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Cinesioterapia Resumo
Cinesioterapia (Centro Universitário do Distrito Federal)
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Cinesioterapia
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Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Edna de Souza Cruz Uematsu
Prof.ª Me. Surama Cecília de Castro Riberio Lima
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
Baixado por Thaiane Moreira (thaianepinhomoreira@gmail.com)
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• Introdução à Cinesioterapia;
• Avaliação Fisioterapêutica e Conceito de Deficiência;
• Bases Fisiológicas, Conceito, Classificação e Técnica
dos Exercícios Terapêuticos.
• Adquirir conhecimentos básicos sobre os exercícios terapêuticos,indicações e contraindicações;
• Integrar os conhecimentos sobre a estrutura e a função dos sistemas Corporais envolvidos 
no controle da postura e dos movimentos;
• Conhecer os diversos materiais e os equipamentos associados às Técnicas específi cas de 
exercícios terapêuticos;
• Identifi car os exercícios terapêuticos e adequá-los às necessidades da prática clínica;
• Planejar os métodos e as Técnicas cinesioterapêuticas adequando os respectivos Protoco-
los às características das diversas disfunções musculoesqueléticas e neuromotoras;
• Desenvolver o Processo de decidir e prescrever Protocolos de Exercícios Terapêuticos com 
criatividade e versatilidade.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Bases Fisiológicas do Exercício 
Terapêutico: Conceito, Classifi cação e 
Técnica para os Exercícios Terapêuticos
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Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
Introdução à Cinesioterapia 
A Cinesioterapia ou Exercício Terapêutico é considerado um elemento central 
na maioria dos planos de assistência da Fisioterapia. 
É visto como um recurso abrangente e flexível, que permite ao profissional 
associar diferentes métodos, adaptar técnicas, empregar equipamentos diversos, 
ou, basicamente, utilizar, com criatividade e habilidade, as mãos como ferramenta 
de trabalho. 
Integra saberes e conhecimentos das Ciências Biológicas e da Saúde, sobretudo, de 
Anatomia humana, da Cinesiologia, da Biomecânica, da Fisiologia humana e da Fi-
siologia do exercício, com aplicabilidade nas diversas áreas de atuação da Fisioterapia.
Por se tratar, de um recurso abrangente em seus objetivos, aplicações e técnicas, 
é importante, primeiramente, reconhecer os sinais e os sintomas de uma doença e 
quais os impactos deles no desempenho funcional do paciente, por meio de uma 
avaliação detalhada. Com isso, o fisioterapeuta terá informações necessárias para 
decidir sobre a melhor proposta de tratamento, as metas e os objetivos a serem 
alcançados, desenvolvendo um programa de assistência adequado e de qualidade.
Nesse contexto, leia atentamente o caso a seguir: “M. P. S., sexo feminino, 
62 anos, costureira, avó de Pedro de dois anos, com diagnóstico clínico de bursite 
subacromial, tendinopatia (tendinite) do supraespinhoso e bíceps cabeça longa do 
lado direito. A dor, a limitação dos movimentos e a fraqueza muscular de ombro 
direito tem dificultado a realização de algumas de suas atividades, como prender 
os cabelos, vestir a camiseta, pegar objetos acima da cabeça e limpar janelas. Suas 
tarefas de costura estão prejudicadas e, por conta disso, a renda familiar diminuiu 
significativamente. Costumava ir ao parque do bairro periodicamente com seu ne-
tinho; porém, não consegue brincar com ele como antes”:
Figura 1 – Avó costureira
Fonte: Getty Images
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Será que, além do tratamento com medicamentos prescrito por um médico, 
o problema dessa mulher pode ser resolvido com outros recursos terapêuticos?
Os exercícios podem ser indicados como tratamento? Eles poderiam ser utilizados 
num caso como este? Ao refletir sobre isso, qual seria, então, o caminho a seguir?
Bem, tudo começa com uma avaliação bem conduzida. 
