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Introdução
	O coração é o primeiro órgão a ser formado no período embrionário e todos os eventos seguintes na vida do organismo dependem da habilidade deste órgão equivaler o seu rendimento com a demanda do organismo por oxigênio e nutrientes.
O coração é um órgão único, muscular, localizado na região mediastínica, levemente deslocado à esquerda do plano mediano, que possui como principal função propelir o sangue através dos vasos, fazendo-o chegar a todas as células do organismo. Além desta função bombeadora, também possui função endócrina.
Figura 1: Esquema simplificado do coração, demonstrando as principais estruturas cardíacas e grandes vasos.
Definição
Aspectos Morfológicos
O homem é constituído por uma rede de sistemas complexos interligados entre si coordenados principalmente pelo sistema nervoso e ligados pelo sistema cardiovascular. O sistema cardiovascular humano e de todos os mamíferos é o mais complexo dos seres vivos conferindo-lhes a capacidade de manutenção da temperatura corporal independentemente do ambiente que os envolve. Formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos, como principal órgão do sistema cardiovascular, funciona então como o órgão regulador, a “bomba” que mantém o sistema em funcionamento que, com dois sistemas fechados de vasos e a sua anatomofisiologia específica formam a pequena e a grande circulação.
	De acordo com a anatomia do sistema cardiovascular o coração é um órgão muscular oco, localizado no mediastino, entre os pulmões, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda, que apresenta uma contração rítmica, servindo como uma bomba para bombear o sangue pelo sistema circulatório. É formado por três túnicas: a mais interna, endocárdio que reveste os átrios e os ventrículos, intervindo também na formação das valvas cardíacas, liga-se ao miocárdio pela camada subendotelial, que contem vasos, nervos e células de Purkinje; a média, o miocárdio sendo a camada mais espessa do coração, constituído por células musculares cardíacas, sua função é ejetar o sangue que se encontra no interior do coração; e a externa, o epicárdio é a membrana que reveste e protege o coração, restringindo o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.  Já a região centro fibrosa é chamada de esqueleto fibroso ou esqueleto cardíaco é constituído por tecido conjuntivo denso, tendo como principais componentes o septo membranoso, o trígono fibroso e o ânulo fibroso. 
	Todo o funcionamento do sistema cardiovascular está baseado no batimento cardíaco. A partir daí os átrios e ventrículos do coração relaxam e se contraem formando um ciclo que garantirá toda a circulação do organismo. O coração humano, assim como todos os mamíferos, apresenta quatro cavidades, dois átrios ou aurículas e dois ventrículos. Onde o átrio direito se comunica com o ventrículo direito por meio das válvulas tricúspide, e o átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo por meio da válvula bicúspide ou mitral,	 esse sistema de valvas evitam o refluxo de sangue em diferentes momentos do ciclo cardíaco.	 
	As valvas cardíacas são estruturas formadas por tecido conjuntivo, que estão presentes na saída de cada uma das quatro câmaras do coração. Permitindo o fluxo de sangue em um único sentido. O que regula a abertura e fechamento das valvas são as pressões dentro das câmaras cardíacas.  O lado direito do coração recebe o sangue rico em gás carbônico e o leva para os pulmões ocorrendo o processo de hematose que é a troca de gases, CO2 por O2, o sangue segue para o átrio esquerdo e desse, para o ventrículo esquerdo, de onde sai à artéria aorta, que leva o sangue rico em oxigênio e nutrientes para todo corpo.
	Para assegurar que o sangue flua numa só direção, o coração possui quatro válvulas, que são: 
Valva atrioventricular direita: localizada entre o átrio direito e o ventrículo direito, evita o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio no momento de contração do ventrículo (sístole ventricular). É composta de três folhetos (válvulas), sendo também chamada de valva tricúspide.
Valva atrioventricular esquerda: localizada entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, impede o refluxo do ventrículo para o átrio, se fechando no momento da contração ventricular. É composta de dois folhetos, sendo também chamada de valva mitral.
*Valva semilunar pulmonar: encontra-se no tronco pulmonar, e se fecha evitando o refluxo de sangue deste vaso para o ventrículo direito no momento do relaxamento (diástole) do ventrículo.
*Valva semilunar aórtica: encontra-se na artéria aorta e impede o refluxo de sangue desta artéria para o ventrículo esquerdo no momento da diástole ventricular.
