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AULA 03

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AULA 03 - 04: DIREITO PENAL II
Bibliografia:
CAPEZ, vol 1 e 2
Casos concretos: trazer para aula, não precisa postar.
Concurso material (continuação):
Concurso de crimes, pela ordem do código, concurso material é a Possibilidade de um ou vários agentes cometerem crimes com mais de uma ação ou omissão, sistema do cúmulo material, todas as penas são somadas. Espécies podem ser homogêneas ou heterogêneas. Homogêneas têm a mesma qualificação penal, ex. homicídio, heterogêneas têm qualificações diferentes.
Ver conceito de ação do Penal I: sistema final é o mais ideal, vontade livre e consciente de praticar o crime, pode ser uma ação só.
DOLOSO mais de uma ação ou omissão: cúmulo material, somam-se as penas.
Art. 69 parte final
1 maçã + 1 maçã = 2 maçãs; 1 maçã + 1 laranja? Aí é mais difícil somar.
Qdo houver diferença prevalece a RECLUSÃO, qdo houver ações distintas que passíveis de reclusão e detenção, uso a reclusão.
Art. 69 ver art. 33 CP
§1 Reclusão regime pode ser: fechado, semi-aberto ou aberto. 
§2 Detenção regime pode ser semi-aberto ou aberto, fechado só como regressão (?)
Há 3 espécies de pena em nosso ordenamento jurídico:
Pena privativa de liberdade – regime de cumprimento
Pena restritiva de direitos
Multa 
Preceito primário: 
Preceito secundário: prevê pena privativa de liberdade (ou multa se existir), não há pena privativa de direito aqui. O juiz condena à pena privativa de direitos, ou multa se couber. Depois o juiz analisará se o condenado cumpriu os requisitos do art. 44, então poderá substituir por uma pena restritiva de direitos. Exceção: usuário de drogas, já pode substituir direto por PrD. Não pode ter PPL e PRD, exceção CDC.
A PRD é sempre substitutiva (exceção usuário de drogas).
É direito do réu ter sua PPL substituída por uma PRD, desde que cumpra os requisitos do art. 44.
§1º do art. 69, diz q não pode substituir PPL por PRD se algum dos crimes não puder ser substituído por PRD, a não ser q a PPL que o prende possa ser SUSPENSA (suspensão).
§2º do art. 69 – a soma das PRD podem ser sucessivas, as que forem compatíveis, ou simultâneas, as que não forem. Ex.: pena 1 de limitação de fim de semana e pena pecuniária = podem ser cumpridas simultaneamente. Ex.: pena 2 de limitação de final de semana de 1 ano e outra pena de limitação de 6 meses do final de semana, aqui será sucessiva, de modo a dar uma restrição de 1 ano e seis meses no total.
Não há pena domiciliar: foi vetada pelo chefe do Executivo. Só pode pena provisória, por senilidade ou doença, há o monitoramento eletrônico.
Pena domiciliar só existe em sentido material, segundo motivo, se o Estado não dispuser de albergue para o regime aberto. PROGRESSÃO DE PENAS É UM DIREITO. 
Concurso de crimes: tem q ter 2 crimes no mínimo.
2) Concurso Formal (Ideal):
CP, art. 70 é dividido, primeira parte = antes do ponto.
(2.1) Requisitos
a) mediante uma só ação ou uma omissão; unidade de conduta (podendo ser fracionada em vários atos).
Mesmo DOLOSO se for uma só ação, mas neste caso o concurso é formal IMPRÓPRIO, não merece que as penas sejam exasperadas, mas somadas.
b) pluralidade de crimes (dois ou mais crimes). 
Ex: atropelar 3 pessoas, 2 lesões corporais e 1 homicídio, culposo, CBT. Concurso formal, 1 ação / omissão com 3 crimes. Art.29 CP art. 19 CP.
CULPOSO não soma as penas, DOLOSO VAI SOMAR. 
?? Sophia perturbou e eu perdi!
Pega a pena maior e considera, depois majora de um sexto à metade dessa pena maior.
2.2) Espécies
a) Se os crimes forem idênticos = homogêneos = mesma capitulação
b) crimes distintos = heterogêneos = capitulação diversa
2.3) Divisão do Concurso Formal:
2.3.1) Concurso Formal Próprio (perfeito) ART 70, PRIMEIRA PARTE: 
CULPOSO, OU APENAS 1 DOLO E O RESTO CULPA (Aberracio Ictes, art. 73, VER ERRO EM PENAL I).
Sistema da exasperação.
2.1 e exemplos. Sistema da exasperação.
2.3.2) Concurso Formal Impróprio (imperfeito) ART 70 SEGUNDA PARTE:
TODOS OS CRIMES A TÍTULO DE DOLO. Pode ser até dolo eventual.
Sistema de pena é o cúmulo material.
 Matar várias pessoas (+ de 1) com uma ação só, a pena deve ser somada: CÚMULO MATERIAL. 
A diferença entre concurso formal e material de crimes é que na 1 se exaspera, na 2 acumulam-se as penas.
Ex: lembrar e escrever depois.
Toda vez q o sistema for da exasperação, somamos em nossa cabeça as penas para comparar (putativo) e ver se a soma será maior ou menor. Se a soma for menor que a exasperação, usaremos a soma. SÓ CABE PARA CONCURSO FORMAL PRÓPRIO. 
ART. 70 parágrafo único = CONCURSO MATERIAL BENÉFICO = quando de regra usar-se-ia a exasperação, mas o cúmulo material tem a soma menor que a exasperação – ART. 70 PARÁGRAFO ÚNICO. 
AULA 05 - 06 – 30/07/2013
CONCURSO MATERIAL BENÉFICO – ART 70, PARÁGRAFO ÚNICO CP:
Uma das faces do “favor rei”, a favor do réu, princípio de favorecer o réu e princípio da proporcionalidade.
 
Tenho um alvo para matar e faço isso sem que haja possibilidade da pessoa se defender, ex. emboscada, isso qualifica o homicídio; quero matar Elizy, faço uma embosca e atiro, sem querer acerto também Carolina, que sofre lesão corporal (culposa), foi 1 ação, com 2 crimes = concurso formal próprio (um doloso e pelo menos 1 culposo, em uma ação). A regra é exasperação, fui condenado e tem que individualizar a pena, art 121 § 2 (D) e 129 § 6 (C), de acordo c a exasperação, daria 14 anos (12 + 2 pena mínima do 121 2 com 1/6 dele ), se fosse soma, a soma seria 12 anos e 2 meses (a mínima de cada um). Quando estou diante de um concurso formal próprio, mas a soma seria mais benéfica, uso a soma. Exasperação é usada só no CFP, no CM e no CFI usa-se a soma (cúmulo material). 
3) CRIME CONTINUADO (CONTINUIDADE DELITIVA): 
ATENÇÃO!! ART 71 CP:
Obs.: Só existe garantidor em caso de omissão, em ação não, art 13 CP (§2).
Art. 59 CP – levar em conta subjetividade do agente, seu histórico, etc. LER!
Crime continuado nasceu para proteger o criminoso ocasional, não o profissional.
Crime Continuado é exasperação.
Mais uma harmonia ao princípio da proporcionalidade.
Zafaroni (Argentina) diz q o Brasil exacerbou em proteger o CC, ex. chacina da Candelária.
Antes não existia o instituto do CC para crimes contra a vida. Mas isso mudou, em 1984? 
Princípio da prevenção e ppio da retribuição (ppios da pena).
O benefício é dado para quem ocasionalmente comete um crime.
Ex.3: furto “fracionado” do Ferrorama, foi roubando peça por peça, cada uma em um dia, levando 10 dias para completar o furto total do Ferrorama. Foi mais de uma ação. 
Ex:1 furto do relógio pelo flanelinha “trabalhador”, q estava no carro com a porta aberta.
Ex.2: furto de relógio por um “ladrão profissional”.
Tem que ter elo de continuidade para haver continuidade delitiva (tempo, lugar e ...). Se não houver elo de continuidade não há CrC.
(3.1) Natureza Jurídica:
Teorias q justificam a existência do CrC
Questão ontológica
a) Teoria da Unidade Real: as várias condutas q já se caracterizam como crime são consideradas crime único, pq é um projeto único, ex. Ferrorama. Não foi adotada no Brasil.
b) Teoria da Ficção Jurídica: as várias condutas q já se caracterizam como crime, são reunidas fictamente e consideradas como crime único. Ficção porque vou considerar os outros e aumentarei a pena de 1/6 a ½. Teoria adotada no Brasil: pega uma pena e majora por exasperação, considerando todas as outras.
c) Teoria Mista: reconhece como um terceiro crime o CrC, como se fossem 3 crimes; concurso de crimes são no mínimo 2, aqui se consideraria que o agente responderia por 3 crimes. Não foi adotada no Brasil.
(3.2) Reconhecimento (tratamento) do Crime Continuado:
Em que momento podemos usar o CrC?
Teoria Objetivo-subjetiva- italiana: há de ter a presença dos elementos objetivos, assim como a unidade de desígnios entre as ações criminosas (unidade real).
Doiscritérios : objetivo: tempo, lugar e maneira de executar; subjetivo: vontade de cometer o ato, desígnio autônomo, unidade real. 
CrC é um benefício do réu, o juiz vai observar esses 2 elementos para ver se o réu é merecedor do tratamento do CrC; ex. Ferrorama, o pai furtou pq o filho pediu um Ferrorama; dif. Se o cara só quer roubar brinquedo, qquer um, sem filho q pede, nem nada, aqui será Concurso Material, serão considerados os 10 furtos.
Teoria Objetiva – alemã: não precisa dos elementos subjetivos, apenas dos objetivos. Para o reconhecimento do CrC, basta a presença dos elementos (requisitos) objetivos (condição de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes). Se há elo de continuidade, então é CrC, teoria adotada por Nelson Hungria. 
Art. 129 CP: lesão corporal tutela tb a saúde. § 6º culposa. 
Protege a conduta culposa, pois a teoria obj-subj só protege a conduta dolosa.
No Brasil há briga entre a adoção das teorias.
CP é de 1940, entrou em vigência em 1942. Em nosso CP há 3 exposições de motivos em relação a ..., exposição de motivos (é a ideia da comissão técnica que elaborou o CP) tem apenas números. Art. 71 é da parte antiga, com poucas mudanças. VER EXP. DE MOTIVOS DA NOVA PARTE GERAL, N. 59. fica antes do começo. Só no CP sozinho. Nessa parte diz que é a teoria objetiva é interessante, não tem inconvenientes em relação à outra. P. 475 no Vade Mecum da Estácio.
A parte geral do CP teve reforma em 1984.
