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�PAGE � �PAGE �21� CAMPUS MACAÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL Profª Ana Cristina Zenha Lousada, MSc MACAÉ (RJ), 2º SEMESTRE 2017. ORIENTAÇÕES GERAIS: 1. De acordo com a Resolução Nº 043/CONSEPE/2009, da Universidade Estácio de Sá, a partir do segundo semestre de 2006 será adotado o seguinte critério de avaliação: O aluno será avaliado em três etapas: AV1, AV2 e AV3, sendo a cada uma delas atribuído grau de zero a dez, admitindo-se uma casa decimal. Para aprovação o aluno deverá atender, simultaneamente, às duas condições a seguir: - Ter freqüência mínima de 75% (em nossa disciplina significa que podem faltar até - máximo - cinco aulas). - Alcançar média aritmética igual ou superior a seis, dentre as duas maiores notas (considerando que a menor será desprezada), sendo que a menor delas deve ser igual ou superior a quatro. O resultado da média obtida no item anterior será o grau (nota) final do aluno. 2. A chamada será feita em todas as aulas, sendo que não existe “abono” de faltas. Atentem para o limite de faltas estipulado pela Instituição (cinco faltas no máximo nesta disciplina), controlando ao longo do semestre suas ausências evitando, assim, problemas futuros. 3. A disciplina recomenda o uso de calculadora. Pode ser calculadora simples, entretanto, alerto que no mercado de trabalho é usual a utilização da HP12C. 4. Será vedada a utilização de telefone celular no interior da sala de aula. O seguinte procedimento deverá ser observado: - Manter o aparelho na modalidade silencioso e realizar o atendimento, se necessário, fora da sala de aula. - Será permitida a sua utilização como calculadora somente nos dias de aula comum. Nas avaliações será compulsório o uso de calculadora. 5. Não existe mais a prova de segunda chamada. Nem para as avaliações formais (AV1, AV2 e AV3), nem para as avaliações complementares. No caso de falta, o sistema acadêmico excluirá esta avaliação na composição da média final. 6. O material utilizado na disciplina estará disponível no SIA. 7. Estou à disposição de vocês para retirada de dúvidas ao longo de todo semestre, mas não deixem que acumule, pois a disciplina segue em seqüência de conteúdos. Ana Cristina Zenha Lousada¹ e-mail de contato: criszlousada@hotmail.com Telefone: (22) 98112-6097 – Vivo. � Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Itajaí – SC. Especialista em Contabilidade Gerencial e Finanças pela Universidade do Vale do Itajaí – SC. Mestre em Contabilidade e Controladoria pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP. Professora da Universidade Estácio de Sá – campus Macaé, curso de Administração. Vice-diretora e professora da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora – Macaé, cursos de Administração e Engenharia de Produção. Ex-Professora da Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí - SC; Faculdade Sinergia – Navegantes – SC e Faculdade Avantis – Bal. Camboriú - SC ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS Da contabilidade Financeira à de custos Até a revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade Financeira, que estava bem estruturada para servir as empresas comerciais. Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço no seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. Fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas: CMV= EI + C - EF CMV - custo das mercadorias vendidas EI - estoque inicial C - compras EF - estoque final Confrontando esse montante com as receitas obtidas na venda desses bens, chegava-se ao lucro bruto, do qual bastava deduzir as despesas necessárias à manutenção da entidade durante o período. Daí o aparecimento da também clássica Demonstração de Resultados da empresa comercial: Vendas (-) Custo das Mercadorias Vendidas (-) Despesas (comerciais, administrativas e financeiras) = Resultado Líquido Os bens eram quase todos produzidos por pessoas ou grupo de pessoas que poucas vezes constituíam entidades jurídicas. As empresas propriamente ditas viviam basicamente do comércio, e não da fabricação. Dessa forma, era bastante fácil o conhecimento e a verificação do valor de compra dos bens existentes. Com o surgimento das indústrias, o contador não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor aos estoques; o seu valor de compras na empresa comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. Princípios básicos da Contabilidade de Custos Industrial O valor do estoque dos produtos na empresa, fabricados por ela, deveria então corresponder ao montante que seria o equivalente ao valor de compras na empresa comercial. Portanto, passaram a compor o custo do produto os valores dos fatores de produção utilizados para a sua obtenção, deixando-se de atribuir aqueles outros que na empresa comercial já eram considerados como despesas do período de sua incorrência: despesas administrativas, de vendas e financeiras. Da contabilidade de Custos à Contabilidade Gerencial A preocupação primeira dos contadores, auditores e fiscais foi a de fazer da contabilidade de custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento de administração. Por essa não utilização de todo o seu potencial no campo gerencial, deixou a contabilidade de custos de ter uma evolução mais acentuada por um longo tempo. Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a contabilidade de custos a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no desempenho dessa nova missão, a gerencial. Nesse seu novo campo, a contabilidade de custos tem duas funções relevantes: no auxílio ao controle e na ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, fixação de preços de vendas, opção de compra ou fabricação, etc... Resumindo, a contabilidade de custos acabou por passar, nessas últimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisão gerenciais. A moderna contabilidade de custos em empresas não industriais Com o advento da nova forma de se usar contabilidade de custos, ocorreu seu maior aproveitamento em outros campos que não o industrial. No caso de instituições não tipicamente daquela natureza, tais como instituições financeiras, empresas comerciais, firmas de prestação de serviços etc... É hoje relativamente comum encontrarmos bancos, financeiras, lojas comerciais, escritórios de planejamento, auditoria, consultoria, etc... utilizando-se de contabilidade de custos, explorando seu potencial para o controle e tomada de decisões. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2003. SLIDES: CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM CUSTOS CONCEITOS Gasto – sacrifício financeiro com que uma entidadearca para obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). CONCEITOS Desembolso – pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto ou depois deste. Investimento – gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). CONCEITOS Custo – gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Despesa – bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas (áreas administrativa, comercial e financeira). CONCEITOS Despesas administrativas – gastos realizados com a administração (ex: honorários da diretoria, material de expediente, telefone). Despesas comerciais – gastos realizados com a venda do produto (ex: propaganda, comissão de vendedores, frete para entrega de mercadorias). CONCEITOS Despesas financeiras – gastos realizados com a obtenção de recursos financeiros (ex: juros, despesas bancárias). Perda – bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2003. EXERCÍCIOS 1. Classifique os gastos a seguir em custos, despesas ou investimentos. Classifique também as despesas em administrativas, comerciais ou financeiras. Considere que os gastos ocorreram em uma indústria de alimentos: Gastos Classificação Pagamento de taxas de talão de cheques Pagamento de refeições do pessoal da fábrica Pagamento de juros sobre duplicatas Compra de uma tela de Pablo Picasso, à vista, para a sala do Presidente da Empresa Pagamento de fretes de produtos vendidos Depreciação das máquinas da fábrica Depreciação dos computadores do setor administrativo Compra, à vista, de embalagens plásticas Pagamento de nota fiscal ao Posto Brasil referente a combustível do automóvel da administração Pagamento de salários e encargos do pessoal da fábrica Pagamento de conta de água referente ao administrativo Pagamento do aluguel da fábrica Pagamento de conta de luz do setor de vendas Compra, a prazo, de 50k de trigo