nonagesimal são aplicáveis a todos os 
tributos, de forma cumulativa, excetuadas hipóteses previstas taxativamente no 
texto constitucional. 
IV. Majoração de alíquota do ICMS, determinada por lei publicada em 1º de 
novembro de um ano, pode ser aplicada em 1º de janeiro do ano subsequente. 
 
Após a análise, pode-se dizer que: 
A ( ) Está correta apenas a assertiva I. 
B ( ) Estão corretas apenas as assertivas I e II. 
C (X) Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
D ( ) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
E ( ) Todas as assertivas estão corretas. 
 
Plano 10: 
O Estado do Rio de Janeiro decide alterar a sua legislação tributária relativa ao 
ITCMD para aumentar as alíquotas do imposto e, portanto, aumentar sua 
arrecadação. Em função disso, aumenta a alíquota do imposto para 4,5% 
(quando se tratar de transferências realizadas em montante de até 400.000 
unidades fiscais de referência) e de 5% (quando se tratar de transferências em 
montante superior a 400.000 unidades ficais de referência). Contribuinte 
questiona a alíquota progressiva do tributo diante de falta de autorização 
expressa da Constituição neste sentido. Assim tratando, analise como se 
posiciona o Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. 
Resposta: O STF alterou o posicionamento sobre a necessidade de autorização 
expressa da Constituição Federal, para a aplicação de alíquota progressiva aos 
impostos reais (RE 562045). Hoje a Suprema Corte entende que todos os 
impostos devem se submeter, na medida do possível ao princípio da capacidade 
contributiva. 
 
Questão objetiva 
O Decreto nº 3.000/99, conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art. 
1º, que: “O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será 
cobrado e fiscalizado de conformidade com o disposto neste Decreto.” Ao 
contemplar a cobrança do Imposto Renda sobre toda e qualquer forma de renda 
e provento, nos limites da Lei, o artigo está contemplando o critério da 
A ( ) anterioridade. 
B ( ) capacidade contributiva. 
C (X) generalidade. 
D ( ) legalidade. 
E ( ) universalidade. 
 
Plano 11: 
O Supermercado Vende Bem propõe uma ação para anular uma cobrança de 
ICMS que desconsiderava créditos de ICMS decorrentes do consumo de energia 
elétrica que, segundo o contribuinte, a energia elétrica utilizada para a 
comercialização de seus produtos não podia ser confundida com aquela utilizada 
para o uso ou consumo, pois a energia elétrica utilizada nas áreas comerciais 
(dentro dos supermercados) seria indispensável ao desempenho das atividades 
do estabelecimento, tais como na conservação de produtos congelados e 
refrigerados, na fabricação de pães e biscoitos, sendo posta em uso para 
proveito dos consumidores finais que não podem comprar às escuras. Neste 
sentido, como deve se manifestar o tribunal? 
Resposta: O Tribunal deverá rejeitar o pleito do contribuinte, uma vez que 
atualmente a Lei Complementar 87/96 que trás normas gerais sobre ICMS que 
vão permitir o creditamento do imposto incidente sobre aquisição de energia 
elétrica consumida nas áreas comerciais com o imposto devido, na circulação de 
mercadorias, devendo aplicar o princípio Tempus Regit Actum. 
 
Questão objetiva 
O princípio da não cumulatividade é 
A ( ) um atributo exclusivo do ICMS e do IPI. 
B (X) princípio de tributação por meio do qual se pretende evitar a assim 
chamada “tributação em cascata” que onera as sucessivas operações e 
prestações com bens e serviços sujeitos a determinado tributo. 
C ( ) técnica de tributação aplicável também aos impostos reais, tais como o ITR 
e o IPTU. 
D ( ) suscetível apenas de interpretação restritiva e literal, à medida que institui 
um benefício fiscal ao contribuinte. 
E ( ) um instrumento de transferência de riqueza indireta entre as Unidades da 
Federação inserido no pacto federativo, à medida que o crédito de ICMS a ser 
suportado pela Unidade da Federação de destino dos bens e serviços está 
limitado ao valor do imposto efetivamente recolhido em favor do Estado de 
origem. 
 
Plano 12: 
O Estado de Pernambuco, de forma a incrementar sua arrecadação tributária e 
ampliar a sua receita, decide criar alíquota diferenciada para veículos de 
fabricação estrangeira importados ao Brasil. Esta alíquota é maior do que as dos 
veículos nacionais. Desta forma, encaminha a proposta à sua assessoria jurídica 
que após pesquisa à jurisprudência das Cortes Superiores lhe dá parecer. O 
parecer mais adequado deve ser em que sentido? 
Resposta: O parecer deverá ser pela impossibilidade de alíquota diferenciada 
aos veículos importados, pois a Constituição Federal veda a diferença tributária 
em razão da procedência de destino dos bens e serviços, aplicando o princípio 
da uniformidade geográfica. 
 
