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13 Da propriedade resolúvel e da propriedade fiduciária

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CESED No. 13
FACISA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil V
PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro
Da propriedade resolúvel
	A propriedade de alguma coisa, a priori, só acaba quando o dono tem esta vontade, quer seja por alienação, renúncia, abandono, etc. Ocorrendo a morte do proprietário, o direito se transmite imediatamente a seus herdeiros. 
	Pode ocorrer, entretanto, casos em que a possibilidade da propriedade ser destinada a terminar, conforme prevê os artigos 1359 e 1360 do Código Civil.
	No primeiro artigo, temos a hipótese de propriedade subordinada a condição resolutiva ou a termo final. Ocorrendo a situação ou advindo o termo, resolve-se o domínio. Vejamos alguns exemplos, 
	Para ilustrar a condição resolutiva temos a retrovenda, que é a cláusula pela qual o vendedor se reserva o direito de readquirir a coisa do comprador, restituindo-lhe o preço mais as despesas. Aplica-se somente se o objeto do contrato for imóvel. Seu prazo de validade é de no máximo três anos, sob pena de considerar-se não escrito o tempo que ultrapassá-lo.
	Outro exemplo que podemos aqui mencionar é o fideicomisso. Nesta situação, o fideicomitente transfere a propriedade de um bem a outra, o fiduciário, ficando este com a obrigação de transmitir a propriedade do bem a terceiro, o fideicomissário, decorrido certo prazo. Sobre este aspecto, são três as modalidades de fideicomisso: 
vitalício; a substituição ocorre coma morte do fiduciário.
a termo: quando ocorre no momento prefixado pelo testador.
condicional: se depender de implemento de condição resolutiva. 
 	Mais um exemplo de propriedade resolúvel ocorre quando da venda de imóvel, sem que ocorra o respeito ao direito de preferência do locatário ou do condômino. Estes poderão desfazer a venda, depositando o preço pago pelo comprador. 
	Finalmente, temos a alienação fiduciária como exemplo de propriedade resolúvel. O devedor, em garantia de pagamento, aliena determinado bem ao credor., que se torna seu dono, até o pagamento integral da dívida. Cumprida a obrigação, o credor transfere a propriedade do bem de volta ao devedor. 
	A segunda hipótese é prevista no artigo 1360 do Código Civil. A propriedade, aqui se resolve por fato posterior e estranho ao título aquisitivo. É o caso, por exemplo, de doação que pode ser revogada por ingratidão. Até que ocorra o ato que caracterize ingratidão (previsto no artigo 557, CC), a propriedade é plena. No momento em que ocorre, ela se torna resolúvel. 
Da propriedade fiduciária
	Regulamentado nos artigos 1361 a 1368, propriedade fiduciária é espécie de propriedade resolúvel, em que o fiduciário torna-se dono de um bem, que pertencia ao fiduciante, seja para servir-lhe de garantia de dívida, seja para administrá-lo em favor de alguém, seja com outro intuito qualquer. Trata-se de propriedade resolúvel porque dura determinado tempo, restituindo-se às mãos do fiduciante. 
Bibliografia: 
FIÚZA, César. Direito Civil: curso completo. 14ª ed., revista, atualizada e ampliada. Belo Horizonte: Del Rey, 2011.

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