Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCESSOS LOGISTÍCOS Simoni D. Quirino | Processos Logísticos | 08/05/2018 PÁGINA 1 O que Logística? A logística é uma especialidade da administração responsável por prover recursos e informações para a execução de todas as atividades de uma organização. Sendo uma especialidade da administração que visa suprir recursos ela envolve também a aplicação de conhecimentos de outras áreas como a engenharia, economia, contabilidade, estatística, marketing, tecnologia e recurso s humanos. Operacionalmente a logística possui uma visão organizacional, onde esta administra os recursos materiais, financeiros, pessoas e informação, onde exista movimento na organização, fazendo a gestão desde a compra, a entrada de materiais, o planejamento da produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações, ou seja, monitorando toda parte de entrega e recebimento de produtos e serviços na organização. Origem do nome A palavra logística tem a sua origem no verbo francês loger - alojar ou acolher. Foi inicialmente usado para descrever a ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares no terreno. Posteriormente foi usado para descrever a gestão do fluxo de materiais numa organização, desde a matéria- prima até aos produtos acabados. O que são processos logísticos? O objetivo macro de um processo logístico é tentar encontrar PÁGINA 2 a melhor forma de se produzir e distribuir aquilo que é produzido pela empresa (bens ou serviços), considerando a forma como o mercado utiliza estes produtos. É importante entender que a logística, como um todo, se refere ao planejamento e aos procedimentos para garantir a maior facilidade possível de distribuição de pessoal, materiais, serviços, informações e fluxo de capitais, tanto dentro da organização quanto com relação a seus diversos parceiros, que formam a cadeia de suprimentos. Cada SIPOC que fizemos para mapear processos logísticos nos mostrou muito. Como começa um processo logístico? O processo logístico se inicia com o planejamento do que será produzido pela empresa, que é a base de decisão sobre o que será criado e a base para os documentos e ordens que devem ser produzidos – por exemplo, as cotações de matérias-primas com os fornecedores, e os inventários de estoques. Uma vez produzidos os produtos, a companhia deverá decidir se irá estocá-los em um armazém – que pode ou não ser de sua posse – ou vendê-los diretamente. Esta é uma etapa importante do processo, que afeta diretamente os custos de armazenagem, depreciação, e outros custos logísticos. Qual a função de um processo logístico? Um processo logístico tem essencialmente a função de facilitar as relações entre a produção e o movimento de produtos. Processos logísticos devem levar em conta os mais diversos aspectos da produção, com destaque para os pilares SIPOC – abreviatura em inglês para: S= supplier = Fornecedores Inputs = Entradas Process= processos Outputs= saídas Customer= clientes PÁGINA 3 tempo, custo e qualidade. Que tipo de característica geográfica devo analisar? Alguns aspectos muito importantes a ser analisados, relacionados à localização geográfica, são: os custos de produção (podem ser maiores ou menores, devido ao transporte de equipamentos e matéria-prima; compare com como seriam em outras posições, para avaliar possíveis vantagens ou desvantagens); custos de pessoal (quanto custa transportar seus funcionários até o local de trabalho); tempo e custo para desconsolidação do local; possibilidades de utilização de armazéns externos, incluindo custos e espaço disponíveis; fatores que possam afetar a qualidade (relacionados à dificuldade de levar à matéria-prima ou retirar o produto final); eficiência de transporte entre os diversos elos da cadeia de suprimentos da empresa (os seus “hubs“). História – A evolução do conceito no decorrer dos tempos: Desde a antiguidade, os líderes militares já usufruíam da logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários o planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota; nem sempre a mais curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos. Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de Logistikas eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. PÁGINA 4 As empresas e organizações começaram a captar e a adotar a mensagem logística apenas nos primórdios do século XX (CARVALHO; DIAS, 2004). Nos anos 1960, a logística tinha, principalmente, uma vertente operacional, isto é, era vista como sistemas de atividades integradas. Nos anos 1970, passou a ser caracterizada por ter uma área funcional e estratégica. Já nos anos 1980, a logística passa a ser vista como serviço, começam a aparecer os sistemas logísticos de informação, e nos anos 1990, surge a gestão da cadeia logística (CARVALHO, 2002). Finalmente, na atualidade, a função logística interage basicamente com quatro setores das empresas: marketing, finanças, controle da produção e gestão de recursos humanos, criando assim uma rede logística (GOMES; RIBEIRO, 2004). No entanto, em pleno século XXI, o conhecimento, exploração e aplicação empresarial da logística, ainda estão longe dos tempos da logística aplicada em estratégias de guerra (CARVALHO; DIAS 2004). Evolução da logística no Brasil – Com a economia, as empresas acordaram e começaram a vê-la como uma ferramenta necessária à competitividade e à sobrevivência do negócio. Os empresários começaram a olhar seus custos mais detalhadamente e encontrar respostas para perguntas do tipo: as minhas fábricas estão bem localizadas e preparadas para atender rapidamente às necessidades dos meus clientes? De forma resumida, podemos dizer que LOGÍSTICA é a arte de gerenciar, de forma global e otimizada, o fluxo de movimentos e informações da origem ao ponto final