Questão objetiva 
Sobre as limitações ao poder de tributar, assinale a alternativa correta: 
A ( ) O Município pode tributar imóveis de instituições de ensino, sem fins 
lucrativos, que estiverem locados a terceiros não alcançados pela imunidade 
tributária. 
B ( ) É vedada a utilização de tributo com efeito de confisco, vedação que não 
alcança as multas tributárias. 
C ( ) O Município pode instituir taxa para a entrada e circulação de pessoas e 
bens no seu território, de modo a preservar as vias e o patrimônio público. 
D ( ) É vedado ao Município de Vila Velha instituir tributo diferenciado sobre 
serviços prestados por estabelecimentos domiciliados no Município de 
Vitória. 
E ( ) As imunidades criadas pela Constituição têm natureza subjetiva, ou seja, 
visam beneficiar pessoas e não coisas. 
 
Plano 13: 
A prefeitura do município de Rio Branco enviou carnê de IPTU para a Locadora 
de Veículos Localizada em terreno da Infraero ao lado do Aeroporto Internacional 
Plácido de Castro. A Locadora promoveu ação anulatória e o processo se 
encontra hoje no STF aguardando julgamento de recurso extraordinário. Neste 
sentido, apresente os argumentos favoráveis ao fisco e ao contribuinte. 
Resposta: Ao Julgar o R.E 601.720 em 06/04/2017 o STF decidiu por maioria 
sobre a incidência do IPTU sobre o imóvel que goza de imunidade tributária mas 
está cedido à pessoa jurídica de direito privado, sendo esta devedora do imposto. 
 
Questão objetiva 
Na hipótese da União, mediante tratado internacional, abrir mão de tributos de 
competência de Estados e Municípios,nos termos do decidido pelo Supremo 
Tribunal Federal (RE 229096), é correto afirmar que 
A ( ) se caracteriza a denominada isenção heterônoma, vedada nos termos do 
art. 151, III, da Constituição Federal. 
B ( ) se caracteriza violação ao princípio federativo, objeto de cláusula pétrea, 
nos termos do art. 60, § 4º , I, da Constituição Federal. 
C ( ) o tratado é válido desde que acompanhado de medidas de “compensação 
tributária” em favor dos Estados e Municípios prejudicados. 
D (x) se insere a medida na competência privativa do Presidente da 
República, sujeita a referendo do Congresso Nacional, com prevalência 
dos tratados em relação à legislação tributária interna. 
 
Plano 14: 
A legislação do Imposto de Renda da Pessoa Física atribui ao contribuinte uma 
série de obrigações e deveres. Analise os dispositivos abaixo elencados e 
indique sua natureza específica. Em seguida, identifique o ato normativo que 
pode tratar de cada uma das matérias e o regime jurídico ao qual devem se 
submeter. 
A) Lei 7.713/1988 Art. 3º O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem 
qualquer dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9º a 14 desta Lei. 
Resposta: Obrigação Tributária principal de pagar tributo deve ser instituída por 
Lei. 
B) Lei 7.713/1988 Art. 53. Os juros e as multas serão calculados sobre o imposto 
ou quota, observado o seguinte: a) quando expresso em BTN serão convertidos 
em cruzados novos pelo valor do BTN no mês do pagamento; b) quando 
expresso em BTN Fiscal, serão convertidos em cruzados novos pelo valor do 
BTN Fiscal no dia do pagamento. 
Resposta: Obrigação Tributária principal de pagar juros e multa, seguindo a 
posição de parte da doutrina, e deve ser regulada por Lei. 
 
C) Instrução Normativa 1613/2016 Art. 2º Está obrigada a apresentar a 
Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2016, a pessoa física 
residente no Brasil que, no ano-calendário de 2015: I - recebeu rendimentos 
tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 
28.123,91 (vinte e oito mil, cento e vinte e três reais e noventa e um centavos); 
Resposta: Obrigação acessória de fazer, e deve ser regulada por Legislação. 
 
