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Economia Politica

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A aula passada foi sobre a abordagem econômica em Aristoteles, sentido de econômica hoje em dia é quase um absurdo ( economia casa= oikonomos) oikonomos se contrapõe em crematite, ou crematisque? É o conceito de economia dos dias atuais, a vida ateniense, a vida clássica tem uma visão que nós é muito estranha, a visão da POLIS, não a ganancia da individualidade, e hoje em dia somos mais individualistas, mais altistas, o ser humano ainda tem virtudes, caráter, nobreza, uma sociedade regida por virtudes na época Aristotelica, bem diferente de hoje em dia, que essas coisas são motivos de piada.
Aula 20/08 Economia Politica I- Prof. Armando
Petty, Tratado dos impostos
Como se separou a economia em 2000 anos, tudo mudou.
Uma mulher ganhou um prémio Nobel de economia, quem foi?
Polis (cidade- estado)--------- H ( individuo)
Oposição entre Hocismo—afirmação a ruptura disso --- individualismo
Autor tomás de aquim, descoberta dos textos de Aristoteles, que ficaram perdidos por mil anos... Tomismo- Escolastica. 
Sintese do pensamento humano... Fermentado do ponto de vista do cristianismo
Atomismo, no mundo atual, isso é teologia, a sociedade moderna não quer mais saber disso.
Estado absolutista
No momento em que o Estado se autonomiza a política fica distante do indivíduo.
Esse Estado Absolutista, será superado pelo Estado Nacional, isso será superado por autores divisores de águas, compartilhamento do poder abstrato.
Emergir o conceito de Est. Nacional, diferença rei no poder absoluto, governante eleito pela nação, o rei não tem uma identidade com o povo, muitas vezes ele não fala a língua daquele povo. Não havia o conceito de Nação, os territórios governados pelos reis eram com muitas nações.
Esse estado se legitima porque ele tem uma identidade com a Nação. 
Estado governa um grande território, aboli as barreiras que tem ali naquele território, o burguês o empreendedor não consegue circular.
Para Aristoteles a economia está ligada a vida.
A economia hoje está ligada a si própria.
Isso é uma passagem da economia que estava encrustada a serviço da comunidade, que acumulavam riqueza para construir pirâmides, fazer guerras, a economia dos dias atuais está em fazer a economia girar em torno de si própria.
A economia se desencrusta da divisão política da divisão do direito.
Aula dia 25/08
Leitura de apoio que está no fórum, e o texto do Petty para hoje.
Texto do fórum tem que a questão militar e o Estado Nacional Moderno, o fim da Polis, para caracterizar bem quão diferente é a nossa sociedade daquele grega Aristotélica, a exclusão do Paraíso, o parágrafo 3, esclarece melhor o que já vimos, a grande questão é entender como se deu essa transição, como fomos expulsos do Paraíso, não tinha nenhuma mentira ali, mas era um pouco exagerada, as pessoas estão obcecadas pelo Ouro, pelo dinheiro, é difícil entender o mundo grego, o mundo rico que estão ai para nos mostrar, o edifício maior do mundo é o Partnon, até hoje ninguém ergueu algo mais belo do que aquele há milhares de anos atrás. Está lá até hoje para nós vislumbrarmos.
	O estado moderno não tem nada a ver com o Estado individual, época mercantilista, é a época que está inserido o Petty, com uma filosofia peculiar, quanto mais metais preciosos tivesse o Estado mais rico ele era.
Elemento, desencantamento da natureza, cristianismo permitiu esse desencantamento, isso é um encantamento da lógica econômica, como se deixasse de ver Deus na natureza para ver Deus no dinheiro, há algo mais sagrado do que o Dinheiro.
Medo, três forças que atuam, a violência no Estado atual, não é por acaso que guerra existiu no passado. Competição entre o poder econômico, político que se associa ao estado, medo do pobre, o estado tem direito de matar, o medo do OUTRO. ( lembra o estado natural)
Acumulação primitiva, mostra como esse processo de capitalismo foi gerando muitos pobres, progressivamente as cidades na Europa são tomadas pela massa dos pobres, só que no inicio a igreja dava conta disso, só que inrompe a peste negra que vai ser um divisor de aguas.
Hoje em dia vemos fortes características que separam o nosso mundo do mundo grego
Forte ação do medo como algo que faz parte do nosso cotidiano,
Violência;
Competição autocentrada;
Tratado de Vestifália, perdura até hoje.
Escola de Salamanca, a idade das trevas é um grande preconceito. A universidade é uma herança desse período.
