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MOBIIZAÇÃO NEURAL Teorico e Prático 2016.02 ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO ESTRUTURA DO SNC ESTRUTURA DO SNP ESTRUTURA DO NERVO ESTRUTURA DO NERVO ESTRUTURA DO NERVO COMUNICAÇÃO NEURONAL RESPOSTA NEURONAL ESTRUTURA DO NERVO O sistema nervoso central e periférico devem ser considerados como unidade funcional, devido: • Força mecânica • Descarga elétrica contínua • Fluxo químico ESTRUTURA DO NERVO MEMBRANA CONECTIVA • Endoneuro: é uma estrutura elástica feita de tecido colagenoso compacto, sendo uma continuidade da pia-máter; • Perineuro: é um tecido colagenoso rígido e forte, revestindo um fascículo; • Epineuro: protege e forra um conjunto de fascículos; • Mesoneuro: é um tecido aureolar frouxo que permite ao nervo periférico se deslizar paralelo ao tecido adjacente; ESTRUTURA DO NERVO INERVAÇÃO DO NERVO • Tecidos conjuntivos neurais recebem inervação através de uma ramificação de sua própria raiz nervosa, o nervi nervorum; • A capacidade de captar a estímulos de estiramento, transmitindo informações ao SNC e este por sua vez através de uma resposta-motora, impede um aumento deste estiramento, realizando contração muscular. ESTRUTURA DO NERVO O sistema nervoso é um tecido que possui propriedades elásticas, além de ser contínuo em todo o corpo, onde é envolvido por membranas (tecido neural e conjuntivo) em toda sua extensão, permitindo assim o deslocamento dos impulsos elétricos gerados no cérebro até as extremidades. CARACTERÍSITICAS DA MOBILIDADE • A mobilização neural conduz zonas de contato estreito entre os diferentes tecidos (neural e conjuntivo). • Durante o percurso do nervo pode haver áreas hipomóvel ou fixas. • A deformação mecânica e diminuição da mobilidade presentes no sistema nervoso são as causas que prejudicam a integridade do mesmo. • O termo tensão é utilizado para indicar os sinais e sintomas que são de origem neural, como dores em ardência ou queimadura, alterações de sensibilidade (parestesias) e alterações de força muscular. CONCEITO A mobilização neural consiste num conjunto de técnicas a realizar mobilização e estiramento controlado do tecido conjuntivo circundante aos nervos e que por sua vez melhora a sua condução nervosa e mobilidade intrínseca. EFEITOS FISIOLÓGICOS • Melhora a condução elétrica do nervo • Melhora o fluxo neuronal • Melhora a mobilidade do tecido conectivo EFEITOS MECÂNICOS O conceito de Neurobiomecânica se deve ao movimento que o sistema nervoso realiza entre as estruturas de interface. Para compreendermos a Neurobiomecânica, devemos primeiramente analisar alguns conceitos, como: • Interface Mecânica: As interfaces mecânicas são tecidos adjacentes ao SN que pode mover independentemente do sistema. Elas podem ser fisiológicas (músculo supinador ao nervo radial, por exemplo) ou patológicas (osteófitos, compressões devido a gessos e bandagens). • Pontos de Tensão: Os pontos de tensão são locais do sistema nervoso onde não se movem ou apresentam movimentos mínimos em relação às estruturas circundantes. Ex: C6, T6, L4, região posterior do joelho e anterior do cotovelo. • Complacência Neural: Capacidade que um nervo tem de ceder a pressão ou força sem romper-se. EFEITOS MECÂNICOS • Tensão Neural Adversa: Respostas mecânicas e fisiológicas anormais das estruturas dos sistema nervoso quando suas amplitudes normais de movimento e capacidade de alongamento são testadas. À medida que uma tensão é aplicada a um nervo, a pressão intraneural irá aumentar conforme a área seccional transversa diminui. OBJETIVOS • Redução do quadro álgico • Normalização da sensibilidade • Normalização da força muscular • Aumento do arco de movimento INDICAÇÕES • Neuropatias Periféricas; • Hérnias de Disco; • Síndrome Túnel do Carpo; • Síndrome do Piramidal; • Lesões Nervos Periféricos; • Síndrome dos Escalenos; • Ciatalgias; • Lombalgias, dentre outras disfunções neurofuncionais. CONTRA INDICAÇÕES • Trauma grave • Fibrose irreversível • Presença de sangue e edema local • Estenose vertebral • Posturas não-fisiológicas • Angulações pós-fraturas • Anormalidades congênitas • Cirurgias fracassadas COMPLICAÇÕES A mobilização neural não é um alongamento ou estiramento do nervo, ou seja, quanto mais alongamos o sistema nervoso, maior é o estresse imposto a este tecido e consequentemente maior serão os sintomas deste paciente. TIPOS DE LESÕES • COMPRESSÃO: como o próprio nome diz, é ocasionada por uma compressão de uma estrutura de interface. Esta compressão pode ocorrer por um espasmo muscular, disfunção artrocinemática ou por alguma disfunção de parâmetro maior, como por exemplo, a formação osteofitária. • SENSIBILIZAÇÃO: é caracterizada por um aumento da sensibilidade do tronco nervoso. Pode ocorrer devido a uma irritação inflamatória ou por um estiramento nervoso. Pode haver alteração postural devido a uma compensação involuntária. • PERDA DA COMPLACÊNCIA: Perda da elasticidade