AULAS 07 – 08:								05/08/2013
CRIME CONTINUADO (continuação):
Espécie que harmoniza-se ao princípio da proporcionalidade, nasceu para proteger os criminosos eventuais. Método da exasperação.
Brasil adotou a teoria da ficção jurídica (só considera como um crime a princípio, depois aumenta de acordo com os crimes).
Tempo, lugar e maneira de execução = requisitos objetivos = elo de continuidade.
Os desígnios subjetivos não contam muito. Segundo o professor, há uma migração para a teoria objetivo-subjetiva.
Art. 71 CP: mais de uma ação ou omissão, dois ou mais crimes da mesma espécie (não são crimes idênticos, de mesma capitulação _ mesmo artigo, caso do concurso material ou formal). Tem que ser da mesma espécie, só pode ser assim, isso é constitutivo.
Os subsequentes devem ser em decorrência do primeiro.
Exasperação = aumento de 1/6? a 1/2?
3.3 – Requisitos:
a) pluralidade de condutas;
b) pluralidade de crimes da mesma espécie;
O que são crimes da mesma espécie?
(b.1) mesmo tipo penal, ou seja, mesma capitulação. Aí coincide com concurso material ou formal; corrente majoritária. Ex.: art. 121 e 121 § 2º CP; 
(b.2) aquele que viola o mesmo bem jurídico tutelado, corrente do STF. Corrente minoritária. Ex.: art. 157 e 157 § 3º CP não seriam c. cont. pq são bens jurídicos diferentes.
c) elo de continuidade (todos para indicar que o criminoso não é profissional do crime):
(c.1) tempo: maior critério; entre o primeiro e o último crime, não pode ter um tempo superior a 30 dias. É a regra, mas não é absoluta, há discussões. STF: crimes de ordem tributária há um lapso de 3 anos (de tolerância). Conexão temporal adequada (Alemanha).
(c.2) local: mesma comarca; ou, 2º STF, comarcas vizinhas. Não há exceção. 
(c.3) execução: semelhança do modo ou forma de praticar o crime. Mesma artimanha (Nelson Hungria)
c.4) unidade de desígnios: o mesmo plano; é isso que confirma o elo de continuidade.
Ex: Ferrorama.
Elo de continuidade: Nelson Hungria dizia que não cabe crime continuado em crimes contra a vida, pq não tenho como perceber que a morte de B ocorre em decorrência da morte de A.
Súmula 605 STF: “não se admite continuidade delitiva nos crimes contra a vida”. Isso quer dizer que não cabe crime continuado no caso de homicídio, por exemplo. 
1984: ampla reforma da parte geral do CP. Art. 22= maluco até 1984, depois ele é 26 caput. Trouxe ao art. 71 o Parágrafo Único: nos crimes dolosos contra vítimas diferentes... Não diz crimes contra a vida, mas dá azo a abrandar a súmula 605 do STF. FAZ A SÚMULA 605 DO STF PERDER O EFEITO. Zafaroni (argentino) diz que o Brasil exacerbou na proteção aos crimes continuados contra vida. Chacina da Candelária foi concedida o benefício do crime continuado.
Conexão teleológica = queima de arquivo, vamos ver depois, art. 121 § 2º.
Art. 59 CP – ler, o que o juiz vai analisar.
3.4 – Consequências (FIXAÇÃO DA PENA):
Sistema da exasperação: pega a pena de um crime só ou, se diferentes, da mais grave e aumenta de 1/6 a 2/3. 
3.5 - Crime continuado qualificado (CP, art. 71 parágrafo único):
Requisitos: 
a) todos os requisitos do crime continuado (tempo, lugar, execução e unidade de desígnios)
b) crimes dolosos
c) contra vítimas diversas
d) mediante violência ou grave ameaça
3.6) Consequência (FIXAÇÃO DA PENA):
Sistema da exasperação, mas uma exasperação mais gravosa: pode ir até o triplo. 
Aqui a teoria é objetivo-subjetiva, porque os crimes tem que ser dolosos.
CASOS ESPECIAIS:
a) crime continuado e sucessão de leis no tempo:
 novatio legis in pejus: 
Súmula 711 STF: é aplicada a lei mais grave nos crimes continuados. Teoria da ficção jurídica, em cada tempo ocorreu um crime, não cabe ?? numa ficção. 
O crime começou em 20 dez 2012, continuou até 15 jan. de 2013, quando ocorreu uma lei mais gravosa. Neste caso aplicar-se-á a mais gravosa, já que o crime continuado é tratado no Brasil como uma ficção, de fato são vários crimes, que no caso serão tratados individualmente.
								06/08/13
b) Concursos de crimes e extinção da punibilidade:
art. 107 CP – a regra fica aqui, ,mas há outros casos de extinção da punibilidade pelo CP. Ppio da individualização da pena, tem que achar a pena de cada crime para cada pessoa, depois disso é que vai ver ser exasperação.
Art. 119 CP – tem que ver se a cada crime cabe extinção da punibilidade.
c) Concurso de crimes e multa:
No BR há 3 tipos de pena: privativa de liberdade, restritiva de direitos e multa. 
Se a referência for pena de multa tem que ir no art. 72 CP – em pena de multa o sistema é cúmulo material.
É possível q o concurso formal próprio caiba cúmulo material? Sim, caso ao concurso caiba multa, ou se for cúmulo material benéfico; daí não é exasperação.
d) Concurso de crimes e reincidência:
Reincidência = pode ser ficta ou real; especial ou geral.
Reincidência real = pessoa comete um crime (há trânsito em julgado); e comete outro crime (com trânsito em julgado) – na RR ao olhar a folha da pessoa se vê pelo menos um crime com trânsito em julgado.
R ficta = dependendo do tempo que passou desconsidera-se a reincidência. O BR adotou este; art. 63 CP. Se tiver decorrido 5 anos não se considera a reincidência.
A reincidência não é concurso de crimes, cada crime foi resolvido em um processo autônomo. Para ser concurso de crimes tem que ser em uma mesma ação penal.
Antes do TR em julgado é pena provisória, não é cumprimento. Antes do TR em julgado não se pode afirmar que há crime (presunção de inocência).
Art. 63 CP – novo crime
Ppio da culpabilidade: só afirmamos que há crime depois do TR em julgado.
CRIMES ABERRANTES: 
Teoria do erro. 
Há divergências na doutrina.
Método dedutivo-dogmático, ao pé da lei.
Erro = falsa noção da realidade. Por regra o erro não anda de mãos dadas com o dolo. Porém, há dois tipos de erro:
Erro essencial: não cabe o dolo
Erro acidental: sobre as circunstâncias do crime, pode caber dolo ou não. O erro acidental não exclui o dolo. 
Art. 20 §3º CP – o erro contra a pessoa ... 
Erro acidental não responde por concurso de crimes, responde-se por um crime só. Com a pessoa presente ou ausente (a que se queria matar) não há concursos. Não cabe a tentativa.
Dolo e culpa não andam juntos.
Os crimes aberrantes estão nos arts. 73 e 74 CP. Vamos analisar a possibilidade do concurso formal e erro de tipo acidental:
ART. 73 CP – ABERRATIO ICTUS – é umcrime aberrante; acidente ou erro na execução, o agente, ao invés de atingir pessoa q pretende atingir, atinge pessoa diversa.
]
Aberratio ictus é erro de pessoa p pessoa (está no singular). Tenho o alvo e a pessoa q n quero atingir. Agente responde pelo crime, como se tivesse atingido o alvo, de acordo com Art. 20 §3º (erro acidental): não há concurso de crimes.
É o art. 73 q diz q o erro é acidental, reponde-se por dolo. (Isso deve cair na prova...).
2ª parte do art. 73 CP – qdo as 2 pessoas são atingidas (o alvo e a outra), aplica-se a regra do art. 70. Aqui cabe concurso de crimes, discute-se se o concurso é próprio ou impróprio: (Quando em uma ação há mais de um crime)
a) dolo, dolo (eventual) = concurso formal impróprio, sistema do cúmulo material;
b) dolo, culpa = mato um por dolo e o outro, sem eu saber que se encontra nessa situação = concurso formal próprio, exasperação.
Ex. 3 – quero matar A, mato B (erro de pessoa) e A também = concurso formal próprio, um é culpa, o outro é dolo. Art 73, art 70 2ª parte, um crime é doloso, outro culposo, concurso formal próprio.
 Se há dolo eventual não é aberratio, ex 1. 
Art 70 CP – 1ª parte CFP, 2ª parte CMC, ? rever. 3ª parte – erro acidental.
CONCURSO FORMAL NÃO É ABERRATIO ICTUS (art. 73) (AI manda ir para o art. 20 §3º - não cabe concurso).
Se há ânimo para acertar 2 pessoas não cabe aberratio ictus, não é erro de pessoa (acidental), ainda não sei o que é, pode ser concurso de crimes.
Nelson Hungria: aberratio ictus eventualmente é concurso de crimes, quando as duas pessoas são atingidas, uma delas de maneira culposa.
ART. 74 CP - pessoa – coisa; Coisa – pessoa; Coisa – coisa (não considerar)
Dano culposo não existe, só há dano doloso. 
Art. 129 § 6º - lesão corporal culposa
Ex. quero acertar janela, erro e acerto Rose e janela: Concurso formal próprio: art 129 §6º com culpa e dano 
Em matéria de aberratio criminis não cabe pessoa – coisa, só cabe coisa p pessoa.
Quero acertar Rose, acerto a janela; não há dano culposo, não respondo por nada? Para que caiba a lesão na forma tentada não se pode aplicar aberratio criminis.
ABERRATIO CRIMINIS só cabe de eu quero acertar a coisa e acerto a pessoa (coisa – pessoa), quero acertar a janela e acerto uma pessoa, aí aplico o art. 74 CP.
Aberratio = erro.
Aberratio causa = erro na causa, dolo geral.
										12/08/13
TEORIA DA PENA:
1- Evolução Histórica:
Direito Penal é fruto da civilização dos povos, hábitos e costumes que não poderiam ficar impunes, por defesa das culturas, mas sem organização, refreando violência com violência = vingança privada, não havia individualização da pena, era extensiva aos familiares, mas causava enfraquecimento da tribo; migração do poder de punir de todos para o chefe da tribo = fundo retribucionista, olho por olho, dente por dente, é uma evolução. Mas ainda era mto violenta. Evolução para pena pecuniária, valoração da pena, útil e necessário com igualdade econômica, qdo não há igualdade, o seqüestro não impedia reincidência. Evolução para penas públicas, corpóreas, mas ainda exacerbadas. Evolução para séc. XVIII Iluminismo – Escola Clássica = antiga, nome meio pejorativo, 2 momentos, D. Penal ?? César Bolezana, Dos Delitos e das Penas (Beccaria) e Francesco Carrara, professor da faculdade de Piza, fundamento no livre-arbítrio – castigo, natureza da pena retribucionista.
