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Antifúngicos: Mecanismos e Usos

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Antifúngicos
Azólicos
Mecanismo: interferem na síntese de ergosterol (inibe enzimas do citocromo responsáveis pela síntese), levando a produção de membrana defeituosa. É fungicida.
Cetoconazol 
Uso oral. Absorção reduzida por antiácidos, bloqueadores H2. 
Não penetra o SNC.
Espectro: Candida, Cryptococcus, Histoplasma, Paracoccidiodeomicose. Pouco ativo contra Aspergillus. 
Efeitos adversos: náusea, vômitos, aumento de aminotransferases, hepatite, supressão adrenal. Potencializa toxicidade de rifampicina e ciclosporina.
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Itraconazol
Uso oral (de preferência com alimentos). 
Penetra pouco o SNC
Mesmo espectro do cetoconazol porém, atuam em Aspergillus. 
Meia vida longa. É utilizado em paracoccidioidomicose. 
Efeitos adversos: náuseas, cefaleia, elevação de aminotransferases. 
Seu nível é reduzido por rifampicina, bloqueadores H2, fenitoína e carbamazepina. 
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Fluconazol
Uso oral e IV. 
Excelente penetração no SNC. Se concentra bem na prostata. 
É o único azólico utilizado em ITU fúngicas.
Efeitos adversos: elevação de aminotransferases, dor abdominal e náuseas.
Utilizada nos mesmos casos do Cetoconazol, porém, penetra o SNC.
É utilizado como profilaxia de meningite criptococcica em casos de HIV.
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Voriconazol
Uso oral; eliminação renal.
Utilizado em: Aspergilose invasiva, Fusarium, Candida, Cryptococcus, Histoplasma, Paracoccidioides brasilienses.
Efeitos adversos: hepatite, alteração visual, efeitos digestivos. 
É utilizado de 12/12 horas.
Posaconazol
Via oral 12/12h.
Utilizado em aspergilose invasiva e fusariose em doença refratária ou intolerância a Anfotericina B.
Utilizado em cromoblastomicose, micetoma e coccidioidomicose em doença refratária. 
Profilaxia em leucemia mieloide aguda e leucemia. 
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Equinocandinas 
Mecanismo: inibição da síntese da parede celular inibindo a síntese de B(1,3)-D-glucana por cancidas
Acetato de caspofungina
Faz parte do grupo das. Tem ação fungicida.
Utilizado via IV com dose de ataque.
Atua em: Aspergillus (inclusive cepas resistentes a Anfotericina B) e Candida.
Raramente há resistência.
Efeitos adversos: febre, náusea, vômitos, rubor de face e pescoço, flebite.
Anfotericina B
Utilizado apenas por via parenteral (não absorvido na via oral)
Ativo contra micoses sistêmicas e potente ação fungida. 
Primeira linha na terapêutica antifúngica na maioria das micoses sistêmicas.
É um poliênico obtido do Streptomyces nodosus.
Mecanismo: ligação a esteroides da membrana citoplasmática celular (ergosterol), produzindo poros e levando a morte.
A solubilidade é aumentada em associação com deoxicolato (sal biliar; reduz efeitos adversos, permite aumento da dose e reduz a nefrotoxicidade); diluição em soro glicosado sem eletrólitos (causa floculação) feito em infusão lenta (4 – 6h). É organodepositária (lenta) com alta ligação a proteínas; circula em nível terapêutico por 48 horas e tem meia vida de 15 dias.
Não penetra bem em cavidades, mas pode ser aplicada intracorneal, intratecal, intrarticular e intravesical. 
Uso intravaginal associado a tetraciclina em candidíase. 
Usos clínicos: meningite criptocóccica, paracoccidiodomicose grave, histoplasmose, Candida, Aspergillus, Coccidioides immitis, Mucor, Rhizopus. É uma alternativa ao tratamento de leishmaniose.
Observa-se resistência raramente em Candida, Cryptococcus e Fusarium.
Efeitos adversos: febre, calafrios, náuseas, vômitos, cefaleia (aumenta PgE2), arritmia. Pode haver anemia, hipocalemia, insuficiência renal e miocardite.
A dose é feita com aumento progressivo até 1mg/kg/dia ou 50mg/dia, associado a pré medicação com analgésico, antitérmico e anti histamínico. 
A função renal, dosagem de creatinina e potássio devem ser acompanhadas.

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