(FUNDATEC-2014) É correto afirmar que: 
A ( ) Dado que a obrigação tributária seja acessória, não é possível a sua 
ocorrência sem a existência de obrigação tributária principal a ela relacionada. 
B (x) O objeto da obrigação tributária é a prestação, variando essa apenas 
em relação ao seu objeto 
C ( ) No caso de haver uma obrigação tributária principal, somente poderá haver 
uma prestação como seu objeto. 
D ( ) Na hipótese de ter sido pago o tributo previsto em lei, não é necessário o 
atendimento a exigência de obrigação tributária acessória. 
E ( ) As penalidades pecuniárias tributárias são oriundas apenas dos casos de 
pagamento em atraso. 
 
Plano 15: 
Em processo administrativo discute-se a base de cálculo do ISSQN incidente 
sobre a prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros. O ponto 
central do problema é se a base de cálculo para efeito do recolhimento do ISSQN 
seria o preço efetivamente pago pelo usuário no ato da compra e venda dos 
bilhetes (seja vale-transporte ou passagem escolar), posição adotada pelo 
contribuinte ou se o vigente no momento posterior em que se dá a efetiva 
prestação, posição adotada pelo Fisco. Considerando que no momento em que 
se deu a efetiva prestação o preço já estaria majorado, qual o seu parecer 
jurídico sobre o tema? qual dos elementos referente ao fato gerador integral está 
em discussão? 
Resposta: O caso versa sobre o elemento quantitativo do fato gerador (base de 
cálculo). Segundo a jurisprudência do STJ a base de cálculo do ISSQN incidente 
sobre a prestação de serviços de transporte coletivo de passageiros é o preço 
efetivamente pago pelo usuário no dia da compra dos bilhetes, e não aquela 
vigente na data da prestação do serviço (Resp 922.239) 
 
Questão objetiva 
Tendo como referência o disposto no CTN, assinale a opção correta. 
A (x) A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade 
civil. 
B ( ) Não haverá incidência tributária sobre atividades ilícitas. 
C ( ) A obrigação tributária principal nasce com o lançamento do fato gerador. 
D ( ) Fato gerador corresponde ao momento abstrato previsto em lei que habilita 
o início da relação jurídico-tributária. 
E ( ) A denominação do tributo e a destinação legal do produto de sua 
arrecadação são essenciais para qualificá-lo. 
 
Plano 16: 
Filipe sócio da sociedade FILIPE & FERNANDA LTDA com intuito de prestigiar 
seus funcionários resolveram pagar o 15º salário (criado por eles). Diante disso 
a sociedade por falta de planejamento ficou em dificuldades financeiras motivo 
que levou ao inadimplemento do IRPJ. O patrimônio da sociedade não era 
suficiente para arcar com a dívida tributária e a Receita Federal do Brasil 
resolveu redirecionar a execução fiscal contra o sócio Filipe. Responda se Filipe 
é parte legitima para figurar no polo passivo da execução invocando os 
fundamentos que sustentam a relação jurídica de direito material. 
Resposta: Felipe não é parte legítima para figurar no pólo passivo da execução 
pois apenas o sócio gerente pode ser responsabilizado pessoalmente por 
dívidas tributárias da pessoa jurídica, e qua do agir com excesso de poder, 
infração a Lei, contrato social ou estatuto, ou ainda quando houver o 
encerramento irregular da empresa ( art 135, III CTN e súmulas 430 e 435 do 
STJ.) 
 
Questão objetiva 
A responsabilidade tributária por sucessão 
A (X) é pessoal do espólio pelos tributos devidos pelo de cujus, desde a 
data da abertura da sucessão até a data da partilha ou adjudicação; 
também é pessoal a responsabilidade do cônjuge meeiro e sucessores a 
qualquer título, nos limites da meação, do quinhão ou legado, pelos 
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação. 
B ( ) abrange o tributo e as penalidades por infração à legislação tributária 
porventura cometidas pelo contribuinte e que não foram pagas, desde que tenha 
havido transmissão de bens imóveis por ato oneroso sem prova da quitação. 
C ( ) é absoluta no caso de aquisição de imóvel em hasta pública para o 
adquirente, ora arrematante, desde que não se trate de processo de falência, 
pois, neste caso, a responsabilidade é afastada se o adquirente for parente do 
falido na linha reta ou colateral até terceiro grau. 
D ( ) é solidária com o contribuinte nas hipóteses de fusão, cisão e incorporação 
de empresa, salvo se havia prova de quitação dos tributos no ato e não entraram 
como passivo no negócio jurídico. 
E ( ) pode ser atribuída por ato normativo e decorrer de analogia, pois existe 
supremacia do interesse público sobre o particular na arrecadação tributária.

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