César Lombroso e Henrique Ferro? Escola Positiva; p Lombroso o fundamento da pena não é o livre-arbítrio. Leões do delta sei lá do quê. Criminoso nato, sistema atávico, faz parte dele, sua pena tem o fundamento de prevenção, como os leões, não retribucionista: método indutivo, deve ser cerceado por prevenção, não por livre-arbítrio. 
Fauerbah – o mal da pena tem que ser maior que o mal da ação, séc. XIX, retribuição.
2- Finalidade e Fundamento da Pena: art. 59 CP: para reprovação e prevenção (Teoria Mista)
a) Teoria Absoluta (Retribucionista)
Claus ?? Não é relacionada com defesa social. 
Fundamento da culpa é a responsabilidade, expiação, culpa.
REPROVAÇÃO
* A pena é aplicada com o escopo de retribuição, ou aflitivo pelo mal perpetrado; é a pena vingativa, a “majestade sem fim”. É a reafirmação da ordem jurídica, porque o delito é a negação do Direito, e a pena é a negação dessa negação.
Não quero saber dos fins sociais.
b) Teoria Relativa (Preventiva ou Utilitarista)
Vem da Escola Positivista.
PREVENÇÃO
Prevenção geral = recado para a sociedade
Prevenção Especial= recado para o criminoso
*Fundamenta-se no critério da prevenção, a justificação da pena está na sua necessidade social, no fim de manutenção e segurança da ordem de Direito, pela prevenção do crime.
Pena como instrumento de defesa da sociedade, com um fim pedagógico.
b1) Prevenção Geral Negativa
Caráter de intimidação. Fim de intimidação para os que estavam propensos a delinqüir.
Só vou intimidar quem tem propensão ao crime, para tentar dissuadi-lo de cometer delitos.
*Prevenção por intimidação, a pena aplicada ao autor tende a refletir junto à sociedade. Persuasão àqueles que estão com inclinações para práticas criminosas.
Ex. homicídio qualificado, pena de 12 a 30 anos.
Alcança a cominação em abstrato.
LIVRO: DIREITO PENAL DO INIMIGO.
Ex.: mandado de busca e apreensão genérico serve para qualquer um. Isso não é constitucional. RDD – regime disciplinar diferenciado
b2) Prevenção Geral Positiva
Função de integração, para os que não estavam dispostos a delinqüir: “ainda bem que estamos no caminho certo”. É bom sermos fiéis ao Direito.
*Prevenção integradora, infundir na consciência geral a necessidade e o respeito a determinados valores e a fidelidade ao Direito. O campo de incidência vai além daqueles tentados a delinqüir.
b3) Prevenção Especial Negativa
Bruno, sai daqui, sai da sociedade, para que vc não continue a praticar delitos.
*Diretamente dirigida ao criminoso (a quem cometeu o crime), neutralizando-o e retirando-o momentaneamente do convívio social. Impedindo assim a prática de novas infrações penais. 
Segregação – segrega para retirar da sociedade.
Só ocorre em penas privativas da liberdade. 
b4) Prevenção Especial Positiva
Ressocialização do condenado.
*A pena tem a missão de fazer com que o autor desista de cometer futuros delitos, ou seja, que não volte a transgredir. Caráter ressocializador da pena.
Progressão de regimes. Só ocorre na fase execução da pena.
BRASIL = TEORIA MISTA; ART. 59 CP
Teoria mista é uma “peneira”, um direcionamento ao legislador. 
2ª peneira = Constituição Federal.
3 – PRINCÍPIOS DA PENA: (Constitucionais)
a) P. da Reserva Legal e Anterioridade: não há crime por MP, só por lei em sentido formal, só a União pode legislar sobre isso.
CF art. 134 §1º - a defensoria pública... Lei Complementar organizará... = programação. Constituição programa de Canotilho.
b) P. da Humanidade das Penas, ou Humanização: CF art. 5º, XLVII – não haverá pena ... PENAS PROIBIDAS PORQUE FEREM A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.
Pena de morte pode em caso de guerra declarada.
c) P. da Individualização da Pena, CF, art. 5º XLVI – dosimetria individualizada
 
d) P. da Personalidade ou Intransmissibilidade da Pena: a pena não pode passar da pessoa do seu condenado.
									13/08/13
e) P. da culpabilidade, ex.: art. 19 CP, “ao menos culposamente”; art. 59 CP, “o juiz atendendo à culpabilidade”. 
f) P. da proporcionalidade;
g) P. da inderrogabilidade, ou inevitabilidade – se comete-se um crime é inevitável que haja a pena. Exceção: alternativa à pena, quando for caso de medida despenalizadora; Lei 9099 / 95.
NOVA ACRÓPOLE – ver aula inaugural.
Polícia nasceu para proteger o Estado, não o povo. PM era a guarda do Império.
Os três tipos de penas são autônomas, pena privativa de liberdade, pena restritiva de direitos (art. 44 – direito subjetivo do condenado, 2º STF; é pena substituível), penade multa. O juiz só condena a PPL ou PM, a PRL é substitutiva. Exceção: usuários de drogas, que vai para PRD direto; outra exceção é caso de CDC, art.78, I, em que podem ser aplicados PPL e PRD, além de multa.
Ver folhinha da Laina
PRD = penas alternativas; em geral é substitutiva, mas pode reconverter-se em PPL.
Brasil = signatário de tratados de direitos humanos: 4º estágio: alternativa à pena - medidas despenalizadoras. Não é pena, mas não é impunidade. Maneira retributiva que não fica no assentamento do sujeito (histórico criminal).
LEI 9099 / 95 – Juizados Especiais Criminais
Art. 129 – caput – lesão corporal leve, e culposa – antes era ação penal incondicionada, a lei 9099/95 transformou isso em ação penal pública condicionada à representação, com prazo de 30 dias para a vítima representar em face ao juiz, isso na época que mudou, agora é representada de cara– condição para a ação prosseguir. Se a vítima não aparecer, o processo é arquivado. Isso é uma medida despenalizadora.
Essa lei = trouxe crimes de menor potencialidade ofensiva = tratamento especial = medida despenalizadora. O MP é obrigado a denunciar, antes é feita uma transação penal: o MP não denuncia se o réu aceitar as condições. Se o réu não cumprir = STF entende que a pessoa não aceitou o acordo e a ação segue.
Art. 61, Lei 9099/95 – contravenções penais e penas não superiores a dois anos são crimes de menor potencialidades ofensivas.
Crime anão = contravenção penal.
4 – Críticas:
1 – intimidação: viola a dignidade da pessoa humana. (Mas a coerção é inerente à sociedade democrática...)
2 – ressocialização: sistema penitenciário falido; não há ressocialização de fato.
3 – art.121 § 5º– fundo eminentemente retribucionista – só há retribuição, não contempla a prevenção – Cristiane Torlone (caso de perdão judicial). E o Brasil adotou a teoria mista.
4 – Art. 168 – a CP, + § 3º, I = juiz pode deixar de aplicar a pena... é só preventivo, não há pena; pagou, acabou o problema. Não há retribuição.
Ato reflexo não existe conduta, ação física irresistível e ​​​​​______ tb.
5 – Fere o princípio da proporcionalidade. Art 303 lei 9503/97 CTB – lesão corporal culposa de veículo automotor, pena de 6 meses a dois anos... X Art. 129 caput CP – lesão corporal leve dolosa – pena de 3 meses a 1 ano. 
Teoria mista deve estar presente e passar pelo crivo da CF – para a pena. 
5 – ESPÉCIES DE PENAS (só penas permitidas, art. 32 CP):
As penas são:
PPL
PRD
PM
Penas Privativas de Liberdade (PPL):
Conceito:
É a supressão da liberdade do infrator como contragolpe à lesão por ele provocada, que pode ser executada em meio fechado (penitenciárias, colônias agrícolas, industriais, ou similares), em meio livre / aberto (casa de albergado, recolhimento domiciliar e cumprimento das condições do livramento condicional).
A1 – Espécies de PPL (CP, art.33): 
O artigo 33 CP deixa claro 2 espécies para crimes (I e II); mas não fala da pena para contravenção (III); no total são então 3 espécies: 
E lei de contravenções penais DL 3688/40 (verificar)
I – oi oi ( Reclusão (só pode ser caso de crime, ou delito)
Regime inicial: fechado, semi-aberto, ou aberto.
Admite interceptação telefônica: Lei 9296 / 96, art. 2º , III – espécie de investigação criminal, ex.: art. 157 CP – roubo.
Medida de segurança: regime de internação – periculosidade tem que ficar sob custódia do Estado.
Efeitos da condenação: incapacidade para o exercício do poder familiar, tutela ou curatela. Uma sentença criminal pode ter efeitos civis, esses expostos acima.
II – Detenção (só pode ser caso de crime):
Regime inicia: semi-aberto, aberto, ou fechado por regressão (nunca inicial fechado, fechado só por regressão). Quando o crime for de detenção, o juiz inicial nunca pode dar 1º o fechado. A regra é a progressão, é melhorar.
Não admite interceptação telefônica, na fase de investigação; ex.: art. 137 CP – rixa; a não ser que o crime de detenção seja conexo com o de reclusão (STF).
Medida de segurança: admite tratamento ambulatorial; refere-se ao inimputável, hospitais de custódia ou tratamento psiquiátrico. Ele vai e volta, mas tem que ir nos dias marcados, sob pena de regredir.
Não extrapola para aqueles efeitos civis.
III – Prisão simples (contravenção penal):
Aqui a pena PL se denomina prisão simples.
Consiste na perda da liberdade a ser cumprida sem rigor penitenciário em estabelecimento especial, ou seção.
Não é detenção e nem reclusão.
Regime inicial de cumprimento: semi-aberto ou aberto. Não cabe regime fechado nem por regressão. /(X art. 288 CP, quadrilha ou bando, mudou há duas semanas – ver no Planalto. Nesses casos vai p reclusão)/
Precário face ao JECRIM = crimes de menor potencialidade ofensiva. Precarisou o jecrim, pq não haverá pena medida despenalisadora.
sessão – reúne mais a letra mais a letra s = reunião
seção – tem um corte? Ç = corte/parte
cessão – e o que sobrou? O que os advogados altruístas fazem? Doam = doação/dar
Espécies de pena e de regime ...
A2 – REGIMES DE CUMPRIMENTO só para PPL: 
Critérios objetivos – cada regime tem o seu
Critérios subjetivos – é um só, refere-se a todos eles.