Transferência de 20 k de trigo do depósito para a fábrica Compra, a vista, de 15 dúzias de ovos para uso imediato na fábrica Salários e encargos do pessoal da segurança da fábrica Transferência de 500 embalagens para uso na fábrica Compra, à prazo, de 15 computadores 2. Separe os gastos da indústria Ki-delícia, em custos e despesas, apontando o total geral de cada categoria respectivamente: Gastos no mês R$ Salários e encargos do pessoal da produção 32.000,00 Energia elétrica consumida no processo produtivo 54.000,00 Aluguel da área administrativa 4.000,00 Embalagem utilizada no processo produtivo 3.800,00 Salário do diretor comercial 2.400,00 Aluguel do galpão industrial 2.000,00 Vigilância da loja comercial 1.200,00 Matéria prima consumida na produção 15.000,00 Depreciação dos equipamentos industriais 5.640,00 Salário do diretor industrial 2.240,00 Vigilância do prédio administrativo 1.110,00 Refeições do pessoal de vendas 1.680,00 Total de custos:_______________ Total de despesas:____________________ CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 1. QUANTO A NATUREZA OU AO PRODUTO Com relação aos produtos, os custos podem ser diretos ou indiretos. Custos diretos - são os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mão de obra ou máquina, etc...). Em geral, identificam-se com os produtos e variam proporcionalmente à quantidade produzida. São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. Exemplos: Matéria-prima - normalmente, a empresa sabe qual a quantidade exata de matéria-prima que está sendo utilizada para a produção de uma unidade do produto. Sabendo-se o preço da matéria-prima, o custo daí resultante está associado diretamente ao produto. Mão-de-obra direta - trata-se dos custos com trabalhadores utilizados diretamente na produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou no produto e o preço da mão-de-obra, é possível apropriá-la diretamente ao produto. Material de embalagem Depreciação de equipamento - quando é utilizado para produzir apenas um tipo de produto . Energia elétrica das máquinas - quando é possível saber quanto foi consumido na produção de cada produto. Custos indiretos - são os que, para serem incorporados aos produtos, necessitam da utilização de algum critério de rateio. Ex: aluguel, iluminação, depreciação, salários de supervisores, etc... Na prática, a separação de custos em diretos e indiretos, além de sua natureza, leva em conta a relevância e o grau de dificuldade de medição. Por exemplo, o gasto de energia elétrica (força) é, por sua natureza, um custo direto, porém devido as dificuldades de medição do consumo por produto e ao fato de que o valor obtido por rateio, em geral pouco difere daquele que seria obtido com uma medição rigorosa, quase sempre é considerado como custo indireto de fabricação. São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, que só são apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas á chamado de base de critério ou rateio. Exemplos: Depreciação de equipamentos utilizados na fabricação de mais de um produto. Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção. Aluguel da fábrica. Gastos com limpeza da fábrica. Energia elétrica que não pode ser associada ao produto. ATENÇÃO: (1) Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são diretos. (2) Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno valor que não compensaria o trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como indireto. Exemplo: gastos com verniz e cola na fabricação de móveis. Conforme podemos observar, a classificação dos custos em diretos e indiretos tem relação direta com o produto. Seria impossível apresentar uma relação dos custos diretos e indiretos que você pudesse memorizar e aplicar a todo e qualquer tipo de produto, pois um mesmo gasto poderá ter parte considerada como custo direto e parte considerada como custo indireto, dependendo da sua identificação ou não com o produto. Assim, a classificação dos gastos como custos diretos ou indiretos de fabricação depende do produto que está sendo fabricado, do tempo de fabricação ou até mesmo do interesse da empresa em querer ser mais ou menos minuciosa na determinação dos custos de fabricação. Dessa forma, podemos afirmar que na determinação dos gastos como custo direto ou indireto de fabricação cada caso precisa ser estudado isoladamente. Geralmente, a matéria-prima, o material de embalagem e a mão-de-obra do pessoal da fábrica são facilmente identificáveis em relação ao produto, motivo pelo qual são comumente classificados como custos diretos; por outro lado, geralmente os materiais secundários, parte da mão-de-obra (chefia e supervisão) e os gastos gerais de fabricação são de difícil identificação em relação ao produto, motivo pelo qual são classificados como custos indiretos de fabricação. Se a empresa fabricar apenas um produto, é evidente que todos os gastos atribuídos à produção de um determinado período serão apropriados a esse produto, sem maiores complicações. Nesse caso, a soma dos custos totais da produção de um mês refere-se exclusivamente ao único produto fabricado no referido mês. 2. QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO Com relação ao volume de produção do período, os custos podem ser fixos ou variáveis. Custos fixos - são aqueles que independemdo volume de produção do período, isto é, qualquer que seja a quantidade produzida, esses custos não se alteram. Assim, tanto faz a empresa produzir uma ou dez unidades de um ou mais produtos em um mês, por exemplo, pois os custos fixos serão os mesmos nesse mês. Exemplo: aluguel da fábrica, depreciação das máquinas, salários e encargos da supervisão da fábrica etc... Os custos fixos estão relacionados com os custos indiretos de fabricação por não guardarem proporção com as quantidades de produtos fabricados. Custos variáveis - são aqueles que variam em função das quantidades produzidas, como ocorre, por exemplo, com a matéria-prima. Se na fabricação de uma mesa de madeira são gastos 5 metros de madeira, para se fabricarem 10 mesas serão precisos 50 metros de madeira. Quanto maior for a quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria-prima. Os custos variáveis tem relação direta com os custos diretos de fabricação Custos semi-variáveis - são custos que variam com o nível de produção, mas que, entretanto, têm uma parcela fixa que existe mesmo que não haja produção. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor total da conta dependa do número de quilowatts consumidos e, portanto do volume de produção da empresa. Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira, que varia de acordo com o nível de atividade, mas que existirá, mesmo que seja num valor mínimo, quando nada produza, já que a caldeira não pode esfriar. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2003. EXERCÍCIOS: 1. Suponhamos que uma indústria de móveis de madeira tenha fabricado 100 produtos durante o mês, dentre eles 20 mesas. Suponhamos, ainda, que foram os seguintes os custos da produção do período: Diante dessas informações pede-se a separação em custos diretos e indiretos. Matéria-prima - facilmente identificáveis as quantidades e os valores aplicados em cada produto. ___________. Materiais secundários - 90% desses materiais contêm relação que facilita a perfeita identificação em cada produto, _____________ porém 10% são de impossível identificação, pois foram usados em vários produtos. ________________. Material de embalagem - facilmente identificável em relação a cada produto. _____________. Mão-de-obra do pessoal da fábrica - 70% facilmente identificados em relação a cada produto, contendo inclusive apontamentos próprios _____________, porém 30% referem-se à mão-de-obra da chefia, que onera a fabricação de vários produtos. _________________. Mão-de-obra dos supervisores da fábrica - impossível a identificação por produto._____________. Depreciação das máquinas - é feita mensalmente, e quase todos os produtos utilizaram as máquinas. _______________. Energia elétrica - embora existam medidores em algumas máquinas, não foi possível a identificação por produto. _________________. Outros gastos de fabricação - pelo pequeno valor em relação ao custo total da produção do mês, não houve separação por produto. ____________________. 