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Fundamentos e Metodologia de História e Geografia Autor: Lindolfo Anderson Martelli Tema 04 A Ciência Geográfica e a Concepção de Leitura Tema 05 Competências Pedagógicas e os Conteúdos para o Ensino da Geografia Índice Índice Tema 04: A Ciência Geográfica e a Concepção de Leitura 4 Tema 05: Competências Pedagógicas e os Conteúdos para o Ensino da Geografia 28 seç ões Tema 04 A Ciência Geográfica e a Concepção de Leitura Como citar este material: MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos e Metodologia de História e Geografia: A Ciência Geográfica e a Concepção de Leitura. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 04 A Ciência Geográfica e a Concepção de Leitura 7 Conteúdo Nessa aula você estudará: • O papel do professor enquanto mediador da construção de saberes relacionados à Ciência Geográfica. • As diferentes abordagens para o conceito de leitura. • A relação entre leitura, significado e gêneros textuais. • A leitura do espaço e a leitura cartográfica. • A alfabetização geográfica. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Ensino de Geografia e História, dos autores Sônia Castellar, Jerusa Vilhena, Kátia Maria Abud, André Chaves de Melo Silva e Ronaldo Cardoso Alves, editora Cengage Learning (Coleção Ideias em Ação), 2010, Livro-Texto 492. Roteiro de Estudo: Lindolfo Anderson Martelli Fundamentos e Metodologia de História e Geografia 8 Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • O que significa educar para a alfabetização geográfica? • Ao que se refere o conceito de leitura em Geografia? • Quais as expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora em Geografia? • O que significa geograficidade? CONTEÚDOSEHABILIDADES A Ciência Geográfica e a Concepção de Leitura As concepções tradicionais de leitura e escrita reiteram que decodificação e junção dos símbolos gráficos constituem parte integrante do processo de alfabetização e da prática pedagógica. Segundo a compreensão de Soares (2011, p. 15), o ato de ler está intrinsecamente associado ao conceito de alfabetização, ou seja, “ao processo de aquisição do código escrito”. A leitura e a escrita dos códigos alfanuméricos constituem os meios essenciais para o desenvolvimento da capacidade de aprender, de construir significados e de assimilar o conhecimento elaborado socialmente. Todavia, ao se ensinar Geografia, a concepção de leitura e escrita extrapola o uso habitual dos conceitos. A leitura precisa ser entendida como um elemento de atribuição de significados. Nesta direção estão os apontamentos do historiador e semiólogo Louis Marin, que associa a leitura ao reconhecimento de uma estrutura de significado (signifiance) que está relacionada às representações. Lemos uma carta, um poema, um livro: como é ler um desenho, um quadro, um afresco? Pois se o termo leitura é, imediatamente, adequado ao livro, também é ao quadro? Se, por extensão de sentido, falamos de leitura a propósito do LEITURAOBRIGATÓRIA 9 LEITURAOBRIGATÓRIA quadro, coloca-se a questão da validade e da legitimidade dessa extensão (MARIN apud CHARTIER, 2001, p. 117). O processo de aprendizagem das noções geográficas nas séries iniciais, principalmente no que diz respeito à cartografia no Ensino Fundamental, requer que os alunos desenvolvam a capacidade de atribuir uma estrutura de significado às representações. Neste sentido, a concepção de letramento cartográfico é apropriada, pois está relacionada à leitura dos conceitos de localização e pontos de referência a partir de códigos e representações geográficas. A partir da noção de “significado”, é tão legítima a leitura de um texto como a leitura de um quadro, uma fotografia, um filme, um mapa ou uma paisagem. O letramento cartográfico exige que seja reconhecida a relação entre os símbolos e as representações cartográficas. A leitura da paisagem e dos mapas não pode ser entendida apenas de forma técnica, deve permitir que o aluno atribua significado ao que lê, que se aproprie da leitura para compreender a realidade vivida. Para Sônia Castellar (2012, p. 24), a leitura e a escrita que o aluno faz da paisagem sempre são influenciadas por fatores culturais, psicológicos e ideológicos. Portanto, quando o aluno lê e escreve sobre seu lugar de vivência, ele precisa compreender as relações existentes entre os fenômenos analisados, caracterizando o letramento geográfico. Nesta mesma direção estão os apontamentos de Helena Callai (2005), na medida em que reconhece os elementos subjetivos que estão presentes na leitura dos espaços: Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias como os limites que nos são postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos) (CALLAI, 2005, p. 228). Nas primeiras séries do Ensino Fundamental é muito importante que o professor explore a capacidade de leitura dos lugares vivenciados por seus alunos. À medida que vão ampliando sua capacidade de representar e ler os próprios espaços, deve-se aumentar a complexidade de análise e submissão a códigos e mapas mais complexos. As noções de proporcionalidade, largura, comprimento e profundidade se desenvolvem simultaneamente, dependendo do quanto os alunos estão estimulados cognitivamente para adquirir essas compreensões. 10 A leitura de mapas exige a capacidade do aluno de decodificar a linguagem cartográfica e, tal como as outras linguagens (escrita, matemática, entre outras), deve estar presente durante toda a vida escolar do aluno. Por volta dos 10 anos, o aluno já deve conseguir identificar alguns elementos da linguagem cartográfica, como visão oblíqua e vertical, noções de escala, proporção, orientação, proximidade e localização, pontos cardeais, legenda e representação simbólica dos dados da realidade, entre outros. Nas primeiras séries do Ensino Fundamental, o professor pode explorar a capacidade do aluno de produzir mapas mentais, por meio de desenhos, que são representações elaboradas de forma livre e espontânea. Os mapas mentais permitem que o aluno utilize sua criatividade para apresentar os elementos que deseja representar a partir da memória. As atividades que envolvem a produção de mapas mentais devem privilegiar a vivência do aluno, seu cotidiano, os objetos que considera importantes, a ordenação dos elementos representados e suas identificações. A avaliação dos mapas mentais permite reconhecer e definir ações de intervenção nos casos em que as crianças não conseguem superar o realismo nominal. Os mapas mentais permitem compreender a capacidade leitora da criança e o modo como ela associa o nome e o objeto. Para Castellar (2012, p. 38), os casos em que a criança não distingue claramente o nome do objeto indicam que ela não superou o realismo nominal. Quando o aluno representa os mapas mentais a partir do desenho, é possível explorar o conhecimento que ele tem da realidade e dos elementos que o cercam. O trabalho com mapas mentais deve valorizar a subjetividade da criança e proporcionar a assimilação de conceitos geográficos relacionados ao espaço e à capacidade de associação simbólica. Nos exemplos, aseguir, você poderá visualizar mapas mentais desenvolvidos por uma criança e um adolescente. Foi sugerido tanto para a criança quanto para o adolescente que desenvolvessem um mapa mental mostrando o trajeto da casa de ambos. O Mapa Mental 1, desenvolvido por Ramon Martelli, 6 anos, aluno do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica Governador Lacerda em Videira-SC, mostra o trajeto da sua própria casa até a casa da sua avó (Figura 4.1). LEITURAOBRIGATÓRIA 11 Figura 4.1 Mapa Mental 1. LEGENDA: 1 – Casa da avó. 2 – Rua de acesso à casa da avó. 3 – Postes da Subestação de Energia Elétrica. 