Regra: intramuros. Tudo intramuros, com o Estado olhando-o dia e noite.
(Trabalho extra-muros só na Administração Pública)
STF – progressão; 2º - momento: diminui o “olhar do Estado”; colônias agrícolas, etc.
		 3º - momento: olhar do Estado só à noite, casa de albergado; trabalho é condição sine qua non.
1º- fechado
2º -semi-aberto
3º - aberto
Todo o regime inicial quem dá é o juiz que condenou à pena. Depois vai para a vara de execução penal.
Edital de concurso tem força de lei.
1º Regime de cumprimento - critérios objetivos:
I – Fechado:
Pena de reclusão superior a 8 anos (art. 33§2º, a CP) – critério quantitativo.
Exame criminológico: obrigatório. Triagem que o preso passa antes de ser recolhido. É necessário para ser encaminhado a comissão técnica, para saber onde e como o preso vai se adequar. Exame criminológico é empírico; com questões técnicas, ver se ele tem algum talento. Tem que ser fundamentado. Súmula 439 STJ – obrigatoriedade do exame ser fundamentado; para dar aso à defesa do apenado. Art. 8º LEP 7210/84
Trabalho do preso, facultativo ou obrigatório? 1º – art. 39 CP – previsão de trabalho para o preso. Lei de Execuções Penais, art. 28 – trabalho como condição de dignidade humana e função educativa; LEP, art. 39 (taxativos?), V – execução de trabalhos = dever do preso. LEP art. 50 – falta grave = inciso VI = inobservar II e V – trabalho do preso. LEP art. 118, caput – regressão de regime, I = praticar ... ou falta grave (ou seja, pode ser inobservar o trabalho).
Doutrina majoritária = o trabalho é obrigatório.
Pacto de são José = todos os trabalhos dos presos executados que estiverem sob vigilância das autoridades públicas, nãos serão considerados trabalhos forçados. 
Número 6º, 3, “a” – Pacto de São José da Costa Rica. 
II – Regime Semi-aberto:
Pena de reclusão ou detenção: maior que 4 anos, mas não superior a oito anos, art. 33 §2º, “b”;
Primariedade;
Exame criminológico: facultativo. 
III – Aberto:
Pena de detenção ou reclusão em que a pena seja igual ou inferior a 4 anos art. 33 §2º, “c”;
Primariedade;
Trabalho obrigatório, não é emprego, é trabalho. Se não trabalhar não vai para o fechado. Trabalho é condição sine qua nom – trabalha-se durante o dia, volta p o albergue para dormir. No fechado e semi-aberto o trabalho dá remissão (diminuição de pena a cada 3 dias trabalhados, perdoa-se 1 dia de pena); no aberto o trabalho é obrigatório, por isso não há remissão de pena. Quem está no aberto é obrigado a trabalhar. É possível estar no aberto e não trabalhar? Sim: maior de 70 anos, gestante, ou mãe com filho menor, problemas físicos ou psíquicos, doença grave.
									20/08/13
A2 - 2º Regime de cumprimento- critérios subjetivos:
Art. 33, §3º (art. 59) CP
Serve para os 3 – referência = circunstâncias judiciais; o critério subjetivo serve para todos, remete expressamente ao art. 59 do CP.
Se o critério subjetivo não for cumprido, não pode ficar no aberto; nem no semi-aberto; só no fechado. Para o fechado só preciso preencher o critério objetivo. O critério subjetivo para o regime inicial só tem utilidade para os regimes abertos e semi. O subjetivo só é útil para o regime fechado na progressão (nunca no regime inicial). 
Se a pessoa não for primária: vai direto para o fechado? Nem sempre, pelo princípio da razoabilidade, se o apenado cumprir os requisitos do aberto (pena = ou menor que 4 anos), não é razoável que ele vá direto para o fechado; então ele vai para o semi: Súmula 269 do STJ - 
I – Fechado
II – Semi-aberto - Súmula 269 do STJ – (não primário com pena do aberto e circunstâncias subjetivas favoráveis)
III - Aberto
Reincidente = não é réu primário.
Critérios = liturgia; 
Essa liturgia (critérios dos regimes de cumprimento de PPL) tem exceções:
Lei 9034/95 – Lei de Organização Criminosa – art. 10 – condenados por organização criminosa iniciarão o cumprimento da pena no regime fechado. (Ele fere o ppio da individualização da pena? Há discussões, mas a lei está em vigor, vão para o fechado)
Lei 9613/98 – Lei de Lavagem de Dinheiro – art. 1º, § 5º– autor ou partícipe se colaborarem = delação premiada = é possível que o regime desde o início seja aberto. (Pode haver analogia com esta lei para beneficiar o réu.)
De “cór” = de coração
Art. 229 CP - 
ESTABELECIMENTOS PENAIS BRASILEIROS:
Nove espécies:
Estabelecimentos para idosos: estabelecimentos penais próprios, ou seções, ou módulos autônomos destinados a abrigar pessoas presas que tenham no mínimo 60 anos de idade. Se no início da pena tem 60 vai p aí, se faz 60 na cadeia é transferida para lá.
Cadeias públicas: estabelecimentos penais destinados ao recolhimento de pessoas presas em caráter provisório. (Delegacia de Polícia não é cadeia pública). Na DP só 24h no máximo.
Penitenciárias: estabelecimentos penais destinados ao recolhimento de pessoas presas com condenação à pena privativa de liberdade em regime fechado.
Penitenciárias de segurança máxima especial: estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas presas com condenação às penas privativas de liberdade em regime fechado dotados exclusivamente de celas individuais. (São os presídios federais).
Penitenciárias de segurança média ou máxima: estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas presas com condenação às penas privativas de liberdade em regime fechado dotadas de celas individuais e coletivas. (A média é um subgrupo da máxima, pode haver regime semi-aberto; a possibilidade de acesso às pessoas de fora é mais fácil, o tipo de periculosidade da população carcerária e o potencial ofensivo dos crimes cometidos... ?).
Colônias agrícolas, industriais ou similares: estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas presas que cumprem pena em regime semi-aberto. 
Casas de albergado: estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas presas que cumprem penas privativas de liberdade em regime aberto, ou que cumprem penas restritivas de direito de limitação de fim de semana.
Centros de observação criminológica: estabelecimentos penais de regime fechado onde devem ser realizados os exames gerais e criminológicos, cujos resultados serão encaminhados às comissões técnicas de classificação, as quais indicarão o tipo de estabelecimento e o tratamento adequado a cada pessoa presa.
Hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico: estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas submetidas à medida de segurança. 
Estado da Filadélfia: 1º sistema prisional – sistema celular: presos calados e amotinados nos seus locais, sem trabalhar nem nada;
NY: 2º sistema – sistema da [Alborn] podia sair calado e ler a bíblia; 1ª s comunicações entre presos – sinais, privada (boca do boi = privada; arrancavam e falavam por lá)
Irlanda: 3º sistema: progressivo – guardados as particularidades, o Brasil adotou isso.
Semana que vem: Penas Restritivas de Direitos.
								26/08/13
B – Penas Restritivas de Direitos:
PPL é a regra das penas, as outras são exceções (PRD e multa). PPL podendo, substitui-se por PRD – ela é substitutiva. 
Da PPL para a PRD = substituição;
Da PRD para a PPL = conversão.
Obs.: do regime fechado para o semi-aberto é progressão; do regime semi-aberto para o fechado é regressão.
PRD – foi feita, via de regra, para crimes de médio potencial ofensivo e réus primários.
Multa é autônoma.
PRD = Penas Alternativas – alternativa à regra, que é a PPL.
Progressão per saltum = ir direto do fechado para o aberto ou do aberto para o fechado, sem passar pelo semi-aberto; o STJ disse que isso é inconstitucional.
Brasil é signatário de tratados de Direitos Humanos = é possível um patamar abaixo das penas alternativas (PRD), trata-se das alternativas às penas (medidas despenalizadoras).
Alternatividade à pena = não há pena, mas não é impunidade.
*PRD – CONCEITO: sanção penal imposta em substituição à pena privativa de liberdade; consiste na supressão ou diminuição de um ou mais direitos do condenado. (Isso é direito subjetivo do condenado = o juiz é obrigado a substituir.)
B1 – ESPÉCIES – art. 43 CP:
I – prestação pecuniária;
II – perda de bens ou valores;
As pessoas respondem com seu patrimônio = penas de caráter real (doutrina).
III – vetado pelo PR (recolhimento domiciliar = esta pena não existe pq foi vetada)
IV – prestação de serviços à comunidade;
V – interdição temporária de direitos;
VI – limitação de final de semana.
 Pessoa paga com seu próprio corpo = penas de caráter pessoal (doutrina)
Obs.: aqueles que cumprem pena no regime aberto e se o Estado não dispuser de casa de albergado, o apenado pode ficar em recolhimento domiciliar. Recolhimento domiciliar é pena processual, ou progressão do regime semi-aberto, naquelas condições.
B2 – CARACTERÍSTICAS:
1 – Autonomia: impossibilidade de cumulação com PPL. Ou o cara vai cumprir uma PPL ou uma PRD, ou a PPL foi substituída, ou não. Exceção: CDC Lei 8078/90, art. 78 – crime de natureza consumerista em que há previsão para PPL e PRD ao mesmo tempo.
2 – Substitutividade: necessidade do juiz fixar a PPL para depois substituir por uma PRD. Esta é a regra. Exceção: “Bob Marley” – Lei 11343/2006 – art. 28 – usuário de drogas, há previsão de PRD desde o princípio.
B3 – REQUISITOS (ART. 44, I, II, III)
Analisa-se os requisitos nesta ordem; estes são cumulativos = tem que preencher os 3.
1 – Requisito objetivo – PPL não superior a 4 anos no crime doloso sem grave ameaça/violência (ex. art. 155 – furto); ou crimes culposos (aqui não importa a pena, o tempo). Para o crime doloso há um patamar e uma exigência; já para o culposo não há patamar. 
Lesão corporal leve art. 126 caput; constrangimento ilegal, ou ameaça art. 146; art - são crimes de menor potencialidade ofensiva = alternativa à pena. São exceções ao inciso I, pois, mesmo havendo violência ou grave ameaça a pessoa entram no PRD pois caírem na hipótese de alternativa à pena.
2 – Requisito objetivo – se o réu não for reincidente em crime doloso (se for reincidente em crime doloso não preenche o requisito, essa é a regra, mas...). É obrigatório remissão ao CP, art. 44, §3º. Esse inciso não pode ser lido sozinho, tem que ler os dois artigos. Ou seja, é possível cumprir o 2º requisito sendo reincidente em crime doloso, se cumprir os requisitos do CP, art. 44, §3º. 
