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Prof. Me. Adem Nagibe dos Santos Geber Filho • Reprodução; • Os seres humanos são sexualmente dimórficos [di, dois +morphos, forma], isto é, homens e mulheres são fisicamente distintos; • Biologia da reprodução e do desenvolvimento humano; • Gametas que se fundem para formar o ovo fertilizado, ou zigoto; • Quando o zigoto começa a se dividir (estágio de 2 células, 4 células, etc.), torna-se primeiro um embrião (0 a 8 semanas de de- senvolvimento) e depois um feto (a partir da 8a semana de desenvolvimento até o nascimento). Introdução • Os órgãos sexuais de homens e mulheres consistem em três conjuntos de estruturas: • go ̂nadas – são os órgãos que produzem os gametas (oócitos e espermatozoides) que se unem para formar um novo indivíduo. Testículos e ovários; • genitália interna - consiste em glândulas acessórias e ductos que conectam as gônadas com o meio externo • genitália externa - inclui todas as estruturas reprodutivas externas Determinação do sexo • Antes da diferenciação, os tecidos embrionários são considerados bipotenciais porque não podem ser morfologicamente identificados como masculino ou feminino; • Sob a influência do sinal de desenvolvimento, a medula irá se desenvolver formando um testículo. Na ausência desse sinal, o córtex irá se diferenciar em tecido ovariano. • A determinac ̧ão do sexo depende da presença ou ausência da região determinante do sexo do cromossomo Y, ou gene SRY. A diferenciação sexual ocorre no início do desenvolvimento • A fertilização, processo pelo qual os gametas masculino e feminino se fundem, ocorre na região ampular da tuba uterina – porção mais larga da tuba e próxima ao ovário; • Os espermatozoides podem permanecer viáveis no sistema genital feminino por vários dias; • Apenas 1% do esperma depositado na vagina penetra o colo do útero, onde os espermatozoides podem sobreviver por muitas horas; • O movimento deles do colo do útero para a tuba uterina ocorre pelas contrações musculares do útero e da tuba uterina, e muito pouco por sua própria propulsão; • A viagem desde o colo do útero até o oviduto pode ocorrer rapidamente, em 30 min ou até 6 dias. Fertilização • Após alcançarem o istmo, os espermatozoides se tornam menos móveis e param sua migração; • Na oocitação, eles se tornam móveis novamente, talvez por causa dos quimiotáticos produzidos pelas células do cúmulo que cercam o oócito e nadam pela ampola, onde a fertilização normalmente ocorre; • Os espermatozoides não são capazes de fertilizar o oócito imediatamente após a chegada ao sistema genital feminino; em vez disso, eles devem sofrer capacitação e reação acrossômica para adquirirem essa capacidade. Fertilização • A capacitação é um período de condicionamento no sistema genital feminino que, nos seres humanos, dura aproximadamente 7 horas; • Assim, chegar logo à ampola não é uma vantagem, uma vez que a capacitação ainda não ocorreu e esses espermatozoides não conseguem fertilizar o oócito; • A maior parte desse condicionamento durante a capacitação acontece na tuba uterina e envolve as interações epiteliais entre os espermatozoides e a superfície mucosa da tuba. Fertilização • Durante esse período, uma camada de glicoproteínas e proteínas plasmáticas seminais é removida da membrana plasmática que recobre a região acrossômica do espermatozoide; • Apenas os espermatozoides capacitados podem passar pelas células da coroa radiada e sofrer a reação acrossômica; • A reação acrossômica, que ocorre após a ligação à zona pelúcida, é induzida por proteínas da mesma. Essa reação culmina na liberação das enzimas necessárias para a penetração da zona pelúcida, incluindo substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina. Fertilização • As fases da fertilização incluem: ■ Fase 1: penetração da coroa radiada ■ Fase 2: penetração da zona pelúcida ■ Fase 3: fusão entra as membranas do oócito e do espermatozoide. Fertilização ■ Fase 1: penetração da coroa radiada: • Dos 200 a 300 milhões de espermatozoides normalmente depositados no sistema genital feminino, apenas 300 a 500 alcançam o local de fertilização, e somente um deles fertiliza o oócito; • Acredita-se que os outros espermatozoides ajudem o fertilizador a penetrar as barreiras que protegem o gameta feminino. Os espermatozoides capacitados atravessam livremente as células da coroa. Fertilização ■ Fase 1: penetração da coroa radiada: • Os espermatozoides em contato capacitados em contato com as células da corona radiata, sofrem mudanças moleculares complexas que resultam no desenvolvimento de perfurações no acrossomo; • Fusão da membrana plasmática com a membrana externa do acrossomo; • Promovendo aberturas