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Instituto Federal do Sul de Minas Gerais Física Experimental II – Turma: Engenharia Química Ondas Estacionárias. Acadêmicos Alícia Carvalho Ribeiro Sara da Silva A. de Oliveira Pouso Alegre – MG 05.03.2018 INTRODUÇÃO Uma onda é uma oscilação que se propaga no espaço, carregando apenas energia, ou seja, não transporta matéria. Ao definir uma onda são importantes três características físicas: a velocidade de propagação, comprimento e a freqüência da onda. Ondas estacionárias possuem um padrão de vibração estacionário, formada a partir da sobreposição de duas ondas idênticas em sentidos opostos. Com uma ou ambas as extremidades fixas, cordas osciladas em algumas frequências podem gerar ondas estacionárias. OBJETIVOS Estudar a formação de ondas estacionárias em cordas determinando a densidade linear do fio utilizado. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA Qualquer material possui uma frequência natural de vibração, nas cordas essas frequências podem ser obtidas balançando a extremidade e mantendo a outra fixa, quando está frequência é alcançada a corda produz um padrão de vibração, tornando-se possível observar a formação de ondas estacionarias. No entanto, existem dois tipos de ondas, as destrutivas que formam os nós e as construtivas que formam os ventres. FIGURA I – Nós e ventres de uma onda. Fonte: Mundo Educação. O modo mais simples que uma corda vibra é chamado de harmônico fundamental ou primeiro harmônico, os modos seguintes são segundo harmônico, terceiro harmônico, até enésimo harmônico, como vemos na imagem a baixo: FIGURA II – Harmônicos Fonte: Scielo O comprimento de onda é formado pela seguinte equação: = Comprimento de onda = Comprimento da corda = número de harmônicos Como: = Velocidade da onda = frequência da onda No primeiro Harmônico: 0 No segundo Harmônico: Ou seja, 0 Portanto, 0 MATERIAIS - Fio de prova; - Dinamômetro; - Gerador de Impulsos Mecânicos; - Gancho com massa; PROCEDIMENTOS Parte I A corda foi colocada no gerador de impulsos mecânicos fixa na parte superior e inferior a uma distancia aproximada de 40 cm; Deixou-se uma extremidade da corda solta, onde foi pendurado um gancho com uma massa de aproximadamente 50 g; FIGURA I – Esquema de montagem do experimento. Fonte: Física Experimental II – Marcio Boer. Aumentou-se gradativamente a amplitude e a frequência do aparelho até obter-se o primeiro harmônico de vibração da corda, foi anotado o valor da frequência encontrada para melhor visualização do primeiro harmônico e repetiu o procedimento para visualizar também o segundo, terceiro e quarto harmônico; Com os valores obtidos, encontrou-se o comprimento e a velocidade de propagação da onda e por fim determinou-se o valor médio da velocidade, o erro experimental (utilizando a formula do desvio padrão) e com a equação de Taylor foi calculado a densidade linear da corda, propagando-se o erro experimental. Parte II Montou-se o gerador de impulsos mecânicos de forma que a corda ficou presa na parte inferior ao gerador e na parte superior presa a um dinamômetro, o tamanho da corda foi ajustado para 30 cm e a tensão no dinamômetro de 0,6 N para encontrar o primeiro harmônico, sendo assim, ajustou-se a amplitude e a frequência do gerador até visualizar o primeiro harmônico, repetiu-se este procedimento mais três vezes modificando a tensão na corda. Com os dados coletados determinou-se o comprimento da onda, a velocidade da onda e calculou-se a densidade da corda determinando o desvio padrão através de mínimos quadrados. FIGURA II - Esquema de montagem do experimento. Fonte: Física Experimental II – Marcio Boer. RESULTADOS E DISCUSSÕES No primeiro experimento, foi medido o tamanho da corda com uma fita métrica: L= (40,8 ± 0,1).10-2 m e a massa utilizada foi de 50 g. Portanto, foi determinado a freqüência que cada harmônico se formava na corda: TABELA I – Dados obtidos na pratica I Harmônico n° nós f (Hz) λ(m) 1 2 21 2L 2 3 41 L 3 4 64 2L/3 4 5 85 L/2 Fonte: Elaborada pelo autor. Sendo assim, determinou-se o desvio padrão da velocidade média: V= (1,71 ± 0,03).10 m/s Sabendo que: µ = E que, F = (0,50 ± 0,01) N Portanto, µ = (1,71 ± 0,09).10-3 kg/m No segundo experimento foi analisado como o aumento da força tensora da corda modifica a frequência do primeiro harmônico, e como a velocidade influencia a onda na corda. Foi realizado quatro experimentos ajustando o dinamômetro utilizando distintas forças tensoras, observou-se com que frequência se formava o primeiro harmônico em cada uma delas: TABELA II – Dados obtidos F(N) f(Hz) λ (m) v (m/s) 0,6 21 0,6 12,6 1,1 36 0,6 21,6 1,4 46 0,6 27,6 1,8 54 0,6 32,4 Fonte: Elabora pelo autor. GRAFICO I Fonte: Elaborada pelo autor. Por fim, foi obtido o valor da densidade da corda através do termo dependente da equação da reta, foi utilizada a tabela dos mínimos quadrados para encontrar o desvio padrão: µ = (1,3 ± 0,6),10-3 kg/m CONCLUSÃO Através do experimento pode-se observar nitidamente a formação das ondas estacionárias na corda. O procedimento ocorreu como o esperado, uma vez que após encontrar a freqüência do primeiro harmônico analisou-se que as freqüências dos próximos harmônicos eram múltiplas do primeiro. Notou-se também que a velocidade em uma mesma corda é constante independente da freqüência. REFERENCIAS HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. FUNDAMENTOS DE FISICA:GRAVITAÇÃO, ONDAS E TERMODINAMICA . Rio de Janeiro, 2015. RIBEIRO, Márcio Boer. TEORIMA DA ENERGIA CINETICA. Apostila Laboratório de Física II. Instituto Federal Sul de Minas Gerais, Pouso Alegre.
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