do processo, atendendo, satisfatoriamente, ao cliente final com um produto com alto nível de qualidade e competitividade e com custos adequados. Até a década de 40, o mundo empresarial era caracterizado por: Alta produção; Baixa capacidade com custos; Inexixtencia do conceito de logisticas empresarial. De 1950 a 1965 surge o conceito de logistica empresarial, moticado por: Uma nova atitude do consumidor; Pelo desenvolvimento da nalise de custo total; Pelo inicio da preocupação com serviços ao cliente e de maior PÁGINA 5 Refinamento dentro da história da logística – Gerenciamento e o surgimento de compras pela internet. O Supply Chain Management, ou o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, passa a ser visto pelas empresas de forma estratégica para se ganhar competitividade no mercado. Antes a logística se resumia a operações físicas para o armazenamento de materiais, já não refletia sua importância como uma grande geradora de oportunidades.As parcerias compartilham informações na cadeia de suprimentos e se firmam como líderes do mercado. Com a evolução da internet um novo mercado surge: o e-commerce. Ele se instala num segmento e logo passa a ser um mercado cuja revolução alimenta todos os anseios dos consumidores. Os desafios da logística ganham outra dimensão com novos mercados e a terceirização impulsiona lucros e qualidade, pois passa a absorver um oceano de informações para que os estoques diminuam os custos e os prazos, enquanto se busque agregar valor ao cliente com melhorias contínuas. A história fica ainda mais complexa, pois pontos como a logística reversa surge num segmento De 1965 a 1980 – Desenvolvimento revolucuionário da logistica decorrente das demandas ocasionais : Pela globalização; Pelas alterações estruturais na economia mundial; Pelo desenvolvimento tecnologico. PÁGINA 6 mais nobre, embora ainda muito voltada às atividades do pós-venda. Figura 1 – Gestão da cadeia de suprimentos de negócios (em inglês) Supply chain management (SCM) é o gerenciamento de uma rede interligada de negócios envolvidos na provisão final de pacotes produto e serviço requeridos por clientes finais (Harland, 1996).[1] A gestão da cadeia de suprimentos abrange todo o movimento e armazenamento de matéria prima, trabalho em processo de inventário, e produtos acabados do ponto de origem até o ponto de consumo (cadeia de suprimentos). Supply chain management (SCM) é a ferramenta usada a tecnologia possibilita gerencia cadeia de suprimentos eficácia e eficiência. A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo. PÁGINA 7 Figura 2 – O objetivo é garantir uma cadeia mais produtiva e rápida, reduzindo os gastos e mantendo a qualidade do serviço. Sistemas logísticos eficazes e eficientes geram um melhor padrão de vida a todos e a logística empresarial tem como objetivo prover um melhor nível de serviço ao cliente, providenciando bens e serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e nas condições desejadas e ao menor custo. Logística é o conjunto de atividades que integra, coordena e controla o fluxo físico de materiais e de informações nas fases de: Compra; Armazenagem; Manipulação de material; PÁGINA 8 Cadeia de suprimentos é o conjunto de todos os processos de negócios e organizações, associados desde o fornecedor até o consumidor final referente a um bem de consumo ou serviço(BALLOU,2007).As atividades logísticas existentes entre estes processos são consideradas as cadeias logísticas, e têm como princípio minimizar os custos de produção, inventário e transporte,satisfazendo os requerimentos de nível de serviço. A definição de Ballou (2001) para logística acrescenta o conceito de PÁGINA 9 “mix de marketing” (produto, local, tempo e condições), quando diz que a missão da logística é disponibilizar o produto ou serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e com as condições combinadas. Além desta consideração, Ballou (2001) acrescenta o conceito de criação de valor para a definição de logística, citando que logística deve prover os produtos e serviços da forma anteriormente citada, adicionando a maior contribuição para a empresa. Ballou (2007) define as operações logisticas como logistica empresarial e a subdivide em: Marketing e Produção. Segundo o autor é ususal que empresas se organizem em torno dessas duas funções. Marketing é basicamente, a venda de um bem ou serviço, e produção a sua fabricação ou prestação de serviço. As demais atividades, em muitas empresas podem ser consideradas como de suporte e tem influencia sobre a eficiencia e eficacia, tanto da produção quanto da comercialização. O marketing é responsável, principalmente, pela pesquisa ade mercado, promoção, gestão da força de vendas e pelo mix do produto, que cria valor de posse do portfólio. Produção e operação se preocupam com a criação do produto ou serviço. Suas responsabilidades são: Controle de qualidade; Planejamento e programação da produção; Projeto da função; Planejamento de capacidade; Manutenção Mensuração e padrões de trabalho. PÁGINA 10 Tipos de Logísticas Logística para abastecimento – tem relação direta com o planejamento e o gerenciamento de materiais que serão necessários em local e horário previamente definidos. Essa área de conhecimento inclui o armazenamento e o transporte de matéria prima, além de um eficiente meio para avaliação do nível de abastecimento em diferentes fases do projeto. Esse tipo de logística tem sempre com objetivo de garantir que o fluxo de materiais esteja de acordo com a demanda. Além disso, ela é responsável, também, por buscar fontes de suprimento para reduzir os custos dos projetos. Logística de produção – administra as etapas que unem os materiais distribuídos. Esse trabalho inclui a coordenação do processo de montagem e de fabricação, além