*Réu não reincidente em crime doloso, exceto se: a medida for socialmente recomendável e não existir reincidência específica (no mesmo crime). Isso é interpretação evolutiva.
3 – Requisito subjetivo – princípio da suficiência da pena alternativa (prevenção e retribuição). Tem que ser motivado pelo juiz. 
										 27/08/13
C– MULTA:
Sofreu reforma em 1996;
Artigos: 49, 50 e 51
Prestação pecuniária é PRD, de natureza real; multa é multa.
Atenção ao art. 51 – toda vez que houver o trânsito em julgado, a multa vira dívida de valor; normas relativas à dívida de valo (?) ... pública é..ação fiscal 
Se não pagar a multa isso não gera conversão, não pode ser convertida em PPL, nem para PRD.
	
	Prestação pecuniária
	Multa 
	Destinatário 
	Vítimas, dependentes, entidades públicas ou entidades privadas com destinação social.
	Estado 
	“Quantum”
	De 1 a 360 salários mínimos.
	De 10 a 360 dias multa (o dia multa é que varia de 1/30 a 5 salários mínimos)
	Efeitos 
	Pode ser deduzida de eventual condenação civil, dede que haja beneficiários coincidentes. 
	Não pode ser deduzida.
	Caráter 
	Sempre substitutiva.
	Isolada, alternativa ou cumulativa. I = só multa, A = ou multa ou PPL, C = multa e PPL (ou PRD).
Cabe PRD em tráfico de drogas? Fundamente. 
Lei 11343/06 – art. 44 – são inafiançáveis, surcis, graça, anistia, e vedada a substituição PRD (ver). 
Há 2 correntes – 
Lei 8072 = crimes hediondos, tráfico ilícito de entorpecente é equiparado a crime hediondo, (3Ts = tráfico, terrorismo e tortura, são equiparados a crimes hediondos).
	 = integralmente fechado; STF – proibir a progressão é inconstitucional por ferir o ppio de individualização da pena. 2007 Leg muda a lei – inicialmente fechado, cabe progressão de pena.
Lei 11464/02 ? – tornou crime hediondo possível de progressão, na prática vedou o art. 44 da Lei 11343/06 = cabe substituição.
Ppio da especialidade – o legislador quis assim = segundo esse ppio, a Lei 11464/02 não revogou a Lei 11343/06 = não caberia substituição da PPL para PRD.
Cabe PRD para crime familiar? Fundamente.
Lei 11340/06 lei Maria da Penha, ver art 17; não pode pena de natureza real, mas pode ser a PPL substituída por PRD de caráter pessoal. Lei 11343/06.
Lei Maria da Penha é principiológica, criada para proteger a mulher, mas o legislador infra quis estendê-la ao ambiente familiar.
DOSIMETRIA DA PENA (APLICAÇÃO DA PENA CRIMINAL):
Art. 68
Circunstai = aquilo que está a volta = objeto de valoração / o que está dentro não modifica, é o núcleo.
Circo = o que está a volta é a platéia, ela muda, o picadeiro – que é o núcleo – não muda;
Circunstância = altera a pena, não altera o tipo (crime) / quando altera o tipo é elementar. A circunstância é o que está a volta do crime, em torno.
Elementer = altera o tipo, ex.: art 312 CP – “funcionário público” é elementar, pois sem essa expressão há alteração elementar (do tipo), muda para artigo 168 CP.
Ex 2: 123 – “próprio filho” é elementar, sem isso muda para art.121 / 155 § 1º “repouso noturno” é circunstancial, não altera o tipo.
Circunstâncias:
Judicial – art. 59
Lega – 
Geral – a. aumento ou diminuição de pena – 3ª fase
 b. agravante ou atenuante – 2ª fase – art. 
Especial – a. pena-base –1ª fase – art. 59 
 b. aumento ou diminuição – 3ª fase
 c. qualificadora – ? – é outra pena base, bem maior em vista do resultado = 1ª fase.
Art. 157 pode ter qualificação pelo resultado (agravante) – 
Caput = pena de 4 a 10 anos;
§ 3º – quando o esse crime resulta em:
LCG = 7 a 15 anos (lesão corporal grave)
Morte = 20 a 30 anos
Depois de condenar, o juiz fixará a pena do réu. Há a pena em abstrato prevista no CP, mas o juiz passará por 3 fases, ou sistema Nelson Hungria (trifásico), para tornar-se pena em concreto.
Cálculo da pena – art. 68 – pena base, 1ª fase = art. 59
	
Circunstâncias agravantes/ atenuantes – estão na parte geral do CP; 2ª fase; são genéricas.
		 De aumento/ diminuição – estão na parte especial e geral;3ª fase; específica (de um a dois terços, por ex.).
	
 09/09/13
Se há um agravante e um atenuante = zera todo.										 
2ª Fase (continuação):
Circunstâncias preponderantes: art. 67. motivos determinantes, personalidade e reincidência – são as 3 circunstâncias preponderantes. A não ser que entre elas haja... São aquelas que devem ter o maior peso, mas sem que sejam eliminadas as demais. São 3: motivos determinantes, personalidade e reincidência. STJ – todo aquele que confessa o crime tem sua personalidade regenerada. Se há 2 preponderantes = zera tudo.
Circunstâncias agravantes. Art. 61 (agravantes) X art. 65 (atenuantes). 1991 – STF caso do [Batô Muche] – agora circunstâncias agravantes tb em crimes dolosos. As circunstâncias atenuantes incidem sobre quaisquer tipos de crimes, enquanto as circunstâncias agravantes incidem, via de regra, apenas nos dolosos, com exceção de reincidência e motivo torpe, que cabem para crimes dolosos e culposos.
Atenuantes inominadas: art. 66 (= sem nome) – podem ser atenuantes, antes ou depois do crime, embora n previstas expressamente em lei. Ex.: boate Kiss – um dos sócios era bombeiro = co-culpabilidade do Estado.
Art. 66 – por que não existe previsão de agravantes genéricas? Porque não é permitido analogia para prejudicar o réu (em mala parte).
3ª Fase (Pena Definitiva):
3ª fase, quais são as circunstâncias? Aumento e diminuição de pena = majorantes e minorantes. Questão matemática – art. 68 CP – caput – parte geral: 1º causa de diminuição, depois, causa de aumento (para calcular a pena); § 1º – parte especial – 1º causa de aumento, depois causa de diminuição. 
Se eu tiver duas circunstâncias de aumento, ou duas de diminuição? 
circunstância de aumento: incidência isolada = 1/3 sobre a pena + 1/3 sobre a pena; ex: pena = 9 anos, + 3, +3 = 15 anos.
Circunstância de diminuição: incidência cumulativa = 1/3 sobre a pena, - 1/3 sobre o total; ex.: pena = 9 anos, - 1/3 = 6 anos, - 1/3 = 4 anos de pena total. Princípio do favor rei.
Reincidência:
Pode ser reincidência real ou ficta, e tb pode ser reincidência geral ou especial.
Real = olha a ficha toda, independente do tempo em que ocorram.
Ficta = se ultrapassar um determinado espaço de tempo, estipulado pelo legislador, não se considera a reincidência.
Geral = qualquer crime, doloso, culposo, hediondo, contra a vida, etc.
Especial = se o legislador determinar que reincidência só cabe para determinados crimes.
Há reincidência tanto no CP, quanto na Lei de Contravenção Penal.
1º analisa a reincidência no CP – art. 63: qdo agente comete novo crime – crime seguido de crime, crime anterior pode ter sido no Brasil, ou no exterior.
Se há crime é pq houve trânsito em julgado.
Brasil adotou reincidência ficta (atrelada a um tempo) e geral. Arts. 63 e 64. Não se consideram crimes militares próprios e políticos para título de reincidência.
Enquanto o processo está correndo não há crime.
O lapso é de 5 anos depois do cumprimento da pena. O tempo começa a correr depois que o crime for resolvido (quando a pena for cumprida, ou suspensa, etc.). ele só não será reincidente quando o tempo de 5 anos depois de resolvido o crime (cumprimento da pena) tiver sido esgotado.
TJ = trânsito em julgado. 
DL 3688/41 – art. 7º (Lei das Contravenções Penais), p. 557 Vade Mecum – reincidência – crime seguido de contravenção penal (Brasil/ estrangeiro) tb é considerado reincidência;
Contravenção seguida de contravenção (contravenção só no Brasil).
Há 3 espécies de reincidência segundo art. 63 e 64 CP e art 7º DL 3688/41:
Crime seguido de crime;
Crime seguido de contravenção (Brasil/ exterior);
Contravenção seguida de contravenção (Brasil).
O lapso de 5 anos serve também para os casos de reincidência na contravenção.
Contravenção seguido de crime não é considerado reincidência, mas maus antecedentes.
ERRATA:
1º crime : Condenação (culpa) ... do crime (Trânsito em Julgado)
2º crime: Cometimento do crime, não precisa ter TJ – a lei diz cometimento.
Art. 63 CP X art. 64. CP (infração posterior... da azo a erro de interpretação).
Reincidência no ponto de vista institucional = fracassodo Estado na sua ressocialização, segundo doutrina.
João – condenado a 6 anos ppor homicídio em 23/09/13 ________________ 23/09/2019 (real)
Quando vou saber se o Estado fracassou ou não na ressocialização? Só no fim da pena = reincidência real. Mas no Brasil o parâmetro é a reincidência ficta, que é o trânsito em julgado.
Se o Brasil quiser, pode dar ou não um limite temporal para fins de reincidência:
Sistema da perpetuação ou perpetuidade
Sistema da temporalidade – Brasil adotou este, que é independente do lance da ficta ou real.
Parâmetro do Brasil: art. 63 e 64 Data do cumprimento da pena ou da sua extinção (cumprimento da pena ou da sua extinção). Os 5 anos começam depois de extinta a pena, no ex. do João começa a contar em 23/09/2019. 
João comete um crime em 25/09/2013 (futuro) – nesse ex. temos um TJ, crime cometido depois do TJ e antes do prazo de 5 anos (finda a pena) – que no caso nem começou a correr.
Questão objetiva.
Com relação a reincidência o Brasil adotou a ficta, aí refere-se ao TJ. Quanto ao parâmetro da contagem de tempo, vai o período de antes e até os 5 depois de finda pena (extinção).
Maus antecedentes: cometeu crime, cumpriu, passou mais de 5 anos e comete novo crime – é reincidente? Não, considera-se maus antecedentes.
Reincidência ficta = atenuante inominada? Há um autor que diz isso.
Cai reincidência na prova!!! 
										 
 10/09/13
Limites das penas:
Distinguir tempo de cumprimento de pena – 30 anos, ppio da humanização das penas. Do tempo de condenação, que não tem limite predeterminado.
