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O novo acordo ortográfico

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Algumas considerações gramaticais
Natália elvira sperandio
Trema:
O trema não é usado em palavras portuguesas ou aportuguesadas, como: aguentar, arguir, bilíngue, linguístico.
Continua ocorrendo apenas em:
- palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros que o possuem: mülleriano, de Müller.
- poderá ser usado para indicar, quando necessário, a pronúncia do u em vocabulários ortográficos e dicionários.
- com o fim do trema, não houve modificação na pronúncia
Hífen:
Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro termo está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal: ano-luz, decreto-lei, primeiro-ministro, segunda-feira.
Já se escrevem aglutinados: paraquedas (e afins) e mandachuva (os outros compostos com a forma verbal manda seguirão sendo separados por hífen: manda-tudo).
Os compostos formados com elementos repetidos, com ou sem alternância vocálica ou consonântica, ficarão: 
lenga-lenga, reco-reco, pingue-pongue, tic-tac.
Serão escritos com hífen os compostos cujo elementos há o emprego do apóstrofo: mãe-d’água, mestre-d’alma.
2) emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro elemento está representado pelas formas além, aquém, recém, bem e sem:
Recém-casados, bem-vindo, bem-humorado, bem-estar, sem-vergonha, sem-terra.
3) emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro elemento está representado pela forma mal e o segundo elemento começa por vogal, h ou l: mal-afortunado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado.
4) emprega-se o hífen nos nomes geográficos compostos pelas formas grã, grão, por forma verbal ou aqueles ligados pelo artigo: Grã-Bretanha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios.
5) Emprega-se o hífen nos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor.
6) Nas formações com prefixos:
Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento termina por vogal igual à que inicia o segundo elemento: anti-infeccioso, anti-inflamatório, semi-interno.
Observação: se o primeiro elemento terminar por vogal diferente daquela que se inicia o segundo elemento, escreve-se junto, sem o hífen: autoescola, contraofensiva, autoajuda, extraescolar.
Nas formações com os prefixos co-, pro-, pre- e re-, estes unem-se ao segundo elemento, mesmo quando iniciado por o ou e: coabitar, coedição, coerdeiro, coordenar, preeleito (pré-eleito), reelaborar, reeleição.
Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento termina por consoante igual à que inicia o segundo elemento: inter-racial, sub-base.
Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento termina acentuado graficamente, pós, pré, pró: pós-graduação, pré-escola, pré-requisito.
Quando o primeiro elemento termina por vogal e o segundo elemento começa por r ou s, não se usa o hífen, e estas consoantes devem duplicar-se: antirreligioso, antissocial, minissaia, ultrassonografia.
Acentuação:
Não são acentuadas palavras paroxítonas com ditongos abertos -ei e –oi: ideia, assembleia, paranoico.
Observação: receberá acento gráfico a palavra que, mesmo incluída nesse caso, se enquadrar em regra geral de acentuação, como ocorre com blêizer e contêiner, porque são paroxítonas terminadas em r.
Não se acentuam os encontros vocálicos fechados: voo, enjoo, perdoo.
Não levam acento gráfico as palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tônica fechada ou aberta, são homógrafas de artigos e preposições: para (flexão de parar) e para (preposição); 
A terceira pessoa de alguns verbos se grafa da seguinte maneira:
ele tem eles têm
ele convém eles convêm
ele crê eles creem
Crase:
A crase é a fusão de vogais iguais:
A crase que mais interessa é a da preposição a com o artigo feminino ou pronome demonstrativo a/as ou, ainda, com o a de aquele(s), aquilo. A crase com a preposição a é indicada por um acento grave (`):
Quando a crase ocorre com o artigo (a, as), só pode ser utilizada antes da palavra feminina.
Um dos modos de verificar se há crase ou não é fazer a substituição do termo feminino por um masculino e observar se é necessário usar ao ou aos
Voltei a cidade = voltei ao litoral = voltei à cidade
 
2) Como é facultativo o uso do artigo diante de pronomes possessivos e de nomes próprios femininos de pessoas, é também facultativa a crase:
Dirigiu-se a nossa turma
Dirigiu-se à nossa turma
3) Ocorre a crase quando a locução a distância estiver determinada
Estava à distância de 650 metros
Ensino a distância
4) Há crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuncionais formadas com substantivos femininos: à noite, à direita, às vezes, às pressas, às três horas, à medida que, etc.
 
Não há crase:
Antes de palavras masculinas, a não ser que esteja oculta a expressão moda de:
Gosta de assistir a filmes românticos
Estilo à Machado de Assis
2) Antes de nomes que não aceitam artigo, principalmente nomes de lugares e a palavra casa, quando não forem modificados por outros termos:
Voltou ontem a Minas Gerais
Voltou à velha Roma
Chegou a casa mais cedo
Foi à casa da noiva
3) Quando há repetição de palavras:
 Estavam frente a frente
4) Diante de pronomes em geral
- Admitem crase Srª, Sr.ta, D. (dona)
 
5) Antes de numerais que não precedem substantivos determinados 
Assisti a três sessões
Voltará daqui a quatro semanas
6) Antes de verbos
Começou a escrever
7) Antes da terra em oposição a bordo
No porto, desceram a terra.
 