4 – Estrada principal. 5 – Mato. 6 – Placa de trânsito, 40. 7 – Casa. 8 – Placa Cuidado: Curva Perigosa. 9 – Árvores. LEITURAOBRIGATÓRIA 12 10 – Casa. 11 – Rio. 12 – Videplast. 13 – Oficina. 14 – Veículo. 15 – Escola. 16 – Banheiros da escola M (menina) e ME (menino). 17 – Minha Casa. O Mapa Mental 2, desenvolvido por Cléber Q. Martinazzo, 14 anos, aluno do 7º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Inspetor Eurico Rauen, em Videira-SC, mostra o trajeto de sua própria casa até a casa de seu sobrinho Ramon (Figura 4.2). Figura 4.2 Mapa Mental 2. LEITURAOBRIGATÓRIA 13 LEGENDA: 1 – Casa do irmão (pai do Ramon). 2 – Casas. 3 – Estrada principal. 4 – Lombada. 5 – Ferro-velho. 6 – Ponto de Ônibus. 7 – Mato. 8 – Placa de trânsito. 9 – Placa de trânsito. 10 – Boate. 11 – Bar. 12 – Manos. 13 – Ferro-velho. 14 – Placa de trânsito. 15 – Videplast. 16 – Placa de trânsito. 17 – Ponte. 18 – Fetz. 19 – Bar. 20 – Placa de trânsito. 21 – Escola. LEITURAOBRIGATÓRIA 14 22 – Instituto Federal Catarinense. 23 – Creche. 24 – Ponte. 25 – Creche. 26 – Posto de Saúde. 28 – Ponto de ônibus. 29 – Casa do Cléber. 30 – Subestação de Energia Elétrica. A Figura 4.3, a seguir, evidencia a imagem de satélite das áreas representadas nos Mapas Mentais desenvolvidos por Ramon e Cléber. O ponto 1 indica a residência de Cléber e o ponto 13 indica a residência de Ramon. Figura 4.3 Imagem de satélite das áreas representadas nos Mapas Mentais 1 e 2. Fonte: Videira (2012). Google Maps. Disponível em: <https://maps.google.com/>. Acesso em: 02 jan 2014. LEITURAOBRIGATÓRIA 15 LEGENDA: 1 – Casa do Cléber. 2 – Subestação de Energia Elétrica. 3 – Creche Municipal. 4 – Caic - Criança do Futuro. 5 – Instituto Federal Catarinense. 6 – Ferro-velho. 7 – Fetz. 8 – Rio das Pedras. 9 – Videplast. 10 – Ferro-velho. 11 – Boate. 12 – Bar. 13 – Casa do Ramon. Ao comparar os mapas mentais com a imagem de satélite, é possível verificar que os mapas mostram representações diferentes, com noções de distância, escala, tamanho, legenda, proporção, orientação, proximidade e localização, entre outros, de acordo com o desenvolvimento cognitivo dos alunos. A complexidade cognitiva dos autores dos mapas pode ser verificada na forma como representam as imagens, como atribuem significados aos espaços e na maneira como acionam a memória em busca de informações. Nos mapas mentais, foram representados elementos significativos para esses alunos. No Mapa Mental 1, o aluno Ramon escreveu em uma das portas da escola a letra M e na outra porta as letras ME. Ao ser questionado sobre o significado das letras, ele argumentou que eram os banheiros de Menina e de Menino, respectivamente. Este exemplo mostra que podem ser exploradas as noções de legenda, de identidade, além de temas transversais como Orientação Sexual. LEITURAOBRIGATÓRIA 16 No Mapa Mental 2, o aluno Cléber utiliza várias vezes a noção de legenda, ao representar placas, ponto de ônibus, lombadas com símbolos gráficos. O aluno demonstra maior maturidade no que tange à preocupação com a escala, com a distância, proporção e uso da visão oblíqua. O Mapa Mental que propõe um mesmo trajeto a ser representado por indivíduos com níveis cognitivos e com experiências individuais diferentes em relação ao espaço é representado de forma única por cada um deles. Este exercício permite constatar que as preocupações, sensibilidades e olhares também são diversos, ou seja, que a relação subjetiva que estabelecem com o espaço é reflexo do imaginário individual. O aluno, com a mediação do professor, precisa participar da construção do próprio conhecimento e desenvolver autonomia suficiente para ler e conferir significado às suas representações. Este exercício permite que o aluno seja cada vez mais alfabetizado geograficamente, ou seja, que consiga ler o espaço e transformar estas informações em conhecimentos úteis para a vida. [...] a alfabetização para a Geografia somente pode significar que existe a possibilidade do espaço geográfico ser lido e, portanto entendido. Pode transformar-se, portanto, a partir disso, em objeto do conhecimento. Mais que isso, o espaço geográfico pode transformar-se em uma janela a mais para possibilitar o desvendamento da realidade pelo aluno (PEREIRA, 1994, p. 78- 79). A leitura está diretamente relacionada aos gêneros textuais. A leitura cartográfica e a leitura da paisagem não podem estar desvinculadas das demais formas de leitura. Para Paulo Freire (1989, p. 11), “a leitura do mundo precede a leitura da palavra, e a leitura desta implica a continuidade daquela”, ou seja, a construção do conhecimento depende da relação de dependência que existe entre a leitura do mundo, do espaço e dos gêneros textuais. Os símbolos presentes na cartografia, que representam os lugares, as direções, as distâncias, os elementos que compõem a paisagem, entre outros, precisam ser apreendidos como se fossem palavras, daí a denominação linguagem cartográfica. Entre os gêneros textuais que podem ser utilizados no cotidiano escolar destacam-se as categorias jornalísticas e literárias, apresentadas em diversos suportes, livros, folhetos, jornais, revistas, Internet, dispositivos eletrônicos portáteis, entre outros. É também de grande importância no ensino de Geografia o uso de imagens, sobretudo mapas, gráficos, fotografias, pinturas ou a própria paisagem observada empiricamente, por meio de trabalhos de campo, estudos do meio ou com base nas experiências vividas pelos alunos. Assim, é necessário investir no espírito “curioso”, investigativo do aluno, suscitando expectativas em LEITURAOBRIGATÓRIA 17 relação ao texto, fazendo-o entender que a leitura é uma forma de relacionar-se com o mundo por meio de uma construção de significados. O professor deve alfabetizar o aluno na leitura do espaço geográfico, em suas diversas escalas e configurações. As atividades desenvolvidas devem privilegiar as noções básicas de legenda e do alfabeto cartográfico, úteis tanto para a leitura de mapas cartográficos quanto de mapas mentais. Se desde a educação infantil a criança tiver acesso aos procedimentos e aos códigos relativos à linguagem cartográfica, ela ampliará sua capacidade cognitiva de leituras de mapas que serão úteis nas atividades do seu dia a dia durante toda a vida. De acordo com o Referencial de expectativas para o desenvolvimento da competência leitura e escritora em Geografia (SÃO PAULO, 2006, p. 68), a leitura precisa ser mediada pelo professor e exige que sejam considerados alguns pontos: • Considerar os conhecimentos prévios dos alunos em qualquer proposta de trabalho, tanto naquelas que envolvem o uso de textos escritos como naquelas que não utilizam esses recursos. • Estimular a observação do cotidiano, pois, pela curiosidade, o aluno começa a desenvolver seus conceitos e descobertas, podendo fazer a transposição