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MANDADO DE INJUNÇÃO O mandado de injunção tem por objetivo atender à questão da ineficácia, ou seja, não tendo os elementos normativos para adequá-la a produção de efeitos concretos. Art. 5º - LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; - Ex: trabalhador de uma fábrica privada. A fábrica compra uma máquina e quer substituir os funcionários. Eu não posso exercer a função do meu direito, por que o estado não tem uma norma que regulamente isso. Não havendo norma regulamentadora, cabe a entrada do mandado de injunção. Objeto do mandado de injunção. Visa suprir a omissão legislativa na regulamentação de normas constitucionais de eficácia ilimitada ou reduzida, visando possibilitar o exercício de um direito constitucional frustrado pela omissão na edição de norma regulamentadora competente “STF, m1 nº 14” HC é regulamentado por uma norma infraconstitucional “CÓDIGO PENAL” MS 12.016 HD 9.507 MI Não é regido por lei alguma. Pressupostos do MI: Existência de um direito previsto na Constituição numa norma de eficácia limitada ou reduzida e relacionada as liberdades fundamentais a nacionalidade, a soberania ou a cidadania. Ex: Art. 7, XXVI A falta de norma regulamentadore que impeça ou prejudique a fluição (Omissão Inconstitucional) – Momento do surgimento da omissão constitucional: Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. – Se tem 180 dias para elaborar o CDC, passado os 180 dias pode ser entrado com o Mandado de Injunção. Nas situações que houver norma de eficácia limitada ou reduzida. Ex: Art 7, XXVI. Deverá ser analisado CASO A CASO. *A Omissão inconstitucional deve ser total. O STF já pacificou o entendimento de que a omissão parcial não autoriza a impetração de MI. Uma omissão parcial não é suprível pelo mandado de injunção. Ex: Aumento de 8% de inflação, se tem um aumento de 2%. Existe então uma omissão constitucional parcial, e não total. MODALIDADE DOS MI: Individual: Aquele que o impetrante procura viabilizar o exercício de um direito próprio. Ex: O impetrante não consegue exercer uma norma da constituição. Coletivo: Aquele que o impetrante sendo um daqueles previstos no Art. 5,LXX. Na qualidade de substituto processual, procura viabilizar o exercício de direito titularizado pelos substituídos. Ex: Existem direitos que são coletivos. “Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;” LEGITIMADOS NO MANDADO DE INJUNÇÃO: Ativo: Igual ao MS. Porém que deixa de exercer o direito por falta de norma regulamentadora. Passivo: Entidade ou órgão competente para a expedição da norma regulamentadora. Quem deveria ter editado a norma que não existe, esse sujeito é passível de mandado de injunção. EFEITOS DA DECISÃO FINAL DO MANDADO DE INJUNÇÃO: Teorias existentes: Não concretista: Predominou majoritariamente por muitos anos no STF. Estabelece que ao poder judiciário caberia apenas o reconhecimento formal da inércia legislativa, com a consequente comunicação ao órgão competente para a elaboração da norma. Entendia-se por posição adversa feriria a separação de poderes prevista no Art.2 CF/88. Teoria concretista geral: Adotada nas decisões do MI 670 e 708 relatada pelo Min. Gilmar Mendes e 712 Min. Eros Grau. / Adotada em algumas decisões pelo STF. Estabelece que diante da ausência de norma regulamentadora, cabe ao poder judiciário suprir a lacuna, mediante sentença que regularia a omissão em caráter geral, ou seja, viabilizando o exercício do direito não apenas ao impetrante do MI mas também à aquelas que se encontram em idêntica situação. Teoria concretista individual: Adotada no MI 721 pelo Min. Marco Aurélio. Diante da lacuna caberia ao judiciário criar a regulamentação faltante que valeria apenas para o caso específico. A decisão então, teria efeitos apenas interpartes. Teoria concretista intermediária: Trata-se de uma fusão entre a teoria não concretista e a concretista individual. Diante da lacuna, caberia ao poder judiciário, primeiramente, declarar a existência da omissão constitucional e fixar prazos para que o órgão omisso edite a norma regulamentadora faltante. Expirado esse prazo, então estaria o poder judiciário autorizado a editar a norma faltante, preenchendo a lacuna apenas para o impetrante. MI: Preenchimento do artigo jurídico que está lá sem lei específica.