da administração do espaço para aplicações, como no caso da produção militar. Na área de construção, tal logística é responsável por preparar o material para gerenciar uma determinada fase de obra em desenvolvimento. Logística reversa – Esse tipo de logística se encarrega de recuperar suprimentos e materiais em um processo de montagem ou produção, sendo responsável por reintegrar essa mercadoria ao estoque e remover o excesso. É usada com frequência para o planejamento de estratégias de saída, assim como para a coordenação do deslocamento de materiais e de ferramentas de volta para o local de armazenamento. Essa área mantém um olho na sustentabilidade. Logística de distribuição – A logística de distribuição envolve a administração da maneira com que o material armazenado é efetivamente distribuído. Outras questões importantes desempenhadas pelo setor incluem o acompanhamento do estoque, a verificação acerca da responsabilidade de uso — registrando a utilização do abastecimento, por exemplo — e a própria movimentação dos materiais, dentre outros. PÁGINA 11 Subsistemas Os subsistemas ainda podem se classificados em: Inbound – são as informações que entram na empresa Outbound – são informações fora da empresa – compras e financimentos. Tripé de sustentação das atividades logísticas PÁGINA 12 Ballou (2007) classifica os componentes do sistem logistico como básicos (ou primários) e de apoio. As atividades básicas correspondem ao maior custo total logistico e são essenciais para atender a missão logistica. Em termos de custos, as atividades básicas representam 2/3 do total dos gastos das operações logísticas. As atividades primarias e secundárias são de extrema importância para os processos logísticos. Por meio das atividades é que vamos determinar a forma de trabalho por uma necessidade do cliente e utilizar os meios e conceitos para cada tipo de gestão, dentro deuma armazenagem será definida o tipo de estocagem e de como iremos manusear os produtos necessários para a produção/serviço. PÁGINA 13 Cadeia de Valor Cadeia de valor busca enxergar a empresa como um conjunto de atividades inter-relacionadas que buscam agregar valor específico ao cliente. Muitos autores destacam ainda que a cadeia de valor é um modelo que descreve como um produto se movimenta desde a etapa da matéria-prima até o consumidor final, sendo que o objetivo é adicionar o máximo de valor aos elos da cadeia de maneira menos dispendiosa possível. Segundo o conceito de Porter, as atividades que geram valor podem ser agrupadas em atividades primárias e atividades de apoio, e podem ser explicadas da seguinte forma: a) Atividades Primárias : Logística Interna: atividades relacionadas com o manuseio de materiais, armazenagem e controle de estoques utilizadas para receber e disseminar os insumos de um produto. Operações: atividades necessárias para converter os insumos fornecidos pela logística interna na forma de produto final. Logística Externa: atividades relacionadas com a coleta, armazenagem e distribuição física do produto final para o cliente. Marketing e Vendas: atividades concluídas para fornecer os meios que permitam que os clientes adquiram os produtos e induzam a adquiri-los. Serviços: atividades destinadas a realçar ou manter o valor de um produto. b) Atividades de Apoio Suprimento de serviços e materiais: atividades realizadas visando a compra dos insumos necessários à fabricação dos produtos, bem como ativos fixos máquinas, equipamentos de laboratórios, equipamentos e materiais de escritórios e edificações. PÁGINA 14 Desenvolvimento tecnológico: atividades realizadas com o objetivo de melhorar o produto e os processos utilizados em sua fabricação. Assume várias formas, como equipamentos de processo, pesquisa básica, design do produto e procedimentos de serviços. Desenvolvimento tecnológico: atividades realizadas com o objetivo de melhorar o produto e os processos utilizados em sua fabricação. Assume várias formas, como equipamentos de processo, pesquisa básica, design do produto e procedimentos de serviços. Levitt (2000), afirmou que “ as pessoas não compram produtos, compram beneficios.” Essa frase é a mola propulsora para o que é preciso fazer para agregar valor e quais os passos necessários para conquistar a preferencia desse cliente. Assim, a identificação dos atributos logisticos, chamados de Atributos ganhadores de pediso, que podem influenciar a satisfação dos clientes, é funadamental para a competitividade e lucratividade das organizações. E numa analise propõe a exixtencia de 13 atributos: 1. Agilidade de entrega 2. Confiabilidade do prazo entrega 3. Confiabilidade da quantidade correta Valor – é uma percepção da relação custo/benefício que o consumidor tem de um produto e/ou serviço em comparação com outro disponibilizado pela concorrência. PÁGINA 15 4. Confiabilidade do produto correto 5. Entrega sem danos ao produto 6. Flexibildade no serviço prestado 7. Recuperação de falhas 8. Rastreabilidade 9. Comunicação 10. Confiança e conhecimento da equipe de contato com o cliente 11. Disponibilidade dos produtos e serviços 12. Apoio pós-entrega 13. Preço – politica de preços e condições de venda Metodos que influenciam a competitividade Planejamento da demanda Métodos de aquisição de materiais Armazenagem Gestão de estoques Transporte Infraestrutura Visibilidade das informações Tecnologia das informações Gestão de pessoas Tributação em dia Globalização Exigencias legais, sociais e ambientais. Segundo Neves ( 2005), logistica tem valor quando são considerados os oito R´s: PÁGINA 16 RIGHT MATERIAL – material certo RIGHT QUANTITY – quantidade correta RIGHT QUANLITY – qualidade justa RIGHT PLACE – lugar certo RIGHT TIME – tempo correto RIGHT METHOD – método adequado RIGHT COST – custo justo RIGHT IMPRESSION – boa impressão. Mais do que apenas reduzir custos, é necessário construir vantagens competitivas que proporcionem crescimento, vensas, a conquista de novos clientes e mercados por meio da agregação de valor ao cliente. Missão logística: dispor a mercadoria ou serviço, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em que fornece a maior contribuição à empresa. (BALLOU, 2007). O objetivo central da logística: atingir um nível desejado de serviço ao cliente pelo menor custo total possível (BOWERSOX; CLOSS; COOPER 2007). PÁGINA 17 Os resultados futuros serão positivos se as empresas gerarem hoje satisfação para o cliente, por isso um dos objetivos principais da logistica é satisfazer aos clientes (BALLOU, 2007; CHRISTOPHE, 2007). Desafisos logisticos O empreendedor que decide aventurar-se no setor de transportes encontra, todos os dias, desafios em logística no Brasil. Essa realidade fornece apenas duas opções: ceder às dificuldades ou ser bem-sucedido. Aqueles que se propõem a agir de acordo com a segunda opção são incentivados a encontrar soluções inovadoras, a desenvolver novas ideias e projetos e, acima de tudo, a adaptar sua estratégia ao cotidiano. Tais ações são exigidas para se destacar em um mercado competitivo, obter vantagens sobre a concorrência e conquistar clientes. Desse modo, listamos os principais desafios do setor: 1. Falta de Infrestrutura 2. Pouca exploração dos modais de trnsporte 3. Custos elevados 4. Investimento em sistemas de gestão integrada 5. Falta preparo dos profissionais. VOCABULÁRIO: Just in time (JIT): é a filosofia que vis aà redução do estoque, produzindo somente a quantidade necessária no tempo PÁGINA 18 necessário; QFD: ferramenta da quantidade que têm por objetivo o desenvolvimento de produtos que incorporem as reais necessidaes do cliente em seus projetos de melhoria; Engenharia simulatanea: é o envolvimento da gestão da produção ainda no desenvolvimento do produto, buscando antever os processos e possiveis ocorencias; Lean Manufacturing: ou produção enxuta, é uma filosofia operacional que visa à eliminação dos desperdicios e criação de valor. Quais caracteristicas são necessárias ao profissional de logistica? Segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2003), para ser um profissional de logística é necessário entender os processos logísticos de armazenagem, produção e distribuição. Além disso, outras características necessárias são: Capacidade de organização e visão do projeto; Responsabilidade Adaptabilidade e atenção às inovações; Facilidade de coordenação de equipes; Habilidade em resolver situações adversas e criatividade; Habilidade em utilizar métodos matemáticos e matemática aplicada para solução de problemas. HUB PORT – consiste em um porto concentrador de cargas e de linhas de navegação. PÁGINA 19 Atividades logísticas Todas as atividades logísticas são importantes para o alcance do maior nível de serviço com o menor custo. Assim, elas se dividem basicamente em dois tipos: Atividades primárias, que contribuem com as maiores parcelas do custo total e são fundamentais para o desencadeamento de outras atividades, compreendemo transporte, a manutenção de estoques e o processamento de pedidos; Atividades de apoio, que são fundamentais para a continuidade das atividades primárias, compreendem a armazenagem, controle, guarda e movimentação de materiais, suprimentos, manutenção de informações e estudos de demandas, atividades ligadas às devoluções e vendas de resíduos da produção, layout de fábricas e de armazéns. Destacaremos os principais pontos sobre as atividades primárias: 1. Transporte – A atividade de transporte está relacionada aos diversos métodos de se movimentar produtos e insumos e por isso é essencial ao processo logístico, sendo ainda responsável por uma grande parte dos custos logísticos da empresa. Vale ressaltar que existem diversos modais (meios) de transportes disponíveis: rodoviário, ferroviário, aeroviário, dutoviário e marítmo, sendo que em nosso país ainda existe uma grande predominância pelo modal rodoviário. Em termos mundiais, observa-se uma tendência a multimodalidade, ou seja, a integração dos diversos modais de transporte; 2. Manutenção de Estoques – o grande desafio é ter o menor PÁGINA 20 nível de estoque possível sem prejudicar o nível de serviço ao cliente, ou seja, dispor da quantidade necessária para atender ao cliente quando ele desejar; 3. Processamento de Pedidos – Mesmo não sendo uma atividade que representa um custo elevado como as anteriores, esta atividade está relacionada diretamente ao nível de serviço ofertado aos clientes, logo também é de extrema importância para o processo logístico. O grande desafio do profissional de logística consiste em reduzir o ciclo do pedido que é o tempo total entre o cliente realizar um pedido e o mesmo ser entregue. Logo é importante contar com sistemas eficientes de recebimento de pedido, checagem de estoque, aprovação de crédito, separação, expedição e entrega do produto comprado para o cliente. Em termos gerais, são cinco os modais básicos de transporte de cargas: 1. Rodoviário; 2. Ferroviário; 3. Aéreo; 4. Aquaviário; 5. Dutoviário. Sendo o rodoviário o mais utilizado no território nacional por, aproximadamente, 62% da dsitribuição de insumos e produtos industrializados em todo território nacional. O modal ferroviário é o mais eficaz para transportaar cargas de baixo valor agregado e grandes volumes a longas distancias, quando comparado ao rodoviário. Contudo, a movimentação de cargas pelas ferrovias do Brasil é baixa e concentrada em apenas alguns produtos, com destaque para o minerio de ferro. Modal aéreo, apesar de o valor do frete ser três vezes mais que o PÁGINA 21 rodoviário e catorze vezes mais que ferroviário, tem havido uma demanda