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Exame Físico Geral.pdf

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Dados Vitais:
Pulso = Para avaliar o pulso utilize 2 polpas 
digitais, que devem suavemente repousar 
sobre a artéria radial do paciente. Se o 
ritmo for regular, conte 15s x 4. Se for 
irregular, conte o pulso em 60s. Os valores 
de pulso considerados sao os seguintes: 
Normal (60 a 100 bpm), taquiesfigmia (> 
100 bpm) e bradiesfigmia( < 
60 bpm). Outros tipos de 
pulso, como o parvus 
tardus, célere, bisferiens, 
alternante, bigeminado e 
paradoxal foram abordados 
na apostila sobre sistema 
cardiovascular.
Freqüência Respiratória 
= Podemos caracterizar 3 
pr inc ipa is padrões de 
freqüência respiratória: 
Eupnéia (14 a 20mrpm), 
taquipnéia ( > 20 mrpm) e 
bradipnéia ( < 14 mrpm). 
Lembre-se de que o ritmo 
respiratório pode estar 
r e l a c i o n a d o a c e r t a 
doenças, tal como ocorre 
c o m a r e s p i r a ç à o d e 
Cheyne-Stokes, Kussmaul, 
h i p e r v e n t i l a ç a o 
neurogênica central, respiração apnêustica 
e de Biot.
Pressão arterial = Considere que a 
circunferência da bolsa inf lável do 
esfigmomanômetro deve ser de 12-14 cm, 
sendo que o comprimento da bolsa inflável 
do esfigmomanômetro corresponde a 
aproximadamente 80% da circunferência 
do membro superior. Lembre que deve-se 
Calibrar aparelho aneróide a cada 6 meses, 
sob risco de falsas mesurações. Durante a 
aferiçao o ambiente dever estar calmo e a 
temperatura adequada. O braço escolhido 
deve estar sem vestimenta, sem fístulas, 
cicatrizes de dissecção de artéria braquial 
ou sinais de linfedema, devendo o mesmo 
ficar na altura do coração. Alerte ao 
paciente para que 1h antes 
não use café, cigarro e 
estimulantes adrenérgicos 
( desconges t i on an tes , 
colír ios). Ao iniciar a 
aferição insufle o manguito 
2 0 m m a c i m a d o 
desaparecimento do pulso 
radial e desinsulfle com 
v e l o c i d a d e < 3 m m /
segundo. No caso dos 
sons estarem baixos, peça 
ao paciente para levantar a 
m ã o , a b r i n d o - a e 
fechando-a de 5 a 10 
vezes. Lembre-se de que a 
pressão arterial diastólica 
(PAD) corresponde a fase 
V de Korotkoff, na qual 
ocorre o desaparecimento 
do som. Nas crianças, 
corresponde a fase IV, 
quando ocorre o abafamento do som. 
Procure sempre fazer 2 aferições em cada 
consulta, optando por utilizar sempre o 
braço com maior pressao. Caso a PA 
esteja aumentada em paciente jovem, faça 
a aferição da mesma no membro inferior, 
pois isto auxilia a identificar coarctação de 
aorta. Para o diagnóstico de hipertensão 
considere no mínimo 3-6 le i turas, 
separadas por no mínimo 1 semana.
Exame Físico Geral
Dr. Ivan Paredes
Dr. Carlos Caron
Dr. Joachim Graff
Dr. Carlos Borges
Dr. Carlos Cardoso
Faculdade Evnagélica 
do Parana (FEPAR)
Grupo de Estudos em 
Semiologia e 
Propedeutica (GESEP)
Dr. Ivan Paredes e Dr. Carlos Caron
Agosto/2007
P r o p e d ê u t i c a I I
O Exame Físico Geral
Neste módulo estudaremos o exame físico geral, enfatizando que 
o mesmo deve ser realizado de forma metódica, sempre tendo em 
vista os dados de história clinica obtidos na anamnese. Aqui serão 
discutidos os dados vitais e a Inspeção do paciente clínico.
Temperatura = Pode ser avaliada na cavidade oral, no reto e na axila. Lembre-se da 
seguinte relação: temperatura retal (0,4°C) > oral (0,4°C) > axilar. Por uma questao de 
comodidade mede-se habitualmente a temperatura axilar (36,4°C, com variação de 0,4°C). 
Os principais conceitos realcionados às variações de temperatra são os seguintes:
Febre - Conceitos
Febre: Caracteriza-se por aumento 
da temperatura, calor e rubor. As 
principais causas de febre são 
neoplasias, doenças do colágeno e 
outras doenças multisistêmicas, 
drogas, febre factícia, e febre de 
origem desconhecida.
H i p e r t e r m i a : O c o r r e r i g i d e z 
muscular, alucinações, delírio, 
midríase, arritmias, rabdomiólise 
(mioglobinúria), IRA, hipercapnia, 
acidose, lesão cerebral irreversível, 
óbito.