Avaliação Fisioterapêutica
e Conceito de Deficiência
Ao identificar, por meio de exames e testes específicos, quais são as necessida-
des do paciente (avaliação/levantamento de problemas) será possível classificar os 
comprometimentos e, assim, definir o diagnóstico fisioterapêutico, os objetivos e as 
metas do tratamento:
Levantamento
de problemas
Diagnóstico
fisioterapêutico
Objetivos
do tratamento
Tratamento
Figura 2 – Fluxograma para o atendimento fi sioterapêutico
Avaliação Fisioterapêutica
A avaliação pode ser dividida em:
• Informação subjetiva:
 » História do caso;
• Dados objetivos:
 » Inspeção, Palpação, Mobilidade articular, Força muscular, Trofismo, Reflexos 
e Sensibilidade, Tônus muscular, Condição cardiovascular, Condição pulmo-
nar, Postura, Equilíbrio e Marcha.
É importante que sejam reforçados alguns conceitos ou a terminologia da Clas-
sificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDIDA) 
definida pela Organização Mundial da Saúde em 1976, revisada e renomeada para 
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) aprova-
da pela Assembléia Mundial da Saúde em 2001. (FARIAS, N.; BUCHALLA, C. M, 
2005). O quadro a seguir apresenta a referida Classificação:
Deficiência
Impaiment
Incapacidade
Disability
Desvantagem
Handicap
Orgão ou
aparato
funcional
Manifesta-se
na pessoa
Manifesta-se
na interação
com o
ambiente
Perda ou anomalia
estrutural ou funcional,
física ou psíquica
Limitação da pessoa no
desenvolvimento de uma
atividade de acordo com
os parâmetros
considerados normais
Desvantagem que limita ou
impede que se atinja uma
condição social normal
Figura 3 – Conceito de Deficiência, Incapacidade e Desvantagem
Definição de Deficiência, Incapacidade e Desvantagem
A deficiência (impairments) pode ser definida como a consequência direta (re-
percussão imediata) da doença sobre o corpo, determinando alterações na estrutu-
ra ou função em nível de órgãos, sistemas ou estruturas do corpo. 
Como exemplo, no caso da costureira descrito anteriormente, a bursite e as 
tendinites são a doença. A dor, a limitação dos movimentos e a diminuição da força 
se enquadram no conceito da deficiência e essas condições se referem à deficiência 
física. Nesse conceito, estão incluídas as deficiências física, auditiva, visual e men-
tal/intelectual.
A incapacidade (disabilities) advém da deficiência, impondo à pessoa nessa con-
dição redução ou impossibilidade de realizar uma atividade de acordo com um pa-
drão considerado normal, ou seja, acarreta prejuízo em seu rendimento funcional. 
Novamente, sobre o caso da costureira, a dificuldade na realização de atividades 
como prender os cabelos, vestir a camiseta, pegar objetos acima da cabeça e limpar 
janelas enquadram-se nesse conceito de incapacidade.
Desvantagem (handicaps): prejuízo para o indivíduo resultante de uma deficiên-
cia ou uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de papéis de acordo 
com a idade, o sexo, os fatores sociais e culturais.
Trata-se, então, de uma condição que não permite ou dificulta o indivíduo de de-
sempenhar seu papel na vida e no mundo. No caso clínico, esse conceito relaciona-
-se ao prejuízo de suas atividades como costureira e ainda com a impossibilidade de 
realizar uma parte importante de sua vida de avó, que é brincar com seu netinho.
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A figura a seguir apresenta a relação entre os conceitos discutidos e a influência 
das intervenções nesse processo:
Fatores
de risco
Doença
Intervenções
Deficiência Incapacidade Desvantagem
Condição
secundária
Qualidade de vida
Figura 4 – Modifi cação do processo de incapacidade
Observe que a intervenção adequada, no caso específico, a Cinesioterapia, pode 
modificar esse processo desde seus aspectos iniciais, por conta de sua influência 
sobre os fatores de risco (que favorecem o desenvolvimento da doença ou lesão) e 
sobre as demais condições, até a desvantagem. Esta influência se refere à possibi-
lidade de melhora das condições de saúde do indivíduo, assim, como à melhora de 
sua doença ou lesão, trazendo diminuição de sua incapacidade e favorecendo sua 
condição de retorno à execução de seus papéis na vida.
Para aprofundar seu conhecimento sobre esse assunto, indicamos a leitura do artigo de Ba-
tistella e Brito (2002), que trata da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF)E
xp
lo
r
Após conhecer um pouco mais sobre as condições de deficiência nas quais o 
indivíduo pode se encontrar, temos base para discutir e entender os fundamentos 
e conceito da Cinesioterapia.