para outros espaços: sala de aula, livros, revistas, entre outros. • Explorar, no decorrer das práticas em sala de aula, a maior diversidade possívelde gêneros de texto orais, escritos e visuais (sempre em consonância com o projeto pedagógico da escola e o planejamento do professor, é claro), mostrando de maneira dinâmica que o saber organizado não tem como único ponto de referência o texto escrito. • Trabalhar com os gêneros preferidos de cada faixa etária ou grupo de alunos, em razão de suas características próprias, do lugar onde vivem, da origem familiar e das experiências prévias com leitura, e, com o tempo, introduzir novos gêneros que permitam estabelecer paralelos com os já conhecidos, de acordo com os objetivos de aprendizagem na área. Assim como é importante que o aluno tenha contato com variados gêneros textuais, faz parte da alfabetização geográfica as saídas de campo, as atividades realizadas fora da sala de aula. Grande parte da compreensão da Geografia passa pelo olhar, portanto, as saídas dos alunos para passeios didáticos são imprescindíveis. Programar passeios, excursões e visitas a espaços e lugares, com objetivos didáticos bem definidos, possibilitam que conceitos e informações sejam assimilados de forma prazerosa. LEITURAOBRIGATÓRIA 18 Os estudos de paisagens urbanas e rurais, da composição arquitetônica das casas, do relevo, das ruas e vegetações dispostos permanentemente à observação podem em grande parte ser desvendados pelos sentidos. O contato direto com o solo, a vegetação e as formas de organização da produção tanto nos centros urbanos como em regiões rurais é muito rico para trabalhar temas geográficos. Os alunos precisam compreender a posição que ocupam no mundo, portanto, é fundamental que tenham consciência do lugar que ocupam no espaço. Uma das formas de possibilitar isto é trabalhando concomitantemente a dimensão local e global, mostrando aos alunos como ocorre a construção do espaço e da realidade que conhecem e do espaço e da realidade de outros. As crianças no início da escolaridade são capazes de observar as diferenças entre as casas, os bairros e os demais elementos materiais que as cercam, mas muitas vezes não sabem dizer o impacto que isso tem na vida das pessoas. Não conseguem entender por que outros povos, culturas e até mesmo os lugares são diferentes. O professor deve ajudar os alunos a observar as particularidades dos diversos tipos de paisagens, pois assim eles conseguirão se familiarizar com um dos conceitos mais importantes da Geografia, o de lugar. A observação e a vivência permitem explicações sem a necessidade de longos discursos. Elas promovem o que Dardel (apud STEFANELLO, 2008, p. 31) chama de geograficidade, um envolvimento do sujeito por meio da sua vida emocional, do seu corpo e de seus hábitos, em que internaliza a experiência vivida, ou seja, compreende todos os tipos de ligações e inter-relações entre o homem e os ambientes vividos, anteriormente à análise e à atribuição de conceitos a essas experiências. A geograficidade passa a pertencer à própria dimensão psicológica do indivíduo. Configura- se, desta forma, como uma aceitação passiva e inconsciente. Quando estas experiências são positivas e prazerosas, tornam-se topofílicas; todavia, quando são desagradáveis e negativas, tornam-se experiências topofóbicas. A geograficidade está relacionada aos aspectos cognitivos da percepção em Geografia. A percepção pode ser definida como o significado atribuído às informações recebidas pelos sentidos, como sensações. LEITURAOBRIGATÓRIA 19 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia: Geografia e Literatura Infantil: a construção da linguagem geográfica através de textos literários nas séries iniciais do ensino fundamental, de autoria de Francielle Bonfim Beraldi. Disponível em: <http://docs.fct.unesp.br/semanas/geografia/ensinodegeografiaeepistemologia/ TCEG01%20-%20Francielle%20Bonfim%20Beraldi.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Descubra quais as relações existentes entre a Geografia e a Literatura. Leia o artigo: Realismo nominal no processo de alfabetização de crianças e adultos, escrito por Alena Nobre e Antonio Roazzi. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722011000200014>. Acesso em: 02 jan. 2014. Por meio desta leitura, entenda melhor a cognição infantil. Vídeos Importantes: Assista a palestra: Geografia em Sérgio Buarque. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=9ABSBz6gakE>. Acesso em: 02 jan. 2014. O professor Antonio Carlos Robert de Moraes, coordenador do Laboratório de Geografia Política da USP, fala sobre a Geografia a partir das obras literárias e históricas de Sérgio Buarque de Holanda. A palestra foi proferida no seminário “Atualidade de Sérgio Buarque de Holanda”, realizado pelo Instituto de Estudos Brasileiros, IEB/USP, entre 13 e 16 de setembro de 2011. Moraes aborda a presença marcante da Geografia nos trabalhos de Sérgio Buarque de Holanda, em que a discussão sobre a formação territorial é o tema central e também uma crítica à ruralidade brasileira. Trata também da ocupação do território brasileiro, da formação da sociedade e da utilização do espaço para a construção do Estado. 20 LINKSIMPORTANTES Assista ao vídeo: As Representações Cartográficas. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=IfY_S2tM_yQ>. Acesso em: 02 jan. 2014. Este vídeo faz parte da disciplina Conteúdos e Didática da Geografia, do curso de Pedagogia da Unesp/Univesp. O vídeo define a cartografia, apresenta a evolução das representações cartográficas ao longo da história e sua importância nas diferentes épocas. Ele também mostra como é o ensino da cartografia nas escolas. Para isso, foram entrevistados pesquisadores de renome da Universidade de São Paulo: Hervé Théry, Maria Elena Simielli, Marcello Martinelli, Mario de Biasi e Iris Kantor. Assista ao vídeo documentário: Cartografia Tátil. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=itEqRIhTBVg>. Acesso em: 02 jan. 2014. Este vídeo faz parte do programa: A Construção de Materiais Didáticos, da disciplina D-22: Conteúdos e Didática da Geografia, do curso de Pedagogia Unesp/Univesp. O vídeo trata de questões como: O que é Cartografia Tátil? Para que serve? Para responder estas perguntas foram visitados três laboratórios universitários ligados à cartografia pensada para o ensino de alunos cegos ou de baixa visão. As pesquisadoras Carla Gimenes de Sena (UNESP-Ourinhos), Waldirene do Carmo (LEMADI-USP) e Maria Isabel Castreghini de Freitas (UNESP-Rio Claro) contam as experiências da criação de materiais didáticos táteis. Já a professora Tieko Hirano mostra o trabalho que realiza com alunos de várias escolas de Barueri, na grande São Paulo. Assista ao vídeo documentário: As Transformações da Paisagem Rural. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=DKJKw3fdPPQ>. Acesso em: 02 jan. 2014. Este vídeo foi produzido para a disciplina Conteúdos e Didática da Geografia, do curso de Pedagogia Unesp/Univesp. O vídeo pretende aproximar os indivíduos urbanos do espaço geográfico rural, e o espaço escolhido para a visita foi Bororé-Colônia, na cidade de São Paulo. Uma área de proteção ambiental junto à represa Billings, uma importante fonte de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo. O vídeo documentário contou com as contribuições da professora Sueli Angelo Furlan, doutora em Geografia e professora da Universidade de São Paulo, responsável pelo plano de manejo dessa área. 21 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: O ensino da Geografia não deve se res-tringir a manuais didáticos, representações cartográficas e imagens de paisagens e lu- gares. O professor precisa explorar a po- tencialidade multidisciplinar desta discipli- na, ou seja, as contribuições da história, da arquitetura, da fotografia, da química entre outras ciências. A partir de seus conheci- mentos, explique como a literatura pode contribuir para a ampliação dos conheci- mentos geográficos? Questão 2: O estudo das representações cartográfi- cas, a partir dos mapas mentais, permite que a criança tenha acesso a conceitos im- portantes. Estes conceitos são: a) Força, tamanho, equilíbrio, massa e energia. b) Escala, proporção, longitude, energia e movimento. c) Tamanho, dimensão, luminosidade, relevo e relatividade. d) Área, tamanho, distância, escala e proporção. e) Perímetro, latitude, condensação, esfera e área. AGORAÉASUAVEZ 22 Questão 3: O ensino deve contribuir para que a criança desenvolva a capacidade de ler o mundo que a cerca. A leitura cartográfica é uma das formas de desenvolver esta capacida- de de leitura do mundo. A linguagem carto- gráfica exige: a) Reconhecimento das cores, visão lateral e diagonal e visão nítida. b) Visão horizontal e vertical, distância, rosa dos ventos e símbolos de alerta. c) Noção de escala, de espaço, de paisagem e de latitude e longitude. d) Visão de proximidade e distância, latitude e longitude, símbolos geométricos e correntes marítimas. e) Visão oblíqua e vertical, noção de escala, orientação, proximidade, legenda e representação simbólica. Questão 4: As aulas voltadas para a construção de saberes geográficos ficam muito interes- santes quando são adotados variados re- cursos didáticos, como fotografias, mapas, plantas cartográficas, textos, vídeos, entre outros. Para que estes recursos didáticos sejam utilizados adequadamente para o ensino, é importante considerar que: a) Sejam ricamente ilustrados com imagens coloridas e bem-definidas. b) Estejam dispostos no livro didático autorizado pelo Ministério da Educação. c) Possam ser utilizados nas saídas de campo. d) Estejam integrados à proposta de trabalho do professor. e) Apresentem informações precisas e atualizadas. Questão 5: Nas primeiras séries do Ensino Fundamen- tal é muito importante que o professor ex- plore a capacidade de leitura dos lugares vivenciados por seus alunos. À medida que ampliam a capacidade de representar e ler os próprios espaços, deve-se aumentar a complexidade de análise e submissão a códigos e mapas mais complexos. Sobre a leitura de mapas é correto afirmar: a) Os mapas devem ser apresentados aos alunos após o processo de alfabeti- zação, quando adquirem a capacidade de ler as legendas. b) A complexidade da linguagem cartográfica exige que o aluno domine conteúdos básicos de matemática, como a noção de escala. AGORAÉASUAVEZ 23 c) Os alunos devem ampliar sua capacidade de leitura de mapas a partir do contato com distintas representações cartográficas, desde a infância. d) O professor deve explorar os elemen- tos presentes nos mapas mentais até que os alunos consigam substituí-los por ma- pas oficiais. e) Os conceitos de área, tamanho, distância, escala e proporção são possíveis somente nos mapas oficiais. Questão 6: Ao utilizar imagens, fotografias e mapas como recurso para o ensino da Geografia, o professor precisa estar atento aos limites impostos pelo próprio documento. Para Ja- cques Le Goff (apud CASTELLAR, 2005, p. 79), as fontes não são inócuas, ou seja, elas são definidas e elaboradas de acordo com critérios que dizem muito sobre elas mesmas; portanto, imagens e fotografias devem ser trabalhadas com “documentos”. Mas o que significa trabalhar as fontes como documentos? Questão 7: As concepções tradicionais de leitura e es- crita reiteram que decodificação e junção dos símbolos gráficos constituem parte integrante do processo de alfabetização e da prática pedagógica. Todavia, em Geo- grafia, o conceito de leitura extrapola o uso habitual do conceito. Por quê? Questão 8: O professor de Geografia precisar orientar o aluno a selecionar, organizar, analisar e criticar as informações contidas nos mais variados gêneros textuais. Sônia Castellar (2005, p. 69) reitera que as diferentes lin- guagens na escola devem possibilitar que o aluno desenvolva operações e processos mentais que contribuam para sua compe- tência leitora. Explique qual a importância do uso de diferentes gêneros textuais para a construção do conhecimento geográfico. Questão 9: Considerando que o desenho dos alunos po- dem ser tomados como ponto de partida para explorar os conhecimentos que possuem da realidade e dos fenômenos que querem re- presentar, qual é a importância dos Mapas Mentais para o ensino da Geografia? Questão 10: Desde a educação infantil a criança precisa ter acesso aos códigos relativos à lingua- gem cartográfica, pois isto permitirá que desenvolva a capacidade leitora de mapas. Para que os objetivos do letramento carto- gráfico sejam atingidos, é importante que a criança supere o chamado realismo nomi- nal. Mas o que isto significa? AGORAÉASUAVEZ 24 Neste tema, você estudou o papel do professor enquanto mediador da construção de saberes relacionados à Ciência Geográfica. Entendeu que o conceito de leitura é amplo e está relacionado à capacidade de atribuir significado. Este tema permitiu que você compreendesse melhor a alfabetização cartográfica. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO GLOSSÁRIO Empiricamente: que se fundamenta apenas na experiência e na observação. Inconsciente: é um termo psicológico que, em sentido amplo, representa o conjunto dos processos mentais que se desenvolvem sem intervenção da consciência ou, no sentido mais específico, está relacionado à teoria psicanalítica e designa uma forma específica de como o inconsciente (em sentido amplo) funciona. Realismo Nominal: trata-se de uma característica do pensamento infantil em função do qual a criança expressa dificuldades em dissociar o signo da coisa significada (PIAGET, 1962). O sujeito que, em determinado momento do desenvolvimento cognitivo, apresenta este pensamento realista nominal, tende a conceber a palavra como parte integrante do objeto, atribuindo ao signo características do objeto ao qual se refere. Piaget conceituou dois tipos de realismo nominal: o ontológico e o lógico. 