2. Classifique os custos a seguir em: Coluna A - Diretos ou indiretos Coluna B - Fixos ou variáveis Obs: suponha que esta indústria fabrica vários produtos CUSTOS A B Material de embalagem Matéria prima Materiais secundários de fácil identificação em relação a cada produto Salários e encargos da supervisão da fábrica Aluguel da fábrica Salários e encargos da chefia da fábrica Depreciação das máquinas Salários e encargos da segurança da fábrica 3. Calcule o que se pede: Vera Lúcia (confeiteira que trabalha em sua própria residência) fez um bolo de aniversário para uma amiga. No supermercado ela gastou: R$ 3,50 por 5 kg de farinha de trigo (usou 2 kg); R$ 3,00 por 5 kg de açúcar (usou 1 kg); R$ 4,80 por 3 dúzias de ovos (usou 1 dúzia); R$ 0,80 por 100 gramas de fermento; R$ 1,20 por 500 gramas de manteiga (usou 250 gramas); R$ 5,40 por 3 latas de leite condensado; R$ 4,50 por 3 caixas de chantilly; R$ 1,12 por 1 litro de leite; R$ 2,80 por uma caixa de morangos. Vera trabalhou durante 5 horas para fazer o bolo (considere R$ 7,50 pelas 5 horas de trabalho). Os demais gastos necessários para a fabricação foram (já rateados de acordo com critérios escolhidos pela doceira): Energia elétrica – R$ 0,60 (correspondentes às 5 horas de trabalho); Gás – R$ 0,50 (correspondentes ao consumo para assar o bolo); Aluguel – R$ 5,00 (correspondendo ao valor proporcional já calculado). Para a confecção do bolo, calcule: Custos diretos:________________________ Custos indiretos: __________________________ Custo total de fabricação:________________________ 4. Classifique os itens a seguir em custo/ despesa/ investimento. Classifique também as despesas em administrativas, comerciais ou financeiras. Depreciação das máquinas da fábrica_______________________ Matéria prima comprada e estocada___________________________________ Salário das costureiras de uma indústria de confecção____________________ Comissão de vendedores________________________________________ Honorários do diretor administrativo______________________________ Honorários do diretor industrial__________________________________ Manutenção dos veículos da administração__________________________ Consumo de energia elétrica da fábrica_________________________________ Linhas utilizadas pelas costureiras na indústria de confecção___________________ Aluguel de área ocupada pela fábrica_____________________________________ Embalagem utilizada no processo produtivo_______________________________ Salário dos supervisores da fábrica________________________________________ 5. Classifique os custos abaixo como fixos ou variáveis: Aluguel da fábrica_______________________________________ Tecido utilizado para fabricação de vestuário___________________________ Salário do vigilante da fábrica_____________________________________ Energia elétrica da fábrica___________________________________________ Madeira para fabricação de móveis ________________________________ Açúcar, nescau, farinha para fabricação de doces_________________________ Seguro da fábrica_______________________________________________ Depreciação das instalações da fábrica_______________________________ Pneus na fabricação de automóveis________________________________ 6. O sr. Max Gunther, diretor financeiro da Abbot, recebeu um relatório de desempenho comparando os custos de produção orçados e reais de sua fábrica: Custos de produção Orçado versus Real Custos Orçado Real Matéria prima 50.000,00 67.500,00 Mão de obra direta 35.000,00 47.250,00 Salário dos supervisores 20.000,00 20.000,00 Depreciação das máquinas 10.000,00 10.000,00 Embalagens 5.000,00 6.750,00 Seu primeiro pensamento foi o de que alguns custos estavam fora de controle, pois haviam excedido o orçamento. Contudo ele lembrou que o orçamento havia sido preparado com base em um volume de produção de 30.000 unidades, mas a fábrica na realidade produziu 40.500 unidades. Pergunta-se: Dado que a produção foi maior do que o planejado, porque alguns custos permaneceram inalterados? Qual é o valor do custo unitário no orçado, e o valor do custo unitário no Real? 7. A Cia Progresso S/A, durante o período de planejamento orçamentário para o exercício de 2006, recolheu as seguintes informações do exercício de 2005, para poder projetar o custo total de mão de obra: Total de horas máquinas utilizadas: 60.000 horas máquinas Custo total de mão de obra para 60.000 horas máquinas: R$ 250.000,00 Parte fixa do custo de mão de obra: R$ 40.000,00 Considerando-seque uma das premissas do orçamento é o aumento de vendas e, consequentemente, de produção, a empresa passará a consumir 80.000 horas de máquina. Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o custo total, em reais, de mão de obra para 80.000 horas de máquina será de: 260.000,00 290.000,00 350.000,00 280.000,00 320.000,00 8. Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de determinado produto, realiza os seguintes gastos: Gastos do Período R$ Matéria Prima 400.000,00 Mão de obra direta 300.000,00 Mão de obra indireta 100.000,00 Custos diversos 200.000,00 Se a empresa produzir 1.200 unidades desse produto, por mês, com as mesmas instalações e com a mesma mão-de-obra, ou seja, com exceção da matéria-prima, todos os demais custos permaneceriam inalterados em seu total, o custo por unidade produzida corresponderá a: ___________________. SLIDES: CRITÉRIOS DE RATEIO Critérios de Rateio Todos os custos indiretos só podem ser apropriados de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento dos custos, etc... Critérios de Rateio Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações. Critérios de Rateio A alteração de um critério poderá provocar mudanças no valor apontado como custo de um produto, sem que de fato nenhuma outra modificação tenha ocorrido no processo de produção. Critérios de Rateio Os custos indiretos devem ser rateados segundo os critérios julgados mais adequados para relacioná-los aos produtos em função dos fatores mais relevantes que se conseguir. Critérios de Rateio Critérios bons numa empresa podem não sê-los em outra, em virtude das características especiais do próprio processo de produção. É absolutamente necessário que as pessoas responsáveis pela escolha dos critérios conheçam bem o processo produtivo. Critérios de Rateio A consistência na aplicação dos critérios é de extrema importância, de forma a não se artificializar resultados. Critérios de Rateio GASTOS POSSÍVEL CRITÉRIO Depreciação das máquinas Quant. produzida ou tempo de utilização das máquinas Refeitório Quant. de refeições servidas Depreciação prédio Área ocupada EXERCÍCIOS: 1. Em uma empresa industrial, o departamento de manutenção trabalhou 600h e teve gastos registrados de R$ 510.000,00 Manutenção – horas trabalhadas para os seguintes departamentos: Prensa: 210 h Usinagem: 390 h Total: 600 h Qual o valor que deverá ser rateado aos departamentos produtivos (prensa e usinagem respectivamente) utilizando-se o critério horas trabalhadas? 300.000,00 e 210.000,00 160.000,00 e 350.000,00 178.500,00 e 331.500,00 255.000,00 e 255.000,00 2. Em uma empresa industrial, os custos de manutenção são rateados para os centros de Custos de Produção, Almoxarifado e Planejamento e Controle de Produção proporcionalmente às horas trabalhadas para esses centros: Produção 70 horas Almoxarifado 20 horas Planejamento e Controle de Produção (PCP) 30 horas O total de gastos de manutenção é de R$ 6.500.000,00 no período. Qual é o valor rateado para o PCP? a) 1.625.000,00 b) 3.770.000,00 c) 1.040.000,00 d) 2.500.000,00 3. Uma empresa industrial, que apura seus custos por meio dos departamentos A, B e C, apropria o valor dos gastos com o consumo de energia elétrica levando em conta que: • O departamento A opera com cinco máquinas. • O departamento B opera com o dobro de máquinas, em relação ao departamento A. • O departamento C não opera máquinas. • As máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo consumo no período. Sabendo-se que os gastos com energia elétrica, no período, foram de $ 150.000,00, a contabilidade apropriou: a) $ 50.000,00 em A, $ 75.000,00 em B e $ 25.000,00 em C; b) $ 150.000,00 em A e $ 150.000,00 em B; c) $ 50.000,00 em A e $ 150.000,00 em B; d) $ 75.000,00 em A e $ 75.000,00 em B; e) $ 50.000,00 em A e $ 100.000,00 em B. 6. Na contabilidade de custos de uma empresa X, os custos de manutenção são rateados para os centros de Custos de Produção, Almoxarifado e Controle de Qualidade proporcionalmente às horas trabalhadas para esses centros: 80 horas para Produção, 48 horas para o Almoxarifado e 32 horas para o Controle de Qualidade. O total dos gastos da manutenção a ratear foi de R$ 4.800.000,00 no período de apuração. Pode-se indicar que a parcela da manutenção rateada para o Centro de Controle de Qualidade foi de: R$ 916.667,00 R$ 960.000,00 R$ 942.000,00 R$ 885.000,00 SLIDES CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES – ACTIVITY BASED COSTING - ABC ABC Metodologia de alocação de custos indiretos aos produtos que tem por base: * Foco no conceito de atividade. * Utilização de direcionadores de custos. ABC ATIVIDADE É uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, tecnológicos etc. e gera um bem ou serviço. DIRECIONADORES DE CUSTOS É o fator que determina o custo de uma atividade. Influencia a maneira como os produtos consomem (utilizam) as atividades. ABC BASE LÓGICA: As atividades consomem os recursos (CIF) e os produtos consomem as atividades. 