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A Estrutura da Personalidade na Teoria Freudiana 1

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Um “novo” olhar em relação à pessoa humana e seus conflitos.
Profa. Esp. Roberta Amanajás de Melo
A Estrutura da Personalidade na Teoria Freudiana
Sigmund Freud
* 06/05/1856 
(Freiberg – Império Austríaco).
+ 23/09/1939 
(Londres – Inglaterra)
 Família judaica;
Educação: Universidade de Viena
Médico Neurologista
Criador da Psicanálise
As teorias de Freud causaram profundas mudanças no universo da Psicologia.
Ao criar a Psicanálise, o aparelho psíquico passa a ter uma nova dimensão e Freud consegue expor a fragilidade que existe entre a normalidade e a loucura.
CONCEITOS SOBRE A TEORIA DA PERSONALIDADE DE FREUD
1ª Tópica: Consciente, Inconsciente e Pré-Consciente
 - Divisão da vida mental em 2 partes: consciente e inconsciente. No limiar entre elas, o pré-consciente.
2ª Tópica – Id, Ego e Superego 
- Para ordenar o caos decorrente de uma série interminável de conflitos e acordos psíquicos, ele propõe os 3 componentes básicos estruturais da psique: o Id, o Ego e o Superego.
-Teoria do Iceberg: a ponta (consciente) visão superficial da personalidade. Parte submersa (inconsciente), instintos e forças que impulsionam o comportamento humano.
 - Parte mais primitiva e menos acessível da personalidade;
 - Contém tudo que é herdado e que se encontra no sujeito desde o nascimento (os instintos);
 - É a noção inicial de inconsciente e desconhece julgamento de valores, o bem e o mal;
 - Suas forças buscam satisfação imediata;
 - Alheio às circunstâncias da realidade;
O Id
 - É á estrutura original da personalidade;
 - Leis lógicas do pensamento não se aplicam a ele (conteúdos são quase todos inconscientes);
 - É o reservatório de energia de toda a personalidade;
 - Funciona pelo “Princípio do Prazer”: reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando dor;
O Id
 - O Id é a matriz de onde se originam o Ego e o Superego;
 - Reservatório inconsciente das pulsões – que estão sempre ativas;
 - Não tolera “aumentos de energia”, estados de tensão desconfortáveis;
 - Funciona através da descarga de tensão, mantendo o nível de energia constante e baixo (Princípio do Prazer);
O Id
 - É o mundo interno, a realidade subjetiva;
 - Trabalha através de ações reflexas e inatas (como piscar, espirrar);
 - É um processo primário e sozinho não é capaz de reduzir a tensão;
 - Necessita de reação psicológica mais complexa: desenvolve-se um processo secundário e começa a tomar forma o ego.
O Id
 - Parte da psique em contato com a realidade externa;
 - Desenvolve-se conforme o sujeito passa a tomar consciência de sua própria identidade;
 - Moderador das constantes exigências do Id;
 - Responsável pela saúde, segurança e sanidade da personalidade;
 - Tarefa de autopreservação;
O Ego
 - Produz modificações convenientes ao mundo externo em seu próprio benefício;
 - Decide se os instintos devem ou não ser satisfeitos;
 - Adia satisfações para ocasiões favoráveis;
 - Considera as tensões e as conduz adequadamente;
 - Se esforça pelo prazer;
O Ego
 - Busca soluções mais adequadas e realistas, ainda que menos imediatas;
 - É o mestre racional da personalidade e obedece ao “Princípio da Realidade”;
 - “O objetivo do princípio da realidade é evitar a descarga de tensão até ser descoberto um objeto apropriado para a satisfação da necessidade”. (HALL, LINDZEY, CAMPBELL, 1988, p. 54).
O Ego
 - Último sistema da personalidade a se desenvolver (a partir do Ego);
 - Atua como juiz ou censor sobre atividades do Ego;
 - Depósito de códigos morais e modelos de conduta obtidos pela introjeção de valores e padrões dos pais e sociedade;
 
O Superego
 - “Ele é o representante interno dos valores tradicionais e dos ideais da sociedade, conforme interpretados para a criança pelos pais e impostos por um sistema de recompensas e punições”. (HALL, LINDZEY CAMPBELL, 1988, P. 54);
 - Principal preocupação: decidir se algo é certo ou errado, para poder agir de acordo com os padrões;
O Superego
 - Objetivo é de receber recompensas e elogios e evitar punições (como na infância);
 - A criança aprende um conjunto de regras que são aceitas ou rejeitadas por seus pais. Recompensas e castigos passam a ser auto administráveis.
 