Todo benefício penal é em cima do tempo de condenação, não do tempo de cumprimento. Aquele tempo de 1/6 para entrar na progressão, é em cima do tempo de condenação, por ex., se forem 90 anos de condenação, 1/6 = 30 anos, então nem entra no regime de progressão.
Unificação = é na vara de execuções penais (VEP), uma espécie de soma das penas, diferente do cúmulo material, para dar o máximo de 30 anos de cumprimento. +- isso. 
Fernandinho Beira-Mar: 2002 – 11anos – 2013 – 19 anos – 2032. Em 2030 ele comete outro crime: e aí? 
Art. 75 CP – penas não podem + de 30 anos. § 1º – unificação das penas para cumprir um máximo de 30 anos. 
Art.75 CP – § 2º – novo crime, cometido depois de iniciado o cumprimento da pena (crime novo, não crime antigo que demorou a transitar em julgado). Este parágrafo impede a impunidade, pq unifica, há nova unificação, mas despreza-se o tempo de pena cumprida.
Este parágrafo viola a CF? Com este parágrafo é possível que alguém ficar mais de 30 anos preso?
R: Não se pode confundir tempo de condenação com tempo de cumprimento da pena. 
Não há limite para tempo de condenação. Só não pode cumprir mais de 30 anos pelo mesmo fato (ou unificação de fatos concomitantes, +- isso, ver na doutrina). Se a pessoas comete crimes novos de tempos em tempos, pode ser que ela fique muitos anos presa, mais de 30 até, mas aqui trata-se de crimes novos.
 
Só há reincidência quando há 1 crimes transitados em julgado e o cometimento de um novo crime. O crime que o juiz está julgando é o presente, daí ele tem que olhar para o passado e ver um CRIME. Art. 63 CP + Art. 64 CP. 
CORREÇÃO DOS PLANOS DE AULA:
PLANO DE AULA 01
Caso 01:
Art. 150 – crime meio, é absorvida – violação de domicílio
Art. 148 – seqüestro e cárcere privado
Art. 155 e 157 (roubo = subtração c violência e grave ameaça)
Art. 157 § 3º – parte final = latrocínio
Concurso formal impróprio – foram condenados por isso – 2 latrocínios.
Art. 70 2ª parte – cúmulo material
Latrocínio = roubo com violência seguido de morte.
2 mortes, 1 subtração só no caso estudado. 
Não são dois latrocínios então, por isso não pode ser um concurso formal impróprio? 
SÚMULA 610 STF: morte consumada, ainda que o roubo tenha sido tentado há crime de latrocínio ainda que o roubo fique na forma tentada – prevalece a vida. 
Fundamento: súmula 610 do STF e informativo 494 do STJ dizem que ...
Recurso dos criminosos não encontra fundamento, segundo fundamentos citados – posição majoritária. (Rogério Grecco vai contra os fundamentos acima, segundo art. 14 CP).
Caso02:
Crime = 1º furto;
2 roubos = 2º e 3º crimes
3 crimes, heterogêneos, capitulação diferente.
Concurso material – mais de uma ação; cúmulo material.
Formal – uma ação; próprios – exasperação; impróprio – cúmulo.
Aqui o concurso é material, sistema de cúmulo material, art. 69 CP.
Caso 03: objetiva
Homicídio torpe, mercenário.
Concurso formal próprio (1 dolo e 1 culpa), em tese é a exasperação, mas aqui cabe o cúmulo material benéfico. 
Art. 70 parágrafo único
Letra: B
Caso 04:
Letra C – só a dolosos, não se aplica a título de culpa.
Plano de aula 02:
Caso 01:
Persalto não pode, segundo STJ (pular direto do fechado para o aberto). 
Se o condenado não deu causa e não há vagas no aberto, o condenado tem o direito de ficar em casa com monitoramento. 
Se por culpa do Estado, o condenado não vem cumprindo pena em estabelecimento prisional adequado ao regime fixado na decisão judicial (aberto, neste caso) resta caracterizado o constrangimento ilegal; segundo STJ – habeas corpus – HC 216828.
02 Objetiva: C – resposta é a 3, correção das demais:
2 – inicialmente no fechado
1 – cabe regressão de regime
03 objetiva: B
A – mais de 8 anos, até 08 anos é semi-aberto.
Plano de aula 03:
Caso 01:
Isso é transação penal – o pagamento em 3 parcelas...
MP propôs a transação penal = alternativa à penas, medida despenalizadora.
Termo circunstanciado em crime de menor potencial...
Isso não foi pena restritiva de direito, por isso não é pena alternativa. Não houve processo, ele aceitou a transação penal. É uma medida despenalizadora – também chamada de substitutivo penal – termo de Luiz Reges Prado.
Diferenciar: quando é pena alternativa, quando há descumprimento, ocorre conversão. Quando é alternativa à pena, ocorre a não aceitação do acordo e o caboclo será denunciado pelo MP.
Caso 02:
Art. 44
D – 
Caso 03:
B
										 16/09/13
Plano de aula 04:
Caso 01 – lei 8137/90 – crimes contra a ordem tributária
Não assiste a razão a Adam. A única fonte de maus antecedentes é condenação transitada em julgado incapaz de gerar reincidência. Informativo 493 do STJ. Ele tem um crime culposo e não é reincidente
Caso 02 – B – súmula 231 do STJ – cai!!
Caso 03 – cai!! ppio da não culpabilidade – crime só c trânsito em julagado
1 crime no passado = maus antecedentes
2 crimes no passado = reincidência
B – súmula 444 do STJ
SURSIS:
Palavra francesa = suspensão
Vamos analisar o sursis da pena = suspensão da pena
Só existe em nosso ordenamento jurídico a suspensão de pena privativa de liberdade, ou seja, não há sursis de PRD, nem de multa, já houve recebimento de denúncia e condenação.
Art. 80 CP
Conceito: instituto de política criminal que se destina a evitar o recolhimento à prisão do condenado, submetendo-o à observância de certos requisitos legais e condições estabelecidas pelo juiz, perdurando estas durante tempo determinado, findo o qual, se não revogada a concessão, considera-se extinta a pena.
Art. 82 CP
Natureza jurídica:
Réu processado, culpado, condenado: suspende-se a execução da pena – sistema franco-belga.
Réu processado e culpado: (não tenho condenação) suspende-se o feito, evitando-se a condenação – sistema anglo-americano. A antiga lei de drogas tinha adotado esse sistema.
Réu processado: suspende-se o feito, sem gerar conhecimento de culpa – probatio of first offenders act = provação de pequenas infrações. O Brasil adotou o sistema franco-belga, o 1º. Porém, a Lei 9099 – juizados especiais criminais –adotou o 3º, a probatio of first offenders act – p. 1374 no Vade Mecum aqui denominada Sursis Processual.
Espécies de Sursis:Tipo de sursis (espécies):
	Simples 
Art. 77 CP
Art. 78, §1º CP�
	Especial 
Art. 77 CP
Art. 78, §2º CP�
(aplica-se ao etário e ao humanitário)
	Etário 
Art. 77,§2º CP
	Humanitário (profilático)
Art. 77,§2º CP
	Pena a ser suspensa:
	Não superior a 2 anos
	Não superior a 2 anos
	Não superior a 4 anos
	Não superior a 4 anos
	Período de suspensão (de provas):
	2 a 4 anos
	2 a 4 anos
	4 a 6 anos
	4 a 6 anos
	Requisitos:
	1. Não reincidente em crime doloso – art. 77 §1º - pode ser em crime culposo, não leva em consideração o doloso se a condenação foi multa ;
2. Pena suficiente (art. 59 CP – critério subjetivo);
3. Incabível pena alternativa
	1. Não reincidente em crime doloso – art. 77 §1º - pode ser em crime culposo, não leva em consideração o doloso se a condenação foi multa ;
2. Pena suficiente (art. 59 CP – critério subjetivo);
3. Incabível pena alternativa
	1. Não reincidente em crime doloso – art. 77 §1º - pode ser em crime culposo, não leva em consideração o doloso se a condenação foi multa ;
2. Pena suficiente (art. 59 CP – critério subjetivo);
3. Incabível pena alternativa
˃ 70 anos
	1. Não reincidente em crime doloso – art. 77 §1º - pode ser em crime culposo, não leva em consideração o doloso se a condenação foi multa ;
2. Pena suficiente (art. 59 CP – critério subjetivo);
3. Incabível pena alternativa
+ razões de saúde
OBS:
Simples 
Art. 77 CP
Art. 78, §1º CP
1º ano – serviços à comunidade ou limitação de fim de semana;
Especial 
Art. 77 CP
Art. 78, §2º CP
Reparação de dano E circunstâncias favoráveis (art. 59) não será necessário o 1º ano como no simples – com proibição de freqüentar determinados lugares e de ausentar-se da comarca onde reside sem autorização do juiz E comparecimento ao juízo mensalmente.
Existem, no Brasil, sursis incondicionado? Não, no Brasil todo sursis é condicionado, por isso temos tempo de provas, para provar que se vai cumprir as condições exigidas. Art. 77, + § 1º e 78 CP.
É possível que a sursis supere a pena condenatória (PPL).
Sursis é uma espécie de ressocialização.
										 17/09/13
REVOGAÇÃO DO SURSIS:
Há 2 tipos de sursis, a facultativa e a obrigatória.
Revogou o sursis, o cara vai cumprir as duas penas preso.
A revogação tem que ser durante o período de prova, STJ, diz que ser for antes, não há que se falar em revogar a sursis.
Art. 129 § 6º - não revoga a sursis, lesão corporal culposa.
1 – Obrigatória: tem que revogar a sursis.
81, I – é condenado em sentença irrecorrível por crime (outro crime) doloso; durante o período de prova, a revogação é automática. 
81, II – não paga a multa, ou não repara o dano (nem justifica por que não o fez); X doutrina – art. 51 CP – multa = dívida de valor, não pode converter dívida em PPL; jurisprudência vacilante: diz que a lei revogou tacitamente o inciso II, pois a multa não tem mais o condão de revogar o sursis. Não é pacífico, mas é majoritário. Com relação à multa, a doutrina entende que a Lei 9268/96 revogou o dispositivo porque deve ser executada como dívida ativa (art. 51 CP).
81, II – reparação do dano (para distinguir o simples do especial é antes da sentença). A não reparação do dano tem um limite, este, depois da sentença, é um instituto que pode revogar a sentença. A reparação do dano como sentença é o que faz revogar a sursis. A reparação do dano é anterior à sentença, porque depois da sentença é fato para distinguir o sursis especial do geral. Juiz da condenação = realiza o sursis e diz se é geral ou simples. Quem revoga a sursis é o juiz da execução, aí é depois da sentença. [Multa vai para o Estado, a reparação do dano vai para a vítima].