Para circular por todo o corpo, o sangue flui dentro de vasos sanguíneos, que podem ser classificados como sendo:
Artérias: são fortes e flexíveis, transportam o sangue do coração e suportam pressões sanguíneas elevadas, sua elasticidade ajuda na manutenção da pressão arterial durantes os batimentos cardíacos;	
Artérias menores e arteríolas: possuem paredes musculares que ajustam seu diâmetro a fim de aumentar ou diminuir o fluxo sanguíneo em uma determinada área;
Capilares: são vasos sanguíneos pequenos e de paredes extremamente finas, que atuam como pontes entre artérias e permitem que o oxigênio e os nutrientes passem do sangue para os tecidos e que os resíduos metabólicos passem dos tecidos para o sangue;	
Veias: transportam o sangue de volta para o coração. 
O sentido de circulação do sangue para o coração é: átrio direito → ventrículo direito → artéria pulmonar → pulmões → veias pulmonares → átrio esquerdo → ventrículo esquerdo → artéria aorta → tecidos → veias cavas cranial e caudal → átrio direito.
Como se pode perceber, o sangue rico em oxigênio (arterial) que sai dos pulmões em direção aos tecidos do organismo, passando pelo lado esquerdo do coração, não se mistura com o sangue pobre em oxigênio (venoso) que vai dos tecidos em direção aos pulmões para ser oxigenado, passando pelo lado direito do coração. Esse sangue, rico em oxigênio, irriga todo o organismo, exceto os pulmões. Todo esse sistema é denominado de circulação pulmonar e circulação sistêmica.
*OBS.: as valvas semilunares também podem ser chamadas de valvas sigmóides.
Figura 2: Anatomia do coração, grandes vasos e o fluxo sanguíneo. Esquema do coração, mostrando suas cavidades e o sentido de circulação do sangue. Observe que não há mistura do sangue do lado direito com o do lado esquerdo dentro do coração.
Eletrosiologia Cardíaca
O evento de contração da musculatura cardíaca, essencial para que o coração desempenhe sue função de bomba, é dependente da despolarização ordenada das células musculares cardíacas. Para que a fibra muscular cardíaca se contraia, é necessária a despolarização desta mesma fibra. A ativação elétrica ordenada do coração se dá pela propagação, em seqüência, de potenciais de ação despolarizantes através das estruturas anatômicas deste órgão. O batimento cardíaco tem início no nodo sino-atrial (SA), com um potencial de ação gerado de maneira espontânea. Esse potencial de ação se dissemina por todo o miocárdio atrial direito, e chega ao miocárdio atrial esquerdo, levando à contração do miocárdio atrial.
Em seguida, essa onda de ativação converge para a única conexão elétrica existente entre o miocárdio atrial e o ventricular: o nodo atrioventricular (AV). Após passar pelo nodo AV, a onda de ativação atinge o feixe de His, e passa por ele até chegar às fibras de Purkinge, que são arborizações do feixe de His no miocárdio ventricular. Deste modo, a onda de despolarização – o impulso cardíaco - é distribuída a todo o miocárdio dos ventrículos direito e esquerdo, determinando a contração ventricular.
Figura 3: Sistema elétrico do coração.
Patologia
Infarto Agudo do Miocárdio	
 	Em situações normais, o sangue é bombeado pelo coração e circula, atravésdas artérias e veias, irrigando todos os tecidos do corpo, inclusive o próprio coração. No Infarto Agudo do Miocárdio, há uma interrupção ou diminuição do fluxo de sangue para o coração, levando a uma redução da quantidade de oxigênio que chega ao músculo cardíaco. Quando o coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente, ocorre lesão da musculatura e, dependendo do tempo de duração deste bloqueio, uma parte do coração morre e para de funcionar.	
 	Para Robbins (2000), a conseqüência da obstrução da artéria coronária consiste em perda de suprimento sangüíneo necessário para o miocárdio, assim induzindo varias conseqüências morfológicas, bioquímicas e funcionais. A oclusão de uma artéria resulta em isquemia e potencialmente, morte celular.
Figura 4: Artéria bloqueada e tecido cárdico lesionado.
Segundo Morton (2007), por meio de estudos epidemiológicos, foram identificados vários fatores de risco que levam ao acometimento do Infarto Agudo do Miocárdio. 