crescente no segmento de cargas com serviço regular. O modal aquaviário utiliza o meio aquatico natural ou artificial para movimentação de cargas e passageiros. Como um dos meios de transportes mais antigos, podemos citar o exemplo das grandes cruzadas onde os barcos eram utilizados para atravessar os mares na procura de novas terras. O modal dutoviário é caracterizado pelo transporte por tubulações, desenvolvidas de acordo com as normas de segurança, para trasnportar petroleo e seus derivados, como gás, álcool, produtos quimicos diversos, por distancias especialmente longas. Você sabe o que é roteirização e como ela pode ajudar a sua empresa a crescer? É o planejamento das rotas que sua frota vai usar. Para fazer as entregas de forma mais eficiente, é preciso pensar nas melhores rotas e planejar o itinerário da frota com cuidado. Essa pode ser uma tarefa extremamente trabalhosa e consumir muito tempo quando feita manualmente. É aí que entra a tecnologia. Existem softwares roteirizadores, que podem auxiliar na hora de automatizar essas decisões. Esses programas dispõem de várias funções. Confira as principais funcionalidades que um roteirizador deve ter: No aspecto qualitativo, os sistemas de transporte devem disponibilizar serviços que superem as expectativas dos clientes Além de ser um diferencial competitivo, o aprimoramento da qualidade no transporte pode ser revertido em redução do custo do produto final, bem como na redução dos custos de transação ou das perdas, por exemplo. PÁGINA 22 Definição e otimização das rotas; Análise e determinação do tamanho da frota e capacidade dos veículos; Planejamento e sugestão de veículos, de acordo com a carga, entregas e rota estabelecida; A roteirização, portanto, pode ajudar a diminuir o consumo de combustível e reduzir a distância das entregas. Fazendo isso com a ajuda de um programa ou aplicativo, você pode reduzir o tempo gasto com o planejamento e otimizar o processo. É possível, ainda, ter um controle maior da logística da frota. “A roteirização é a maneira inteligente de realizarmos entregas e coletas de forma sistematizada. Para planejar uma sequência otimizada de rotas, o roteirizador analisa, além dos custos da rota, a disponibilidade do cliente, o tempo de atendimento, a capacidade dos veículos, a jornada do motorista. Enfim, diversos fatores que podem impactar diretamente no resultado da operação.” Milk run significa é um sistema de abastecimento de suprimentos adotado principalmente por indústrias automobilísticas nacionais. Este sistema consiste na coleta programada de peças junto aos fornecedores das montadoras, diferentemente do sistema de abastecimento denominado convencional, no qual o fornecedor entrega suas peças na planta da montadora. O milk run é uma forma de redução de estoque na cadeia de suprimentos. O milk run adota uma concepção de trabalho com enorme ênfase na filosofia just-in-time e procura seguir alguns de seus princípios como: redução do estoque de materiais, maior frequência de abastecimento de suprimentos e maior integração entre as partes que compõem o sistema, montadora e fornecedor. PÁGINA 23 Armazenagem – é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou semi-acabados. Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os factores que influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos (Casadevante, 1974, p. 26). A logistica empresarial pode ser subdividida em quatro etapas: I. Suprimentos; II. Produção; III. Distribuição; IV. Reserva Segundo Ballou (2007) existem quatro razões básicas para a armazenagem: 1. Reduzir custos; 2. Coordenação de suprimentos e demanda 3. Necessidade de produção 4. Considerações do MKT, para busca de uma melhor disponibilidade do produto no mercado. O processo de armazenagem é constuido de cinco elementos: 1. Materiais ou produtos; 2. Recursos humanos 3. Equipamento de movimentação e armazenagem 4. Estruturas 5. Espaço/edifício Assimile – CD é uma armazém estrategicamente instalado, em uma região geográfica, possibilitando e facilitando a distribuição física. PÁGINA 24 Cross Docking Operação de rápida movimentação de produtos acabados para a expedição, entre fornecedores e clientes. SKU O termo Stock Keeping Unit (SKU), em português Unidade de Manutenção de Estoque está ligado à logística de armazém e designa os diferentes itens do estoque, estando normalmenteassociado a um código identificador. Armazenagem Inclui todas as as atividades de um ponto destinado à guarda temporaria e à distribuição de materiais. O armazém é o elo que une a produçãi ou o fornecedor ao consumidor. Estocagem É a guarda fisica dos produtos ou materiais. A estocagem é uma parte da armazenagem. PÁGINA 25 Tipos de armazéns ARMAZÉM DE COMMODITES armazenada produtos padrões: madeira, algodão e tabaco ARMAZÉM PARA GRANÉIS armazena produtos granelizados: produtos quimicos ARMAZÉM FRIGORIFICADO armazena produtos refrigerados: frutas, vegetais, comidas e também produtos quimicos PÁGINA 26 ARMAZÉM PARA UTILIDADES DOMESTICAS E MOBILIÁRIOS armazena materiais miúdos de suo caseiro ARMAZÉM DE MERCADORIAS EM GERAL armazena um amplo leque de itens PÁGINA 27 Layout PÁGINA 28 Equipamentos de armazenagem Movimentação de materiais A movimentação de materiais refere-se ao movimento de produtos em uma pequena distancia dentro de uma area, podendo ser realizado pelo homem ou máquina. A movimentação de materiais tem as seguintes funções: Movimento – deslocamento de peças, materiais e produtos acabados, de maneira mais eficiente; Lugar – responsabilidade de verificar se o material desejado está entregue no lugar certo; Tempo – os materiais devem chegar ao local de trabalho, fábrica ESTRUTURA PORTA PALETE distribuido em empilhadeiras DRIVE-IN ideal para produtos com baixa rotação e grande qtdade de paletes