25 Topofília: o conceito de topofilia é impreciso, todavia exprime o elo afetivo entre o indivíduo e o lugar; esta relação se manifesta de maneira prazerosa. Pode ser um prazer visual efêmero, o deleite do contato físico, o apego por um lugar por ser familiar e representar o passado ou porque evoca orgulho de posse ou de criação (STEFANELLO, 2008, p. 32). Topofóbica: a topofobia é uma antítese de topofilia, ou seja, representa as experiências negativas do indivíduo em relação ao ambiente. São experiências que causam desconforto psicológico, sensações desagradáveis, repulsivas, que podem induzir à ansiedade e à depressão. GLOSSÁRIO GABARITO Questão 1 Resposta: O aluno deve construir sua resposta mostrando que os livros trazem a descrição das paisagens, estabelecem relações entre lugares diferentes, revelam as relações que os homens estabelecem com o espaço. Literaturas de autores como Euclides da Cunha, que em 1902 publicou o livro Sertões, são úteis para a compreensão geográfica. No livro citado, Euclides da Cunha descreve o relevo, o solo, a fauna, a flora e o clima da região nordestina, além de retratar as consequências da seca para a população. Questão 2 Resposta: AlternativaD. Questão 3 Resposta: Alternativa E. Questão 4 Resposta: Alternativa D. 26 GABARITO Questão 5 Resposta: Alternativa C. Questão 6 Resposta: Para trabalhar com imagens, fotografias e mapas como fontes documentais, deve-se buscar reconhecer os elementos objetivos e subjetivos que os compõem. Deve- se considerar o tipo de documento e seus limites. Quando se trabalha com fotografias e imagens, elas devem ser entendidas como produto de uma seleção. A análise de uma fotografia deve considerar as crenças, os valores, as intencionalidades e os propósitos do fotógrafo em capturar aquela imagem, tal como está apresentada. Uma representação cartográfica também revela uma escolha, segundo os objetivos do cartógrafo. Questão 7 Resposta: A leitura está associada ao reconhecimento de uma estrutura de significado. Neste sentido, é possível ler uma carta, um mapa, um poema, um texto. Esta concepção de leitura que extrapola a mera associação e codificação dos símbolos alfanuméricos pode ser aplicada na Geografia a partir do momento em que se torna possível conferir significado a um lugar, a uma paisagem, a um mapa, a uma imagem, a um texto. Portanto, quando o aluno lê e escreve sobre seu lugar de vivência, ele precisa compreender as relações existentes entre os fenômenos analisados, caracterizando o letramento geográfico. Questão 8 Resposta: Deve-se refletir sobre os diferentes materiais didáticos e gêneros textuais, jornais, revistas, artigos, Internet que podem ser utilizados como instrumentos didáticos para o ensino. Estes recursos devem contribuir para a capacidade leitora e escritora do aluno. O contato com os variados gêneros textuais amplia a capacidade crítica do aluno, o expõe a situações em que precisa confrontar ideias, questionar fatos, argumentar e refletir sobre sua própria realidade. Os variados gêneros textuais permitem que o aluno reconheça as diferenças no estilo de escrita e no uso que faz do texto. Questão 9 Resposta: A partir dos mapas mentais é possível desenvolver conceitos geográficos com os alunos, observar a concepção que o aluno tem do espaço e das noções que possui sobre proporção, visão vertical e oblíqua, além de auxiliar no trabalho com questões que envolvam os elementos subjetivos do aluno. Os Mapas Mentais permitem reconhecer o 27 local de vivência, localizar objetos, indicar direções, além de revelar os valores que os indivíduos têm dos lugares, dando-lhes significados ou sentido ao espaço vivido. Questão 10 Resposta: O realismo nominal é inerente ao pensamento infantil e ocorre quando a criança apresenta dificuldades em dissociar o signo da coisa significada. O sujeito que, em determinado momento do desenvolvimento cognitivo, apresenta este pensamento realista nominal, tende a conceber a palavra como parte integrante do objeto, atribuindo ao signo características do objeto ao qual se refere. Neste estágio cognitivo, a criança tende a associar coisas grandes com palavras grandes e vice-versa. A superação do realismo nominal é muito importante, pois garantirá que a criança consiga entender a representação cartográfica por meio das legendas, em que são utilizados símbolos para designar coisas, lugares. GABARITO seç ões Tema 05 Competências Pedagógicas e os Conteúdos para o Ensino da Geografia Como citar este material: MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos e Metodologia de História e Geografia: Competências Pedagógicas e os Conteúdos para o Ensino da Geografia. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 05 Competências Pedagógicas e os Conteúdos para o Ensino da Geografia 31 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • A importância da construção de atividades que estimulem o raciocínio, o pensamento crítico e a criatividade dos alunos. • A importância do planejamento para o ensino da Geografia. • Os recursos didáticos e metodológicos para o ensino da Geografia. • A definição de conteúdos significativos para o aluno. • A escolha de recursos didáticos apropriados à realidade sociocultural dos alunos. • A importância do elemento lúdico para o ensino infantil. Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Ensino de Geografia e História, dos autores Sônia Castellar, Jerusa Vilhena, Kátia Maria Abud, André Chaves de Melo Silva e Ronaldo Cardoso Alves, editora Cengage Learning (Coleção Ideias em Ação), 2010, Livro-Texto 492. Roteiro de Estudo: Lindolfo Anderson Martelli Fundamentos e Metodologia de História e Geografia 32 CONTEÚDOSEHABILIDADES Competências Pedagógicas e os Conteúdos para o Ensino da Geografia A didática tem o processo de ensino como seu objeto de estudo; portanto, requer que sejam analisadas as atividades docentes que envolvem todo o processo de construção do conhecimento, tanto dentro quanto fora da sala de aula. As novas tecnologias, a mídia, a ampla oferta de materiais didáticos e de recursos visuais permitem que as aulas possam ser cada vez mais dinâmicas, atraentes e elucidativas. Para que o processo de ensino atinja seus objetivos, é necessário definir adequadamente os conteúdos e os métodos, ou seja, os recursos são utilizados como um meio do processo de aprendizagem a partir de um planejamento. Considerando que a Pedagogia é uma área do conhecimento voltada para a investigação da realidade educativa no geral e no particular, é necessário que o pedagogo construa habilidades e competências que permitam uma prática profissional capaz de lidar com fatos, estruturas, contextos e situações referentes à prática educativa, em suas várias modalidades e manifestações. A construção de saberes e conceitos relativos à Ciência Geográfica deve ocorrer desde a infância, sendo a escola um espaço privilegiado para a introdução destes conhecimentos. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais os objetivos do ensino da Geografia no Ensino Fundamental? • Como eleger conteúdos significativos para o aluno? • Quais recursos didáticos podem ser utilizados no ensino da Geografia? • Qual é a importância do elemento lúdico infantil para o ensino de conceitos geográficos? LEITURAOBRIGATÓRIA 33 LEITURAOBRIGATÓRIA Um dos mais importantes suportes para o ensino da Geografia continua sendo o livro didático. Embora seja um recurso muito útil para o ensino, o livro didático de Geografia geralmente é utilizado nas séries cujas disciplinas são segmentadas, sob a regência de professores licenciados nas mais diversas áreas do conhecimento, entre elas, a Geografia. Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, a falta deste importante recurso exige que o professor desenvolva estratégias diferenciadas para a alfabetização geográfica. Faz-se necessária a construção de materiais didáticos pelo professor, o que requer criatividade, objetivos bem-definidos e recursos adequados. Embora a maioria das escolas não adote livros didáticos com conteúdos geográficos para as séries iniciais do ensino infantil, é necessário iniciar o processo de alfabetização geográfica dos alunos nesta etapa escolar. Para isto, o planejamento didático é muito importante. Para que o planejamento seja efetivo, é necessário que sejam estabelecidas as diretrizes e os procedimentos do trabalho docente, a explicitação do viés filosófico, político e pedagógico que fundamenta as atividades da escola, a previsão dos objetivos, conteúdos e métodos pautados na realidade sociocultural dos alunos (STEFANELLO, 2008, p. 61). O ensino da Geografia não pode estar associado à mera listagem de conteúdos que precisam ser trabalhados dentro de um espaço de tempo previsível. A definição do currículo deve abranger as concepções de mundo,de sociedade e sujeitos que se pretende formar. A escolha dos conteúdos não pode ser aleatória ou despreocupada com a realidade dos alunos. O professor deve atentar para as propostas curriculares nacionais, estaduais e as definidas pelo projeto político-pedagógico da instituição de ensino. Geralmente, os conteúdos dessas propostas são dispostos em eixos temáticos, o que garante maior flexibilidade no planejamento das aulas. A preparação das aulas é uma atividade na qual o professor precisa estar constantemente se redirecionando, aprimorando os métodos, modificando as estratégias de ensino. A produção de materiais didáticos e os planos de aula precisam explorar conteúdos que sejam significativos para o aluno, pois é a partir do interesse do aluno e de seu entusiasmo pelo conteúdo que a aprendizagem se efetiva. Os materiais didáticos utilizados em sala de aula podem ser desenvolvidos a partir de fontes diversas, como fotografia, literatura, mapas, painéis, jornais, revistas, entre outros. É muito importante que todo o conteúdo trabalhado esteja relacionado com a vida cotidiana do aluno, que ele se identifique com o conteúdo que lhe é proposto, sem que exista a imposição ou a obrigação de memorizar dados e informações. Todavia, Castellar (2012, p. 117) adverte 34 que o trabalho do professor não se restringe à elaboração de uma sequência didática; suas atividades devem promover a mobilização dos conhecimentos do aluno para ações que articulem a prática e a teoria. A construção do conhecimento deve se realizar a partir de uma ação em conjunto, pois a criança por si mesma, em suas atividades espontâneas, não consegue apropriar-se dos conhecimentos que serão importantes para a sua formação. O professor deve diagnosticar os conteúdos mais significativos para a criança e, a partir deles, desenvolver estratégias de ensino. O professor deve construir juntamente aos alunos conteúdos e reflexões sobre a geografia local, sobre o município em que vivem e também da região. A partir do planejamento, é possível utilizar recursos como a Internet, periódicos e pesquisas de campo para a construção desses conteúdos. A partir do momento em que diagnosticar o desinteresse das crianças em relação aos conteúdos, ou que suas ações pedagógicas não estão sendo eficazes, é necessário rever e aprimorar os métodos de ensino. Para Castellar (2012), a definição dos conteúdos deve permitir que o aluno estabeleça relações com o conhecimento adquirido em sua vivência social, cultural, religiosa e política. É necessário que os conteúdos estejam relacionados com os objetivos ou as expectativas de aprendizagem definidos pelo professor, de tal maneira que possamos afirmar que um conjunto de conteúdos referentes aos conhecimentos dos métodos geográficos permite situar procedimentos e definir problemas geográficos. Nesse sentido é que propomos uma aprendizagem significativa e que estimule mudanças conceituais (CASTELLAR, 2012, p. 107). O professor deve tornar o conteúdo interessante para o aluno, e uma das formas de atingir este objetivo é a partir do elemento lúdico, inerente às crianças. O elemento lúdico na criança pode ser explorado a partir de jogos e brincadeiras que favoreçam situações de aprendizagem envolvendo ações estratégicas, raciocínio lógico, estímulo à imaginação, à cooperação, à descontração e à aquisição de conhecimento de forma espontânea. O próprio corpo pode ser utilizado para o desenvolvimento de conceitos relacionados a espaço, localização, tamanho, distância e escala, úteis para a leitura cartográfica. Além disto, os jogos e brincadeiras são potencialmente importantes para aprimorar a capacidade cognitiva, afetiva e psicomotora da criança, assim como para o desenvolvimento de competências atitudinais. Embora as atividades lúdicas espontâneas da criança permitam que ela desenvolva competências e habilidades, é importante que este recurso didático seja potencializado na LEITURAOBRIGATÓRIA 35 prática escolar a partir do planejamento. O planejamento requer que o professor organize os materiais, defina objetivos e planeje as aulas a partir dos conhecimentos prévios dos alunos. As atividades devem estar relacionadas a situações de aprendizagem voltadas para as atitudes, focadas na formação cidadã e no respeito ao próximo. Os jogos e brincadeiras podem ser usados tanto para aprofundar como para iniciar um conceito. Quanto ao desenvolvimento cognitivo, o jogo contribui para estimular as representações e o reconhecimento simbólico, que, no caso da Geografia, associa-se à linguagem cartográfica na aprendizagem da legenda. Quando contextualizado, esse procedimento é essencial para a tomada de consciência, a qual auxiliará no desenvolvimento cognitivo. Neste sentido, pensar o jogo como atividade didática é ampliar o sentido dos objetivos de aprendizagem e avaliar o papel da pedagogia. A escolha de metodologias, temas e conteúdos a serem ensinados deve promover a construção dos conceitos. De nada adianta memorizar informações se não existe o domínio dos conceitos ou se este conhecimento não for mobilizado para o desenvolvimento de competências. O aluno precisa entender os conteúdos de forma complexa, estabelecendo relações, aprimorando conceitos e reconhecendo as interfaces envolvendo os aspectos físicos da natureza e os aspectos humanos, dentro de uma estrutura de tempo. Os elementos físicos da natureza (vegetação, relevo, clima, hidrografia, entre outros) e as ações humanas em relação ao espaço precisam ser compreendidos a partir de diferentes escalas de temporalidade, de maneira sistêmica. As aulas com conteúdos tão abrangentes como os da Geografia devem tratar de temáticas relacionadas ao cotidiano dos alunos, deve promover a assimilação de conceitos que permitam entender sua própria ação no mundo. À medida que o aluno compreende as transformações do espaço geográfico ele amplia a visão crítica dos fenômenos naturais e humanos. A velocidade de expansão dos recursos tecnológicos e de sua flexibilização ante as demandas sociais é impressionante. A geração de crianças nascidas na última década é quase incapaz de conceber um mundo que não possua Internet, celular, cartão magnético, computador, redes sociais, smartphone, câmeras digitais, tablets e tantas outras invenções do mundo moderno. Este cenário social em que se inserem as práticas de uso das novas tecnologias não pode e não deve ser