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1º PRÉ PROJETO

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FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZÔNIA
CURSO DE DIREITO BACHARELADO
ANA PAULA XAVIER DE BRITO
ALIENAÇÃO PARENTAL E AS FALSAS DENÚNCIAS DE ABUSO SEXUAL
BELÉM - PA
2017 
ANA PAULA XAVIER DE BRITO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL E AS FALSAS DENÚNCIAS DE ABUSO SEXUAL
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como requisito para obtenção de nota do 1º NPC da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC I), ministrada no Curso de Direito, da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), sob responsabilidade da Profa. Adriana de Aviz. 
 
Orientação: Profa. Ma. Adriana de Aviz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM- PA 
2017 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA .................................................... 03
O PROBLEMA DA PESQUISA....................................................... 04
OBJETIVOS .................................................................................... 05 
GERAL .......................................................................................... 05
ESPECÍFICOS .............................................................................. 05
REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................. 06 
METODOLOGIA ............................................................................. 09 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................ 10
REFERÊNCIAS ............................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA 
 Alienação parental ocorre quando um dos genitores faz a indução psicológica da criança, com pensamentos negativos e desqualificação do ex-cônjuge ou antigo companheiro, sendo também de suma relevância quando há falsa alegações de abuso sexual. Esse termo alienação parental surgiu nos Estados Unidos em 1985 e começou a ter ocorrência em processos no Brasil em 2012, havendo amparo atualmente na legislação brasileira 12.318, que objetiva proteção das crianças e adolescentes vítimas desta doença.
 A intenção da pessoa que provoca a alienação parental é criar discordâncias e sentimentos negativos na criança em relação a determinado genitor, tendo como consequência o afastamento de um dos cônjuges, raiva, inconformidade com a separação, mentiras, manipulações, dúvidas, revoltas, a criação de um universo paralelo, com falsas denúncias de abuso sexual, sendo esta última umas das mais comuns e cruéis formas acometida por essa alienação.
 Este artigo tem por finalidade tratar deste fenômeno que, cada vez mais, atinge milhares de pessoas, pretendendo elucidar, difundir, bem como demonstrar a extrema relevância e gravidade deste assunto.
Além de inibir e vencer a dificuldade na identificação de um depoimento de abuso sexual, sendo de importante relevância a identificação dos elementos de alienação, pois, depois de confirmado e existindo a desistência do alienado de estar em convívio com seus filhos, e certo que as sequelas de tal processo patológico comprometerão o desenvolvimento normal da criança. A ruptura da relação entre filho e sua mãe ou pai, pode demorar anos para que haja respectiva reconstrução do vínculo afetivo ou pode até mesmo nunca acontecer.
 
 
 2 O PROBLEMA DA PESQUISA 
 
 	A alienação parental quando diz respeito acusação de abuso sexual pelo retentor da guarda, envolve situações jurídicas, psicológicas e sociais que exigem um enorme cuidado na sua apreciação, pois ao mesmo tempo em que esta acusação pode ser uma farsa e causar dano se houver intervenção do Estado e a exigência judicial do afastamento desta criança com seu genitor alienado, poderá ocorrer o inverso, a acusação pode ser verdadeira não sendo possível de se detectar o abuso, existindo omissão do Estado no afastamento de ambos. Assim, se faz pertinente os seguintes questionamentos:
Como ocorre a implantação de informações inverídicas na mente das crianças e adolescentes? E quais as consequências para a criança que sofre a alienação?
Cabe a intervenção do Estado em casos de falsas denúncias de abuso sexual, em que há o consequente afastamento e a refutação do direito de convivência do genitor para com seu filho? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 GERAL 
 
Compreender a alienação parental frente as falsas alegações de abuso sexual presente no ordenamento jurídico brasileiro.
3.2 ESPECÍFICOS 
Verificar como se manifesta a alienação parental e suas implicações na vida da criança. 
Entender como é possível a criança reproduzir as informações falsas contra seu próprio genitor. 
Averiguar como o Estado pode realizar a interferência, ponderando a necessidade de conviver com o genitor e a segurança da criança durante o processo de investigação da denúncia de falso abuso sexual.
 