ESTRUTURA DINÂMICA ideal para produtos pereciveis PUSH BACK permite o acumulo de até 4 paletes FOLOW- BACK igual a estrutura dinâmica mas em menor estrutura PÁGINA 29 ou cliente no momento exato; Quantidade – providenciar, para cada operação, a quantidade exata dos materiais necessários; Espaço – é um dos elementos importantes em qualquer fábrica; Automatização na armazenagem – uso de equipamentos que interligam-se a sistemas de informação, sem a necessidade do uso de recusros humanos. Para Donato (2010), algumas condições devem ser conideradas na movimentação: 1. Procedimentos de manuseios adequados; 2. Procedimentos de manuseios formalizados; 3. Definição clara de cada área; 4. Treinamento dos colaboradores com relação aos padrões definidos; Sistema Puxado e Sistema Empurrado – Pull e Push No sistema empurrado (push system) a quantidade a ser produzida é baseada em um plano de produção e as informações fluem da empresa para o mercado, mesmo sentido do fluxo de materiais. Dessa forma o planejamento ocorre antes mesmo de a demanda ocorrer, baseando-se em projeções e no comportamento do mercado, o que pode ser uma vantagem ou desvantagem desse sistema: como as previsões geralmente não são 100% precisas e variam ano a ano, podem sobrar produtos – o que acarreta custos para armazenar e manter os produtos em boas condições; por outro lado, a empresa estará certa de que produzirá o suficiente para satisfazer a todos os pedidos, o que é uma vantagem. O exemplo clássico é o sistema MRP (Materials Requirement Planning), ou Planejamento das Necessidades de Materiais, que controla a PÁGINA 30 programação da produção e pedidos, garantindo que os materiais necessários para a fabricação dos produtos estarão disponíveis quando requisitados. Já no sistema puxado (pull system) a produção é baseada na demanda e as informações fluem em sentido oposto, saindo da demanda e indo até a empresa. Dessa forma, a quantidade de estoque é minimizada, já que a produção começa a partir do cliente. Porém, este sistema também tem suas desvantagens: pode ocorrer de um fornecedor não poder entregar certo material a tempo, comprometendo assim o cumprimento do pedido e gerando consumidores insatisfeitos. Aqui, o exemplo mais conhecido é o Just in Time (JIT), que mantém o mínimo de inventário possível, ou seja, só mantém o que é estritamente necessário para o pedido ser realizado. Por consequência, este sistema elimina desperdícios e diminui a necessidade (e os custos) de espaço para estocar produtos. Técnicas e métodos aplicados à logística Just in Time – JIT - O sistema Just in Time (JIT) pode ser aplicado em qualquer organização e é muito importante para auxiliar a reduzir estoques e os custos decorrentes do processo. O just in time é o principal pilar de diversas fábricas, em especial de carros, como por exemplo o sistema Toyota de produção. INVENTÁRIO FÍSICO - consiste na contagem física dos itens em estoque para que as diferenças sejam verificadas e relação ao estoque contábil e, assim, os ajustes necessários serão executados. PÁGINA 31 Just in Sequence – JIS – “Sistema de fornecimento onde os fornecedores estão instalados nas imediações da empresa, e abastecem a mesma diretamente na linha de produção e em sequência pré-estipulada em tempos determinados.” Lead time – tempo de aprovisionamento ou ainda ciclo, em português europeu, é o período entre o início de uma atividade, produtiva ou não, e o seu término. A definição mais convencional para lead time em Supply Chain Management (SCM) é o tempo entre o momento do pedido do cliente até a chegada do produto no mesmo. PÁGINA 32 Market share – significa participação de mercado, em português, e é a fatia ou quota de mercado que uma empresa tem no seu segmento ou no segmento de um determinado produto. O Market Share serve para avaliar a força e as dificuldades de uma empresa, além da aceitação dos seus produtos. Lean Manufacturing – traduzível como manufatura enxuta ou manufatura esbelta, e também chamado de Sistema Toyota de Produção é uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos de desperdícios (super-produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e MEMORIZE JIT – JUST IN TIME, FILOSOFIA QUE VISA A REDUÇÃO DO ESTOQUE, PRODUZINDO SOMENTE A QUANTIDADE NECESSÁRIA NO TEMPO NECESSÁRIO. PÁGINA 33 defeitos). Também pode-se dizer JIT, onde é responsável pela gestã do fluxo de materiais e respectivos estoques. O JIT funadamenta-se no conceito do ‘puxar’, ou seja, produzir conforme a demanda, tendendo ao estoque ZERO. FIFO – First In, First Out – primeiro que entra, primeiro que sai. ... ao armazenar o estoque em almoxarifado, este tipo de estrutura é muito usado pois caso contrario, o giro não ocorre e o produto armazenado primeiro corre o risco de ficar muito tempo estocado perdendo assim sua validade. LIFO – Last in first out - ultimo que entra é o primeiro que sai utilizado na logística em controle de estoque e transportes. ... Ao determinar o carregamento do caminhão o carregador coloca primeiro a ultima carga a ser entregue. KABAN – Kanban é um termo de origem japonesa e significa literalmente “cartão”ou “sinalização”. Este é um conceito relacionado com a utilização de cartões (post- it e outros) para indicar o andamento dos fluxos de produção em empresas de fabricação em série. Nesses cartões são colocadas indicações sobre uma determinada tarefa, por exemplo, “para executar”, “em andamento” ou “finalizado”. MEMORIZE JUST IN SEQUENCE É DEFINIDO COMO SISTEA DE FORNECIMENTO NO QUAL OS FORNECEDORES ESTÃO INSTALDOS NAS MEDIAÇÕES,OU SITE DA EMPRESA. ESTE ABASTECE DIRETAMENTE NA LINHA DE PRODUÇÃO E EM SEQUENCIA ESTIPULADA NO TEMPO DETERMINADO. PÁGINA 34 A utilização de um sistema Kanban permite um controle detalhado de produção com informações sobre