1º passo: Identificar as atividades, e para isso é preciso: Discernimento, bom senso, capacidade de observação e profundo conhecimento do processo produtivo. DIRECIONADORES DEPARTAMENTO ATIVIDADES DIRECIONADORES Compras Comprar materiais Contactar fornecedores Nº de pedidos Nº de ligações Almoxarifado Receber materiais Movimentar materiais Nº de recebimentos Nº de requisições Adm. Produção Controlar produção Nº de lotes ABC/ABM ABC Metodologia de análise do overhead focada nos conceitos de processos, atividades e direcionadores de custos. ABM Processo de gestão de custos apoiado em informações fornecidas pelo ABC. USOS ABC/ABM Análise de lucratividade de produtos, clientes, etc.. Administração de preços de venda. Balanceamento entre os recursos disponibilizados e a demanda por recursos. Avaliação de desempenho. Melhoria de processos. Eliminação de atividades que não agregam valor. EXERCÍCIOS ABC: 1. Indústria Metalúrgica Bemol Ltda. Com base nas informações, calcule o custo de produção do mês de cada unidade produzida, utilizando a metodologia do custeio baseado em atividades. A Indústria Metalúrgica Bemol Ltda. fabrica dois produtos. Seguem as informações sobre o volume de produção e seus custos durante o mês de outubro: Quadro 1 - Informações. Produto A Produto B Volume de produção 12.000 unidades 10.000 unidades Custos diretos/variáveis para cada unidade Matérias-primas (R$) 30,00 40,00 Mão-de-obra (R$) 20,00 30,00 Os custos indiretos de fabricação (CIF) totalizaram R$ 642.400,00 no mês. Por meio de análise de informações contábeis e entrevistas com o pessoal da produção, constatou-se que os custos indiretos referiam-se às seguintes atividades: Quadro 2 - Atividades. Custo da atividade (R$) Melhoria dos processos de produção 100.000,00 Recuperação de produtos com defeitos 20.400,00 Processamento das máquinas 280.000,00 Controle de qualidade das unidades produzidas 242.000,00 Total dos custos indiretos 642.400,00 A apuração dos dados físicos relativos às atividades demonstrou os seguintes direcionadores de custos: Quadro 3 - Informações quantitativas - direcionadores Produto A Produto B Total Horas de engenheiros dedicadas à melhoria dos processos de produção 200 h 300 h 500 h Unidades produzidas com defeitos 1.000 un 1.400 un 2.400 un Quantidade de horas-máquinas utilizadas 3.000 h 7.000 h 10.000 h Quantidadeproduzida 12.000 un 10.000 un 22.000 un SOLUÇÃO: Demonstração do custo unitário de cada direcionador (R$) Atividades Custo total da Atividade no mês Total de Direcionadores Custo unitário do direcionador Melhoria dos processos de produção Recuperação de produtos com defeitos Processamento das máquinas Controle de qualidade das unidades produzidas Apropriação dos custos indiretos aos produtos (R$) Atividades Custo unitário do direcionador Produto A Produto B Melhoria dos processos de produção Recuperação de produtos com defeitos Processamento das máquinas Controle de qualidade das unidades produzidas Total dos custos indiretos Quantidade produzida Custo indireto unitário Custo unitário de produção (R$) Custos diretos/variáveis para cada unidade Produto A Produto B Matérias-primas Mão-de-obra Custo indireto Total do custo unitário 2. Consultoria e Engenharia de Sistemas (CES) Com base nas informações disponíveis com a utilização da metodologia do custeio baseado em atividades, apropriar, para cada segmento de negócios, os gastos indiretos dos setores de apoio, treinamento, divulgação dos serviços etc. durante o mês de maio. A CES é um dos maiores e mais conceituados escritórios de consultoria e engenharia de sistemas. Constituído por 20 jovens administradores, economistas e engenheiros, emprega mais de 300 pessoas, entre técnicos e pessoal administrativo. Presta os seguintes serviços: • consultoria e auditoria de sistemas administrativos, financeiros e de produção; • desenvolvimento de sistemas específicos; • projetos de rede (física e lógica); • projetos para a Internet/Intranet; • projetos de engenharia; • assessoria nos projetos de logística. Durante o mês, atendeu a quase 40 clientes. Sua contabilidade gerencial está dividida em três grandes segmentos de negócios, que são: a) assessoria de projetos de gestão (Proges); b) projetos para instituições financeiras (Profin); c) assessoria de projetos para agroindústrias (Proagro). Durante o mês de maio, o total dos gastos indiretos foi de R$ 398.000,00 e foram identificadas as seguintes atividades, com seus correspondentes custos: Quadro 1 - Atividades relevantes e seus custos. Atividades relevantes Custo total da atividade no mês (R$) Supervisão dos projetos pela Diretoria 25.000,00 Digitação, elaboração, revisão e arquivo de projetos 50.000,00 Faturamento e cobrança 15.000,00 Desenvolvimento de aplicativos comuns 177.000,00 Treinamentos dos consultores 70.000,00 Divulgação e promoção 40.000,00 Elaboração e apresentação de propostas 21.000,00 Total dos gastos indiretos 398.000,00 Foram apurados os seguintes direcionadores para cada área de negócios: Quadro 2 - Informações quantitativas - direcionadores Proges Profin Proagro Total Dedicação do tempo dos diretores 40% 40% 20% 100% Quantidade de projetos desenvolvidos no mês 18 12 10 40 Número de faturas no mês 14 6 10 30 Horas utilizadas nos aplicativos comuns 3.200 4.000 1.650 8.850 Número de consultores beneficiados 25 25 20 70 Consultas recebidas no mês 25 40 15 80 Propostas apresentadas no mês 20 30 10 60 SOLUÇÃO Apuração do custo unitário dos direcionadores (R$) Atividades Custo total da atividade no mês Total de direcionadores Custo unitário do direcionador Supervisão dos projetos pela Diretoria Digitação, elaboração, revisão e arquivo de projetos Faturamento e cobrança Desenvolvimento de aplicativos comuns Treinamentos dos consultores Divulgação e promoção Elaboração e apresentação de propostas Apropriação dos custos indiretos para cada área de negócios. Atividades Custo unitário do direcionador Proges Profin Proagro Supervisão dos projetos pela Diretoria Digitação, elaboração, revisão e arquivo de projetos Faturamento e cobrança Desenvolvimento de aplicativos comuns Treinamentos dos consultores Divulgação e promoção Elaboração e apresentação de propostas Total dos gastos indiretos 3. Departamento de Engenharia de Processos Com base nas informações disponíveis, aproprie os custos indiretos do mês de agosto do Departamento de Engenharia de Processos para os produtos produzidos no mês, utilizando a metodologia do custeio baseado em atividades. A empresa produz os produtos A, B e C. Em agosto, foram produzidas 5.000 unidades do produto A, 3.000 unidades do produto B e 7.000 unidades do produto C. Quadro 1 - Informações sobre os custos indiretos do mês de agosto e atividades relevantes do Departamento de Engenharia de Processos. Atividades relevantes Custos indiretos (R$) Programar os lotes de produção 40.000,00 Programar as máquinas 50.000,00 Verificar a qualidade da produção 20.000,00 Supervisionar a produção 100.000,00 Treinamento da mão-de-obra direta 30.000,00 Total dos custos indiretos do mês do Departamento 240.000,00 Quadro 2 - Informações quantitativas – direcionadores Produto A Produto B Produto C Total Lotes de produção 50 90 60 200 Total de horas-máquinas 2.000 1.000 3.250 6.250 Número de unidades inspecionadas 220 100 305 625 Dedicação do tempo dos supervisores da produção 50% 20% 30% 100% Número de operários treinados no mês 14 6 10 30 SOLUÇÃO Cálculo do custo unitário de cada direcionador (R$): Atividades relevantes Custo total da Atividade no mês Total de Direcionadores Custo unitário do direcionador Programar os lotes de produção Programar as máquinas Verificar a qualidade da produção Supervisionar a produção Treinamento da mão-de-obra