Bases Fisiológicas, Conceito, Classificação
e Técnica dos Exercícios Terapêuticos
Conceito da Cinesioterapia 
Cinesioterapia é o uso do movimento ou exercício como forma de tratamento. 
É um recurso que se baseia nos conhecimentos de Anatomia, Fisiologia e Biomecâ-
nica, ou seja, para entendermos a Cinesioterapia, precisamos conhecer e entender 
o funcionamento das estruturas musculoesqueléticas, como a parte óssea, as arti-
culações, os músculos e os tendões, e sua interação com o Sistema Nervoso.
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
“A Cinesioterapia ou o exercício terapêutico é considerado um elemento central 
na maioria dos planos de assistência da fisioterapia, complementado por outras 
intervenções, com finalidade de aprimorar a função e reduzir uma incapacidade” 
(HALL; BRODY, 2012).
Como apresentado na citação anterior, a Cinesioterapia é o recurso de maior 
destaque na maioria dos programas terapêuticos em Fisioterapia, porque sua apli-
cação é abrangente, conforme os diversos tipos de alterações ou deficiências físicas 
que os pacientes possam apresentar.
Conforme discutido sobre as modificações do processo de incapacidade (Figura 3), 
a Cinesioterapia traz diversos benefícios sobre as condições físicas e funcionais 
dos pacientes.
Benefícios da Cinesioterapia 
• Melhora ou preserva a função física ou o estado de saúde dos indivíduos 
sadios. Isso demonstra que a Cinesioterapia pode ser aplicada em condições 
de saúde, ou seja, indivíduos que não tenham nenhuma doença ou lesão. Eles 
podem ser beneficiados com os exercícios terapêuticos visando a minimizar os 
fatores de risco que podem favorecer a doença ou a lesão. Um exemplo se-
ria desenvolver exercícios de equilíbrio para idosos saudáveis. Esses exercícios 
podem aprimorar o equilíbrio dessa população, diminuindo o risco de quedas, 
que podem gerar lesões:
Figura 5 – Exercícios de equilíbrio com idosos saudáveis
Fonte: Getty Images
• Melhora a função física, o estado de saúde e a sensação geral de bem-
-estardas pessoas diagnosticadas com deficiências, limitações funcionais 
ou incapacidades. Esse benefício está relacionado à reabilitação propriamente 
dita. Quando um indivíduo tem uma determinada lesão, como o caso clínico 
citado no início desta Unidade, a Cinesioterapia pode ser aplicada para me-
lhorar aspectosfísicos específicos, como a força muscular e a amplitude de 
movimento. Com essa melhora, o indivíduo terá repercussões positivas sobre a 
realização de suas atividades de vida e lazer, trazendo melhora sobre sua saúde 
e bem-estar geral:
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Figura 6 – Exercícios terapêuticos para o ombro
Fonte: Getty Images
• Previne as complicações e reduz a utilização dos recursos da assistência 
à saúde durante a hospitalização ou após uma cirurgia. Esse aspecto é 
muito importante, pois vários estudos demonstram que a utilização da Cine-
sioterapia em pacientes hospitalizados pode diminuir o tempo de internação e 
minimizar os riscos de complicações relacionadas à imobilidade no leito. 
Leia o Artigo de Pinheiro e Christofoletti (2012), que aborda o assunto para pacientes inter-
nados em UTI.E
xp
lo
r
• Previne ou minimiza as futuras deficiências, a perda funcional ou a inca-
pacidade para qualquer indivíduo. Isso se dá pelo fato de, no geral, as do-
enças crônicas do Sistema Musculoesquelético terem tendência a favorecer o 
desenvolvimento de deficiências, restrições funcionais e incapacidades. Dessa 
forma, os exercícios terapêuticos podem prevenir essas condições.
Assim, podemos observar que os exercícios terapêuticos podem promover tanto 
a melhora quanto a prevenção de problemas físicos e funcionais. 
Considerando esses benefícios, é possível definir, de forma mais específica, as 
metas relacionadas à condição física do indivíduo, que podem ser alcançadas por 
meio dos exercícios. 
Metas da Cinesioterapia 
• Melhorar a mobilidade e flexibilidade, aumentar a força e a resistência mus-
cular, favorecer o relaxamento, desenvolver a resistência à fadiga, desenvolver 
o controle neuromuscular, melhorar o equilíbrio e coordenação, aprimorar os 
padrões respiratórios, favorecer o alinhamento e a percepção da postura.