liberando enzimas, hialuronidase e acrosina. Fertilização Fatores que contribuem para dispersão das células da corona radiata: 1 – Ação da enzima hialuronidase; 2- Enzimas da mucosa tubária; 3 – Movimentos da cauda do espermatozoide. ■ Fase 2: penetração da zona pelúcida • A zona pelúcida é uma camada de glicoproteínas que cerca o oócito, facilita e mantém a ligação do espermatozoide e induz a reação acrossômica; • Tanto a ligação quanto a reação acrossômica são mediadas pelo ligante ZP3, uma proteína da zona; • A liberação das enzimas acrossômicas (acrosina) possibilita que os espermatozoides penetrem a zona, entrando em contato com a membrana plasmática do oócito; • A permeabilidade da zona pelúcida se altera quando a cabeça do espermatozoide contata a superfície do oócito. Fertilização ■ Fase 2: penetração da zona pelúcida • Esse contato resulta na liberação das enzimas lisossomais dos grânulos corticais que estão alinhados na membrana plasmática do oócito; • Por sua vez, essas enzimas alteram as propriedades da zona pelúcida (reação da zona), para evitar a penetração do espermatozoide e inativar os locais de receptores específicos de espécies para o espermatozoide na superfície da zona. • Outros espermatozoides são encontrados imersos na zona pelúcida, mas parece que apenas um é capaz de penetrar o oócito. Fertilização A liberação das enzimas acrossômicas: acrosina (proteolítica), esterase, neuraminidase. ■ Fase 3: fusão entra as membranas do oócito e do espermatozoide: • A adesão inicial do espermatozoide ao oócito é mediada parcialmente pela interação entre integrinas do oócito e seus ligantes, desintegrinas, no espermatozoide; • Após a adesão, as membranas plasmáticas do espermatozoide e do oócito se fundem. • Como a membrana plasmática que cobre a cabeça acrossômica desaparece durante a reação acrossômica, a fusão de fato é alcançada entre a membrana do oócito e a membrana que recobre a região posterior da cabeça do espermatozoide; • Nos seres humanos, tanto a cabeça quanto a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana plasmática é deixada para trás, na superfície do oócito. Fertilização • Tão logo o espermatozoide entre no oócito, este responde de três maneiras: 1.Reações cortical e de zona - liberação dos grânulos corticais dos oócitos, que contêm enzimas lisossomais, a membrana do oócito se torna impenetrável a outros espermatozoides, e a zona pelúcida altera sua estrutura e sua composição para evitar a ligação e a penetração do espermatozoide; Essas reações evitam a poliespermia (penetração de um ou mais espermatozoides no oócito). Fertilização • Tão logo o espermatozoide entre no oócito, este responde de três maneiras: 2.Continuação da segunda divisão meiótica. O oócito termina sua segunda divisão meiótica imediatamente após a entrada do espermatozoide. Uma das células-filhas, que recebe pouco ou nenhum citoplasma, é conhecida como segundo corpúsculo polar; a outra é o oócito definitivoou óvulo. Seus cromossomos (22 mais X) se dispõem em um núcleo vesicular conhecido como pró-núcleo feminino; 3.Ativação metabólica do óvulo. O fator de ativação provavelmente é carregado pelo espermatozoide. Fertilização • Enquanto isso, o espermatozoide se move para frente até que fique próximo do pró-núcleo feminino; • Seu núcleo se torna aumentado e forma o pró-núcleo masculino, a cauda se desprende e degenera; • Durante o crescimento dos pró-núcleos masculino e feminino (ambos haploides), cada pró-núcleo deve replicar seu DNA; • Se isso não ocorrer, cada célula do zigoto no estágio de duas células terá apenas metade da quantidade normal de DNA. Fertilização • Imediatamente após a síntese de DNA, os cromossomos se organizam no fuso em preparo para a divisão mitótica normal; • Os 23 cromossomos maternos e os 23 paternos (duplicados) separam-se longitudinalmente no centrômero, e as cromátides-irmãs se movem para polos opostos, fornecendo às duas primeiras células do zigoto a quantidade diploide de cromossomos e de DNA; • Conforme as cromátides-irmãs se movem para polos opostos, aparece um sulco profundo na superfície da célula, dividindo o citoplasma gradualmente em duas partes. Fertilização Singamia. Os pronúcleos estão muito próximos um do outro no centro da célula-ovo e perdem suas cariotecas; Anfimixia (cariogamia). Por fim, os cromossomos voltam a se condensar e se localizam no plano equatorial da célula, do mesmo modo que fazem isso em uma metáfase mitótica comum; Visão em contraste de fase do estágio pró-nuclear de um oócito humano fertilizado com pró- núcleos masculino e feminino. B. Estágio de duas células do zigoto humano. ■ Os principais resultados da fertilização são: ■ Restauração da