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Conceitos de Gastos e suas Classificações

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4.1 Gasto (s)= Para Martins (2010, p. 24), gastos representam a “compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega de ativos”.
Esse é o conceito genérico de tudo que uma entidade (jurídica ou física) compra, utiliza em suas operações, não sendo necessário saber sua destinação, área da empresa.
O seu destino final será classificado como custos, despesas, investimentos ou perdas, dependendo da destinação que se dá aos produtos ou serviços adquiridos.
Você já notou que dentro do conceito de gastos existe a divisão em: custo, despesa, investimento ou perdas
4.2 Custo(s) =Martins (2010, p. 24) refere-se a custos como: “gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. O custo, você já viu, é um gasto, mas que é reconhecido como custo no momento de sua utilização, ou seja, sua aplicação na fabricação, transformações de bens ou na prestação de serviços.
Por exemplo: a matéria-prima, no momento de sua aquisição a Contabilidade Financeira classifica como Ativo, Estoques de Matéria-Prima, logo, enquanto não for consumida é um investimento. No momento em que ela for utilizada na fabricação de outro bem, passa a ser um custo de fabricação ou transformação. O produto ficando pronto para a venda, volta para Estoque, classificado como: Produtos acabados, portanto, novamente volta para investimentos, até sua venda e entrega. Na saída, pela venda, promessa de venda, passa a ser classificado como custo de produtos vendidos, na Demonstração de Resultados (DRE).
4.3 Despesa(s)
Segundo Martins (2010, p. 25), as despesas são: “Bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas”. Você compreende que estes gastos não estão relacionados à produção de bens ou nas prestações de serviços, ou seja, são gastos nas áreas administrativas ou comercial.
Por exemplo: Os honorários da diretoria, o pagamento dos salários dos vendedores, secretárias, propagandas, etc., são os gastos que não são utilizados para fabricar produtos ou prestar serviços. Fique atento que despesas (conceito clássico) é o sacrifício financeiro na obtenção de receitas e não na produção de bens ou prestações de serviços.
4.4 Investimento(s)= Tem-se o conceito de investimento como: “gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). ” (MARTINS, 2010).
Para seu entendimento, vamos usar as contas do Ativo como exemplos de investimentos, todas as contas do Ativo são investimentos.
Por exemplo: A compra de matéria-prima para produção é um investimento; o resultado da produção de bens são investimentos, que, além das matérias-primas, agregam outros custos, como mão de obra, e outros custos indiretos; os bens utilizados para a realização das atividades da empresa (imóveis, móveis, veículos, equipamentos, marcas, etc.).
 4.5 Perda(s)= São bens ou serviços consumidos pela empresa de forma involuntária e anormal (MARTINS, 2010).
Você deve identificar que a geração de valores classificados como perda(s) é decorrente de atos involuntários e anormais, não pode ser confundida com despesas (que são gastos para geração de receita/vendas) ou custos (que são gastos para produzir bens ou prestar serviços) de forma intencional e normal.
Por exemplo: As horas paradas dos funcionários no período de greve; pequenos acidentes na produção ou na prestação de serviços; despesas com incêndios não ressarcidas pelo seguro; roubos e furtos; estragos com intempéries da natureza (vendavais, inundações, terremotos, etc.).
4.6 Desembolso(s)= São os pagamentos dos gastos que resultaram da aquisição dos bens ou dos serviços adquiridos pela empresa (MARTINS, 2010).
Você sabe que o pagamento pode ocorrer antes, durante ou após a aquisição dos bens ou dos serviços contratados. Dessa forma, você pode visualizar que este é a saída do dinheiro da empresa na troca pelos bens utilizados ou pela remuneração dos serviços prestados para a empresa.
Não é necessário o pagamento formal dos gastos para termos os desembolsos, podemos pensar como exemplo na troca de produtos e serviços entre empresas, onde a empresa compra produtos de alguém e ao mesmo tempo vende produtos para a outra empresa ou pessoa.
4.7 Problemas da Classificação Contábil entre Custos e Despesas
Quando se inicia o estudo de “Custos”, a grande dificuldade é visualizar a distinção entre os diferentes gastos. Para o estudo de Contabilidade de Custos, é primordial que se distinga com precisão custos e despesas.