Alguns fatores de riscos podem aumentar as chances de desenvolver uma doença arterial coronariana (DAC) e ter um infarto do coração. Alguns fatores de risco podem ser controlados, outros não:	
Os fatores de risco importante são:
Hipertensão Arterial
Colesterol alto
Diabetes Mellities (glicose aumentada no sangue)
Sobrepeso e obesidade
Sedentarismo (individuo que não prática atividades físicas)
Má alimentação
Tabagismo ou hábito de fumar
Excesso de álcool 	
Ansiedade
Depressão
Os fatores de riscos que não podem ser mudados de controles são os seguintes:
Idade: o risco aumenta para homens acima de 45 anos ou para mulheres de 55 anos (ou após a menopausa).
Histórico familiar de doença arterial coronariana (DAC): o risco aumenta se o pai ou um irmão foi diagnosticado com DAC antes dos 55 anos de idade, ou a mãe ou irmã foi diagnosticada com DAC antes dos 65 anos de idade.	
Tratamento
Tratamento Médico 
	Uma vez feito o diagnóstico de infarto do miocárdio (ou quando a suspeita é muito forte) são iniciados tratamentos mais específicos para tentar restaurar fluxo sanguíneo para o coração o mais rápido possível.
O tratamento vai variar conforme a necessidade e gravidade de cada caso. Os exames realizados irão servir como base para avaliar a necessidade de qual tratamento será administrado, podendo ser medicamentoso, ou mesmo cirúrgico.	 
 	Os medicamentos utilizados variam conforme o grau de risco do paciente entre eles pode encontrar vasodilatadores, morfina, lidocaína, atropina, anticoagulantes com heparina, entre outros. Em uma situação de alto risco, ou ate mesmo uma possível parada cardíaca, quando as medicações não conseguem parar o processo de infarto, a opção normalmente é de uma angioplastia, ou até mesmo revascularização do miocárdio.
Os procedimentos mais utilizados para desobstruir as coronárias são a angioplastia e procedimentos do tipo ponte de safena (a safena é uma veia da perna que é transplantada para o coração no lugar da artéria coronária obstruída). Este procedimento de transplante de vasos sanguíneos para substituir a artéria coronária, que está obstruída. Este procedimento de transplante de vasos sanguíneos para substituir a artéria coronária, que está obstruída, pode ser feito também com artérias mamárias (do tórax) e artérias radiais (dos antebraços).	
 	A prevenção baseia-se em um maior controle e tratamento dos fatores de risco listados anteriormente, bem como adotar hábitos de vida mais saudáveis.
 	Dentre as principais recomendações, podemos citar:
Check-ups médicos regulares.
Tratar adequadamente doenças como o colesterol alto, hipertensão arterial e diabetes mellitus.	
Mudança de hábitos alimentares. Seguir uma dieta balanceada, rica em frutas e verduras. Com baixa quantidade de gorduras e sal.
Praticar atividades físicas regularmente, sob orientação médica.
Perder peso, em caso de obesidade ou sobrepeso.
Parar de fumar.
	O tratamento precoce pode prevenir e limitar os danos causados ao músculo cardíaco. O importante é agir rápido diante dos primeiros sintomas de infarto agudo do miocárdio, procurando um atendimento médico prontamente.
Tratamento Nutricional
	A promoção de práticas alimentares saudáveis está inserida no contexto da adoção de estilos de vida saudáveis, sendo importante no contexto da promoção da saúde (BRASIL, 2003).	
 	Torna-se evidente a demonstração de fatores relacionados à alimentação que estão envolvidos com o desenvolvimento de doenças cardiovascular. Nesse sentido, a abordagem relacionada à adoção de uma alimentação saudável torna-se imprescindível, independentemente da linha de cuidado na qual a operadora irá elaborar seu Programa de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (BRASIL, 2003).	
 	Ao se estabelecer qualquer dieta ou prescrição alimentar devemos, sempre que possível adequá-las aos hábitos alimentares do restante da família.
 	As pessoas devem ser incentivadas a utilizar os alimentos das estações e de disponibilidade local. Frutas, legumes e verduras são essenciais. Horta caseira. Evitar ao máximo frituras, enlatados e alimentos conservados em sal (BRASIL, 2003).	