quantidade diploide de cromossomos, metade do pai e metade da mãe. Assim, o zigoto contém uma nova combinação cromossômica diferente de ambos os pais ■ Determinação do sexo do novo indivíduo. Um espermatozoide carregando um X produz um embrião feminino (XX), e um espermatozoide carregando um Y produz um embrião masculino (XY). Assim, o sexo cromossômico do embrião é determinado na fertilização ■ Início da clivagem. Sem a fertilização, geralmente o oócito degenera 24 h após a oocitação. Fertilização • Uma vez que o zigoto tenha alcançado o estágio de duas células, ele passa por uma série de divisões mitóticas, aumentando o número de células; • Essas células, que se tornam menores a cada divisão de clivagem, são conhecidas como blastômeros; • Até o estágio de oito células, elas formam um grupo sem associações entre si; • Entretanto, após a terceira clivagem, os blastômeros maximizam seus contatos uns com os outros, formando uma bola compacta de células mantidas unidas por junções de oclusão. Clivagem • Esse processo, a compactação, segrega as células internas, que se comunicam intensamente por junções comunicantes, das células externas; • Aproximadamente 3 dias após a fertilização, as células do embrião compactado se dividem novamente, formando uma mórula de 16 células (que lembra uma amora); • As células internas da mórula constituem a massa celular interna, e as células circunjacentes compõem a massa celular externa; • A massa celular interna origina os tecidos do embrião em si e a massa celular externa forma o trofoblasto, que mais tarde contribui para a formação da placenta. Clivagem Formação do blastocisto • Por volta do período em que a mórula entra na cavidade uterina, um fluido começa a penetrar os espaços intercelulares da massa celular interna através da zona pelúcida; • Gradualmente, esses espaços intercelulares se tornam confluentes e, finalmente, é formada uma única cavidade, a blastocele; • Nesse período, o embrião é denominado blastocisto; • As células da massa celular interna, chamada agora de embrioblasto, estão em um polo, e as da massa celular externa, ou trofoblasto, achatam-se e formam a parede epitelial do blastocisto. As culturas formadas por células retiradas da massa interna do blastocisto conservam a capacidade de proliferar indefinidamente e manter seu potencial de diferenciar-se, ou não, em qualquer um dos tipos celulares que compõem um indivíduo. Essas características definem as células-tronco embrionárias. Formação do blastocisto • A zona pelúcida desaparece, possibilitando que a implantação comece; • Nos seres humanos, as células trofoblásticas sobre o polo do embrioblasto começam a penetrar entre as células epiteliais da mucosa uterina por volta do sexto dia; • Estudos recentes sugerem que a selectina L nas células trofoblásticas e seus receptores de carboidratos no epitélio uterino medeiem a ligação inicial do blastocisto ao útero; • Assim, até o final da primeira semana do desenvolvimento, o zigoto humano já passou pelos estágios de mórula e de blastocisto, e teve início a implantação na mucosa uterina. Correlações clínicas: • Métodos contraceptivos • Infertilidade Resumo • A cada ciclo ovariano, alguns folículos primários começam a crescer, mas, em geral, somente um alcança a maturidade plena e apenas um oócito é liberado na oocitação; • Na oocitação, o oócito está em metáfase na segunda divisão meiótica e está cercado pela zona pelúcida e por algumas células granulosas . O movimento das fímbrias tubais carrega o oócito para a tuba uterina. • Antes que os espermatozoides possam fertilizar o oócito, têm de passar por: ■ Capacitação, período no qual uma capa de glicoproteínas e de proteínas plasmáticas seminais é removida da cabeça do espermatozoide; ■ Reação acromossômica, durante a qual são liberadas substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina, para penetrar a zona pelúcida. • Durante a fertilização, o espermatozoide precisa penetrar na: ■ Coroa radiada ■ Zona pelúcida ■ Membrana celular do oócito Resumo • Tão logo o espermatozoide penetre no oócito: ■ O oócito termina sua segunda divisão meiótica e forma o pró-núcleo feminino ■ A zona pelúcida se torna impenetrável a outros espermatozoides ■ A cabeça do espermatozoide se separa da cauda, incha e forma o pró-núcleo masculino. • Após os pró-núcleos replicarem seus DNAs, os cromossomos paterno e materno se misturam, dividem-se longitudinalmente e passam por uma divisão mitótica, dando origem ao estágio de duas células. Os resultados da fertilização são: ■ Restauração do número diploide de cromossomos ■ Determinação do sexo cromossômico ■ Início da clivagem.
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