Afim: 
Afim de: indica afinidade, parentesco, semelhança
Comprarei livros e afins
Irei convidar todos os amigos da faculdade e afins
A fim de: locução prepositiva que indica uma finalidade e equivale a “para” , “com o propósito de”, e “com a intenção de”
O advogado solicitou diligências a fim de verificar a saúde mental do acusado
Ao invés x em vez de:
A expressão ao invés deve ser usada quando presente estiver a ideia de oposição, de ser contrário:
Ao invés de confessar a autoria do delito, o réu negou qualquer participação no crime.
Em vez de não exige o sentido de situação antônima, basta a ideia de mera substituição:
O advogado, em vez de dirigir-se ao cartório, despachou diretamente com o juiz.
De encontro a (contra) x ao encontro de (a favor):
As provas da defesa foram de encontro à tese da acusação, destruindo-a por completo.
A tese da defesa vai ao encontro dos depoimentos das testemunhas.
Haja visto x haja vista:
Haja visto: refere-se ao perfeito do subjuntivo do verbo ver:
Duvido que a testemunha haja visto o acidente da maneira como o descreveu.
Haja vista: indica que sirva de modelo, que mereça exame:
O sistema carcerário brasileiro está falido, haja vista as últimas rebeliões dos presídios.
Meio x meia:
Meio (advérbio) – sentido de um pouco, mais ou menos, fica invariável:
Ela andava meio (um pouco) preocupada.
Os jogadores estavam meio decepcionados com a saída de Neymar do campeonato.
A janela estava meio aberta.
Meia (adjetivo) – sentido de metade, ele varia de acordo com o termo ao qual se refere, pois trata-se de um número fracionário:
Vamos almoçar meio-dia e meia.
Ela nadou meio quilômetro e depois correu meia légua.
Ele tomou meia garrafa de vinho para comemorar a vitória
Quite: a expressão é, muitas vezes, tomada por invariável, o que representa falácia sintática por tratar-se de adjetivo, portanto variável:
Aquele jovem está quite com o serviço militar
Aqueles jovens estão quites com o serviço militar 
A gente x agente:
A gente: Trata-se de uma locução pronominal semanticamente equivalente ao pronome nós. Deve ser conjugada na terceira pessoa do singular e evitada na modalidade escrita.
agente é aquele “Que age, que exerce algumaação; que produz algum efeito. O que agencia ou trata de negócios alheios. Pessoa encarregada da direção de uma agência.”
Mas x Mais:
Mas é uma palavra usada principalmente como conjunção adversativa, possuindo o mesmo valor que porém, contudo e todavia. Transmite uma noção de oposição ou limitação.
Eu iria ao cinema, mas não tenho dinheiro.
Ele deu o seu melhor, mas não foi o suficiente.
Mais é uma palavra usada principalmente como advérbio de intensidade, transmitindo uma noção de maior quantidade ou intensidade, ou como conjunção aditiva, transmitindo uma noção de adição e acréscimo. Tem sentido oposto a menos.
Ela é a mais bonita da escola.
Vinte mais dez são trinta.
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.
 
O velho, o índio e o negro são discriminados por motivos diversos: aquele, por ser improdutivo para a sociedade de consumo; esse, por ser considerado atrasado e preguiçoso; este, por não se ter libertado, ainda, do estigma da escravidão.
Quando se quer retomar apenas dois elementos, elimina-se a forma intermediária esse.
Exemplo:
As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes menos favorecidas, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.
“AO NÍVEL DE” é uma expressão sinônima de: na altura de, à altura de, no nível de. Exemplos:
Este artigo está ao nível dos melhores.
Estava ao nível do mar. (ou Estava no nível do mar.)
Aquele garoto nunca estará ao nível de minha filha.
Esse estilo de vida não se encontra ao nível das minhas possibilidades financeiras.
“EM NÍVEL DE” é uma expressão que exprime hierarquia, sendo sinônima de “no âmbito de”. Essa expressão só pode ser usada quando houver níveis distintos. Exemplos:
Isso foi resolvido em nível de diretoria.
Não sabemos se a intervenção será realizada em nível nacional ou regional.
 
A expressão “A NÍVEL DE” é INCORRETA. É um modismo. Deverá ser substituída por outras expressões, como: em relação a, no que se refere a, relativamente a, no que concerne a, do ponto de vista de, no âmbito de, no que diz respeito a, entre outras.
 
Referências bibliográficas:
ABREU, A. S. Curso de redação. São Paulo: Ática, 2004.
ANDRADE, M. M.; HENRIQUES, A. Língua Portuguesa: noções básicas para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2004. 
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
CUNHA, C., CINTRA, L. F. L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

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