de um tecido nervoso, que ocorre devido um encurtamento do tecido conjuntivo. Obs: Nas lesões de Perda de Complacência Neural os sintomas só irão aparecer quando os nervos são colocados em tensão. AVALIAÇÃO • Anamnese • Avaliação Estática (Postural) • Avaliação Dinâmica (Teste Neurodinâmico) • Testes de Sensibilidade e Reflexos • Palpação dos Tecidos Nervosos: observação de hiperálgicas • Testes de Força Muscular • Testes de Tensão: podemos encontrar respostas anormais como diminuição da amplitude fisiológica, dor ou formigamento NEURODINÂMICA SLUMP TESTE • Paciente sentado na borda da maca, com as duas mãos entrelaçadas na região lombar. • Terapeuta atrás do paciente com as duas mãos estabilizando a cabeça do paciente. TÉCNICA • 1° Passo: Pedir para o paciente inclinar o corpo para frente, enquanto o terapeuta mantém a • cervical neutra. • 2° Passo: Pedir para o paciente realizar flexão cervical, encostando seu queixo no esterno. • 3° Passo: Com o membro não afetado realiza-se extensão de joelho e dorsiflexão de tornozelo. • 4° Passo: Liberar a flexão cervical e verificar os sintomas. • 5° Passo: Realizar o mesmo teste com a perna contralateral. Obs: O Teste não precisa ser realizado totalmente. Portanto se o paciente relatar algum sintoma ou tensão na região do trajeto do nervo, o teste já é considerado positivo. NEURODINÂMICA SLUMP TESTE NEURODINÂMICA SLR (TESTE DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA) 0 – 35° Dor extra medular 35 – 70° Dor intramedular 70° + Dor facetária CUIDADOS NA AVALIAÇÃO • Sempre testar bilateralmente • Nos testes de tensão, se o paciente relatar alguma alteração, não é necessário chegar até o final do teste. • Exames complementares, como a eletroneurografia, têm pouca validade, pois, pode haver alterações sem comprometimento na condução elétrica. • Em alterações de membros superiores deve-se avaliar também a cervical. O mesmo acontece com os membros inferiores, avaliando a região lombar e sacral. • Outras estruturas estão envolvidas nos testes (discos, músculos, articulações), podendo levar a distorções no diagnóstico; MN QUADRANTE SUPERIOR LOCALIZAÇÃO NEURAL • NERVO MEDIANO: Formado principalmente pela raiz C7, inervação paraos músculos pronadores, e flexores do punho e dedos. Com relação dermatomial inerva palma da mão, polegar, primeiro, segundo e metade do terceiro dedo da mão. • NERVO RADIAL: Formado principalmente pelas raízes anteriores de C5-C6, sendo que possui fibras que emergem das divisões posteriores dos troncos superior, médio e inferior. Estas divisões se anastomosam para formar o fascículo posterior. • NERVO ULNAR: Formado principalmente pelas raízes de C8-T1, Passa na região medial do braço, Arcada de Struthers, posteriormente ao epicôndilo medial do úmero, túnel cubital, face Antero-medial do antebraço, Canal de Guyon chegando ate o quarto e quinto dedos. A invervação dermatomial atinge as regiões anterio-medial e póstero-medial da mão. Inerva os músculos: flexor ulnar dos carpos, lumbricais da mão e quarto e quinto dedos. MN QUADRANTE INFERIOR LOCALIZAÇÃO NEURAL • NERVO ISQUIÁTICO: É o maior e mais largo nervo do corpo – é formado pelos ramos anteriores de L4 a S3 que convergem na face anterior do músculo piriforme. Geralmente, o nervo isquiático passa através do forame isquiático maior, abaixo do piriforme para entrar na região glútea, então desce ao longo da face posterior da coxa para suprir a face posterior do membro inferior. No ápice da fossa poplítea, o nervo isquiático divide-se em nervo ciático poplíteo externo (nervo fibular) e ciático poplíteo interno (nervo tibial). • NERVO FEMURAL: Formado pela união das raízes L2-L3-L4, passa entre os músculos psoas e ilíaco, posteriormente ao ligamento inguinal e logo depois se ramifica formando o nervo safeno e ramos anteriores do nervo femoral. Os ramos anteriores passam entre o reto da coxa e o vasto intermédio e o safeno desce obliquo ínfero-medialmente, indo em direção a face antero-medial inferior do joelho e perna, e face medial do pé. Inerva os músculos: ilíaco, reto femoral, sartorio, pectineo, vastos medial, lateral e intermédio. TRATAMENTO MOBILIZAÇÃO NEURAL DOS MMSS • NERVO MEDIANO: Rotação externa de braço + extensão de cotovelo + supinação de antebraço + extensão de punho • NERVO RADIAL: Rotação interna de braço + extensão de cotovelo + pronação de antebraço + flexão de punho • NERVO ULNAR: Abdução de ombro 90º + rotação externa de braço + flexão de cotovelo + pronação de antebraço + extensão de punho TRATAMENTO NERVO MEDIANO TRATAMENTO NERVO ULNAR TRATAMENTO NERVO RADIAL TRATAMENTO MOBILIZAÇÃO NEURAL DOS MMII • NERVO ISQUIÁTICO: Flexão de coxofemoral + extensão do joelho + dorseflexão • NERVO FEMURAL: Extensão da coxofemoral + flexão de joelho TRATAMENTO NERVO ISQUIÁTICO TRATAMENTO NERVO FEMORAL BIBLIOGRAFIA • BUTLER, D. Mobilização do tecido neural. Rio de Janeiro. Manole, 2003.
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