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Antifúngicos Azólicos Mecanismo: interferem na síntese de ergosterol (inibe enzimas do citocromo responsáveis pela síntese), levando a produção de membrana defeituosa. É fungicida. Cetoconazol Uso oral. Absorção reduzida por antiácidos, bloqueadores H2. Não penetra o SNC. Espectro: Candida, Cryptococcus, Histoplasma, Paracoccidiodeomicose. Pouco ativo contra Aspergillus. Efeitos adversos: náusea, vômitos, aumento de aminotransferases, hepatite, supressão adrenal. Potencializa toxicidade de rifampicina e ciclosporina. ------------------------------------------------------------------------- Itraconazol Uso oral (de preferência com alimentos). Penetra pouco o SNC Mesmo espectro do cetoconazol porém, atuam em Aspergillus. Meia vida longa. É utilizado em paracoccidioidomicose. Efeitos adversos: náuseas, cefaleia, elevação de aminotransferases. Seu nível é reduzido por rifampicina, bloqueadores H2, fenitoína e carbamazepina. ------------------------------------------------------------------------- Fluconazol Uso oral e IV. Excelente penetração no SNC. Se concentra bem na prostata. É o único azólico utilizado em ITU fúngicas. Efeitos adversos: elevação de aminotransferases, dor abdominal e náuseas. Utilizada nos mesmos casos do Cetoconazol, porém, penetra o SNC. É utilizado como profilaxia de meningite criptococcica em casos de HIV. ------------------------------------------------------------------------- Voriconazol Uso oral; eliminação renal. Utilizado em: Aspergilose invasiva, Fusarium, Candida, Cryptococcus, Histoplasma, Paracoccidioides brasilienses. Efeitos adversos: hepatite, alteração visual, efeitos digestivos. É utilizado de 12/12 horas. Posaconazol Via oral 12/12h. Utilizado em aspergilose invasiva e fusariose em doença refratária ou intolerância a Anfotericina B. Utilizado em cromoblastomicose, micetoma e coccidioidomicose em doença refratária. Profilaxia em leucemia mieloide aguda e leucemia. -------------------------------------------------------------- Equinocandinas Mecanismo: inibição da síntese da parede celular inibindo a síntese de B(1,3)-D-glucana por cancidas Acetato de caspofungina Faz parte do grupo das. Tem ação fungicida. Utilizado via IV com dose de ataque. Atua em: Aspergillus (inclusive cepas resistentes a Anfotericina B) e Candida. Raramente há resistência. Efeitos adversos: febre, náusea, vômitos, rubor de face e pescoço, flebite. Anfotericina B Utilizado apenas por via parenteral (não absorvido na via oral) Ativo contra micoses sistêmicas e potente ação fungida. Primeira linha na terapêutica antifúngica na maioria das micoses sistêmicas. É um poliênico obtido do Streptomyces nodosus. Mecanismo: ligação a esteroides da membrana citoplasmática celular (ergosterol), produzindo poros e levando a morte. A solubilidade é aumentada em associação com deoxicolato (sal biliar; reduz efeitos adversos, permite aumento da dose e reduz a nefrotoxicidade); diluição em soro glicosado sem eletrólitos (causa floculação) feito em infusão lenta (4 – 6h). É organodepositária (lenta) com alta ligação a proteínas; circula em nível terapêutico por 48 horas e tem meia vida de 15 dias. Não penetra bem em cavidades, mas pode ser aplicada intracorneal, intratecal, intrarticular e intravesical. Uso intravaginal associado a tetraciclina em candidíase. Usos clínicos: meningite criptocóccica, paracoccidiodomicose grave, histoplasmose, Candida, Aspergillus, Coccidioides immitis, Mucor, Rhizopus. É uma alternativa ao tratamento de leishmaniose. Observa-se resistência raramente em Candida, Cryptococcus e Fusarium. Efeitos adversos: febre, calafrios, náuseas, vômitos, cefaleia (aumenta PgE2), arritmia. Pode haver anemia, hipocalemia, insuficiência renal e miocardite. A dose é feita com aumento progressivo até 1mg/kg/dia ou 50mg/dia, associado a pré medicação com analgésico, antitérmico e anti histamínico. A função renal, dosagem de creatinina e potássio devem ser acompanhadas.
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