Todas essas metas podem ser atingidas por meio de exercícios específicos; sen-
do assim, apresentaremos, a seguir, a classificação dos tipos de exercícios e as 
técnicas para esse fim.
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
Classificação e Técnicas em Cinesioterapia 
• Exercícios para melhorar a mobilidade e a flexibilidade:
Para que saibamos qual será o exercício mais adequado para melhorar a 
flexibilidade, temos de considerar os aspectos anatômicos envolvidos na res-
trição de movimento. É preciso identificar quais tecidos são os responsáveis 
por essa restrição.
O tecido muscular, que é envolto por uma malha significativa de tecido con-
juntivo (bainhas, fáscias e tendões), pode ser o responsável pela restrição de 
movimento articular:
Núcleos
Endomísio
Perimísio
Endomísio Osso
Tendão
Vaso Sanguíneo
Fascículo
Sarcolemma
Myofibril
Figura 7 – Estrutura do músculo esquelético
Fonte: Adaptado de Getty Images
As articulações também são ricas em tecido conjuntivo, por conta das cápsulas 
e ligamentos (Ilustração de articulação destacando tecido conjuntivo):
Figura 8 – Estrutura articular
Fonte: Getty Images
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Quando o segmento passa por algum trauma e/ou imobilização ocorrem mo-
dificações dessas estruturas, tornando-se encurtadas, levando às restrições de 
amplitude de movimento.
Podemos identificar qual tecido é o responsável pela restrição da amplitude de movimento 
(ADM) por meio da avaliação passiva. Ao colocarmos a articulação em sua posição de am-
plitude máxima de forma passiva e ela se apresentar restrita, teremos uma “sensação ter-
minal” da amplitude. Essa sensação poderá ser “macia ou elástica”, “dura ou rígida”. Se a 
sensação for macia, definimos como restrição de origem muscular, ou seja, o encurtamento 
muscular é responsável pela restrição. Se a sensação for rígida, os tecidos articulares (cápsu-
las e ligamentos) que estão encurtados e são a causa da restrição de ADM.
Ex
pl
or
Quando a restrição da ADM é de origem muscular, o melhor exercício a ser 
utilizado é o alongamento muscular, e quando a restrição é de origem articular, 
a melhor intervenção é a mobilização articular;
• Tipos de exercícios para ganho de flexibilidade:
 » Alongamento estático, alongamento dinâmico, balístico, mobilização articular:
Figura 9 – Exercício de alongamento
Fonte: Getty Images
• Exercícios para melhorar a força e a resistência muscular: antes de serem 
abordados os exercícios apropriados para a força e a resistência, é necessá-
rio considerar os fatores que influenciam o seu desenvolvimento, a saber, a 
área de secção transversa do músculo, a relação comprimento/tensão 
do músculo, o recrutamento das unidades motoras, o tipo de contração 
muscular, a velocidade da contração e a motivação do paciente.
A área de secção transversa do músculo relaciona-se ao trofismo muscular, 
ou seja, o volume da massa muscular. Quanto maior o trofismo, mais força 
esse músculo irá desenvolver.
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
A relação comprimento/tensão diz respeito aos diferentes níveis de força de-
senvolvidos pelo músculo no curso de sua contração. Essa relação é melhor, ou 
favorece a geração de força quando as fibras estão em sua condição média de 
tensão, nem no extremo de seu alongamento, nem de sua contração de encur-
tamento, pois assim haverá uma relação ideal de contato entre os miofilamentos 
de actina e miosina, que formam a unidade funcional do músculo, o sarcômero.
O maior recrutamento das unidades motoras, a maior velocidade e o melhor 
sincronismo do disparo dessas unidades conferem eficiência neuromuscular 
e favorecem o desenvolvimento de força.
Os diferentes tipos de contração geram força de modo diferente. Na con-
tração isométrica, a tensão é gerada sem modificação do comprimento das 
fibras, logo, o ganho de força ocorre somente no ângulo articular estabelecido. 
Na contração concêntrica, há encurtamento das fibras e maior recrutamento 
de unidades motoras, gerando mais força que a isométrica. 
Na contração excêntrica, há desenvolvimento da tensão enquanto as fibras so-
frem alongamento, gerando tensão tanto do componente contrátil, como do elás-
tico em série e em paralelo, desenvolvendo mais força que os dois tipos anteriores 
de contração.