Petty, é um autor moderno, contribuição dele, ele é médico e ligado a corte e ao exército colonizador, a Irlanda sendo colonizada pelos ingleses. Caráter para que veio a doutrina econômica, ele fale de um Duque e se dirige a sua graça, um Duque um comandante, o vice-rei. Esse livro de Petty, surge para dar conselhos ao príncipe, parecido com “O Principe” de Maquiavel, no primeiro capítulo, ele fala como se fosse a folha de pagamento, para ele a folha é bem generosa, militar, burocracia e justiça está na burocracia, igreja, educação, social, infra-estrutura, o capitulo segundo faz um balanço de cada um desses ramos, e diz que o Estado está gastando demais, tem que se reequilibrar. Ignorância dos números, não tinham estatísticas, ele vai propondo a redução dos gastos, diminua os gastos com as guerras, ele propõe que a Inglaterra seja mais defensiva e menos subversiva. Parágrafo 15 ele coloca hipóteses, ele mostra que os economistas precisam de basear nos números e nas medidas para a racionização. Já social e educação ele propõem ampliar casadamente. 
Aula dia 27/08
Aritmeticos políticos, a palavra economia não era usual, ela tinha um outro significado- o de oikonomos-cuidar da casa.
	Petty inaugura uma nova forma de reflexão, naquela época tinham poucas formas de graduação, era advogado, professor e médico. Nesse momento em que se procura uma ruputura entre os conceitos atuais daquela época, Petty, discrimina seis tipos de gastos, militar, buracracia, religião, educação, social (cuidar dos pobres e desempregados). Ele foi um dos primeiros autores a defender a educação, ele defende a escola de ensino superior. Educação para ele era uma função do Estado, porque até meados do século XX não existia a ideia de educação obrigatória, isso é uma conquista moderna.
	“Quando os indolentes, incapazes e oprimidos forem atendidos, trabalhando segundo regras a que se submetam, parágrafo 37 que esses povos trabalhem nas obras de infraestrutura, parágrafo 38. Exemplo numérico, conclui na visão dele que não se deve mendigar, nem morrer de fome, nem serem enforcados. Mas, se mendigarem e mendigarem pouco podem morrer de fome e se mendigarem demais podem ter maus hábitos, ficarem gordos e doentes. Eles vão ficar incapazes para o Trabalho”.
	Mas, se eles sempre trabalharem, mesmo que fazendo pirâmides, eles irão se tornar disciplinados, o que importa é eles trabalharem, se tornarem disciplinados. 
Texto do Locke, Gabriela vai faz apresentação.
Ele faz uma Teoria politica que trouxe grande contribuição para o conceito de nação no Estado de direito que refletiram muito no século 18, contribuição para as revoluções.
Ele vivia em um Estado Absolutista. 
Contradiz “o patriota”, quer tirar o poder dos estados absolutistas, ele não concorda com a denominação do forte sobre o fraco, a demonição, o direito de fazer leis que regula.
Estado de natureza, condição natural dos homens, homens livres, agem da melhor maneira como melhor lhe convir, a parir do momento que alguém faz algo ruim para alguém, essa pessoa fica no direito de fazer algo ruim de volta, todos possuem o mesmo “nível” de poder, somente nessa situação que o homem ganha poder sobre outro homem. Diferente de Hobbes, o homem não é mau, ele é corrompido pelo meio, pela sociedade.
Ele propõe uma ideia de Estado Civil para auxiliar nesse Estado de Natureza. 
Estado de guerra, é totalmente injusto que o homem destrua, defesa legitima, dominação mínima- eu to andando na rua e o assaltante diz que quer levar meu celular, no primeiro momento é uma dominação mínima para ele roubar o meu celular, mas não se sabe se ele vaiAPENAS ROUBAR O CELULAR OU ME MATAR. Tentar evitar esse Estado de guerra é a razão decisiva para que os homens deixem o Estado Natural. Retirar do é comum e se tornar meu( expropriação) o uso fruto das terras.
A liberdade dos homens sob o Governo, ver no livro os clássicos da politica I
Escravidão como forma de pagamento
Da propriedade, Capitulo V
Razão natural, fruto do trabalho, a escassez, o consentimento de todos, terra inculta-(se algo é explorado- a outra pessoa pode se apropriar- exemplo se tenho 3 pés de maçã mas consumo apenas dois, o terceiro pode ser de outra pessoa), uso do dinheiro.
Capitulo 16, Da conquista, consentimento de povo, despotismo.
Locke conhecido como pai do Liberalismo, ele defendia o Estado de liberdade, afirmar da superação do modelo dos príncipes, o ser humano não sobrevive sem um comando. 