descolado das vivências e preocupações da escola e dos educadores. LEITURAOBRIGATÓRIA 36 É muito frequente encontrar crianças nas séries iniciais que, antes mesmo de serem alfabetizadas, são capazes de efetuar ligações telefônicas, acessar jogos no computador doméstico, utilizar equipamentos eletrônicos, acionar aplicativos em tablets e até mesmo navegar na Internet. Estas possibilidades denotam a inserção a estímulos múltiplos contextualizados em um ambiente estimulador, mediado por pessoas com as quais estabelece seus relacionamentos interpessoais. O professor deve estar consciente desta realidade, pois assim conseguirá planejar melhor suas aulas e adotar recursos didáticos estimulantes e conteúdos pertinentes à realidade sociocultural de seus alunos. No cotidiano escolar é perceptível que muitos educadores permanecem alheios aos avanços metodológicos, focando suas práticas educativas em métodos tradicionais de ensino, restritos a recursos didáticos insipientes e a aulas expositivas com lousa e apagador. De acordo com Libâneo e Pimenta (2002, p. 44), o professor precisa estar atento à dinâmica social, pois só assim é possível que atue como um analista crítico da sociedade, capaz de intervir a partir de sua prática profissional. A atenção do professor para a realidade vivenciada por seus alunos deve refletir diretamente na escolha de metodologias de ensino, na definição do planejamentodidático e na escolha de conteúdos que sejam significativos para o aluno. Neste sentido, é fundamental que os profissionais da área de educação se conscientizem da importância de se ter uma formação que corresponda às exigências do mundo moderno. LEITURAOBRIGATÓRIA 37 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia o artigo: Ensino de Geografia: Trabalho de Campo e Análise da Paisagem Urbana, escrito por Léia Aparecida Veiga, Andresa Lourenço da Silva e Alan Alves Alievi. Disponível em: <http://docs.fct.unesp.br/semanas/geografia/ensinodegeografiaeepistemologia/ TCEG02%20-%20Leia%20Aparecida%20Veiga%20et%20al.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Descubra a importância do ensino da Geografia fora da sala de aula. Acesse o portal do Ministério da Educação e Cultura e fique por dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino da História e da Geografia no Ensino Fundamental. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id= 12640%3Aparametros-curriculares-nacionais1o-a-4o-series&catid=195%3Aseb-educacao- basica&Itemid=859.>. Acesso em: 02 jan. 2014. Leia o artigo: O Ensino de Geografia e o uso dos Recursos Didáticos e Tecnológicos, escrito por Flaviana Moreira Calado. Disponível em: <http://www.geosaberes.ufc.br/seer/index.php/geosaberes/article/ viewFile/159/pdf501>. Acesso em: 02 jan. 2014. Este texto analisa a importância do ensino da Geografia e o uso dos recursos didáticos e tecnológicos na escola, propondo que esses recursos estejam cada dia mais presentes na prática docente. Acesse a Revista Nova Escola em sua versão on-line e leia a reportagem: O que ensinar em Geografia, escrita por Anderson Moço. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/mundo-dentro- fora-escola-426476.shtml?page=5>. Acesso em: 02 jan. 2014. 38 LINKSIMPORTANTES Este texto sugere que o ensino de Geografia do 1o ao 5o ano deve se apoiar em saídas de campo, leitura de textos de todos os gêneros e na produção e interpretação de mapas. Leia o artigo: A informática educativa e a construção do conhecimento científico: o ensino de geografia, escrito por Gislaine Batista Munhoz. Disponível em: <http://geografiahumanista.files.wordpress.com/2009/11/gislaine.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Este artigo, apresentado no Simpósio Nacional sobre Geografia, Percepção e Cognição do Meio Ambiente em Londrina – PR (2005), trata dos usos da linguagem digital nas aulas de Geografia, seus problemas e potencialidades. Leia o artigo: Aprendendo a ler o Mundo: Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental, escrito por Helena Copetti Callai. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n66/a06v2566.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Este artigo trata da importância de se aprender Geografia nas séries iniciais do Ensino Fundamental, a partir da leitura do mundo, da vida e do espaço vivido. Para tanto, aborda o papel da Geografia nesse nível do ensino e a necessidade de se iniciar, nessa fase, um processo de alfabetização cartográfica. Vídeos Importantes Assista o vídeo documentário: Conteúdos da Geografia no Ensino Fundamental. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=m1EENUKIB5M>. Acesso em 02 jan. 2014. Este vídeo foi produzido para a disciplina de Conteúdos e Didática da Geografia, do curso de Pedagogia Unesp/Univesp. O vídeo documentário buscou informações na escola, na universidade e na Secretaria de Educação para saber quais e como são os conteúdos do currículo da Geografia. A pesquisadora Marisia Santiago Buitoni (Instituto de Geografia-UERJ) levou a equipe de reportagem à Escola Estadual Fernão Dias Paes, em São Paulo. Em uma roda de conversa com as professoras, foram discutidos os diferentes assuntos e abordagens da disciplina com base no dia a dia real. O vídeo conta com a participação do geógrafo Sérgio Damiati, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (Secretaria de Educação de SP) e da pesquisadora Maria Elena Simielli (FFLCH-USP), pioneira na elaboração de uma cartografia escolar. 39 LINKSIMPORTANTES Assista ao vídeo documentário: Materiais Didáticos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ZiufdaZvddw>. Acesso em: 02 jan. 2014. Os alunos de mestrado Paula e Bruno, orientados pela professora Maria Isabel Castreghini de Freitas, explicam materiais didáticos criados por eles para aulas de Geografia. Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: A Geografia está em todo lugar; todavia, muitas escolas continuam presas ao mate- rial didático. A partir de seus conhecimen- tos, explique por que se pode afirmar que a Geografia não está só no livro didático? Questão 2: Considerando que o espaço geográfico é o objeto de estudo da Geografia, marque (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas: ( ) O espaço geográfico deve ser estudado primeiramente na dimensão local e poste- riormente global. ( ) O espaço vivido pode não ser o real imediato, pois são variados os lugares com os quais o aluno tem contato por intermé- dio da mídia, de literaturas, imagens. ( ) A alfabetização geográfica deve ocorrer desde os ciclos iniciais da educação, para que o aluno amplie sua capacidade de lei- tura do espaço geográfico. ( ) O imaginário, composto por representa- ções sobre o mundo vivido, não está vincu- lado ao conceito de espaço geográfico. AGORAÉASUAVEZ 40 Questão 3: Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da Geografia (BRASIL, 1998) re- comendam que no Ensino Fundamental o ensino priorize a noção de espaço. Consi- derando que o espaço geográfico é o obje- to de estudo da Geografia, entende-se que: a) O professor deve ensinar o aluno a decorar quais são os países, suas capitais e sua disposição geográfica no globo terrestre. b) O ensino da Geografia deve promover a consciência dos vínculos afetivos e de identidade estabelecidos com os