O Superego
 - “O controle dos pais passa a ser substituído pelo autocontrole. Nós passamos a nos comportar, pelo menos em parte, de acordo com as diretrizes morais, agora em grande parte inconscientes. Como resultado dessa introjeção, experimentamos culpa ou vergonha sempre que agimos (ou pensamos em agir) em desacordo com esse código moral”. (SCHULTZ, SCHULTZ, 2002, p. 51).
O Superego
 - Suas principais funções são inibir os impulsos do Id (sexuais e agressivos) e persuadir o Ego a substituir objetivos realistas por moralistas;
 - Buscar a perfeição;
 - Assemelha-se ao Id ao não ser racional;
 - Assemelha-se ao Ego ao tentar exercer extremo controle sobre os instintos.
O Superego
 - “ O Superego não busca prazer (como o Id), nem a obtenção de metas realistas (como o Ego), mas apenas a perfeição moral. O Id pressiona por satisfação, o Ego tenta adiá-la e o Superego coloca a moralidade acima de tudo”. (SCHULTZ, SCHULTZ, 2002, p. 51).
Conclusões: Id, Ego e Superego
 - Por ficar no meio, o Ego sofre constantes pressões do Id, do Superego e ainda do mundo externo;
 - Resultado inevitável desse confronto: a ansiedade;
 - Ansiedade (segundo Freud): temor sem razão, cuja origem, geralmente, não se consegue identificar;
Ansiedade: uma ameaça ao Ego
 - Freud sugere o momento do parto como o protótipo da ansiedade;
 - Criança recebe excesso de estímulos do mundo externo, para os quais não está preparada: movimentos, respiração acelerada, aumento dos batimentos cardíacos, barulhos, visões, etc.
 - A reação a esses estímulos excessivos persistirá por toda a vida; 
Ansiedade: uma ameaça ao Ego
 - Ansiedade gera tensão, o que motiva o indivíduo a tomar atitudes para reduzi-la; 
 - Ego desenvolve um sistema de proteção - os chamados Mecanismos de Defesa - que consiste em negações inconscientes ou distorções da realidade.
Ansiedade: uma ameaça ao Ego
 
 - Objetiva, neurótica e moral ( ou sentimento de culpa);
 1 - Ansiedade Objetiva: medos e perigos iminentes do mundo real;
 - Tem por objetivo orientar o comportamento no sentido de proteção.
Os 3 Tipos de Ansiedade propostos por Freud
 2 - Ansiedade Neurótica :
 - Medo de que os instintos saiam do controle e levem a pessoa a tomar atitudes pelas quais possa ser punida;
 - Possui uma certa base na realidade, pois, o mundo representado pelos pais e outras autoridades de fato pune a criança por ações impulsivas - conflito entre o Id e o Ego.
Os 3 Tipos de Ansiedade Propostos por Freud
 3 - Ansiedade Moral:
 - Resultado do confronto Id e Superego, o medo da própria consciência;
 - Dependendo do grau de desenvolvimento do Superego, sujeito passa a se sentir culpado por pensar ou fazer algo que contrarie o código moral dentro do qual ele foi criado (consciência pesada);
 - Também tem base realista, pois o sujeito foi punido no passado por violar o código moral e teme ser punido novamente.
 
Os 3 Tipos de Ansiedade Propostos por Freud
A 1ª foi demonstração de Copérnico de que a Terra não era o centro do universo;
A 2ª quando Charles Darwin mostrou que a espécie humana provinha de formas inferiores de vida animal;
A 3ª surgiu de Sigmund Freud, quando apresentou sua teoria sobre a personalidade, mudando inteiramente a maneira de ver o homem, falando do inconsciente.
A ciência pontua 3 grandes mudanças ocorridas ao longo da história e que marcaram fortemente a humanidade
HALL, Calvin S.; LINDZEY, Gardner; CAMPBELL, John B. Teorias da personalidade. 4ª Edição. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.
HANSENNE, M. Psicologia da personalidade. Lisboa: Climepsi, 2003.
SCHULTZ, Duane P; SCHULTZ, Sidney Ellen. Teorias da personalidade. 4ª Edição. São Paulo: Cengage Learning, 2002.
BIBLIOGRAFIA

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