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https://www.researchgate.net/publication/237066974
Composição	Corporal	e	Somatótipo
Article	·	January	2003
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Nelson	Kautzner	Marques	Junior
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 11, n. 2, p. 75-81, 2003 75
PONTO DE VISTA
COMPOSIÇÃO CORPORAL E SOMATÓTIPO
Nelson Kautzner Marques Junior
INTRODUÇÃO
As tabelas de altura e peso eram usadas para se conhecer a
gordura corporal do indivíduo (MARINS e GIANNICHI, 1998; McARDLE,
et al., 1992); contudo, a partir dos anos 40 ocorreram as primeiras
descobertas significativas sobre a gordura corporal. O médico da
marinha americana Albert Behnke identificou, em 17 jogadores de futebol
americano considerados com excesso de peso, ou seja, inaptos para
o serviço militar (Behnke, 1942, citado por McARDLE et al., 1992), que
na composição corporal predominava a hipertrofia muscular (McARDLE
et al., 1992). Atualmente existem diversos métodos indiretos para avaliar
a composição corporal (FARINATTI e MONTEIRO, 1992).
A somatotipia é uma das disciplinas da antropometria. Para Sodhi
(1980) e Thorland et al. (1981), citados por FOX et al. (1991), ela serve
para “relacionar o tipo corporal com o sucesso no desporto” (Mínima
alteração, p. 396). De acordo com as características físicas da pessoa,
seu somatótipo pode apresentar os três componentes dominantes, dois
ou um, e os demais em menor quantidade (MARINS e GIANNICHI, 1998).
Na etapa 2 o leitor vai entender a diferença entre somatótipo e
composição corporal, e o momento de usar uma ou as duas disciplinas
da antropometria.
1. QUAL AVALIAÇÃO É MAIS ADEQUADA PARA COMPOSIÇÃO
CORPORAL: PESAGEM HIDROSTÁTICA OU MEDIDA DAS
DOBRAS CUTÂNEAS
As avaliações indiretas da composição corporal, analisadas
neste capítulo, são a pesagem hidrostática e a medida das dobras
cutâneas. Inicialmente será descrita a pesagem hidrostática; a seguir,
o leitor terá as mesmas informações sobre a medida das dobras
cutâneas.
Especialista em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional - UG - RJ.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 11, n. 2, p. 75-81, 200376
A pesagem hidrostática ou subaquática é uma técnica laboratorial
(POLLOCK e WILMORE, 1993) que determina a densidade corporal
real (GUEDES e SAMPEDRO, 1985). A água deve estar numa
temperatura entre 32 e 35 °C, para o testado ter mais conforto no
momento da medida (POLLOCK et al., 1993). Katch (1968), citado por
POLLOCK et al. (1993), aconselha de 6 a 10 medidas para o resultado
ser mais preciso. Behnke e Wilmore (1974), citados por POLLOCK et
al. (1993), recomendam o seguinte método para a pesagem hidrostática
real:
(1) seleção do peso mais alto observado, caso este tenha sido obtido
mais de uma vez; (2) se o critério 1 não for satisfeito, selecione o
segundo peso mais elevado que tenha sido registrado mais de uma
vez; (3) se os critérios 1 e 2 não forem satisfeitos, selecione a terceira
medida mais elevada (p. 314).
Após a pesagem hidrostática, coloque os valores na fórmula
apresentada a seguir e saiba sua densidade corporal (Dc):
Dc = peso fora da água (PF)
 (PF – peso na água) – (volume residual + 0, 100 ml de ar do trato gastrintestinal)
 densidade da água
Em seguida, aplique o valor da Dc na equação de Siri (1961),
citado por POLLOCK et al. (1993), e/ou Brozek et al. (1963), citados
por POLLOCK et al. (1993), e saiba o seu percentual de gordura (%G).