Parágrafo 28 vai cair na prova, a grama que meu cavalo pastou. [...] é o trabalho suor braçal, o trabalho dos animais, do seu empregado e do trabalho do capitalista.
Faltei na ultima aula, depois o professor liberou para o Trielo
Aula 10-09-2015
Sobre o Texto Montesquie
Vicios privados em benefícios públicos, a fabula tem ainda um grande impacto, a segunda fabula a fabula dos carinhos, qual é o ponto? Se contrapõe a fabula das abelhas, como vai acabar os carinhos? Boatos de escassez, manda economizar os carinhos senão poderiam acabar, CRENÇAS, VALORES, fabula do Aristoteles, a mensagem de uma fabula é o oposto da segunda fabula, de fato nos somos movidos por aquelas fabulas, nós continuamos acreditamos nisso na fabula das abelhas, nos vícios que sustentam o capitalismo, Questão de valores, se foi possível.
Haykes, “as leis econômicas só funcionam se nós acreditarmos nelas.”
Vai cair na prova esse texto de apoio, o professor falou dele em quase todas as aulas
Montesquieu – Do Espírito das “Leis do comércio”? COMÉRCIO TEM VIRTUDE, TRAZ PAZ, É CIVILIZADOR, É APAZIGUADOR. AJUDA A LIBERTAT O HOMO ECONOMICOS
Confirmar o principio das leis econômicas, até hoje ele livro tem grande importância dentro do âmbito da economia, ponto principal aqui o comercio ele faz um grande elogio, o comercio pode ajudar a atenuar tensões entre Estados, o comercio traz paz, ele civiliza, o comercio afasta preconceito destruídos, onde quer que exista comercio, as leis do comercio aperfeiçoam os costumes, civiliza e suaviza os costumes básicos, tem caráter de trazer a paz, tem virtude, Mostequieu espirito iluminista, economia moderno de comercio, competição, não há porque temer, pelo contrario, a competição a busca do interesse individual é bom para o lado social, essa mensagem se impôs nesse momento, ajuda a tirar os temores, de que o jogo do mercado é a guerra de todos contra todos, de quando o ser humano se libertasse dos costumes da igreja, isso poderia leva-lo a destruição, até então eles achavam que o ser humano não seria capaz de viver juntos, se cada um buscar aquilo que mais procurar, o calvinismo ajudou no homo ecônomos, antes a mensagem principal- católica era que o busca pelo ouro era “pecado”, se o comercio gera paz, ele pode gerar guerra também. 
Nos capítulos iniciais do Livro XI de O Espírito das Leis, Montesquieu procura encontrar um significado para a palavra liberdade até chegar ao conceito de liberdade no sentido político, que seria o direito de fazer tudo o que as leis permitem (negativa). E argumenta: se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. E alerta: É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso A liberdade consiste em fazermos algo sem sermos obrigados assim agir. Pois, continua a pensar, numa sociedade em que há leis, a liberdade não pode constituir senão em poder fazer o que se deve querer e em não ser constrangido o que não se deve desejar.
Montesquieu insiste ainda a conceber a liberdade política limitada pela moderação do poder. Para ele, os sistemas democráticos e aristocráticos, essencialmente, não são livres exceto quando neles não se abusa do poder, o que para se conseguir é preciso que pela disposição das coisas o poder freie o poder. E ironiza: “Quem diria! A própria virtude tem necessidade de limites.” O homem que tem o poder é tentado a abusar dele. É preciso limitá-lo, frear seu desejo de comando. Só pode existir liberdade quando não há abuso do poder. Estabelece então, condições necessárias para a concretização da liberdade política como uma expressão de valor para a cidadania. E pensando na consolidação de um Estado livre, Montesquieu vai afirmar que somos livres porque somos governados por leis que orientam nossa vida em sociedade. A moderação do poder constitui princípio basilar da liberdade política. Pois, uma constituição pode ser de tal modo, que ninguém será constrangido a fazer coisas que a lei não obriga e a não fazer as que a lei permite.
A distinção entre governo moderado e governo não-moderado é provavelmente central no pensamento de Montesquieu. Permite integrar as considerações sobre a Inglaterra que se encontram no livro XI na teoria dos tipos de governo dos primeiros livros.
O texto essencial, a este propósito, é o capítulo 6 do livro XI, no qual Montesquieu estuda a constituição da Inglaterra. Este capítulo teve um tal eco que numerosos constitucionalistas ingleses têm interpretado as instituições do seu país segundo o que delas disse Montesquieu. O prestígio do gênio foi tal que os ingleses julgaram compreender-se a si próprios lendo O Espírito das Leis.