direta Apropriação dos custos indiretos do Departamento de Engenharia de Processos para cada produto fabricado no mês. Atividades relevantes Custo unitário do direcionador Produto A Produto B Produto C Programar os lotes de produção Programar as máquinas Verificar a qualidade da produção Supervisionar a produção Treinamento da mão-de-obra direta Total dos custos indiretos Quantidade produzida Custo indireto para cada unidade SLIDES: CONTABILIDADE FINANCEIRA X CONTABILIDADE GERENCIAL CONTABILIDADE GERENCIAL Em qualquer posição gerencial você terá que planejar operações, avaliar subordinados e tomar uma série de decisões utilizando informação contábil. CONTABILIDADE GERENCIAL Em alguns casos, você perceberá que as informações do balanço patrimonial, da demonstração de resultados e da demonstração de lucros acumulados da sua empresa serão úteis. CONTABILIDADE GERENCIAL No entanto, a maioria das informações contidas nessas demonstrações é mais relevante para os usuários externos da informação contábil, como acionistas e credores. Além disso, você precisará de informações preparadas especificamente para os gerentes da empresa, os usuários internos da informação contábil. CONTABILIDADE GERENCIAL Esse tipo de informação é denominado informação contábil gerencial. CONTABILIDADE FINANCEIRA A contabilidade Financeira enfatiza os conceitos e procedimentos contábeis que se relacionam à preparação de relatórios para os usuários externos da informação contábil. CONTABILIDADE GERENCIALA Contabilidade Gerencial enfatiza os conceitos e procedimentos contábeis que são relevantes à preparação de relatórios para os usuários internos da informação gerencial. CONTABILIDADE GERENCIAL A meta da Contabilidade Gerencial é fornecer as informações que os gerentes precisam para o planejamento, controle e tomada de decisão. PLANEJAMENTO O planejamento é uma atividade fundamental para todas as empresas. Um plano comunica as metas da empresa aos empregados e especifica os recursos necessários para atingi-las. PLANEJAMENTO Os planos financeiros preparados pelos contadores gerenciais são denominados ORÇAMENTOS. Uma ampla variedade de orçamentos pode ser preparada. CONTROLE O controle das organizações é alcançado pela avaliação do desempenho dos gerentes e das operações pelas quais eles são responsáveis. Os planos da empresa desempenham um importante papel no processo de controle. CONTROLE Os gerentes podem comparar os resultados obtidos com os resultados planejados e decidir se uma ação corretiva é necessária. CONTROLE Os relatórios usados para avaliar o desempenho dos gerentes e das operações que eles controlam são denominados relatórios de desempenho. CONTROLE Apesar de não haver um método amplamente aceito para preparar um relatório de desempenho, tais relatórios normalmente envolvem a comparação do desempenho do período atual com o desempenho de um período passado ou com o desempenho planejado (orçado). TOMADA DE DECISÃO A tomada de decisão é parte integrante do processo de planejamento e controle – as decisões são tomadas para recompensar ou punir os gerentes, para alterar as operações ou revisar os planos. TOMADA DE DECISÃO A empresa deve adicionar um novo produto? Deve abandonar um produto existente? Deve fabricar um componente usado na montagem do seu principal produto ou contratar uma outra empresa para produzi-lo? Que preço a empresa deve cobrar por um novo produto? TOMADA DE DECISÃO Essas perguntas indicam apenas algumas das decisões-chave que as empresas enfrentam. E a forma como tomam essas decisões irá determinar sua rentabilidade futura e, possivelmente, a sua sobrevivência. CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL É direcionada a usuários internos da informação contábil. Pode se desviar dos princípios fundamentais de contabilidade. Apresenta informações mais detalhadas. Pode apresentar mais informações não-monetárias. Coloca maior ênfase no futuro. REFERÊNCIAS JIAMBALVO, James. Contabilidade gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2003. Tabela comparativa entre a Contabilidade Gerencial e Financeira. FATOR CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL Usuário dos relatórios Externos e internos Internos Objetivo dos relatórios Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente. Formas de relatórios Balanço Patrimonial (BP), Demonstração dos Resultados (DRE), Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Orçamento, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão. Freqüência dos relatórios Anual, trimestral e ocasionalmente mensal. Quando necessário pela administração Custos ou valores utilizados Primeiramente históricos (passados) Históricos e esperados (previstos) Bases de mensuração usadas para quantificar os dados. Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira-moeda forte, medidas físicas, índices etc.) Restrições nas informações fornecidas Princípios Contábeis Geralmente Aceitos Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração. Arcabouço teórico e técnico Ciência Contábil Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional. Características da informação fornecida Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão. Perspectiva dos relatórios Orientação histórica. Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior dos fatos) QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. A principal meta da contabilidade gerencial é: fornecer informações para investidores atuais e potenciais da empresa. fornecer informações tanto para credores quanto para investidores atuais e potenciais fornecer informações para credores , autoridades fiscais e investidores atuais e potenciais fornecer informações para planejamento, controle e tomada de decisão. 2. Relacione os termos a seguir com as atividades gerenciais descritas adiante: Planejamento Controle Tomada de Decisão (1) Essa atividade gerencial envolve mudar as operações, revisar planos ou recompensar/punir os gerentes. (2) Essa atividade gerencial compara os resultados reais com os resultados planejados como base para uma ação corretiva. (3) Essa atividade gerencial formula metas, comunica-as aos empregados e especifica os recursos necessários para alcançá-las. 3. Qual das afirmações a seguir sobre orçamento é falsa? Os orçamentos podem ser expressos em reais, em quantidades ou em ambos. Os orçamentos podem refletir receitas projetadas, despesas projetadas, fluxos de caixa projetados ou quantidades projetadas de entradas e saídas. Os orçamentos devem ser preparados de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Os orçamentos são úteis tanto para o planejamento quanto para controle. 4. Qual das afirmações a seguir é falsa? Os princípios da contabilidade gerencial não estão necessariamente de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade Os princípios de contabilidade financeira normalmente refletem um maior detalhamento do que aquele encontrado nos relatórios de contabilidade gerencial. Os relatórios de contabilidade gerencial enfatizam atividades e custos futuros Os dados de contabilidade financeira são direcionados principalmente para os usuários externos, e não para os usuários internos. 5. A seguir, você encontra uma série de termos relativos às organizações, às funções do gerente e ao papel da contabilidade gerencial. Escolha aquele que mais adequadamente completa as frases adiante: Contabilidade financeira, Contabilidade Gerencial, Controller, Descentralização, Apoio, Orçamento, Relatório de desempenho, Feedback. a) Os planos da administração são expressos formalmente no __________________. b) A delegação de autoridades para tomada de decisão em uma organização, que permite aos gerentes dos diversos níveis operacionais tomarem decisões referentes a sua área, é chamada de ____________________________. c) _________________________________ preocupa-se com o fornecimento de informações para uso daqueles que estão dentro da organização, enquanto ___________________________ preocupa-se com o fornecimento de informações para uso daqueles que estão fora dela. d) O gerente encarregado do departamento de contabilidade é geralmente conhecido como _______________________. e) Um relatório detalhado à administração, comparado os dados orçados e os dados reais de um período específico é denominado ____________________________. 