Pode-se entender como custos os gastos ocorridos na produção de bens e na prestação de serviços. Já as despesas são os gastos decorrentes dos esforços para gerar a receita, normalmente, são os gastos administrativos, comerciais, financeiros.
Os custos são ativados (estocados, vão para a prateleira), somente deduzindo da receita quando de sua venda, pelo confronto da receita com o custo do produto ou serviços prestados.
Por fim, é de grande importância que você entenda que a classificação de custo ou despesa vai depender da opção gerencial de cada gestor, pois sua correta classificação depende de um sistema de informação gerencial bem organizado e definido, pois alguns gastos de valores insignificantes não têm a chamada “materialidade do gasto”, e seria mais caro controlar o gasto do que contabilizar diretamente em um ou outro. Lógico que você está aprendendo, e deve primar pela classificação correta: custos é utilizado na produção e despesas na parte administrativa, comercial e financeira da empresa.
4.8 A Importância dos Gastos Financeiros (Custos ou Despesas)
 Esta é uma grande discussão e não vamos aprofundar este tema, mas para seu conhecimento é ideal que você se familiarize com o assunto.
No Brasil, os encargos financeiros não são custos de produção, mesmo que se tenha conhecimento de juros pagos sobre matérias-primas ou outros fatores de produção. E o porquê deste entendimento? Alguns estudiosos acreditam que estes gastos não decorrem exatamente da atividade produtiva da empresa e sim da falta de capital de giro da empresa.
Exceção: Admite-se, para a produção de bens de longo prazo, que se incorpore o custo financeiro ao custo do produto. Exemplo: Grandes navios, aeronaves, construção de hidrelétrica, etc.
 Uma opção para retratar os custos financeiros aos resultados, para o Controller/gestor da empresa, é utilizar as ferramentas da Contabilidade Gerencial, ou seja, depois de apurados os custos e resultados da empresa da forma normal e legal, poderá agregar os valores financeiros aos estoques, custos ou as despesas e refazer os relatórios analíticos, que servirá para análise gerencial.
4.9 Onde Começam e Onde Terminam os Custos de Produção?
Teoricamente, toda vez que os gastos forem realizados para a produção e para a prestação de serviços serão classificados como custos, mas nem sempre isso ocorre de maneira fácil, pode ocorrer uma série de fatores neste processo, que dificultam a separação de forma clara e objetiva dos custos e das despesas (MARTINS, 2010).
De maneira geral, deixamos de agregar valores a título de custos aos produtos quando eles estão prontos e disponíveis para venda e os serviços concluídos.
A partir do momento em que os produtos estão no estoque para venda, os valores serão agregados nas contas de despesas diretamente. Mas outros problemas podem surgir, tais como: E os gastos com pesquisas e desenvolvimento de novos produtos ou aperfeiçoamento dos produtos existentes? Estes gastos são: investimentos, custos, despesas ou perdas? Podese dar vários tratamentos, mas vamos utilizar o entendimento mais aceito por uma ampla maioria dos auditores e até de alguns países que já regulamentaram o assunto, dentre eles o EUA, os gastos vão para despesas diretamente, independentemente do resultado da pesquisa. Mas o bom senso deve prevalecer, se o valor for substancialmente relevante e o grau de certeza de geração de fluxo de caixa futuro for positivo, o contador, juntamente com os gestores, poderãolavrar uma ata para justificar a sua contabilização no ativo. Ou, ainda, pode-se lançar mão novamente da Contabilidade Gerencial, apurar os resultados como despesas e ter relatórios gerenciais sem os valores das despesas envolvidas, distribuindo num fluxo de caixa futuro.
Outro problema são os gastos do departamento de produção que não são custos, o que fazer? Esses problemas são mais gerenciais, derivam da utilização de recursos do departamento de produção em outras áreas da empresa, por exemplo, o mecânico que presta serviços nos veículos da administração, nas instalações do refeitório, ou o inverso, auxiliar da administração que é requisitado para apontamentos de produção e qualidade realizando serviços na produção. Isto deve ser evitado, mas você pode perceber que isso ocorre de forma comum.

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