 
METODOLOGIA 
 
A metodologia a ser empregada neste estudo envolverá a pesquisa bibliográfica sobre alienação parental e falsas acusações de abuso sexual. Nesse âmbito, esta será desenvolvida a partir da leitura, interpretação de livros e periódicos jurídicos, além de trabalhos existentes em sites confiáveis na Internet, após seleção criteriosa, para, então, realizar as anotações e fichamentos necessários para fundamentar o tema.
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
 	O convívio no âmbito familiar é um direito fundamental, que deve ser considerado e em momento algum violado, esse direto é garantido pela Constituição Federal no art. 227, nesse termo a convivência dos filhos devem ser respeitadas mesmo após o término da relação dos pais.
 	A alienação parental é uma atitude de impedir esse vínculo afetivo entre a criança/ adolescente com um dos seus genitores, o que agride de forma visível esse direito. Com a existência desse conflito, e a dificuldade jurídica de a pontar e resolver esses conflitos que a tempos acontecem.
 	Em 2010 foi instaurada a lei 1238/10, que tem por desígnio principal proteger os direitos individuais dessas crianças e adolescentes. O conceito legal da alienação parental está descrito no artigo 2º da Lei Alienação Parental (Lei 12.318/2010), que define Brasil (2010, p.64):
Art. 2 Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induz ida por um dos genitores, pelos a vós, ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou a manutenção de vínculos com este.
A Síndrome da Alienação Parental ou SAP como também é conhecido, nasce com a ajuda de terceiros como, por exemplo, um pai, tio, avô etc., em geral quem convive com o alienante. Podemos observar então, que a alienação parental, de formas habituais decorrentes de incensáveis influências psicológicas as quais essas crianças/adolescentes são submetidas terminar por desenvolver a síndrome da alienação parental. Temos nas palavras de Trindade (2007, p. 102): 
A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição. Em outras palavras, consiste num processo de programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa, de modo que a própria criança ingressa na trajetória de desmoralização desse mesmo genitor.
Perante a ocorrência dos casos de alienação parental e ausência de uma difícil caracterização do fato par inibir ou atenuar os fatos, se feznecessário a intervenção do estado através de uma lei para acabar e inibir esses acontecimentos. No processo de preparação do projeto de lei, foi escolhida a palavra genitor para caracterizar a conduta do alienante, nas palavras de Sandra Vilela (VILELA, 2009):
 Evidente vantagem da existência de definição legal de alienação parental é o fato de, em casos mais simples, permitir ao juiz, de plano, identifica-la, para efeitos jurídicos, ou, ao menos, reconhecer a existência de e seus e indícios, de forma a viabilizará ida intervenção jurisdicional. O rol exemplificativo de condutas caracterizadas com o de alienação parental tem esse sentido: confere ao aplicador da lei razoável grau de segurança para o reconhecimento da alienação parental ou de seus indícios independentemente de investigação mais profunda ou caracterização de alienação parental por motivos outros.
O objetivo de interromper os atos de alienação parental, ocorre com consonância aos direitos constitucionais de ampla defesa e contraditório, pois usualmente, ocorrem relatos falsos por parte de um ou de ambos os genitores.
É de suma importância que as provas acerca da ocorrência da alienação parental são complexas, por isso existe a necessidade de especialistas na área para auxiliar na identificação desses atos, pois é necessário diferenciar o que são falsas memórias ou relatos verdadeiros de abuso. Nas palavras de Carolina Buosi (2012, p. 130 -131):
 Enquanto o profissional perito ligado à assistência social deve vislumbrar sua prática, verificando as condições e realidade social existentes, certificando- se de qual é a melhor delas para a criança ou adolescente envolvido – situ ação mais precisam ente nos casos de guarda – o profissional perito ligado à psicologia volta -se para os casos de alienação parental, tendo em vista que o objeto periciado nessas ocasiões não s e restringe a situações objetivas de estrutura ou realidade social daquela família, e sim aos impactos e às questões subjetivas e psicológicas envolvidas dos parentes que têm ou mantêm a guarda da criança que foi vítima. 
 
Por fim, se faz importante ressaltar após análise da Lei de alienação Parental foi um grande avanço da legislação, pois já era sabido a existências d esses casos no âmbito familiar, porém não havia formas de punição para quem praticavam, com isso a lei em questão se torna eficaz pois p uni de resolução dos conflitos aos atos alienatórios, de modo que serve para proteger a criança e, ou adolescente, bem como o genitor alienado.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
2º Semestre de 2017 – Projeto de Pesquisa 
	Descrição das atividades 
	
	
	Meses 
	
	
	
	Agost.
	Set. 
	Out. 
	Nov.
	Dez.
	Levantamento bibliográfico 
	X 
	X 
	X 
	 
	 
	Elaboração do projeto de pesquisa 
	 
	 
	X 
	X 
	 
	Redação final 
	 
	 
	 
	X 
	 
	Defesa do Projeto de Pesquisa 
	 
	 
	 
	 
	X 
	Elaboração do Sumário do Artigo
	 
	 
	 
	 
	X 
1º Semestre de 2018 – TCC
	Descrição das atividades 
	
	
	Meses 
	
	
	
	Jan. 
	Fev.
	Março
	Abril
	Mai. 
	Junho
	Levantamento bibliográfico 
	X 
	X 
	 
	 
	 
	 
	Elaboração dos capítulos, 1, 2 e 3 do TCC 
	 
	X 
	X 
	X 
	 
	 
	Elaboração 	da Introdução, considerações finais e elementos pré-textuais 
	 
	 
	 
	 
	X 
	 
	Redação final 
	 
	 
	 
	 
	X 
	 
	Entrega do Artigo
	 
	 
	 
	 
	 
	X 
	Defesa do Artigo
	 
	 
	 
	 
	 
	X 
REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição (1988). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 05 set. 2017. 
FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à lei 12.318/2010. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
STEIN, Lilian Milnitsky. Falsas memórias. Porto Alegre: Artmed, 2010.
TRINDADE, Jorge. Incesto e alienação parental: realidades que a justiça insiste em não ver. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
VILELA, Sandra. Anteprojeto acerca de alienação parental. In: Pai Legal. 08 mar. 2009. Disponível em: Acesso em: 12 out. 2014

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