 	O controle das porções (depende do número de calorias necessárias, de acordo com o sexo, peso, idade e atividade física) também é muito importante para que o indivíduo se mantenha saudável e com índice de massa corporal adequado. A exceção de patologias especiais como cardiovasculares, dislipidemias ou regimes específicos recomendados por médicos ou nutricionistas, a alimentação do adulto deve ser seguida algumas recomendações básicas, como:	
Ser variada;	
Limitar as gorduras saturadas a menos de 10% do total das calorias;	
Ingerir frutas, legumes e verduras;	
Limitar a ingestão de sal;	
Beber líquido suficiente;	
Manter horários regulares para refeições	
 	Conforme o exposto podemos entender que o tratamento visa reduzir o tamanho do infarto e diminuir as complicações pós-infarto. Envolve cuidados gerais como repouso, monitorização intensiva da evolução da doença. O tratamento é diferente conforme a pessoa, já que áreas diferentes quando a localização e tamanho podem ser afetadas, e resposta de cada pessoa ao infarto ser particular.
Tratamento Fisioterapêutico
A reabilitação na fase aguda do infarto objetiva reduzir os efeitos deletérios de prolongado repouso no leito, o controle das alterações psicológicas e a redução da permanência hospitalar. Além disso, em longo prazo, o exercício pode ajudar a controlar o hábito de fumar, a hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, obesidade e a tensão emocional. Há evidências de que exercício regular, realizado por longos períodos, possa influenciar na prevenção da aterosclerose e na redução de eventos coronários, sendo necessária a atividade regular para manter os efeitos do exercício. 
O principal objetivo dos programas de reabilitação cardíaca é permitir aos cardiopatas retornar, o quanto antes, à vida produtiva e ativa, a despeito de possíveis limitações impostas pelo seu processo patológico, pelo maior período de tempo possível.
Poderiam ainda ser apresentados outros três objetivos específicos:
Restaurar à sua melhor condição fisiológica, social e laborativa pacientes com doença cardiovascular; 
Prevenir a progressão, ou reverter o processo aterosclerótico, nos pacientes coronariopatas, ou em alto risco de vir a desenvolver doença obstrutiva coronariana; 
Reduzir a morbi-mortalidade cardiovascular e melhorar da sintomatologia de angina de peito em coronariopatas. Isto é, aumentar a quantidade e a qualidade de vida.
As fases de reabilitação pós-infarto são divididas em três: 
Reabilitação fase I - aguda, as atitudes de reabilitação tomadas durante o período compreendido desde o início do evento coronário até a alta hospitalar; 
Reabilitação fase II - corresponde àquelas desenvolvidas no período de convalescença, entre a alta hospitalar e o período de 2 a 3 meses após o infarto,
Reabilitação fase III - de recuperação e manutenção, compreende os procedimentos após o 3º mês.
Estes períodospodem ser variáveis, de acordo com a situação clínica de cada paciente, e a avaliação médica adequada, educação e orientação reduzem o risco potencial da atividade física mais intensa. 
A orientação fundamental a ser dada pelo cardiologista ao seu paciente é de que reabilitação após o infarto não se limita a programas formais e sofisticados, mas a uma mudança do estilo de vida, abrangente em relação aos fatores de risco controláveis, e marcada convivência com movimentos de qualquer espécie em relação às atividades cotidianas. A prescrição do exercício físico para o paciente infartado com insuficiência cardíaca é basicamente semelhante àquela feita para o paciente infartado com boa função ventricular. 
Tratamento Psicológico
A psicologia tem sido importante em todas as situações relacionadas às questões de saúde, e o psicólogo como um profissional de promoção da saúde, tem atuado tanto na prevenção quanto no tratamento.
Tratamentos Psicológicos são aplicados tanto ao paciente quanto aos familiares:
Ansiedade
Depressão
Medo
Irritabilidade
Impaciência
Desânimo
Visando o relacionamento humano saudável, o psicólogo procura dialogar com o paciente, seus familiares e com a equipe de saúde. Realizando interações em situações variadas, o psicólogo vai desenvolvendo um estilo próprio de comunicação com o paciente e seus familiares. Deve estar preparado para entender as dificuldades que o paciente pode apresentar por ocasião de uma internação prolongada, como no caso de cirurgias cardíacas, que tipo de tratamento receberá e como isso vai ocorrer, quando poderá receber a visita dos familiares, qual o significado da doença e outras tantas questões dessa ordem.		
