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A fertilização, processo pelo qual os gametas masculino e feminino se fundem, ocorre na região da ampola da tuba uterina – porção mais larga da tuba e próxima ao ovário Células germinativas haploides (n) formam zigoto diplóide (2n) Primeira etapa do desenvolvimento embrionário Oocitação e transporte do oócito No inicio de cada ciclo ovariano, de 15 a 20 folículos primários são estimulados a crescer sob influência do FSH. Porém, apenas um desses folículos alça a maturidade e apenas um ovócito será liberado, os demais degeneram e entram em atresia; A elevação do LH faz com que o ovócito I complete a meiose I e o folículo entre no estágio maduro pré-ovulatório. Aproximadamente 3 horas antes da ovulação a meiose II se inicia e para na metáfase II. Ainda sobe o estímulo do LH, o folículo ovariano explode, provocando a ruptura da parede do ovário (processo inflamatório) O ovócito II sai rodeado de células foliculares que comporão a corona radiada e a zona pelúcida. Poucos após a ovulação as fímbrias da tuba uterina varrem a superfície do ovário e a tuba uterina contrai-se ritmicamente, acredita-se que o ovócito seja carregado para a tuba uterina por esses movimentos de varredura das fimbrias e pelo movimento dos cílios na superfície epitelial Transporte do espermatozoide Cerca de 300 milhões de espermatozoides são depositados na vagina em uma ejaculação, mas apenas 1% desses penetram pelo colo uterino O movimento deles do colo do útero para a tuba uterina ocorre pelas contrações musculares do útero e da tuba uterina, e muito pouco por sua própria propulsão. A viagem desde o colo do útero até o oviduto pode ocorrer rapidamente, em 30 min ou até 6 dias. Durante a ovulação, eles se tornam móveis atraídos pelos quimiotáticos (quimiotaxia) produzidos pelas células que cercam o ovócito presentes na ampola onde a fertilização ocorre Os espermatozoides não são capazes de fertilizar o ovócito imediatamente, antes eles devem passar por um processo de capacitação. Capacitação do espermatozoide É um período de condicionamento no sistema genital feminino que dura aproximadamente 7 horas Ao chegar à ampola se esses espermatozoides não forem capacitados não há fertilização, pois apenas os que foram capacitados podem se tornar aptos a realizarem a reação acrossoma e atravessarem a zona pelúcida. Quando o espermatozoide passa pelo epidídimo várias proteínas e glicoproteínas epididimaria aderem à membrana do espermatozoide e ao passarem pelo plasma seminal e da próstata proteínas presente nesses fluidos se agregam a essas proteínas epididimaria. O espermatozoide ao entrar no trato genital precisa perder essas proteínas para que possa realizar a reação acrossoma ao encontrar o ovócito, as secreções de glândulas endometriais aderem a mucosa uterina e esse liquido possui algumas substâncias que ajudam a retirar essas moléculas aderidas na superfície do espermatozoides essas substâncias são ainda capazes de hiper ativar o processo de batimento flagelar. O ovócito impões barreiras ao espermatozoide • Corona radiada • Zona pelúcida • Grânulos corticais (internamente na MP) Fases da fertilização 1. Penetração na corona radiada 2. Penetração na Zona Pelúcida 3. Fusão das membranas celulares do oócito e do espermatozoide Fase 1 | penetração na corona radiada A corona radiata é composta por células foliculares; Somente espermatozoides capacitados conseguem penetrar; Ocorre por meio da atuação da enzima hialuronidase nas junções celulares da corona radiata Dos 200 a 300 milhões de espermatozoides normalmente depositados no sistema genital feminino, apenas 300 a 500 alcançam o local de fertilização, e somente um deles fertiliza o oócito. Fase 2| Penetração na Zona Pelúcida A zona pelúcida é composta por uma trama de glicoproteínas (ZPI, ZP2, ZP3) que cercam o ovócito e ela compõe uma barreira espécie-específica Ocorre a interação entre receptores ZP3 presentes