Para que os exercícios sejam bem executados e cheguem aos objetivos esta-
belecidos para o ganho de força e resistência, é importante que o paciente 
tenha conhecimento do programa de exercícios e esteja totalmente motivado 
a desenvolvê-lo;
• Tipos de exercícios para ganho de força e resistência muscular:
 » Exercícios com resistência manual, exercícios resistidos progressivos com pe-
sos livres, exercícios resistidos progressivos com resistência elástica, exercícios 
resistidos progressivos em aparelhos de mecanoterapia, exercícios em cadeia 
cinética fechada usando o peso corporal, circuitos de múltiplos exercícios:
Figura 10 – Exercício resistido
Fonte: Getty Images
• Exercícios para melhorar o alinhamento postural: quando uma pessoa é 
diagnosticada com uma alteração postural como uma hiperlordose (aumento 
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da curva) lombar ou uma escoliose dorsal (desvio de inclinação lateral e rotação
vertebral), ela pode ser beneficiada com a utilização de exercícios que tem 
como objetivos alongar e fortalecer os músculosposturais e melhorar a cons-
ciência postural de alinhamento;
• Tipos de exercícios para alinhamento ou correção postural:
 » Exercícios segmentares, exercícios globais, exercícios com bola suíça:
Figura 11 – Exercício postural
Fonte: Getty Images
• Exercícios para aprimorar os padrões respiratórios: a função respirató-
ria está relacionada primariamente à capacidade da caixa torácica de expan-
dir; logo, essa é uma condição mecânica para a atividade respiratória normal. 
Quando ocorre alguma doença pulmonar, essa atividade se torna alterada, 
podendo prejudicar as condições de vida do indivíduo em graus variáveis.
A Cinesioterapia pode ser aplicada nesses casos visando a minimizar os efeitos 
da doença sobre a capacidade pulmonar;
• Tipos de exercícios respiratórios:
 » Exercícios de inspiração e exercícios de expiração:
Figura 12 – Exercício respiratório
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
• Exercícios para desenvolver resistência à fadiga: primeiro vamos entender 
o que é resistência à fadiga. Em linhas gerais, podemos definir resistência à 
fadiga como a capacidade de desempenhar atividade física por um período 
prolongado de tempo sem apresentar cansaço indevido.
Em nosso dia a dia, por meio do trabalho muscular, realizamos as mais diversas 
atividades físicas. Para tanto, há a necessidade de flexibilidade musculoesque-
lética, força e resistência muscular e condicionamento cardiorrespiratório. Em-
bora o funcionamento musculoesquelético e cardiovascular esteja interligado, 
é possível definir separadamente resistência muscular à fadiga e resistência 
cardiovascular à fadiga.
 » Resistência muscular à fadiga é a capacidade de um músculo ou grupo mus-
cular contrair-se ou gerar tensão por um tempo prolongado. Os exercícios 
ativos realizados repetidamente com carga moderada e os exercícios de forta-
lecimento muscular proporcionam aumento da resistência do músculo à fadiga;
 » Resistência cardiovascular à fadiga, também denominada de resistência ge-
ral à fadiga, é a capacidade de realizar atividades (movimentos, exercícios) com 
todo o corpo por um período prolongado de tempo, aumentando, assim, a ca-
pacidade aeróbica do indivíduo. Portanto, tal capacidade está relacionada com 
o transporte efetivo e captação máxima de oxigênio durante a atividade física.
Os exercícios utilizados para desenvolver resistência cardiovascular são deno-
minados exercícios aeróbicos. Eles devem ser realizados com regularidade e 
sua intensidade e frequência, bem como a técnica de treinamento, devem ser 
ajustadas com base em parâmetros clínicos e físicos.
Os efeitos provocados por essa modalidade de exercícios podem ser obser-
vados a partir de alterações imediatas (durante a sua execução), que se ex-
pressam com aumento das frequências cardíaca e respiratória, aumento da 
pressão arterial, aumento da demanda e consumo de oxigênio e do fluxo 
sanguíneo muscular. 
Acontecem, também, mudanças adaptativas (condicionamento) que incluem 
aumento da vascularização muscular, aumento do débito cardíaco e volume 
sistólico e diminuição da frequência cardíaca em repouso.
