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trabalho de fenomenologia

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Analise do filme “Uma Prova de Amor” com base na teoria da Fenomenologia 
O presente trabalho tem o objetivo de analisa o filme “Uma Prova de Amor” com base nos referenciais teórico da Fenomenologia Existencial. O filme conta a historia de Sara Fitzgerald (Cameron Diaz) que luta a vida inteira para fazer com que a filha Kate Fitzgerald (Sofia Vassilieva) permaneça viva após descobrir uma leucemia ainda na infância, com isso nasce Anna Fitzgerald (Abigail Breslin), que foi concebida por uma através de uma inseminação in vidro para prolongar a vida da irmã. 
 As relações familiares são essências durante toda a nossa vida, mais, alguns fatos fazem com que a gente possa nos perde no meio do caminho, sem saber ao certo se as nossas atitudes são certas ou erradas. Foi exatamente isso que ocorreu com Sara (Cameron Diaz) quando viu que a vida de sua filha estava sendo ameaçada por uma leucemia, tomando a decisão de ter um terceiro filho, para que o mesmo pudesse salvar a vida da irmã, sem se preocupar com o fato que isso poderia esta afetando os outros membros da família, Sara então desenvolve o Ser-ai ou o ser-com-outro que é colocado por Heidegger como O ser-ai por ser um ser-no-mundo, constitui-se por suas relações com o ambiente de coisas e de outras pessoas. Ou seja, o Dasein vive em um mundo que também se manifesta e não apenas se dá como instrumentos e objetos que o cercam, mas fundamentalmente existe com outros entes com o modo de ser do Dasein, outros seres-ai. A preocupação de Sara com a filha doente é tão grande que ela nem percebe que isso esta afetando a família como um todo. Essa idéia de preocupação há um sentido negativo de que o Dasein se antecipe à existência do outro, tirando-a dele. Nesta preocupação pelo outro, acaba muitas vezes assumindo o seu lugar, substituindo-o em seu sofrimento e responsabilidades, mas se esquece de si mesmo, pois assume a forma de uma impessoalidade, onde a pessoa se preocupa demais com os outros vão pensar e achar que se esquece do verdadeiro sentido da sua própria existência. Ou seja, ela estava tão preocupada com a filha e com o que outros iriam pensar se ela não lutasse pela vida da sua filha, que a acabou esquecendo que ela mesma tinha uma vida, isso fica muito claro quando Kate quer ir à praia e o pai após uma conversa com medico decide levava a praia, porem Sara com a toda sua preocupação é extremamente contra, porem na mesma cena ela percebe que esta sendo muito dura com seus familiares e consigo mesma, e ela acaba indo ate a praia. Assim Sara assume junto à filha sua nova corporeidade, como se fosse uma nova identidade a se relacionar do seu ser-no-mundo-com-os-outros. Toda a família se une em lazer dando um novo sentido.
A pequena Anna nasce com a missão de contribuir para o tratamento e a possível cura de sua irmã Kate. Anna, desde bebê passa a doar sangue, medula óssea e células para a irmã mais velha. Todo este processo não acaba sendo suficiente, pois Kate continuará com o mesmo estado clínico e, além disso, com o forte tratamento, seus órgãos, como um dos rins, ficam comprometidos, contribuindo para o agravamento da doença. Anna já era uma adolescente e não agüentava mais viver desta forma. Decide levar uma vida normal, o que a fez procurar um advogado, Dr. Campbell Alexandre (Alec Baldwin). Inicia-se um processo jurídico contra seus próprios pais, onde é solicitada emancipação médica para Anna. Com esse relato identificamos Anna com um ser-no-mundo, o mundo para o Dasein passa pelo modo como ele se relaciona de modo imediato com o mundo, ao operar, ao trabalhar com instrumentos do seu dia-a-dia. O que se pretende mostrar é que é possível pensar a realização do homem sobre a terra como Dasein sob a forma de ser-no-mundo, condição que o torna existente, o ser-no-mundo é por essência um ser-com-outro, um ser de relação, ou seja, no mundo o ser-ai não vive só, mas compartilha o mundo. Que era justamente o que Anna procurou com o processo judicial, pois ela queria ser uma ser-no-mundo que compartilha desse mundo que faz parte desse mundo, pois mesmo ela querendo ajuda a irmã mais velha era nítida à vontade e o quanto ela queria fazer parte desse mundo, não somente como uma doadora para a irmã, mais como alguém que existe no mundo, que compartilha desse mundo. O ser-aí é imediatamente o homem e o mundo ao mesmo tempo, em sua realidade finita e imediata, entregue ao seu destino. Desse modo, o homem também não é uma mera coisa que reside inerte em um mundo da necessidade, pelo contrário, na medida em que compreende o ser, o homem se coloca no campo da possibilidade e elabora as possibilidades de sua existência. Portanto a investigação do ser perpassa necessariamente o Dasein, por se tratar deste, do único ente que está em condições de pensar o próprio ser, pensar os outros (daseins) e demais entes. Estar no mundo significa habitar o mundo, morar nele, e não simplesmente povoar um mundo dado. “ser simplesmente dado ‘dentro’ de um dado, o ser simplesmente dado junto com algo dotado do mesmo modo de ser, no sentido de uma determinada relação de lugar, são caracteres ontológicos que chamamos de categorias” (HEIDEGGER, 1989)
Kate foi diagnosticada com leucemia ainda na infância, desde momento em que sua família tomou conhecimento da doença, sua vida passou a ser uma luta constante para sobreviver, porem depois de anos de luta ela mesmo chegou à conclusão que já era de partir desse mundo, Diante do imediatismo do fim, Kate, assume de vez a doença. Suas angústias estavam cada vez mais agudas por ordens químicas, sem ânimo, angústias com sentido já de experimento a caminho da morte, falta de vontade de viver, sair de casa e de se relacionar, Kate acredita já era à hora de descansar, com isso ela pede ajuda aos irmãos, fazendo que a irmã mais nova entre na justiça por uma emancipação medica, essa foi a maneira que ela encontrou para mostra para os pais e familiares que ela estava pronta, que à hora havia chegada de amenizar tanto a sua dor quanto a dor dos seus familiares, segundo Heidegger quando uma pessoa decide que chegou a hora de morrer ela se encontra no ser-para-a-morte, que significa que a mesma terá uma partida tranqüila e calma, pois chegou a conclusão que teve uma vida proveitosa e satisfatória, Heidegger considera que o homem é o único ente que desde sempre já possui em seu ser uma compreensão do ser, ou seja, apenas o Dasein (o ser-aí) é capaz de se questionar sobre o sentido do Ser e sobre a existência, ou seja a existência não é dada ao Dasein como um caminho certo, traçado, no final do qual está a morte, ela é antes uma possibilidade, e como tal pode surpreender-se a qualquer momento com a chegada do fim.
Universidade Paulista
Psicologia Fenomenológica Lucivânia Machado da Silva- RA: T59486-3
Goiânia/2018

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