81, III – descumpre a condição do § 1º do art. 78 CP
2 – Facultativa: não é obrigatória.
81 § 1º – descumprimento de qualquer outra condição imposta (outras além daquelas do § 1º do 78 CP)
81 § 1º in fine – condenado irrecorrivelmente por crime culposo ou contravenção à PPL ou PRD. 
Caso não haja a revogação, existirá o sursis sucessivo, ou simultâneo. É possível haver 2 sursis quando houver revogação facultativa, caso de crime culposo ou contravenção. Sursis simultâneo quando houiver a possibilidade dos dois juntos. Só quem revoga é o juiz da execução. Só quem suspende (sursis) é o juiz da condenação. 
É possível o sursis sucessivo, 1º um, depois o outro.
Não podemos confundir extinção do sursis com cassação do sursis.
Extinção da pena não pode ser confundido com extinção da punibilidade.
Extinção da punibilidade = possibilidade de o Estado não mais punir, pode começar no início ou ser intercorrente (no curso do cumprimento da pena); ex.: morte do agente; crime deixou de ser crime (abolitio criminis), recorreu, recorreu, chegou no STF perdeu, entrou c embargos infringentes, o Estado deixou prescrever = extinção da punibilidade.
Extinção da punibilidade = art. 107 CP.
Extinção da pena = quando o cara cumpre tudo, paga o que deve ao Estado, sob a forma que for (sursis, PPL, PRD, multa).
Art. 82 CP – extinção da pena 
Extinção do sursis = extinção da pena.
Embargos infringentes = ?
Extinção do sursis: art. 82 CP, cumpriu a pena = extinção da pena; o cara quitou sua dívida com o Estado. 
Cassação do sursis: o sursis ainda nem começou. 
A cassação do sursis advem antes do período de provas e são duas hipóteses:
O beneficiado não comparece à audiência de advertência (admonitória);
Provido recurso da acusação que impede a execução do benefício.
Audiência admonitória = quando o juiz chama o réu para dar as condições do sursis; o condenado tem que dar ciência inequívoca. Audiência para receber as advertências.
1 – condenado não compareceu;
2 – MP entra com recurso no TJ pedindo cassação de sursis = TJ cassa o sursis.
										 23/09/13
LIVRAMENTO CONDICIONAL:
LIVRAMENTO CONDICIONAL
Antes de 1964 o livramento condicional era considerado um benefício, agora é considerado uma medida penal.
Conceito: é a liberação antecipada do condenado após o cumprimento de parte da pena imposta, mediante preenchimento de alguns requisitos e sob certas condições. Só é cabível ao condenado à pena privativa de liberdade.
Espécies: a pena não pode se inferior a dois anos.
 83, I – não reincidente em crime doloso e ter bons antecedentes = se tiver cumprido mais de um terço da pena – livramento condicional ordinário.
83, (II) – reincidente em crime doloso, desde que cumprido mais da metade do cumprimento da pena = livramento condicional especial.
83, V – nasceu com a alteração da lei de crimes hediondos – mais de dois terços da pena, se não for reincidente em crimes desta natureza (hediondos ou equiparados). Reincidente específico = em crimes hediondos ou equiparados. Livramento condicional extraordinário.
III e IV – requisitos cumulativos, para qualquer espécie – comportamento satisfatório, trabalho, condição de trabalho honesto, poder reparar o dano, se houver possibilidade. 
O legislador não se referiu a reincidente em crime culposo e maus antecedentes. Lacuna – cabe analogia para beneficiar – analogia ao livramento condicional ordinário.
Revogação obrigatória: 
86, I – condenado à PPL em sentença irrecorrível (TJ) durante o benefício. E o tempo? Zera tudo, é como se ele voltasse ao estado anterior ao período de provas. Condicional = período de provas. Unifica as penas: a 1ª e a 2ª.
86, II – por crime anterior, observado o art. 84 – crime foi antes do benefício e a condenação veio depois. O livramento é revogado, mas o tempo de provas é computado e pode existir outro livramento.
César Roberto Bittencourt – teoria da pena – agora acompanha o entendimento de Grecco, antes tinha outro entendimento.
Nélson Hungria – 
Heleno Cláudio Fragoso – Hungria tb mudou de ideia em 1963 sobre o que ele escrevia em 1937.
O professor cometeu um erro em reincidência: ATENÇÃO!
Júlio Fabrine6 questões objetivas valendo 0,5 cada.
3 questões dissertativas, valendo 2 pontos – são duas do caderno de exercícios. 
Aulas 2, 3 e 4 – escolher 1 caso concreto e entregar manuscrito.
AV 1 – ATÉ AULA 04!
Amanhã: Medida de Segurança.
										 24/09/13
Maus antecedentes – toda vez q houver crime que não gere reincidência (qdo passar dos 5 anos)
MEDIDA DE SEGURANÇA
Princípios:
1- Legalidade: art. 1º CP – ppio da legalidade, está expresso tb na CF. Não há pena ... As medidas de segurança tb são norteadas pelo ppio da legalidade? 
Duas correntes:
1ª – minoritária – Francisco de Assis Toledo é um dos que adere a essa corrente – MS não é norteada pelo ppio da legalidade, isso não se aplica às MS, porque falta previsão legal (a lei disse pena, não disse MS); além disso, a finalidade da MS é incompatível com o ppio retributivo da pena. MS tem como finalidade a cura. 
MS – aplicado para quem tem problemas biopsicológicos. O objetivo da MS é a cura.
2ª – majoritária – cabe o ppio da legalidade às MS, esse artigo do CP, onde está escrito pena, deve ser reinterpretado da seguinte forma: onde está escrito “pena”, leia-se “sanção penal”, porque MS não deixa de ser uma medida restritiva da liberdade, merecendo as mesmas garantias da pena. O objetivo da MS é prevenção especial, com objetivo de que a pessoa não cometa mais crimes. (PPio da legalidade é uma garantia.)
2- Proporcionalidade:
A pena deve ser proporcional à gravidade do fato, isso fica bem claro. MS não tem isso, não tem essa linha de relação entre o fato e a MS. A proporcionalidade é em relação à periculosidade do agente. Por isso é Direito penal do autor e não Direito Penal do fato, não o que ele fez, mas quem ele é. Inimputabilidade deve ser auferida no ato... art. 26 §...
A MS deve ser proporcional ao grau de periculosidade do agente. 
Pressupostos:
1. Prática de fato previsto como crime: art. 97 CP; nada foi falado em matéria de MS na lei de contravenção penal, então, observar art. 12 CP: então cabe MS para contravenção penal.
Abrange contravenção penal? Sim, porque a lei de contravenções penais não previu MS, aplicando-se assim, o art. 12 CP.
2. Periculosidade do agente: art. 26 caput CP – ao tempo da ação ou omissão – o agente é isento de pena.
Só falo de pena quando houver crime, só há crime para que é imputável. 
Aos inimputáveis (caráter biopsicológico): na sentença são absolvidos, mas recebem MS = absolvição imprópria. A perícia é quem define. 
O juiz aplica pena OU medida de segurança.
Antes de 1984 o juiz podia aplicar pena e MS: sistema do duplo binário ou duplo trilho. Hoje não se adota mais isso. Hoje: sistema vicariante (= substituição).
CP, art. 26, Parágrafo Único – semi-imputabilidade: redução da pena; tem pena, então não é sistema vicariante; não cabe MS.
Tipos de Medida de Segurança:
1- Internação: é a regra; quando for pena de reclusão; art. 96.
2- Tratamento ambulatorial: qdo o crime for apenado com detenção. 
A doutrina entende que, embora não esteja previsto em lei, dependendo da periculosidade do agente, nada obsta, mesmo que seja um crime apenado com reclusão, poderia caber o tratamento ambulatorial, pois a MS leva em conta o agente e não o fato. E ainda que caiba a detenção em caso de crime (logo tratamento amb.) poderia caber internação. 
Art. 147 – ameaça. 
Duração:
Art. 97 §1º – tempo indeterminado – visa a cura; mas tem um tempo mínimo: 1 a 3 anos. 
Doutrina diz que MS não pode ser eterna pois afronta a CF por assemelhar-se à pena perpétua.
Qdo tempo mínimo for cumprido, tem que passar por mais uma avaliação.
MS por tempo indeterminado é inconstitucional? Duas correntes:
Não é inconstitucional: porque não há previsão de proibição de MS perpétua, mas sim de pena perpétua, além do que a finalidade da MS é compatível coma indeterminação do tempo. 
STF e STJ (agora) e Luiz Flávio Gomes: prazo indeterminado é inconstitucional porque a interpretação constitucional é de sanção ilimitada (a palavra pena tem que ser relida). STJ 5ª turma diz que a pena máxima tem que ser a pena máxima em abstrato, com limite de 30 anos. Corrente majoritária.
Desinternação:
Art. 97, §3º– a desinternação é condicionada a mais um ano; e, desinternado, praticar ato que corrobore com a doença mental, ele volta para a internação/ambulatório.
Superveniência de doença mental:
Imputável cumprindo pena e vira maluco na cadeia: art. 41 CP. LEP, art. 183 (Lei de Execuções Penais): juiz de ofício, por requerimento da DP ou do MP, poderá substituir a pena por MS: recolhimento a hospital de custódia = transferência a hospital de custódia. LEP X CP, e aí? 
LEP – quando for caso de transtornos sérios e irreversíveis;
CP – algo precário e reversível, vai para hospital de custódia.
									 22/10/13
Prescrição:
Conceito: é a perda, em face do decurso no tempo, no direito do Estado de punir, ou executar uma punição já imposta. Não importa o momento: instrução, inquérito, sentença, execução da pena, se preso, enfim, se presecrever, tem q soltar o malandro. 
Há 2 crimes imprescritíveis:
Art. 5º, XLII e XLIV – racismo e ação de grupos armados (civis ou militares).
Espécies:
1- Prescrição da pretensão Punitiva (PPP): ocorre antes do trânsito em julgado, apagando todos os efeitos de eventual condenação provisória. Subdivide-se em 4 tipos: 
a) Propriamente dita (ou em abstrato): CP, art. 109 (fundamento) – parâmetro é a pena máxima em abstrato. Tabela: art. 109. ainda não existe nenhum tipo de sentença.