espaços. c) A noção de espaço independe das pessoas, pois diz respeito aos elementos físicos que compõem a paisagem. d) O entendimento das relações presentes no espaço requer a memorização das informações sobre os elementos naturais e a sociedade. e) A noção de espaço na Geografia não admite as questões políticas, econômicas, sociais e culturais. Questão 4: No que diz respeito à importância das au- las de campo para a aprendizagem a partir da percepção, leia as proposições a seguir: I. As aulas de campo contribuem para que se construam hipóteses e reflexões sobre o espaço. II. As aulas de campo devem privilegiar a dimensão afetiva e subjetiva do aluno em relação ao espaço. III. As aulas de campo permitem que sejam acionadas as memórias e os conhecimentos prévios dos alunos. IV. As aulas de campo têm como objetivo a constatação e descrição dos fenômenos que compõem a paisagem. Assinale a alternativa que contém apenas as proposições corretas: a) I, II e III. b) I, III e IV. c) I e IV. d) II e III. e) Somente IV. Questão 5: Nos últimos anos, as informações geográ- ficas estão cada vez mais acessíveis por meio das mídias e dos meios de comuni- cação. Diante disto, quais preocupações devem permear a docência dos conteúdos geográficos: AGORAÉASUAVEZ 41 a) O professor precisa verificar se as imagens dos lugares retratados na mídia são realmente àqueles enunciados. b) O professor precisa possuir as informaçõesda mídia, analisá-las e submetê-las aos métodos e processos de aprendizagem relacionados à Ciência Geográfica. c) O professor precisa assegurar que seus alunos memorizem as informações presentes na mídia. d) O professor precisa mostrar a seus alunos que a mídia é tendenciosa e, por isso, é desacreditada. e) O professor só pode utilizar os conte- údos presentes na mídia se estiverem de acordo com o material didático. Questão 6: Explique qual é a importância da didática para o ensino da Geografia? Questão 7: A disciplina de Geografia é ofertada a partir da metade do Ensino Fundamental, quan- do o currículo escolar é dividido em discipli- nas específicas, sob a responsabilidade de professores licenciados na área. Explique em que momento a criança deve iniciar o processo de alfabetização geográfica. Questão 8: A grande maioria da população brasileira vive em centros urbanos. Explique por que é importante trabalhar com projetos educa- tivos relacionados à cidade. Questão 9: Explique quais são os principais critérios que devem ser observados pelos professores na definição dos conteúdos de Geografia. Questão 10: Muitos educadores permanecem alheios aos novos recursos e métodos de ensino relacionados à Geografia, tornando a aula cansativa e desmotivadora. Que iniciativas o professor deve tomar para tornar os con- teúdos interessantes aos alunos? AGORAÉASUAVEZ 42 Neste tema, você aprendeu sobre a importância do planejamento para o ensino da Geografia. Você ficou por dentro das várias possibilidades didáticas que podem ser utilizadas para tornar os conteúdos atraentes e significativos para o aluno. Você entendeu, também, como é importante construir atividades que estimulem o raciocínio, o pensamento crítico e a criatividade dos alunos. Entre os recursos que possibilitam o aprendizado estão aqueles que exploram o elemento lúdico infantil. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO Aplicativos: são softwares concebidos para desempenhar tarefas práticas ao usuário, para que este possa concretizar determinados trabalhos. Didática: Libâneo (2004) define didática como a mediação entre as dimensões teórico- científica e a prática docente. Método: conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (LAKATOS; MARCONI, 2012). Sistêmico: conjunto de elementos, concretos ou abstratos, que se relacionam entre si. GLOSSÁRIO 43 Smartphone: é um telefone com funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por meio de programas executados por seu sistema operacional. Tablet: é um dispositivo pessoal em formato de prancheta que oferece recursos avançados de acesso à Internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas. Apresenta uma tela sensível que, ao ser pressionada, aciona suas funcionalidades GLOSSÁRIO Questão 1 Resposta: Deve-se reconhecer que grande parte do conhecimento geográfico ensinado e adquirido depende do olhar. Além disto, a Geografia está presente no noticiário, em obras literárias, em filmes, fotografias. Todas as fontes que são úteis para aumentar a percepção do aluno em relação ao espaço podem ser úteis para o ensino da Geografia. Questão 2 Resposta: F – V – V - F Questão 3 Resposta: Alternativa B. Questão 4 Resposta: Alternativa A. Questão 5 Resposta: Alternativa B. GABARITO 44 GABARITO Questão 6 Resposta: A didática tem o processo de ensino como seu objeto de estudo; portanto, requer que sejam analisadas as atividades docentes que envolvem todo o processo de construção do conhecimento, tanto dentro quanto fora da sala de aula. O uso adequado de materiais didáticos permitem que as aulas sejam dinâmicas, atraentes e elucidativas. A didática é importante no ensino da Geografia, pois envolve a definição e o uso dos recursos utilizados como meio do processo de aprendizagem. Questão 7 Resposta: A criança aprende a observar o mundo e a entender as relações que estabelece com o espaço desde muito cedo. Portanto, assim que iniciar suas atividades escolares, o conhecimento geográfico deve fazer parte da vida da criança. A alfabetização geográfica deve ocorrer durante toda a vida escolar da criança. Questão 8 Resposta: Deve-se reconhecer que este espaço é familiar ao aluno e, portanto, é onde constrói suas vivências e confere sentido ao espaço. O estudo da cidade permite que o aluno articule conhecimentos científicos em redes de significados que lhe são familiares. O estudo das cidades contribui para que os alunos identifiquem a ação social e cultural em diferentes lugares e nela se reconheçam; permite ainda compreender que a sociedade é dinâmica, que a dimensão do tempo também é constituinte do espaço geográfico, nas formas do relevo, nas ruas, nas edificações, que apresentam simultaneamente o passado e o presente. O estudo das cidades contribui para a formação dos conceitos de identidade e lugar, permite entender os arranjos espaciais e refletir sobre questões políticas, religiosas, ambientais e econômicas, entre outros. Questão 9 Resposta: O ensino da Geografia não pode estar associado à mera listagem de conteúdos que precisam ser trabalhados dentro de um espaço de tempo previsível. A definição do currículo deve abranger as concepções de mundo, de sociedade e sujeitos que se pretende formar. A escolha dos conteúdos não pode ser aleatória ou despreocupada com a realidade dos alunos. O professor deve atentar para as propostas curriculares nacionais, estaduais e as definidas pelo projeto político-pedagógico da instituição de ensino. 45 Questão 10 Resposta: O professor precisa estar atento à realidade vivenciada por seus alunos e definir metodologias de ensino que melhor se adaptem à realidade e às necessidades deles. Uma das formas de tornar o conteúdo interessante está na escolha e no uso eficiente de recursos didáticos que prendam a atenção do aluno. GABARITO
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