6. Julgue os itens a seguir (certo ou errado): A contabilidade gerencial tem por objetivo fornecer informações, extraídas dos dados contábeis, que ajudem os administradores das empresas no processo de tomada de decisões. ___________. A contabilidade gerencial, como qualquer outro ramo da contabilidade, estáobrigada à observação estrita dos princípios contábeis geralmente aceitos; entretanto, as demonstrações e os relatórios a ela ligados podem ser elaborados de forma a atender o interesse dos usuários. __________. A única diferença entre a contabilidade gerencial e a financeira consiste no fato de que seus usuários são diferentes. Nos demais aspectos, ambas são convergentes e similares: utilizam os mesmos dados, aplicam as mesmas técnicas e possuem o mesmo foco._____________. 7. Com relação à contabilidade gerencial e contabilidade financeira, assinale verdadeiro ou falso: A contabilidade gerencial é direcionada aos usuários externos da informação contábil, como por exemplo bancos e fisco. A contabilidade financeira é direcionada aos usuários internos da informação como por exemplo, presidente da empresa e gerentes. A contabilidade gerencial pode se desviar dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. A contabilidade gerencial coloca maior ênfase no futuro. A contabilidade gerencial coloca maior ênfase no passado, ou seja, fatos que já ocorreram. A informação fornecida pela contabilidade gerencial deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e precisão. A contabilidade gerencial pode utilizar outras bases de mensuração para quantificar dados, como por exemplo, moeda estrangeira, medidas físicas, índices, etc... A contabilidade financeira utiliza custos históricos (passados). A freqüência dos relatórios na contabilidade gerencial é determinada pelos gestores da empresa. A contabilidade gerencial é obrigatória por lei para todas as empresas. FUNDAMENTOS DE CUSTEIO Existem dois métodos básicos de custeio: Custeio por Absorção e Custeio Variável ou Direto. A diferença básica entre os dois métodos está no tratamento dos custos fixos. Método de Custeio por Absorção ou Global “Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos” (Martins, 2000, p. 42). Considerando que é o único Método de Custeio aceito pela Receita Federal, pelos Auditores Externos por estar de acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos, é bastante utilizado, apesar das deficiências para fins gerenciais em razão da alocação arbitrária dos custos indiretos de fabricação. Todos os custos de produção, tanto fixos como variáveis são atribuídos ao produto final e, portanto absorvidos pela produção e pelos estoques. Demonstração do Resultado do Exercício pelo método de custeio por Absorção: Receita Bruta de Vendas (preço de venda x quantidade vendida) (-) Impostos sobre as vendas = Receita Líquida (-) Custos Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) (-) Custos Fixos (valor por unidade x quantidade vendida) = Lucro Bruto (-) Despesas variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) (-) Despesas fixas (total do período) = Resultado Método de Custeio Variável ou Direto O Custeio Variável é um tipo de custeamento que consiste em considerar como Custo de Produção do período apenas os Custos Variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como Custo de Produção, e sim como despesas. Os custos variáveis são considerados como atribuídos aos Produtos. Os fixos são tratados como despesas do período e não são incluídos nos estoques. Não é considerado como de acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos e, portanto deve ser utilizado apenas em Relatórios Internos de Informações Gerenciais. Demonstração do Resultado do Exercício pelo método de custeio Variável ou Direto: Receita Bruta de Vendas (preço de venda x quantidade vendida) (-) Impostos sobre as vendas = Receita Líquida (-) Custos Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) (-) Despesas Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) = Margem de Contribuição (-) Custos Fixos (total do período) (-) Despesas fixas (total do período) = Resultado EXERCÍCIOS 1. No segundo trimeste de 2007, determinada indústria concluiu a produção de 600 unidades do item X2, tendo vendido 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$ 120,00. No mesmo período foram coletadas as seguintes informações: Custo variável unitário: R$ 20,00 Total de custos fixos: R$ 18.000,00 Despesas variáveis de vendas: R$ 2,00 por unidade. Inexistência de Estoque inicial de Produtos no período. Pede-se apurar o resultado pelos métodos de custeio por absorção e variável, bem como o valor do estoque final pelos dois métodos. RESPOSTA: Absorção: R$ 27.200,00 e Estoque final: R$ 10.000,00 Variável: R$ 21.200,00 e Estoque final: R$ 4.000,00 2. Determinada empresa industrial apresenta a seguinte estrutura: Custos de Produção: Fixos R$ 300.000,00 e Variáveis R$ 9,00 por unidade Despesas variáveis de vendas R$ 2,50 Despesas fixas de vendas, administrativas e financeiras R$ 120.000,00. Preço de venda R$ 20,00. Supondo-se ainda que o nível de produção em determinado período tenha atingido 80.000 unidades e as vendas 60.000 unidades. Inexistindo estoques no início do período, pede-se: Apurar o Lucro e os Estoques Finais pelos métodos de Custeio por Absorção e Variável. RESPOSTA: Absorção: R$ 165.000,00 e Estoque final: R$ 255.000,00 Variável: R$ 90.000,00 e Estoque final: R$ 180.000,00 3. A indústria ALFA teve os seguintes gastos de produção em outubro: Total dos Gastos R$ Matérias-primas e mão-de-obra direta 150,00 p/ unidade Custos de produção fixos 150.000,00 No mês de outubro produziu 3.000 unidades, das quais 2.000 foram vendidas durante o mês, ao preço de venda de R$ 400,00 cada. Os impostos sobre as vendas representam 18%, e no mês as despesas operacionais fixas totalizaram R$150.000,00. Com base nas informações disponíveis, supondo que não havia estoques em 30 de setembro, apure o resultado do mês de outubro, utilizando os métodos de custeio por Absorção e Variável. Calcule também o valor dos estoques finais. RESPOSTA: Absorção: R$ 106.000,00 e Estoque Final: R$ 200.000,00 Variável: R$ 56.000,00 e Estoque Final: R$ 150.000,00 4. Apurar o Resultado e o estoque final pelos métodos de custeio por Absorção e Variável, utilizando a seguinte estrutura de custo, porém assumindo que, no mês de dezembro, a empresa Delta produza 50 e venda 30 unidades. O preço de venda é de R$ 700,00 e não havia estoques iniciais. Custos e Despesas Variáveis R$ Matérias-primas por unidade produzida 80,00 Mão-de-obra direta por unidade produzida 20,00 Despesas Variáveis de Vendas por unidade 20,00 Custos e Despesas Fixas R$ Custos Fixos de Produção Depreciação Mão-de-obra indireta Outros custos Despesas Gerais Fixas 500,00 5.500,00 4.000,00 4.000,00 RESPOSTA: Absorção: R$ 7.400,00 e Estoque Final: R$ 6.000,00 Variável: R$ 3.400,00 e Estoque Final: R$ 2.000,00 ANÁLISE DO CUSTO/LUCRO/VOLUME MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO A análise da Margem de Contribuição é um instrumento que os gerentes usam para tomar decisões. Do ponto de vista da margem de contribuição, as despesas são classificadas como fixas ou variáveis. Os custos variáveis são deduzidos das vendas para obter a margem de contribuição. Os custos fixos são então subtraídos da margem de contribuição para obter a renda líquida. Essa informação ajuda o gerente a: Decidirsobre o que deve diminuir ou expandir uma linha de produção. Avaliar alternativas provenientes da produção, de propagandas especiais etc... Decidir sobre estratégias de preço, serviços ou produtos. Avaliar o desempenho. Por exemplo, a análise da margem de contribuição indica como melhorar a utilização da capacidade da empresa, como formular o preço para uma concorrência e se deve aceitar um pedido mesmo que o preço de venda seja menor do que o preço normal. Daí a necessidade de operar-se ao máximo a capacidade produtiva da empresa, porque quanto maior a produção, menor será o custo fixo por unidade, possibilitando um lucro maior. EXEMPLO: Suponhamos um produto X cujo preço de venda unitário seja R$15,00 e os custos variáveis sejam R$3,00 de matéria-prima e R$4,00 de mão de obra direta. Além desses custos variáveis, a empresa, por ocasião da venda, incorre no pagamento de comissões aos vendedores, à base de 5% do preço de venda, e de impostos, a base de 15% do mesmo. A margem de contribuição unitária é dada pela fórmula: MCUnitária= PV - CV - DV onde: MCU= margem de contribuição unitária PV= preço de venda CV= soma dos custos variáveis (por unidade) DV= soma das despesas variáveis (por unidade) No exemplo