Montesquieu descobriu em Inglaterra por um lado um Estado que tem por objeto próprio a liberdade política, por outro lado o fato e a idéia da representação política.
“Embora todos os Estados tenham em geral um mesmo objeto que é o de se manterem, cada Estado tem contudo um outro que lhe é particular, escreve Montesquieu. A expansão era o objeto de Roma; a guerra o da Lacedemônia; a religião o das leis judaicas; o comércio o de Marselha... Há também uma nação no mundo que tem por objeto direto da sua constituição a liberdade política.” Quanto à representação, a sua idéia não figurava em primeiro plano na teoria da república. As repúblicas em que Montesquieu pensa são as repúblicas antigas nas quais existia uma assembléia do povo, e não uma assembléia eleita pelo povo e composta por representantes do povo. Foi só em Inglaterra que ele pôde observar, plenamente realizada, a instituição representativa.
Este governo, tendo por objeto a liberdade e onde o povo é representado pelas assembléias, tem por principal característica aquilo a que se chamou a separação dos poderes, doutrina que continua a ser atual e sobre a qual indefinidamente se tem especulado.
Montesquieu verifica que em Inglaterra um monarca detém o poder executivo. Uma vez que este exige rapidez de decisão e de ação, é bom que um só o detenha, ou seja, o rei. O poder legislativo é encarnado por duas assembléias: a Câmara dos Lordes, que representa a nobreza, e a Câmara dos Comuns, que representa o povo.
Estes dois poderes, executivo e legislativo, são detidos por pessoas ou corpos distintos. Montesquieu descreve a cooperação dos dois órgãos bem como analisa a sua separação. Mostra, com efeito, o que cada um desses poderes pode e deve fazer em relação ao outro.
Há ainda um terceiro poder, o poder de julgar. Mas Montesquieu precisa que “o poder de julgar, tão terrível entre os homens, não estando ligado nem a uma certa situação nem a uma certa profissão, torna-se por assim dizer, invisível e nulo”. O que parece indicar que o poder judiciário sendo essencialmente o intérprete das leis deve ter tão pouca iniciativa e personalidade quanto possível (o juiz é apenas a boca que pronuncia as sentenças da lei, sem moderar sua força ou rigor). Não é o poder de pessoas, é o poder das leis, “teme-se a magistratura e não os magistrados”.
O poder legislativo além de fazer as leis, coopera com o poder executivo; examinando em que medida estas foram corretamente aplicadas por este último.Quanto ao poder executivo, , não poderá entrar no debate dos assuntos, mas deve estar em relação de cooperação com o poder legislativo, por aquilo a que Montesquieu chama a sua faculdade de impedir. Montesquieu acrescenta ainda que o orçamento deve ser votado todos os anos. “Se poder legislativo estatui, não de ano em ano, mas para sempre, sobre a arrecadação do dinheiro público, corre o risco de perder sua liberdade, porque o poder executivo não mais dependerá dele...”. O voto anual do orçamento é como que urna condição de liberdade.
O texto de Montesquieu tem sido aproximado dos textos de Locke sobre o mesmo tema; certos aspectos bizarros da exposição de Montesquieu explicam-se se nos referirmos ao texto de Locke. Em particular, no início do capítulo 6, há duas definições do poder executivo. Este é definido primeiramente como sendo o que decide “das coisas que dependem do direito das gentes” (similar ao poder Federativo de Locke), o que parece limitá-lo à política externa. Um pouco mais longe, é definido como o que “executa as resoluções públicas” (vontade geral), o que lhe dá uma extensão muito maior. Montesquieu segue num dos casos o texto de Locke. Mas, entre Locke e Montesquieu, há uma diferença de intenção fundamental. O objetivo de Locke é limitar o pode real, mostrar que se o monarca ultrapassar certos limites ou faltar a certas obrigações, o povo, verdadeira origem da soberania, tem o direito de reagir. Em contrapartida, a idéia essencial de Montesquieu não é a separação dos poderes no sentido jurídico do termo, mas o que poderíamos chamar o equilíbrio das forçar sociais, condição da liberdade política.