• Tipos de exercícios de resistência cardiovascular:
 » Caminhada, corrida, natação, ciclismo, subir e descer degraus, ciclo ergôme-
tro para os membros superiores:
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Figura 13 – Exercício aeróbico
Fonte: Getty Images
• Exercícios para coordenação, equilíbrio e habilidades funcionais: coordena-
ção, equilíbrio e habilidades funcionais são elementos essenciais para um contro-
le motor normal. Coordenação refere-se à habilidade de executar respostas mo-
toras suaves, precisas e controladas, enquanto equilíbrio consiste na capacidade 
de manter o centro de gravidade dentro da base de apoio corporal. Habilidades 
funcionais compreendem a variedade de habilidades motoras que aprendemos 
ao longo de nosso desenvolvimento e que são necessários para a realização das 
atividades cotidianas.Todas essas habilidades e capacidades são retroalimentadas 
pelas referências sensoriais, sobretudo, a sensibilidade proprioceptiva e comple-
mentada pela sensibilidade visual e vestibular, e dependem da interação bem-
-sucedida entre o Sistema Nervoso e o Sistema Musculoesquelético;
• Tipos de exercício para coordenação, equilíbrio e habilidades funcionais:
 » Série de exercícios de Frenkel, exercícios para equilíbrio em superfícies está-
veis e instáveis alterando a base de apoio corporal, exercícios para equilíbrio 
com deslocamento corporal, exercícios funcionais:
Figura 14 – Exercício funcional
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
Modalidades de Exercícios
Para que se possam compreender as modalidades do exercício terapêutico a 
seguir, será necessário discutirmos sobre o conceito de mobilidade normal.
A fisiologia da mobilidade normal define os tipos de movimentos, a saber, os 
movimentos osteocinemáticos, também chamados de fisiológicos, e os movi-
mentos artrocinemáticos, também chamados de acessórios.
Os movimentos fisiológicos são aqueles que ocorrem nos Planos de Movimento, 
os quais podem ser vistos e medidos, como a flexão, a extensão, a adução, a ab-
dução e as rotações.
Planos e eixos de Movimentos: http://bit.ly/2Q6GZiP
Movimento articulares: http://bit.ly/2AiJrrvE
xp
lo
r
Os movimentos acessórios são os movimentos que acontecem entre as superfí-
cies articulares, dentro da articulação; logo, não podem ser vistos. Esses movimen-
tos são o deslizamento, o rolamento, o giro associado à tração (afastamento) ou à 
compressão (aproximação).
Movimentos acessórios: http://bit.ly/2Q5b2HL
Ex
pl
or
Quando realizamos um movimento fisiológico, o movimento acessório sempre 
irá ocorrer de forma concomitante. Sendo assim, é impossível haver o movimento 
fisiológico sem que haja o movimento acessório. 
A mobilidade pode ser passiva ou ativa, ou seja, realizada por uma força exter-
na ou pelo próprio indivíduo. Para que a mobilidade passiva esteja nas condições 
normais é necessário que haja comprimento adequado dos tecidos para permitir 
a Amplitude de Movimento (ADM) plena, enquanto a mobilidade ativa exige tam-
bém habilidade neuromuscular para executar o movimento, ou seja, contração 
muscular eficiente.
• Exercício Passivo: é o exercício dentro da amplitude livre, realizado total-
mente por uma força externa, ou seja, não há contração muscular durante 
sua realização.
As estruturas envolvidas com essa modalidade de exercício são as superfícies 
articulares e os tecidos interpostos, a cápsula articular, os ligamentos e tendões, os 
músculos, as bursas, as fáscias e a pele. Todas essas estruturas sofrerão forças de 
tensão e compressão durante o exercício passivo.
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A força externa que realiza esse exercício pode ser a ação da gravidade, um 
equipamento (polia), outra pessoa (terapeuta, familiar) e outra parte do corpo do 
próprio indivíduo (auto-passivo). 
Esses exercícios serão indicados quando o paciente não for capaz ou não puder 
mover ativamente um segmento ou segmentos do corpo. Os exemplos podem ser 
em situação de coma, paralisia ou em repouso completo no leito.
• Objetivos do exercício passivo:
 » Minimizar complicações decorrentes da imobilidade;
 » Manter a integridade da articulaçãoou tecido mole;
 » Minimizar efeitos da formação de contraturas;
 » Manter a elasticidade mecânica do músculo;
 » Assistir à circulação e à dinâmica vascular;
 » Melhorar o movimento sinovial para nutrição da cartilagem e difusão de 
substâncias dentro da articulação;
 » Diminuir ou inibir a dor;
 » Auxiliar o processo de cicatrização após uma lesão ou cirurgia;
 » Ajudar a manter a consciência de movimento no paciente. 
