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* * Abolicionismo e Imprensa: A questão da Identidade. * * “A imprensa não se limitava a noticiar; fazia parte da construção do próprio acontecimento.” (Humberto Fernandes Machado) * * O papel das Elites Intelectuais * Construíram discursos e retóricas veiculadas pela imprensa que exaltavam o “progresso”, a “civilização”. * “Progresso” e “Civilização” que só poderiam ser alcançados com o fim do Brasil Arcaico, do “Atraso”, representado pelo Modo de Produção Escravista. * * O papel das Elites Intelectuais * Denunciar as Mazelas do Cativeiro era o principal caminho escolhido para os liberais defenderem e estabelecerem a modificação na sociedade brasileira (leia-se Reformas) considerada necessária para enquadrar a sociedade brasileira em padrões capitalistas. * * Imprensa:Fotografia da Escravidão “Se o Brasil fosse destruído por um cataclismo, um só número, ao acaso, de qualquer dos grandes órgãos da imprensa bastaria para conservar sempre as feições e os caracteres da escravidão, tal qual existe em nosso tempo. Não seriam precisos outros documentos para o historiador restaurá-la em toda a sua estrutura e segui-la em todas as suas influências.” (Joaquim Nabuco) * * Imprensa: Fotografia da Escravidão * Gilberto Freyre foi o pioneiro na utilização da imprensa como fonte primária para o estudo da escravidão. Deixou esse legado para os futuros pesquisadores. => Obra: O escravo nos anúncios dos jornais brasileiros do século XIX. * * Imprensa:Fotografia do Abolicionismo Na década de 1880, os jornais passaram a veicular algo além da denúncia do “atraso” através do “cativeiro”: As Manifestações Sociais. => Festas Beneficentes, Quermesses, Representações Teatrais, Meetings nas ruas, entre outras. * * Imprensa:Fotografia do Abolicionismo * Ocultação da Luta dos Negros. “A maior Revolução Social de nossa terra está sendo feita entre bençãos e flores. Nada mais extraordinário: bastaram o atrito da imprensa e o calor da palavra para limar os grilhões de três séculos de cativeiro. O que há de mais admirável na nova fase de nossa vida civilizada é a uniformidade de pensamento, desde o governo até o último liberto.” (Cidade do Rio – José do Patrocínio) * * Imprensa e Identidade A Imprensa retrata a identidade dos libertos que não aceitam a uniformidade de pensamento. A uniformidade de pensamento que é construída do pacto entre governo, proprietários e abolicionistas utilizando-se da Lei como recurso de violência simbólica e coação. * * Imprensa e Identidade * Algumas medidas: => Impedir aglomerações perigosas nos povoados e nas estradas; => Reprimir a vadiagem e Forçar os libertos ao trabalho; => Contrato Social: Obrigação de assinar Termo de Bem-Viver para evitar ser processado. * Algumas identidades: => Malandro, Ladrão, Feio, Vagabundo, Preguiçoso, Fracos, Doentes, Infantilizados, Marginalizados, Boçal. * * Embranquecimento Preocupação com a Harmonia Social levou à Teoria do Embranquecimento que passou a ser defendida pelos abolicionistas pós-escravidão para vencer por meio da miscigenação as mazelas deixadas pela escravidão. => Defesa da Imigração e da Mistura para Embranquecer. * * Embranquecimento => Defesa da Função Social da Terra. As elites intelectuais que atuaram na campanha abolicionista pela imprensa direcionavam sua retórica para a construção de uma nação. Nação que incorpora o ex-escravo ao mundo dos brancos. Nação que preserva seu caráter desigual e hierarquizado. * * Síntese => A inserção dos ex-escravos nessa sociedade, pautada por valores europeus, foi realizada sem uma proposta concreta de alterar as relações excludentes e hierarquizadas. * * Síntese => Os discursos dos abolicionistas eram direcionados para os senhores (proprietários), garantindo seus interesses, na medida em que se propunham mudar o regime de trabalho para conservar a ordem, sem abalar a produção agrícola. * * Síntese => Paralelamente, essa imprensa, como essas elites intelectuais, foi bastante influenciada por um conjunto de ideias em vigor no período, como as teorias raciais, o liberalismo e o positivismo, além de se situarem como veículo divulgadores de normas e comportamentos.
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