acima, aplicando-se a fórmula, teríamos: MCU= 15,00 - (3,00 + 4,00) - (2,25 + 0,75) MCU= 5,00 Podemos entender margem de contribuição como a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá (daí o seu nome) para a absorção dos custos fixos e, ainda, para formar o lucro. Continuando com o exemplo, vimos que a MC unitária é de R$ 5,00 para absorver os custos fixos e gerar lucros. Se a empresa estiver produzindo e vendendo 300 unidades por período, a margem de contribuição total desse produto será igual a R$ 1.500,00 ( 300 x 5,00). Ou seja, o produto contribui com 1.500,00 para a absorção dos custos fixos e para a formação do lucro. PONTO DE NIVELAMENTO OU EQUILÍBRIO Antes que seu negócio possa gerar lucro, deve-se entender o conceito de equilíbrio. Para alcançar o equilíbrio nas linhas de produção e/ou serviço do departamento, deve-se calcular o volume de vendas necessário para cobrir os custos e como usar essa informação. Deve-se também entender como os custos reagem com as mudanças de volume. A expressão ponto de equilíbrio, tradução de Break Ever Point (ponto de ruptura), refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, onde os custos totais são iguais as receitas totais. Os recursos gerados servem tão somente para remunerar os fatores de produção e operacionalização Fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio: PEcontábil = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) MCUnitária Onde MCUnitária = Pv – cv – dv Ou: PEcontábil = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) Pv – cv – dv EXEMPLO: Supondo-se uma empresa com os seguintes dados: Preço unitário de vendas R$ 500,00 Custos + despesas variáveis R$ 350,00 p/ unid. Custos + despesas fixas R$ 600.000,00 p/ mês Quantas unidades são necessárias para se atingir o Ponto de Equilíbrio? Qual a receita neste ponto? 1) 600.000,00 = 4000 unidades PE = 500,00 - 350,00 2) Receita = 4000 x 500,00 = 2.000.000,00 Com este volume de vendas teremos: Margem de contribuição total (4000 x 150,00) 600.000,00 (-) custos + despesas fixos 600.000,00 Lucro zero A partir da unidade 4001, cada margem de contribuição unitária que até então contribuía para a cobertura dos custos e despesas fixos, passa a contribuir para a formação do lucro. EXERCÍCIOS 1. Com os dados a seguir calcule o ponto de equilíbrio contábil: Preço de vendas unitário R$ 1.000,00 Margem de contribuição unitária: R$ 400,00 Custo fixo total: R$ 300.000,00 Resp: 750 unidades 2. Uma companhia industrial apresentou R$ 66.000,00 de custos fixos e R$ 192.000,00 de custos variáveis, tendo produzido 2400 unidades. Considerando que a margem de contribuição unitária é de R$ 40,00, qual será o preço de venda unitário e o ponto de equilíbrio contábil? Resp: PEC= 1.650 unidades e PV= 120,00 3. Uma empresa industrial apresenta os seguintes custos de produção para 1300 unidades: Custos fixos totais R$ 9.000,00 Custos variáveis unitários R$ 80,00 Preço unitário de venda R$ 100,00 Qual é a margem de contribuição unitária e o ponto de equilíbrio contábil? Resp: MCU= 20,00 e PEC= 450 unidades 4. Uma empresa industrial apresentou as seguintes informações em um período (para um total de 1000 unidades de produto). Receita de vendas R$ 900.000,00 Custos fixos R$ 240.000,00 Custos variáveis R$ 330.000,00 Qual é a margem de contribuição unitária? Resp: MCU= 570,00 5. A Empresa Paulista de Trompetes através de um levantamento na sua contabilidade de custos, chegou a seguinte conclusão com respeito aos seus custos e despesas: Custos e despesas fixos: Depreciação de equipamentos R$ 100.000,00/ano Mão de obra indireta R$ 400.000,00/ano Impostos e seguros da fábrica R$ 38.000,00/ano Despesa vendas R$ 150.000,00/ano Custos e despesas variáveis: Materiais diretos R$ 200,00/unid Mão obra direta R$ 100,00/unid Embalagem R$ 70,00/unid Comissões vendedores R$ 20,00/unid Outros R$ 10,00/unid Sabendo-se que o preço de venda é de R$ 2.000,00/unid: Quantos trompetes devem ser produzidos e vendidos por ano para a empresa atingir o ponto de equilíbrio contábil? Resp: 430 trompetes Qual o valor da receita neste ponto? Resp: R$ 860.000,00 6. Os custos e despesas da Poraquê Industrial foram os seguintes: Custos/despesas Fixos (total) Variáveis (p/ unidade) Mão de obra direta - 5,00 Materiais - 21,00 Luz 3.000,00 0,20 Manutenção 1.000,00 0,10 Mão de obra indireta 2.500,00 0,40 Seguro 10.000,00 0,10 Outras despesas 30.000,00 0,80 A capacidade normal de operação da fábrica é de 10.000 unidades, e o preço de venda é de R$ 40,00 p/ unidade. Pede-se: Determinar a margem de contribuição unitária. Resp: R$ 12,40 Determinar o lucro com base na venda de toda a produção. Resp: R$ 77.500,00 Por força de mercado a empresa reduziu o preço de seu produto em 10%, ao mesmo tempo em que seus custos e despesas variáveis aumentaram 20%, assim sendo: Determinar a nova margem de contribuição unitária e o novo lucro, sabendo-se que os volumes de produção e venda continuam os mesmos. Resp: R$ 2,88 É viável manter o produto no mercado? Porquê? 7. Suponha que a Guaíba Posters, um pequeno varejista de posters, tenha custos operacionais fixos de R$ 3.000,00, que seu preço de venda por unidade (pôster) seja de R$ 15,00 e seus custos operacionais variáveis sejam de R$ 5,00 por unidade. Qual é o ponto de equilíbrio contábil em unidades? Resp: 300 unidades 8. Maria Lorenzi é proprietária de uma loja de sorvetes em West Yellowstone, Montana, que funciona durante os meses de verão. A loja atende basicamente aos turistas que passam pela cidade a caminho do Parque Nacional de Yellowstone. Maria não sabe como fixar o preço dos sorvetes de casquinha, e experimentou dois preços em duas semanas sucessivas de agosto, durante a alta temporada. O número de pessoas que entraram na loja foi aproximadamente o mesmo nas duas semanas. Na primeira semana, Maria vendeu 1500 sorvetes a $1,89; na segunda, vendeu 2340 sorvetes a $1,49. O custo variável de um sorvete é de $0,43 e consiste unicamente nos custos do sorvete e da própria casquinha. As despesas fixas da loja são de $ 675 por semana. PEDE-SE: a) Maria ganha mais vendendo a $1,89 ou a $1,49? Demonstre numericamente; b) Calcule o ponto de equilíbrio contábil nas duas semanas. Resp: Lucro1ª semana= R$ 1.515,00 / 2ª semana= R$ 1.805,40 PEC 1ª semana= 462 unidades / PEC 2ª semana= 637 unidades PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa cumprir com seus compromissos financeiros. Como a depreciação não representa um desembolso imediato, a mesma é excluída para o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro. PE financeiro = [custos fixos (totais) + despesas fixas (totais)] - DEPRECIAÇÃO Pv – cv – dv PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO Leva em consideração também o lucro desejado pelos sócios, ou seja, é a quantidade necessária para cobrir os custos e despesas, e ainda “sobrar” dinheiro. PE econômico = custos fixos (totais) + despesas fixas (totais) + LUCRO DESEJADO Pv – cv – dv CONTINUAÇÃO EXERCÍCIOS 9. A empresa Paulista de Trompetes produz um único produto que é vendido, em média, por $200,00 cada unidade; sobre esse preço incidem impostos de 15%. Sua estrutura de custos e despesas é a seguinte: Matéria Prima R$ 20,00 por unidade Material de Embalagem R$ 10,00 por unidade Peças, partes e componentes R$ 7,00 por unidade Salários da produção R$ 40.000,00 por período Salários da administração R$ 15.000,00 por período Depreciação dos equipamentos de fábrica R$ 10.000,00 por período Seguro dos bens da administração R$ 1.500,00 por período O ponto de equilíbrio contábil em unidades físicas e em valor monetário. Resp: PEC= 500 unidades e R$ 100.000,00 O ponto de equilíbrio financeiro em unidades físicas e em valor monetário. Resp: PEF= 425 unidades e R$ 85.000,00 10. O Hotel Porta das Maravilhas possui 100 apartamentos, todos da categoria Standard Simples. Sua estrutura de custos, despesas e receita é a seguinte: Preço da diária por apartamento líquido de tributos R$ 150,00 Despesas variáveis por apartamento 10% (preço de locação) Custo variável por apartamento por dia R$ 90,00 Custos fixos anuais R$ 480.000,00 Despesas fixas anuais R$ 60.000,00 Pede-se calcular: a) O ponto de equilíbrio contábil em número de diárias. Resp:PEC= 12.000 diárias b) O ponto de equilíbrio contábil em valor. Resp: R$ 1.800.000,00 c) A capacidade teórica do hotel, em termos de número máximo de diárias por ano. Resp: 36.500 diárias d) O lucro operacional do hotel, considerando-se uma taxa de ocupação