• Exercício Ativo Livre: “A Cinesioterapia não é um tratamento por meio do mo-
vimento, mas o tratamento do movimento” (DOLTO apud DUFOUR, 1989). 
Essa frase de Dolto destaca a importância do movimento, como função pri-
mordial para viver e realizar as atividades e para que as atividades diárias sejam 
realizadas de forma adequada, é necessário que haja Amplitude Máxima de Movi-
mento (AMM). A AMM no exercício ativo exige trabalho muscular em uma excur-
são funcional (relação comprimento/tensão) e força muscular apropriada. Assim, o 
exercício ativo pode ser definido como movimento dentro da AMM livre para um 
segmento, que é produzido por uma contração ativa dos músculos que cruzam 
a articulação.
Os exercícios ativos livres promovem efeitos como a manutenção da mobilidade 
articular e força muscular, favorecem a coordenação neuromuscular e a melhora cir-
culatória e respiratória e ainda produzem relaxamento e confiança para o paciente.
• Exercício Ativo Assistido: existe outra modalidade de exercício ativo de-
nominada exercício ativo-assistido, na qual a assistência é feita por uma 
força externa, manual ou mecânica, porque os músculos que iniciaram o 
movimento precisam de assistência para completá-lo, ou seja, essa modalida-
de é indicada em situações nas quais a força muscular não é suficiente para 
completar a AMM;
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
 » Metas do exercício ativo livre e assistido:
 Ź Alcançar as mesmas metas da AMM passiva com os benefícios adicionais 
da contração muscular;
 Ź Manter a contratilidade e a elasticidade fisiológicas dos músculos participantes;
 Ź Dar feedback sensorial dos músculos em contração;
 Ź Prover estímulos para a integridade óssea;
 Ź Aumentar a circulação sanguínea.
 » Contraindicações e cuidados do exercício ativo
 Ź Condição cardiovascular instável, ou seja, condição de saúde na qual o 
movimento ativo, por meio de sua solicitação de sangue para os músculos, 
pode aumentar a carga de trabalho do coração e este não ter condições de 
responder a essa demanda;
 Ź Lesão muscular aguda (tecido mole) e em recuperação inicial, e casos de 
pós-operatório imediato de reconstrução ou reparo de tendões, ligamentos, 
cápsulas, músculos e pele, porque os tecidos estarão na fase de recupera-
ção na qual o movimento pode aumentar a lesão e o processo inflamatório. 
Leia o Capítulo 2 do livro Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas (KISNER, 2016). 
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• Características dos exercícios ativos:
 » Quantos aos tipos de contração muscular: para que os exercícios ativos 
sejam desenvolvidos, são solicitados os diferentes tipos de contração mus-
cular, a saber, a contração isométrica (estática), a contração concêntrica e a 
contração excêntrica (dinâmicas). 
Figura 15 – Tipos de contração muscular
Fonte: Acervo do Conteudista
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 » Quanto à cadeia cinética: os exercícios ativos podem ser realizados em Ca-
deia Cinética Aberta (CCA) ou em Cadeia Cinética Fechada (CCF). A CCA 
é aquela na qual o movimento ocorre livre no espaço, pois a extremidade do 
segmento está livre, ou, sem apoio. A CCF é aquela na qual a extremidade 
do segmento está em apoio de uma superfície. Logo, os movimentos estarão 
com certa restrição de sua amplitude. 
O Quadro a seguir apresenta as características da atividade muscular durante o 
movimento ou exercício ativo. 
De forma sintética, sobre tudo que foi discutido, pode-se ver que os exercícios 
ativos podem ser realizados de forma livre, assistida e até resistida (contra uma re-
sistência ou carga). 
O trabalho muscular se dá com diferentes tipos de contração, conforme a relação 
das forças aplicadas (reveja Quadro: SAIBA MAIS – Tipos de Contração Muscular) e,
ainda, esse exercício pode ser realizado em CCA, explorando mais a amplitude de 
movimento e em CCF, dando maior estabilidade ao movimento:
CCA
CCF
Percurso
Excêntrico
Dinâmica
Concêntrico
Estática
Resistida
Gravidade
Manual
Mecânica
Livre
Atividade Muscular
Assistida
Manual
Gravidade
Mecânica
FNP
Inibição muscular antagonista
Figura 16 – Características da atividade muscular no exercício ativo
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificação e Técnica para os Exercícios Terapêuticos
Importante!