 	A doença, a internação, as intervenções cirúrgicas e todos os procedimentos aos quais estará submetido, provocam profundas alterações na vida do paciente e dos seus familiares. Assim, todo o momento junto ao indivíduo hospitalizado ou junto à família deste, o psicólogo poderá prestar assistência, apoio, esclarecimentos e ajuda. O psicólogo poderá facilitar ao paciente a identificação e reconhecimento do que está acontecendo com ele, esclarecendo o que ele está vivenciando e o significado disso, buscando conhecer e entender os aspectos emocionais subjacentes às queixas orgânicas.	
Alguns autores têm relacionado à doença coronariana com fatores psicológicos. Holmes e Rahe citados por Oliveira e Ismael (1995, p.186) observaram que a vida estressante, emoções negativas como perda de um ente querido, dificuldades financeiras, acidentes com o carro e problemas no trabalho, são dificuldades que podem provocar a quebra do sistema existencial do indivíduo fazendo com que se sinta desvalorizado com perda da auto-estima e mesmo alterações emocionais de ordem positiva como uma promoção no trabalho, uma grande conquista ou homenagem inesperadas, também podem ser considerados como fatores associados com o desenvolvimento da doença, tornando o indivíduo um alvo mais fácil para o infarto do miocárdio.	
A doença coronariana na visão de Sherman citado por Oliveira e Ismael (1995, p.187), pode ser vista como alternativa para certas desordens de personalidade, para aqueles que não conseguem admitir que não seja bem-sucedidos e inconscientemente prefere uma crise cardíaca a possibilidade de ter sua fraqueza e vulnerabilidades reveladas.	
Os esforços para controlar, tolerar ou reduzir demandas específicas, vão fatigando os recursos da pessoa. A energia mobilizada no organismo, desencadeada pela ansiedade gera um acúmulo de energia não empregada que desencadeia alterações fisiológicas e pode sobrecarregar determinados órgãos, contribuindo para o aparecimento de transtornos orgânicos, como os psicofisiológicos.
 	O paciente demonstra desinteresse por tudo porque acredita ser impossível viver com qualidade enquanto não encontrar a cura para sua doença. Comporta-se como vítima e evita relacionamentos interpessoais aumentando ainda mais seu sofrimento por suspender seus projetos de vida. Essa atitude contribui para seu humor depressivo, mantendo um estilo de enfrentamento desadaptado no plano comportamental.	
Conclusão
 	As doenças cardiovasculares, dentre elas o infarto agudo do miocárdio, são as principais causas de morte no Brasil. Segundo dados do DATASUS, cerca de 66.000 pessoas morrem todos os anos devido ao infarto do coração em nosso país. Cerca de 60% dos óbitos por infarto acontecem na primeira hora após o início dos sintomas.	 
A atuação do psicólogo vai ajudar na busca pelo alívio emocional do paciente e familiares uma vez que, invariavelmente a angústia e a ansiedade estão presentes nestes processos. O paciente que recebe esclarecimentos sobre a doença e entende a necessidade da internação, lida melhor com seus medos e tende a ficar menos ansioso, colaborando conscientemente para o sucesso do tratamento e da recuperação.	
 	Diante disto, vale à pena ressaltar que o rápido reconhecimento dos sintomas, bem como o pronto atendimento médico é de fundamental importância para um melhor tratamento desta doença bem como para evitar complicações e mortes prematura.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Qualificação profissional e saúde com qualidade. In Revista Formação, Brasília : Minísterio da Saúde/PROFAE, Janeiro de 2003, Vol, 02.
CAMPOS, T.C.P.; Psicologia Hospitalar - A atuação do psicólogo em hospitais.
São Paulo: EPU, 2011.	
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php acesso em 24 de março de 2016.
OLIVEIRA, M.F.P.; ISMAEL, S.M.C.; Rumos da psicologia hospitalar em cardiologia. Campinas - SP: Papirus, 1995.
PASTORE, C. A.; ABDALLA, I. G. Anatomia e Fisiologia para Psicólogos. São Paulo: EDICON, 2004.
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/1995/6403/64030023.pdf acesso em 02 de abril de 2016.
http://www.uff.br/fisiovet1/cardio_TT.pdf acesso em 20 de março de 2016.
ROBBINS, S. L. Patologia Estrutural e Funcional. 6 ed. Guanabara: Koogan, 2000.

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