Montesquieu, em toda a sua análise da constituição inglesa, supõe uma nobreza e duas câmaras, das quais uma representa o povo e a outra a aristocracia. Insiste em que os nobres só sejam julgados pelos seus pares. Com efeito,
“Os poderosos estão sempre expostos à inveja; e se fossem julgados pelo povo, não fruiriam do privilégio que, num Estado livre, o mais humilde cidadão possui de ser julgado pelos seus pares. Cumpre, portanto, que os nobres sejam levados, não diante dos tribunais ordinários da nação, mas diante da parte do corpo legislativo composta de nobres”
Em outras palavras, Montesquieu, na sua análise da constituição inglesa, visa redescobrir a diferenciação social, a distinção entre as classes e as categorias de acordo com a essência da monarquia, tal como a definiu, e indispensável à moderação do poder.
Um Estado é livre, quando nele o poder trava o poder. O que há de mais impressionante, para justificar esta interpretação, é que, no livro XI, depois de ter terminado o exame da constituição de Inglaterra, Montesquieu volta a Roma e analisa o conjunto da história romana em termos de relações entre a plebe e o patriciado. O que o interessa é a rivalidade entre as classes. Esta competição social é a condição do regime moderado porque as diversas classes são capazes de se equilibrar.
No que se refere à própria constituição, é bem verdade que Montesquieu indica em pormenor como cada um dos poderes tem este ou aquele direito e como devem os diferentes poderes cooperar. Mas esta formalização constitucional não é mais do que a expressão de um Estado livre, ou de uma sociedade livre, na qual nenhum poder pode alargar-se sem limites uma vez que é travado por outros poderes.
A concepção do consenso social é a de um equilíbrio das forças ou da paz estabelecida por ação e reação entre os grupos sociais.
Se esta análise for exata, a teoria da constituição inglesa encontra-se no centro da sociologia política de Montesquieu, não por ser um modelo para todos os países, mas por permitir identificar o mecanismo constitucional de uma monarquia, os fundamentos de um Estado moderado e livre, graças ao equilíbrio entre as classes sociais, graças ao equilíbrio entre os poderes políticos.
Mas esta constituição, modelo de liberdade, é aristocrática e, de tal fato, têm sido propostas interpretações diversas.
Uma primeira interpretação, que foi durante muito tempo a dos juristas e que provavelmente era ainda a dos constituintes franceses de 1958, é uma teoria da separação, juridicamente concebida, dos poderes, no interior do regime republicano. O presidente da República e o primeiro-ministro por um lado, o Parlamento por outro têm direitos bem definidos, sendo o equilíbrio obtido no estilo ou na tradição de Montesquieu, precisamente por meio de uma ordenação precisa das relações entre os diversos órgãos.
Uma segunda interpretação insiste no equilíbrio das forças sociais, e acentua também o caráter aristocrático da concepção de Montesquieu. Esta idéia do equilíbrio das forças sociais supõe a nobreza, serve de justificação aos corpos intermédios do século XVIII, no momento em que estes estavam prestes a desaparecer. Nesta perspectiva, Montesquieu é um representante da aristocracia que reage contra o poder monárquico em nome da sua classe, que é uma classe condenada. Vítima da astúcia da história, levanta-se contra o rei, querendo agir em favor da nobreza, mas a sua polêmica apenas para a causa do povo será eficaz.
Montesquieu não concebia o equilíbrio das forças sociais, condição da liberdade, senão segundo o modelo de uma sociedade aristocrática. Pensava que os bons governos eram moderados, e que os governos só podiam ser moderados quando o poder travasse o poder, ou ainda quando nenhum cidadão tivesse que temer outro. Os nobres não podiam sentir-se em segurança a não ser que os seus direitos fossem garantidos pela própria organização política. A concepção social do equilíbrio que O Espírito das Leis expõe está ligada a uma sociedade aristocrática e no conflito do seu tempo sobre a constituição da monarquia francesa, Montesquieu pertence ao partido da aristocracia, e não ao do rei nem ao do povo.
Para além da formulação aristocrática da sua doutrina do equilíbrio das forças sociais e da cooperação dos poderes políticos, Montesquieu estabeleceu o princípio segundo o qual a condição do respeito das leis e da segurança dos cidadãos é que nenhum poder seja ilimitado. Tal é o tema essencial da sua sociologia política.
Aula 20-10-2015
A Nação era rica com quanto mais se tem ouro e prata e como se obtem isso? Com dominação e como se obtem isso? Com autoridade, como se obtem isso? Com expansão marítima. A visão mercantilista diz que o Estado tem que ser forte para ganhar na troca, Adam Smith, de que maneira o comercio contribuiu para o campo. Pg 346 do livro I, o primeiro paragrafo, o comercio o desenvolvimento da cidade, introduziu a ordem, porque no campo as pessoas estavam em estado de guerra, na cidade as pessoas estão protegidas, tem a muralha, no campo elas estão expostas.

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