• A Cinesioterapia é uma das modalidades terapêuticas mais utilizadas na Fisioterapia;
• Para podermos estabelecer os objetivos, indicação e técnicas a serem utilizadas, é ne-
cessário realizar uma detalhada avaliação físico-funcional do paciente e definir seu 
diagnóstico fisioterapêutico. 
• A Cinesioterapiapode ser utilizada, entre outros objetivos, para aumentar a amplitude 
de movimento, a força muscular, o alinhamento postural, aprimorar padrões respira-
tórios, melhorar a resistência cardiovascular e melhorar o equilíbrio, a coordenação e 
a habilidade funcional;
• Existem diversas técnicas a serem aplicadas para cumprir os objetivos estabelecidos;
• O exercício passivo é indicado em situações nas quais o paciente não é capaz ou não 
pode realizar movimentos de forma ativa;
• O exercício ativo livre e/ou ativo-assistido é indicado para restaurar a força muscular e 
a habilidade motora do paciente que se encontra com o movimento debilitado, princi-
palmente, por conta da diminuição da força muscular.
Em Síntese
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
ADM PASSIVA
https://youtu.be/ui5Tj19sOzs
Instituto Balsini – Exercícios Ativos Livres com Bola
https://youtu.be/WcgJbRvWdQM
Instituto Balsini – Reabilitação do Ombro - Elevação Anterior Ativo-Assistido
https://youtu.be/Fv-OqocvQ4M
 Leitura
Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) International Classification of Functioning Disability
and Health (ICF)
BATISTELLA, L.R., BRITO, C.M.M. Classificação Internacional de Funcionalidade 
(CIF) International Classification of Functioning Disability and Health (ICF), Acta 
Fisiátrica, São Paulo: v. 9, n.2, p. 98-101, 2002. 
https://bit.ly/2kLo3Hj
Fisioterapia Motora em Pacientes Internados na Unidade de Terapia Intensiva: Uma Revisão Sistemática
PINHEIRO, A.R., CHRISTOFOLETTI, G. Fisioterapia motora em pacientes internados 
na unidade de terapia intensiva: uma revisão sistemática. Rev Bras Ter Intensiva, São 
Paulo: v. 24, n. 2, p. 188-196, 2012. 
https://bit.ly/2lUyjgx
Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas
KISNER, C., COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 6.ed. 
Barueri: Manole, 01/2016. (E-Book). (Capítulo 2). 
https://bit.ly/2mc8k4s
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UNIDADE Bases Fisiológicas do Exercício Terapêutico: Conceito, 
Classificaçãoe Técnica para os Exercícios Terapêuticos
Referências
BRODY, L. T.; HALL, C. M. Exercício terapêutico: na busca da função. 3.ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 815p. 
DUFOUR, G. et al. Cinesioterapia. Avaliações: técnicas passivas e ativas do apa-
relho locomotor. São Paulo: Panamericana, 1989.
FARIAS, N.; BUCHALLA, C. M. A Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde: Conceitos, Usos e Pers-
pectivas. Rev Bras Epidemiologia, São Paulo: 8, n. 2, p. 187-93, 2005.
GARDINER, M. D. Manual De Terapia Por Exercícios. 4.ed. São Paulo: Santos, 
1995. 316p.
KISNER, C., COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas 6 
ed. Barueri: Manole, 2016 (E-Book). Disponível em: <https://integrada.minhabi-
blioteca.com.br/#/books/9788520448762/>.
PINHEIRO, A. R., CHRISTOFOLETTI, G. Fisioterapia motora em pacientes in-
ternados na unidade de terapia intensiva: uma revisão sistemática. Rev Bras Ter 
Intensiva, São Paulo: v. 24, n. 2, p. 188-196, 2012. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/rbti/v24n2/16.pdf>.
VOIGHT, M. L., HOOGENBOOM, B. J., PRENTICE, W. (ed.). Técnicas de Exer-
cícios Terapêuticos: Estratégias de Intervenção Musculoesquelética. Barueri: Ma-
nole, 2014 (E-Book).
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Outros materiais