A seguir ambas são exibidas para o leitor:
Siri (1961), citado por POLLOCK et al. (1993):
%G = (495/Dc) – 450
Brozek et al. (1963), citados por POLLOCK et al. (1993):
%G = [ (4, 570/Dc) – 4, 142] x 100
Segundo Clínicas Médicas da América do Norte (1989), citado
por FARINATTI et al., (1992), a maioria dos métodos laboratoriais é de
alto custo; entretanto, para FARINATTI et al. (1992), a medida das dobras
cutâneas apresenta “fácil disponibilidade do equipamento, facilidade de
aplicação e baixo custo” (p. 222). Ela prediz os valores da Dc (GUEDES
e SAMPEDRO, 1985), e os procedimentos para fazer as medidas são
os seguintes (FARINATTI et al., 1992):
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 11, n. 2, p. 75-81, 2003 77
a) Todas as medidas devem ser feitas no lado direito.
b) A dobra cutânea deve ser destacada com o polegar e o indicador,
ambos da mão esquerda.
c) O compasso entra perpendicular à dobra, e espera-se dois
segundos para fazer a leitura.
d) As dobras devem ser medidas três vezes, para se encontrar o valor
da região corporal através da média. No entanto, se ocorrer, em
uma das medidas, um valor de 5% superior ou inferior ao de outras
dobras, o professor deverá fazer nova série de medidas.
Imediatamente, o professor consulta a Tabela 1 e sabe o %G do
atleta ou aluno (DINTIMAN et al., 1999).
Tabela 1 – Porcentagem de G com base na soma de quatro dobras
cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular e supra-ilíaca) do
sexo masculino
Fonte: reduzido de DINTIMAN et al. (1999).
No primeiro e no segundo parágrafo foram descritos os
procedimentos das medidas da Dc e como achar o %G. A melhor
estratégia para análise da composição corporal está de acordo com os
objetivos do avaliado e o acesso ao material. A pesagem hidrostática é
mais precisa para aferirmos a Dc, mas se adequa melhor à pesquisa,
devido aos equipamentos caros e de difícil transporte, ao enorme tempo
despendido na avaliação e à longa série de equações que o cientista
tem que fazer. A medida das dobras cutâneas é pouco menos precisa
no resultado da Dc, se comparada com a pesagem hidrostática, mas
está de acordo com a realidade de trabalho da maioria dos professores
de educação física. Por exemplo: um aluno de 28 anos acaba de se
matricular em sua academia e tem o %G de 18%. Na avaliação funcional
foi constatado que possui 83 kg e tem boa composição corporal, porém
deseja ficar com 80 kg, por motivos estéticos. Após os cálculos
necessários, recomendamos ao cliente a perda de 3% do %G para
atingir o peso ideal. A medida foi das dobras cutâneas por causa do
tempo “comercial” da avaliação funcional em academia (30 minutos),
do custo reduzido e da boa precisão nos resultados.
Soma da Dc (mm) %G masculino na idade de 17 a 29 anos 
15 4, 8 
20 8, 1 
25 10, 5 
 
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 11, n. 2, p. 75-81, 200378
2. DIFERENÇA ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL E
SOMATÓTIPO E O MOMENTO DE USAR ESSAS DISCIPLINAS NA
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
A composição corporal é constituída principalmente por
músculos, gordura e ossos (McARDLE et al., 1992). Matiegka (1922),
citado por FARINATTI et al. (1992), inclui mais um componente os
resíduos e “considera as estruturas formadas pelos órgãos internos,
pele, sangue etc (...)” (p. 220). Na Figura 1, BULGAKOVA (2000)
apresenta a característica da composição corporal de nadadores de
alto nível.
Figura 1 – Composição corporal de nadadores de alto nível
(BULGAKOVA, 2000).
A composição corporal é recomendada para atletas e alunos
na academia, no clube e no personal training; segundo MARINS et al.
(1998), ela possibilita um maior controle da sessão. Mas, de que forma?
Podemos aferir com boa precisão se o aluno ou atleta diminuiu o %G,
“ganhou” hipertrofia ou aumentou a densidade óssea e indicar o peso
ideal. Por meio das equações exibidas por FARINATTI et al. (1992),
PETROSKI e PIRES-NETO (1995) e RODRIGUES (1990), podemos
verificar as mudanças morfofuncionais afirmadas anteriormente:
%G = (495/Dc) – 450
PG = PA x %G/100
MCM = PA – PG
PI = MCM x 100/100 – (%G desejado)O somatótipo é o meio pelo qual o professor pode determinar o
tipo físico do indivíduo (VÍVOLO, 1998). De Rose (1973), citado por
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 11, n. 2, p. 75-81, 2003 79
MARINS et al. (1998), ensina que o somatótipo de qualquer pessoa
possui os seguintes componentes: endomorfia (magreza), mesomorfia
(muscularidade) e ectomorfia (gordura). FOX et al. (1991) lembram que
“os professores de educação física manifestam um grande interesse
na somatotipagem como meio de relacionar o tipo corporal com o
sucesso em vários desportos” (p. 396). BULGAKOVA (2000) apresenta
na Figura 2 o somatótipo de nadadores de alto nível.