quando, quanto e o que produzir. O método Kanban foi inicialmente aplicado em empresas japonesas de fabricação em série e está estreitamente ligado ao conceito de “just in time”. A empresa japonesa de automóveis Toyota foi a responsável pela introdução desse método devido a necessidade de manter um eficaz funcionamento do sistema de produção em série. UNITIZAÇÃO - é um processo de agrupamento de embalagnes (volumes) em uma única nidade física, formando um só volume para manuseio e transporte. Os tipos de unitização: CARGAS PALETIZADAS; CARGAS PRELIGADAS. CONTÊINERES PÁGINA 35 LOGÍSTICA REVERSA – A logística reversa é um "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada". CORE BUSINESS – é um termo inglês que significa a parte central de um negócio ou de uma área de negócios, e que é geralmente definido em função da estratégia dessa empresa para o mercado. Este termo é utilizado habitualmente para definir qual o ponto forte e estratégico da atuação de uma determinada empresa. OUTSOURCING - é uma expressão em inglês normalmente traduzida para português como terceirização. No mundo dos negócios, o outsourcing é um processo usado por uma empresa no qual outra organização é contratada para desenvolver uma certa área da empresa. EMBALAGEM – é um recipiente ou envoltura que armazena produtos temporariamente, individualmente ou agrupando unidades, tendo como principal função protegê-lo e estender o seu prazo de vida (shelf life), viabilizando sua distribuição, identificação e consumo. Tipos de EMBALAGEM – Embalagem Primária: que está em contato direto com o produto. Embalagem Secundária: designada para conter uma ou mais embalagens primárias, podendo não ser indicada para o transporte. Embalagem Terciária – agrupa diversas embalagens primárias ou secundárias para o transporte, como a caixa de papelão ondulado. PÁGINA 36 MEMORIZE – TIPOS DE EMBAGENS Rótulo - É toda e qualquer informação relativa ao produto, transcrita em sua embalagem. Por ser uma forma de comunicação visual, pode conter a marca do produto e informações sobre ele. Shape - É a forma estrutural da embalagem, como a silhueta de um frasco. Sleeve -Também conhecido como “manga” é um rótulo encolhível que adere à superfície da embalagem, contornando-a como uma pele. Splash - É um desenho gráfico utilizado para destacar informações importantes na embalagem. Blister- é uma embalagem composta de uma cartela-suporte – cartão ou filme plástico – sobre o qual o produto é fixado por um filme em forma de bolha. Por exemplo, comprimidos, pilhas. Caixa de transporte - é uma embalagem própria para transportar vários produtos ou produtos de porte maior. Pode ser feita de plástico rígido, papelão ondulado ou madeira. Ela garante segurança e proteção ao produto até seu destino final. Caixas K -são herança das caixas de madeira utilizadas na importação de latas de querosene de 20 litros. Cartucho - é uma embalagem estruturada em papel cartão. Exemplo: caixas de cereais matinais e caixas de sabão em pó. Contêiner - é uma grande caixa, de dimensões e outras características padronizadas, para acondicionar e transportar produtos, facilitando seu embarque, desembarque e transbordo em diferentes meios de transporte. Embalagem cartonada - é composta por várias camadas de materiais que criam barreiras à luz, gases, água e microrganismos, conservando as propriedades dos alimentos. A embalagem cartonada asséptica é composta por 75% de papel cartão, 20% de filmes de polietileno de baixa densidade e 5% de alumínio. Embalagens mistas - Combinam dois ou mais materiais e materiais reciclados. Exemplos: plástico com metal; metal com madeira; plástico com vidro; vidro com metal; madeira com papel. A vantagem é a união das propriedades dos materiais para proteger e transportar os produtos, e atrair os consumidores. Embalagens multicamadas - Combinam diferentes materiais, como por exemplo: Alumínio + papel Papel + papelão Embalagens laminadas -São embalagens formadas pela sobreposição de materiais como filme plástico metalizado + adesivo + filme plástico. As metalizadas, como as dos salgadinhos (snacks), biscoitos, cafés, etc., são um bom exemplo. Embalagens plásticas flexíveis - São aquelas cujo formato depende da forma física do produto acondicionado e cuja espessura é inferior a 250 micra. PÁGINA 37 PLANEJAMENTO LOGÍSTICO O que é planejamento logístico? É a criação de novos métodos e estratégias de armazenagem e de atendimento para que a organização reduza custos, aumente a eficiência de suas operações usando racionalmente seus recursos, conquiste a satisfação de seus clientes através do recebimento de seus produtos com rapidez, em perfeito estado e de acordo com seus pedidos e, assim, alcançar resultados que se transformem em novas oportunidades. Sua missão essencial é fazer com que todas essas atividades possam se comunicar ao ponto de se fundirem em um único objetivo de conduzi-lo corretamente para os ganhos substanciais de competitividade. É então, que o conhecimento se transforma na principal ferramenta de um planejamento voltado ao sucesso. Os níveis básicos do planejamento logístico Um bom planejamento logístico deve estar dividido em tarefas relacionadas aos níveis gerenciais da corporação. E eles são três: Estratégico: aqui são decididas pela alta direção as estratégias mais importantes, em sua maioria, de longo prazo, que serão simplificadas e adequadas à realidade tática da empresa; Tático: aqui o planejamento estratégico se configura em ações, orquestradas em cada setor (compras, estoques, vendas etc.), que vão direcionar o operacional no sentido de realizar os objetivos e metas desejadas; Operacional: aqui serão executadas as tarefas e operações decididas taticamente e seus resultados retornarão com informações para a análise crítica da