de 80%. Resp: R$ 774.000,00 11. A empresa Toshimp, produtora de televisores, tem patrimônio líquido (PL) de R$12.000.000 e produz um único modelo, de um único tamanho.Esse produto é vendido, em média, por R$ 555,00 cada unidade, e sobre esse preço incidem impostos de 10%. O custo de matéria-prima, material de embalagem, peças, partes e componentes é de R$ 299,50 por unidade; os custos fixos atingem R$ 1.600.000,00 por período; 20% desse valor correspondem à depreciação de máquinas e equipamentos da fábrica; e as despesas fixas de administração e vendas, R$400.000,00, também por período. Pede-se calcular: a) O ponto de equilíbrio contábil em unidades físicas e em valor monetário. Resp: PEC= 10.000 unidades e R$ 5.550.000,00 b) O ponto de equilíbrio financeiro em unidades físicas e em valor monetário. Resp: PEF= 8.400 unidades e R$ 4.662.000,00 c) O ponto de equilíbrio econômico, em unidades físicas e em valor monetário, considerando que o lucro mínimo desejado pelos acionistas é de 10% do PL. Resp: PEE= 16.000 unidades e R$ 8.880.000,00 12. A Empresa Comp-ID presta serviços de consultoria e possui a seguinte estrutura de preço, custos e despesas: Preço por hora de consultoria, líquido de tributos R$ 250,00 Despesas variáveis 25% (dos honorários cobrados) Custo variável por hora de consultoria R$ 100,00 Custos fixos mensais R$ 300.000,00 Despesas fixas mensais R$ 50.000,00 Pede-se calcular: a) O ponto de equilíbrio contábil em quantidade de horas. Resp: PEC= 4.000 horas b) O ponto de equilíbrio contábil em valor. Resp: R$ 1.000.000,00 c) O ponto de equilíbrio contábil, em quantidade de horas, caso a empresa reduza seu preço de consultoria em 20%. Resp: PEC= 7.000 horas 13. A empresa XYZ produz um só produto e, ao elaborar o seu orçamento corporativo, projetou a seguinte estrutura de preço e custo. PRIVATE�Preço de venda por unidade $200,00 Custos variáveis por unidade $140,00 Custos fixos totais $120.000,00 Os acionistas definiram que o lucro antes dos juros e do imposto de renda deverá ser de $ 240.000. Para atender tal premissa, qual deverá ser o volume de vendas em unidades? 14. A Cia. Monte Sião possui uma capacidade instalada para 200.000 unidades de produção do produto X. O preço de venda do produto é de R$ 5,00 a unidade, sendo o custo e as despesas variáveis unitárias de R$ 2,00. Sabendo-se que o custo e as despesas fixos montam a R$300.000,00 o ponto de equilíbrio contábil da empresa será, em reais, de: a) 750.000,00 b) 600.000,00 c) 550.000,00 d) 500.000,00 e) 450.000,00 15. Os custos fixos de uma empresa equivalem a R$ 400.000,00 para uma produção mensal de 1.000 unidades, sendo que essa empresa tem capacidade de produção de 1.200 unidades. O custo variável é de R$ 300.000,00, e a Receita de Venda por produto, R$ 500,00. A quantidade de peças e o valor da receita para alcançar o ponto de equilíbrio, respectivamente, são: a) 1.600 peças e R$ 800.000,00 b) 1.600 peças e R$ 1.000.000,00 c) 1.800 peças e R$ 900.000,00 d) 2.000 peças e R$ 800.000,00 e) 2.000 peças e R$ 1.000.000,00 SLIDES PREÇO DE VENDA PREÇO DE VENDA O custo de fabricação dos produtos é uma variável que desempenha um papel importante na fixação do preço de venda. PREÇO DE VENDA Algumas áreas de negócios não tem problemas de fixação do preço, porque fabricam um produto que concorre com outros semelhantes, para os quais já existe um preço de mercado. PREÇO DE VENDA Se uma empresa aumenta o preço de um produto, o número de unidades vendidas geralmente diminui. Por causa disso, a fixação do preço é um delicado ato de equilíbrio. PREÇO DE VENDA Os objetivos pretendidos pela empresa constituem, provavelmente, o primeiro e mais importante fator na estruturação do preço de venda de um produto ou serviço. PREÇO DE VENDA Quatro objetivos básicos se encontram presentes com relação à gestão de preços: Um adequado retorno sobre o investimento; Uma determinada participação de mercado; Uma capacidade de enfrentar a concorrência; A obtenção de uma lucratividade global compatível. PREÇO DE VENDA Vários fatores devem ser levados em consideração na fixação do preço de venda: As necessidades do comprador Sua disposição para pagar As reações da concorrência e a possibilidade do aparecimento de novos competidores As expectativas de preços dos insumos e as restrições de fornecimento PREÇO DE VENDA O grau de utilização da capacidade instalada A situação financeira da empresa As restrições governamentais Metas mercadológicas Características do produto Situação macroeconômica Estrutura de custos da empresa PREÇO DE VENDA A estrutura de custos da empresa tende a funcionar como parâmetro que estabelece o limite inferior do preço de venda. PREÇO DE VENDA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA GARRISON, Ray & NOREEN, Eric W. Contabilidade Gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2001. O CÁLCULO DO PREÇO DO PONTO DE VISTA TEÓRICO Para determinação do preço de venda, precisa-se determinar as bases de distribuição dos CUSTOS - DESPESAS - LUCRO Pré determinar o volume de produçãode cada produto. NA PRÁTICA A SITUAÇÃO MUDA Considerando-se uma economia de mercado, onde os preços são fixados pela lei da oferta e procura, observa-se que: - O mercado é o grande responsável pela fixação do preço e não os custos. - A análise dos custos e despesas servirá para verificar a viabilidade em se trabalhar um determinado produto. DESTA FORMA CONCLUI-SE QUE: A decisão na fixação do preço de venda deve ser tomada com base na análise das informações do departamento de custos, aliadas aos objetivos pré – determinados pela empresa. FÓRMULA PARA FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA VALORES R$ p/ UNIDADE (valores monetários) PV = MARK-UP (índices percentuais) MARK-UP = Remuneração do risco Taxa de marcação O MARK-UP é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. EXEMPLO Janeiro/200x Produção e vendas 1.000 unidades ICMS 17,0 % Custos Totais R$ 6.000,00 Pis/Cofins 3,65 % Despesas Totais R$ 3.000,00 Desp. Distrib. 3,0 % Lucro 10,0 % RESOLUÇÃO: 1º PASSO: cálculo dos valores unitários Custos 6.000,00 : 1.000 = R$ 6,00 p/ un. Despesas 3.000,00 : 1.000 = R$ 3,00 p/ un. Total Unitário R$ 9,00 2º PASSO: cálculo do MARK-UP MARK-UP 17,0% ICMS 3,65% Pis/Cofins 3,0% Despesas Distribuição 10,0% Margem de Lucro 33,65% MARK-UP DECIMAL 100% - 33,65% = 66,35% : 100 = 0,6635 MARK UP = 0,6635 3º PASSO: fixação do preço de venda valor R$ 9,00 PV = = = R$ 13,5644 Índice % 0,6635 4º PASSO: fazer a consistência Preço de Venda 13,5644 RBV 1000 13.564,40 (-) DAI 20,65% 2.801,05 RL 10.763,35 (-) CPV 6,00 6.000,00 LB 4.763,35 (-) DO - fixa 3,00 3.000,00 - variável 3% 406,93 LO 1.356,42 E O PREÇO DO CONCORRENTE?: CONCORRENTE vendendo o mesmo produto a R$ 11,50 – fazer consistência para ver a viabilidade de praticar o preço do concorrente. NOVA CONSISTÊNCIA: Preço de Venda 11,50 RBV 1000 11.500,00 (-) DAI 20,65% 2.374,75 RL 9.125,25 (-) CPV 6,00 6.000,00 LB 3.125,25 (-) DO - fixa 3,00 3.000,00 - variável 3% 345,00 LO (219,75) EXERCÍCIOS 1. Determinada empresa montou a seguinte estrutura de valores para produzir e comercializar 2000 unidades de um produto X: Custos Totais - R$5.000,00 Despesas Totais - R$ 2.400,00 Sobre suas vendas incidem: ICMS - 17%; PIS/COFINS - 3,65%; FRETE - 2%. Com base nas informações acima, auxilie o analista de custos a determinar o preço de venda do produto X com um nível de lucratividade de 20% sobre as vendas brutas. Montar a consistência para o preço obtido. Resp: LO= R$ 2.580,63 2. Considerados os dados do exercício anterior, a empresa observou que estava com dificuldades de concluir as vendas, uma vez que um determinado concorrente vem colocando um produto similar por R$5,00 a unidade. Montar nova consistência objetivando viabilizar a venda ao preço do concorrente. Resp: LO= R$ 335,00 3. A Empresa Delta montou a seguinte estrutura de valores, para produzir e comercializar o produto A: Produto A Produção 4500 unidades Matéria Prima R$ 45,00 p/ unidade Mão Obra Direta R$ 27,00 p/ unidade CIF R$ 351.000,00 Total Despesas Operacionais R$ 270.000,00 Total Sobre suas vendas incidem: ICMS - 17%; Comissões - 6%; Propaganda - 2%; PIS/COFINS - 3,65%; Frete - 5%. Com base nas informações acima determine o preço de venda do produto A, sabendo que a empresa deseja um lucro de 10%. Resp: LO= R$ 167.701,84 Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo. (ALBERT EINSTEIN) SUCESSO A TODOS!!!!!!!!
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