na membrana plasmática do espermatozoide e a glicoproteína ZP3 presente na zona pelúcida do oócito A ligação receptor ZP3+ ZP3 promove a exposição da membrana interna do acrossomo onde está presente os receptores ZP2 permitindo o avanço espermatozoide por meio da ligação com a glicoproteína ZP2 A liberação das enzimas acrossômicas (acrosina) possibilita que os espermatozoides penetrem a zona, entrando em contato com a membrana plasmática do oócito A permeabilidade da zona pelúcida se altera quando a cabeça do espermatozoide contata a superfície do oócito. Esse contato resulta na liberação das enzimas lisossomais dos grânulos corticais que estão alinhados na membrana plasmática do oócito. Por sua vez, essas enzimas alteram as propriedades da zona pelúcida (reação da zona), para evitar a penetração do espermatozoide e inativar os locais de receptores específicos de espécies para o espermatozoide na superfície da zona. A zona pelúcida impede a poliespermia (penetração de um ou mais espermatozoides no oócito) Fase 3 |Fusão das membranas celulares do oócito e do espermatozoide Após a hidrólise da zona pelúcida a membrana plasmática do espermatozoide interage com a membrana plasmática do ovócito A adesão inicial do espermatozoide ao oócito é mediada parcialmente pela interação entre integrinas do oócito e seus ligantes as desintegrinas no espermatozoide. Após a adesão, as membranas plasmáticas do espermatozoide e do oócito se fundem Essa fusão ocorre com a membrana interna do acrossomo, pois a outra foi perdida durante a fase 2 A cabeça e a cauda que adentram o oócito sem a MP O oócito termina sua segunda divisão meiótica imediatamente após a entrada do espermatozoide. Uma das células- filhas, que recebe pouco ou nenhum citoplasma, é conhecida como segundo corpúsculo polar; a outra é o oócito definitivo ou óvulo. Seus cromossomos (22 mais X) se dispõem em um núcleo vesicular conhecido como pró-núcleo feminino Enquanto isso, o espermatozoide se move para frente até que fique próximo do pró-núcleo feminino. Seu núcleo se torna aumentado e forma o pró-núcleo masculino A cauda se desprende e degenera. Morfologicamente, os pró-núcleos masculino e feminino não são distinguíveis e, por fim, ficam em contato íntimo e perdem seus envelopes nucleares Durante o crescimento dos pró-núcleos masculino e feminino (ambos haploides), cada pró-núcleo deve replicar seu DNA. Se isso não ocorrer, cada célula do zigoto no estágio de duas células terá apenas metade da quantidade normal de DNA. Imediatamente após a síntese de DNA, os cromossomos se organizam no fuso em preparo para a divisão mitótica normal. Os 23 cromossomos maternos e os 23 paternos (duplicados) separam-se longitudinalmente no centrômero, e as cromátides-irmãs se movem para polos opostos, fornecendo às duas primeiras células do zigoto a quantidade diploide de cromossomos e de DNA Conforme as cromátides-irmãs se movem para polos opostos, aparece um sulco profundo na superfície da célula, dividindo o citoplasma gradualmente em duas partes O que é necessário para que ocorra fertilização? • Capacitação dos espermatozoides • Reações que ocorrem o espermatozoide e o oócito na ampola uterina: Reação cortical e de zona • Continuação da segunda divisão meiótica • Ativação metabólica do óvulo Resultados da fertilização Restauração da quantidade diploide de cromossomos, metade do pai e metade da mãe. Assim, forma o zigoto que contém uma nova combinação cromossômica diferente de ambos os pais; Variabilidade genética – recombinação do material genético dos genitores Determinação do sexo do novoindivíduo. Um espermatozoide carregando um X produz um embrião feminino (XX), e um espermatozoide carregando um Y produz um embrião masculino (XY). Assim, o sexo cromossômico do embrião é determinado na fertilização Início da clivagem. Sem a fertilização, geralmente o oócito degenera 24 h após a oocitação.
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