Figura 2 – Somatótipo dos nadadores de alto nível (mínima modificação
na nomenclatura das provas dos nadadores de
BULGAKOVA, 2000).
FRANCHINE et al. (1998) determinam, na Figura 3, o somatótipo
de atletas juvenis (15 a 17 anos) e adultos (acima de 18 anos de idade)
de judô.
Figura 3 – Somatótipo de judocas juvenis e adultos de diferentes
categorias (FRANCHINE et al., 1998).
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 11, n. 2, p. 75-81, 200380
Ainda é ensinado, conforme discussão do artigo original de
FRANCHINE et al. (1998), que o somatótipo influencia o ritmo das lutas
e a vantagem biomecânica do golpe aplicado pelo atleta, e as
explicações são as seguintes:
Araújo et al. (1978), citados por FRANCHINE et al. (1998), afirmam
que lutas entre atletas com maior endomorfia tendem a ter um ritmo
mais lento e com maior decisão de lutas no solo, e que técnicas como
soto-makikomi tendem a ser bastante eficientes neste grupo, uma vez
que o judoca se utiliza de sua massa corporal para arremessar o
adversário (técnica de sacrifício – sute-waza). Análise semelhante pode
ser feita com relação aos outros componentes, [...] atletas com membros
inferiores longos e mais ectomorfos apresentam maior facilidade
mecânica para executar técnicas de perna (ashi-waza), como o ô-soto-
gari e sassal-tsuri-komi-ashi, por exemplo (Santos et al., 1993, citados
por FRANCHINE et al., 1998). Portanto, a constatação do grande
desenvolvimento ou predominância de um dos componentes do
somatótipo pode auxiliar os técnicos e treinadores a adequar as técnicas
à estrutura corporal do atleta (p. 33).
É desnecessária a aplicação prática do somatótipo em não-
atletas, porque esta disciplina da antropometria determina o tipo físico
adequado à performance, e pessoas “comuns” não estão interessadas
nesses objetivos.
Referências Bibliográficas
BULGAKOVA, N. J. Natação: seleção de talentos e treinamento a
longo prazo. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 2000. p. 22 e 23,
25-36.
DINTIMAN, G. B.; WARD, R. D.; TELLEZ, T.; CONTRIBUIÇÃO de
SEARS, B. Velocidade nos esportes. 2. ed. São Paulo: Manole, 1999.
p. 25-28.
FARINATTI, P. T.; MONTEIRO, W. D. Fisiologia e avaliação funcional.
2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1992. p. 219-222
FRANCHINE, E.; TAKITO, M. Y.; KISS, M. A. P. D. M. Somatótipo de
atletas de judô de 15 a 17 anos e acima de 18 anos de idade de diferentes
categorias. Revista da Associação dos Professores de Educação
Física de Londrina, v. 13, n. 1, p. 29-34, 1998.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 11, n. 2, p. 75-81, 2003 81
FOX, E. L.; BOWERS, R. W.; FOSS, M. L. Bases fisiológicas da
educação física e dos desportos. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1991. p. 396.
GUEDES, D. P.; SAMPEDRO, R. M. Tentativa de validação de equações
para predição dos valores de densidade corporal com base nas
espessuras de dobras cutâneas em universitários. Revista Brasileira
de Ciências do Esporte, v. 6, n. 3, p. 183, 1985.
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e prescrição de
atividade física: guia prático. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998. p.
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McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício:
energia, nutrição e desempenho humano. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1992. p. 387, 392-399.
PETROSKI, E. L.; PIRES-NETO, C. S. Validação de equações
antropométricas para a estimativa da densidade corporal em mulheres.
Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v.1, n. 2, p. 67, 1995.
POLLOCK, M. L.; WILMORE, J. H. Exercícios na saúde e na doença:
avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2. ed. Rio de
Janeiro: Medsi, 1993. p. 312-337.
RODRIGUES, C. E. C. Musculação na academia. 2. ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 1990. p. 33-36.
VÍVOLO, M. A. Somatótipo de Heath-Carter. In: MATSUDO (Ed.) Testes
em Ciências do Esporte. 6. ed. São Caetano do Sul: CELAFISC, 1998.
p. 135.
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