alta direção, configurando PÁGINA 38 uma continuidade sistemática do planejamento. Quanto à aplicação, o planejamento também pode ser separado em três partes: a logística inbound (a de entrada, cuja configuração está voltada à movimentação de componentes e matérias-primas para o processo produtivo); a interna (produção e armazenagem) e a logística outbound (a externa ou de saída, cuja movimentação se foca no atendimento ao cliente de acordo com seu pedido). A contribuição do sistema logístico para o planejamento Um sistema que não contemple os custos de transporte ao longo de toda a cadeia, os custos de estocagem, inclusive do estoque em trânsito, de instalações, de processamento e de todos os recursos operacionais, como também dos próprios sistemas de informações, deixará o planejamento logístico às cegas e certamente não cumprirá com seus objetivos básicos: Melhoria do serviço: está relacionado diretamente ao aumento das receitas; Redução do custo operacional: continuamente revisados, os custos operacionais precisam estar alinhados com as vantagens ofertadas para o nível do serviço; Alinhamento do capital investido: os equipamentos empregados nas atividades da cadeia precisam se pagar e o planejamento deve estar atento à relação custo x benefício para não gerar trade-off (o perde-e-ganha) que comprometa todo o plano. PÁGINA 39 ETAPAS DO PLANEJAMENTO LOGISTICO O planejamento logístico engloba a configuração de armazéns, pontos de varejo, fábicas, alocação de estoques, serviços de transporte, modal de transportes e sistemas de processamento de informação que possam atingir um equilibrio ótimo entre os rendimentos derivados do nével de serviço ao cliente estabelecido. NECESSIDADE DEFINIÇÃO DO PRBLEMA SÍNTESE ANÁLISE APLICAÇÃO AVALIAÇÃO RELEMBRE VALOR É O GRAU DE BENEFÍCIO OBTIDO COMO RESULTADO DA UTILIZAÇÃO E DAS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS COM UM PRODUTO. É A PERCEPÇÃO DO CLIENTE E DAS DEMAIS PARTES INTERESSADAS SOBRE O GRAU DE ATENDIMENTO DE SUAS NECESSIDADES. PÁGINA 40 Agrega valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação à cadeia produtiva. LOGÍSTICA É SERVIÇO PÁGINA 41 LOGÍSTICA Right Material - material certo Right Quality- qualidade justa Right Time - tempo correto Right Cost - custo justo Right Impression- impressão correta Right Method- metodo correto Right place- lugar certo Right Quantity- quantidade certa PÁGINA 42 Indicadores de desempenho logístico Os Indicadores de Desempenho Logístico, também conhecidos como Indicadores Chave de Desempenho, Key Performance Indicator ou simplesmente KPIs, são métricas utilizadas para medir e avaliar periodicamente o desempenho dos processos chave de uma empresa e identificar os aspectos que precisam ser melhorados. Principais Indicadores de Desempenho Logístico On-Time & In-Full = OTIF: É considerado o indicador de performance mais importante na cadeia logística, pois mede a operação pela ótica do consumidor. Representa a eficácia no cumprimento de prazos (on time) e a eficiência de todos os processos de atendimento (in full), que significa que o pedido também foi entregue como o cliente esperava: no local solicitado, completo, sem PÁGINA 43 erros e dentro de todas as especificações esperadas. On-Time Delivery – OTD: Esse indicador logístico é usado para medir o percentual de pedidos entregues no prazo, independente das especificações dos itens estarem corretas ou não. Ou seja, serve principalmente para analisar o tempo da separação e expedição do pedido até o envio feito pela transportadora. Order Cycle Time – OCT: É o tempo total decorrido desde o recebimento do pedido até a entrega para o cliente. Esse é o tempo que é percebido pelo cliente e sobre o qual as suas expectativas estão definidas após a loja informar o prazo de entrega previsto. OFR – Order Fill Rate: É o tempo interno para o processamento do pedido, ou seja, o tempo médio para realizar o fulfillment do pedido, desde o picking, packing até a expedição para a transportadora ou meio de entrega escolhido. Como são as etapas do processo sob maior controle do varejista, tende a ser o ponto de busca por maior eficiência e otimização de recursos. Acuracidade do Inventário: Utilizado para medir a diferença entre o estoque físico (os produtos que realmente estão alocados em seu armazém) e a informação que consta no seu sistema de controle de estoque. Nível médio do estoque: Serve para avaliar por quantos dias a empresa consegue operar com o estoque atual. Destaco os mais utilizados como indicadores de desempenho logístico interno: Custo total Tempo do ciclo Pedido perfeito CUSTOS LOGÍSTICOS SÃO CUSTOS DE PLANEJAR, PROGRAMAR E CONTROLAR TODO O FLUXO DE MATERIAIS DESDE A ENTRADA, NO PROCESSO E NA SAÍDA OU SEJA, DESDE O PONTO DE ORIGEM ATÉ O PONTO DE CONSUMO (FARIA; COSTA, 2008) PÁGINA 44 ONDE: CAM= CUSTO DE ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO CTRA= CUSTO DE TRANSPORTE CE= CUSTO DE EMBALAGENS CME= CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE CTI= CUSTO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO CTRI= CUSTOS TRIBUTÁRIOS ( TRIBUTOS NÃO RECUPARÁVEIS) CDL= CUSTO DECORRENTES DE LOTES CDNS= CUSTOS DECORRENTES DE NIVEIS DE SERVIÇO CAD= CUSTOS DE ADMINISTRAÇÃI LOGÍSTICA Segundo Bowersox e Closs (2001) os cutsos de transportes são influenciados pelos seguintes fatores economicos: Distância A EFICIÊNCIA DE UM SISTEMA LOGISTICO É DETERMNADA POR UM MEIO DE RELAÇÃO DO CUSTO LOGÍSTICO TOTAL COM O PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB). CALCULOS A SEREM FEITOS NO CUSTO LOGÍSTICO: CUSTO LOGÍSTICO TOTAL= CAM+CTRA+CE+CME+CTI+CTRI+CDL+CDNS+CAD PÁGINA 45 Volume Densidade Facilidade de acondicionamento Facilidade de manuseio Responsabilidade Mercado Bons estudos!!!! Foco... Fé... Força...
Compartilhar