Tabela:
+12 anos = 20 anos 
+8, -12 = 16 anos
+4 anos, -8 anos = 12 anos
+2 anos, - 4 anos = 8 anos
Consequências da Prescrição da pretensão Punitiva Propriamente dita
Desaparece para o Estado qualquer direito de punir, inviabilizando qualquer análise de mérito; o inquérito tem q ser arquivado;
Eventual sentença condenatória provisória é rescindida, não operando qualquer efeito penal, ou extra-penal (não pode nem entrar no cível por reparação de danos);
O acusado não será responsabilizado pelas custas processuais; 
O acusado terá direito à restituição da fiança se tiver prestado.
serve para as PRD, ou PRL?
b) Prescrição Superveniente – art. 110, §1º: trânsito em julgado para a acusação; depois de improvido (negado) seu recurso – ainda não há trânsito em julgado geral, não houve TJ para a defesa; sempre a acusação fala 1º; tem uma sentença, tem pena em concreto, mas n teve o TJ; a prescrição superveniente tem como referência a pena concreta, não mais a em abstrato: vou para a tabela de novo:
art. 109:
.
.
.
=1, - 4 anos = 4 anos para prescrição
Consequências desta prescrição:
Pressupõe sentença ou acórdão (sentença de tribunal realizada por grupo de juízes) penal condenatório;
Os prazos prescricionais são os mesmos do art. 109 CP;
Pressupõe trânsito em julgado para a acusação;
Trabalha com a pena efetivamente imposta na sentença;
O juiz pode reconhecer de ofício (majoritário, mas há divergências na doutrina).
c) PPP Retroativa: (CP, art. 110 § 2º), foi revogada. Ver § 1º, impede a PPP retroativa. A PPP retroativa não existe mais.
d) PPP em Perspectiva, ou por Prognose, ou Pela Pena Ideal – não está na lei, é construção jurisprudencial. Se já houver um trânsito em julgado, já é superveniente. A PPP em perspectiva não tem TJ. 
Tem que ter circunstâncias favoráveis: réu primário, bons antecedentes, não é reincidente, pororó.
STF – não aceita. 
Art. 110, §1º. “regula-se pela pena aplicada”, artigo anterior = art. 109. 
Recebimento de denúncia interrompe a prescrição.
Ex.: furto em 2005 (pena em abstrato Max. 4 anos, pela tabela = prescrição em 8 anos); em 2006 há recebimento de denúncia, novo prazo de prescrição (8 anos); “regula-se pela pena em concreto”, em 2013 há o julgamento e a sentença, réu com bons antecedentes, etc., caraça! Estranho. 
*Não tem previsãolegal, sendo criação jurisprudencial; é a hipótese de reconhecimento da falta de interesse em agir do órgão acusador. O juiz, analisando o caso concreto, antevê a ocorrência da prescrição. O STF não reconhece este tipo de prescrição (alguns tribunais estaduais sim).
2- Prescrição da Pretensão Executória (PPE): art. 110 CP.
Se tiver trânsito em julgado (para todos), regula-se pela pena em concreto. Posso ter a reparação de danos cíveis. 
Há circunstâncias que reduzem os prazos prescricionais pela metade: CP, art. 115 – menor de 21 anos idade ao tempo do crime, e + de 70 no tempo da primeira sentença (não é no âmbito do processo, é na sentença). Não adianta ter 69 anos e meio na primeira sentença, tem que ser 70 certinho.
Prescrição da Multa: art. 114, CP.
2 anos se multa for a única condenação prescrita no artigo;
Pena privativa de liberdade e/ou multa será regulada pela PPL (se o artigo prever multa e PPL, ou multa ou PPL), a prescrição da multa terá o mesmo prazo prescricional da pena para a PPL. (Multa concomitante ou alternativa a PPL).
Prescrição de Medida de Segurança: 
Pode ter prescrição? Sim, medida de segurança prescreve. 
O que faz surgir uma MS? Quando um inimputável, menos o menor, comete um crime. Inimputável considerado perigoso comete um crime. 
O tempo de prescrição da medida de segurança é o tempo do crime cometido, i. é., é a pena máxima em abstrato para a PPP.
E a PPE? Não há em MS pena em concreto, aí a prescrição é o tempo mínimo que o juiz der – na medida de segurança o juiz estipula um tempo mínimo para o tratamento ou internação. Isso não é unânime na doutrina.
Enquanto não houver pena concreta (sanção penal concreta), regula-se pela pena máxima em abstrato. Quando condenar à medida de segurança, a prescrição será regulada pelo prazo mínimo de internação.
				
Prescrição de Ato Infracional:
AI prescreve? 
1ª corrente: Não há, pois AI não pune, mas se educa. Menor não é aferido com pena, mas com educação. Prescrição é a perda do direito do Estado de punir. AI educa, não pune.
2ª corrente: súmula 338 STJ – a prescrição penal é aplicada nas medidas sócio-educativas. Analogia pró-réu, analogia em bona partem. Art. 107, IV, ou V, (ver) CP.
PRAZOS PRESCRICIONAIS:
Termo inicial e causas de interrupção (zera tudo e começa a contar o prazo prescricional novamente); causas impeditivas = para o cronômetro, congela o tempo.
Termo Inicial: começa a contar quando?
Há termos iniciais no 111 e no 112.
Art. 111 (PPP) – referência: não há TJ
I – no dia que o crime se consumou;
II – na tentativa é no dia que cessou a atividade criminosa, no último ato da tentativa;
III – nos crimes permanentes é quando cessar a permanência;
IV – bigamia, falsificação, ..., quando o fato se tornar conhecido;
V – crimes contra a dignidade sexual de menores: só começa a contar o prazo prescricional quando a vítima contar com 18 anos, ou quando começar o processo.
Termo Inicial: 
Art. 112 c/c 110 – (PPE) referência: há TJ
I – dia do cumprimento da pena, ou da execução (prescrição para a execução); direito não de punir, mas de executar a pena;
II - ?
Causas de interrupção da prescrição: zera o cronômetro – 
Art. 117 (PPP)
I – recebimento da denúncia;
II – pronúncia ao tribunal do júri (despronunciar = não ser crime doloso contra a vida, vai para o juizado comum); súmula 191 STJ (se houver cassação da pronúncia e o processo for para a vara comum, valerá a interrupção);
III – decisão confirmatória da pronúncia (ao tribunal do júri);
Latrocínio é crime contra o patrimônio, não é crime doloso contra a vida.
IV – publicação de sentença ou acórdão condenatório recorrível;
Art. 117 (PPE)
V – início ou continuação da pena;
VI – 
Causas Impeditivas:
Art. 116 (Para o cronômetro) – não é interrupção.
Incisos – prejudicial: qdo o caso sai da penal (vai p a civil, por ex.), congela o tempo p depois voltar para a penal; quando o cabra está cumprindo pena no estrangeiro;
Parágrafo único: depois de passado em julgado (PPE); se o cara está cumprindo outra pena, para de correr a prescrição para depois que terminar a pena voltar a correr.
HOMICÍDIO!!
VOL. 2 DO GRECCO
PARTE ESPECIAL:
... incriminadora... Todos os crimes nascem do direito de viver, nascem do crime de homicídio.
Sempre: forma/parte geral para forma/parte especial.
Título 1 – crimes contra a pessoa; 
Capítulo 1 – crimes contra a vida;
HOMICÍDIO: art. 121 CP
Conceito:
Ocisão violenta de um homem injustamente praticada por outro homem – Nelson Hungria diz que isso é um pleonasmo (faz crítica).
 
Conceito melhor: Violenta eliminação da vida de um homem. 
Sujeito ativo: ser humano isolado ou associado, agindo pelos próprios meios, ou diversos.
Sujeito passivo: todo ser vivo nascido de mulher (conceito de Nélson Hungria). 
Mulher, fases: normalidade – gravidez – parto – puerpério – normalidade.
Corrente médica: ser vivo começa na fecundação;
Corrente jurídica: ser vivo começa na nidação (quando o ovo gruda no endométrio).
Sujeito passivo de homicídio = nascido;
Sujeito passivo de aborto = ser vivo não nascido;
Pílula do dia seguinte = fato atípico, o aborto ocorre antes da nidação (efeito da pílula = fazer o endométrio ficar liso).
Aborto = objeto; abortamento = ação, realização.
Ser vivo:
1ª corrente: fecundação ou concepção;
2ª corrente: nidação – o Direito adota esta corrente. Embrião ainda não pode ser sujeito passivo de homicídio, só de aborto.
Elemento subjetivo: animus necandi. 
Meios executivos: ação (física ou psíquica) ou omissão (relevante).
Prova de materialidade: crime material (crime que deixa vestígios) exige-se exame de corpo de delito. O exame de corpo de delito é exigido, direto, tem que ser realizado no cadáver (carne dada aos vermes). Contudo, o STF aceita o exame de corpo de delito indireto. Exame de corpo de delito, regra = direto. STF aceita outras provas para suprir o exame de corpo de delito direto; isto é, provas testemunhais, etc.
									 04/11/13
Critério de morte: 
Leva em conta o critério da lei de transplantes.
Morte cerebral X morte encefálica
	Morte cerebral = coma, ainda há centros cardio-respiratórios e nervosos funcionando
	Encéfalo:
cérebro;
cerebelo;
Tronco cerebral (= ponte + bulbo)
ponte; 
bulbo
Aditamento à denúncia ou pronúncia, se do coma progride para a morte (tronco cerebral parado), ou de outra coisa progride para a morte.
LEI 9434/97 – lei de transplante: art. 3º - para ser cadáver tem ser morte encefálica, momento em que pode ter transplante de órgãos. 
Se há homicídio há morte, mas nem sempre se há morte há homicídio, pois morte tb pode ter caráter qualificador – ex.: latrocínio art. 157 § 3º e extorsão mediante seqüestro seguido de morte 159 §3º (maior pena no Brasil; latrocínio e seqüestro com morte não são crimes contra vida, mas contra o patrimônio); 133 § 2º (abandono de incapaz resultando em morte / crime de periclitação da vida e da saúde);
Crimes contra a vida são só 4:
Crimes qualificados para evento morte:
HOMICÍDIOPRIVILEGIADO (121§1º) = homicídio privilegiado
Há circunstâncias no h que justificam diminuição de pena (Nelson Hungria = não crime sem motivo); natureza jurídica deste parágrafo = circunstância de diminuição de pena. 
Natureza Jurídica: circunstância de diminuição de pena, são elas:
Motivo de Relevante Valor Social ou Moral: é apreciado segundo a consciência ético-social (critérios objetivos) e não segundo a opinião ou ponto de vista do agente. Tem que ser relevante.
Valor Social: é aquele correspondente, mais particularmente, aos interesses coletivos ou suscitado (fazer nascer) por específicas paixões ou preocupações sócias. Exemplos: gatuno entra em condomínio e começa a importunar várias residências, um dia alguém vai lá e mata o cara; outro ex., um

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