Síndrome Febril: Astenia, anorexia, 
hiporexia, taquisfigmia, taquipnéia, 
sudorese, calafr ios, mialgias, 
ar t ra lg ias, náuseas, vômi tos, 
sonolência, oligúria, cefaléia, delírio, 
convulsões, etc. 
Febre + síndrome febril: infecções.
Hipertermia: Hipertermia maligna, 
s d . n e u r o l é p t i c a m a l i g n a , 
intermação.
Febre de Origem Indeterminada 
(FOI): febre de no mínimo 38,3C, 
com 3 semanas de evolução e 1 
semana de investigação hospitalar.
Febre prolongada: >5 d e < 3 s de 
evolução. 
Febre nosocomial: >38,3C após 48h 
da admissão, observada 2 vezes em 
um período de 2dias.
F e b r e e m U T I : q u a n d o a 
temperatura for > 38,3C.
Febre do Respirador: 48h após a 
ventilação mecânica.
Neutropênico febril: febre em 
pacientes com neutropenia (<1.000 
neutrófilos).
Os principais padrões de febre são os seguintes:
1) Contínua: Variação de até 1˚C, sem apirexia. Ex: Pneumonia, Febre tifóide, Endocardite.
2) Recorrente (ondulante): surtos febris e apirexia, com períodos longos. Ex: Linfoma de 
Hodgkin (Pel-Ebstein), Brucelose, Borrelia, arranhadura do gato.
3) Recorrente (Intermitente): surtos febris e apirexia, em períodos curtos. Ex: Terçã (nova crise 
no 3˚ dia - P. vivax), Quartã (nova crise no 4˚ dia - P. malariae), Quintana (nova crise no 5˚ dia - 
Ricketsia), Linfomas, ITU e sepse.
4) Irregular (Héctica ou Séptica): sem qualquer padrão, sendo Imprevisível. Ex: Sepse, 
Abscessos, Empiemas, Tb miliar, Medicamentos, Fictícia.
5) Dromedária (em sela): Poliomielite, Dengue.
6) Cíclica: de 21 em 21 dias. Ex: Neutropenia cíclica.
Nível de consciência = É o grau de alerta apresentado pelo sujeito. Depende da atividade da 
substância reticular ativadora ascendente (SRAA), localizada no mesencéfalo e porção rostral 
da ponte, que por sua vez atua sobre o tálamo cujas aferências corticais torna o córtex cerebral 
funcionante bilateralmente. O conteúdo de consciência, por sua vez, é a totalidade das funções 
cognitivas e afetivas do ser humano, tais como humor, linguagem, inteligência, critica, juízo, 
memória, sendo que o mesmo dependende fundamentalmente da atividade cortical.
Em relação ao nível de consciência, é importante reconhecer os seguintes termos:
Estado de Alerta (Vigil): Paciente com resposta plena.
Letargia: Paciente sonolento que olha para o examinador, responde às perguntas e volta a ficar 
sonolento.
Obnubilação: Semelhante ao anterior porém lento e confuso
Estupor: Semelhante ao anterior porém só acorda com estímulos dolorosos.
Coma: O paciente não acorda, estando sempre de olhos fechados e apresentando um Glasgow 
! 8.
É importante reconhecer que a principal forma de avaliarmos o nível de consciência é por meio 
da Escala de Coma de Glasgow, abaixo demonstrada.
Estado geral do paciente = O paciente pode se apresentar em bom estado geral (BEG), regular 
estado geral (REG) e mal estado geral (MEG). Esta classificação é dada pela somatória dos 
seguintes elementos: anamnese e exame físico + dados vitais + nível de consciência + 
comorbidades + exames complementares + impressão subjetiva do examinador. 
Fácies
Parkinsoniana ou “face bovina” = Cabeça inclinada um pouco para frente, imóvel, fixa 
nessa posição pela rigidez dos músculos do pescoço. Fisionomia impassível, dura, como se 
fosse uma figura de máscara. Sem a mobilidade natural das pálpebras e supercílios 
elevados.
Hipocrática = Grande palidez da face, boca entreaberta, lábio finos, olhos parados e 
fundos, olhar vago e fixo. Sem nenhuma expressão. Comum em estados agônicos e 
quadros graves.
Adenoideana = Nariz em geral pequeno, lábio inferior grosso e pendente, boca 
constantemente entreaberta.
Hipertireoideana ou basedoviana = Caracterizado pela evidente exoftalmia, típica do 
hipertireodismo. As palpebras não chegam até a íris. Ocorre bócio.
Hipotireoideana ou mixedematosa = Rosto largo, lábios grossos, supercílios escassos, 
cabeloseco e quebradiço. Parece que o paciente acabou de acordar, tendo uma expressão 
de apatia. A pele é ressecada.
Acromegálica = Devido a hipertrofia das partes moels e ósseas a cabeça fica alongada, 
tendo proeminência da testa, nariz e mandíbula (prognatismo). Os tecidos moles do nariz, 
lábios, língua (macroglossia) e ouvidos também aumentam. É decorente do aumento na 
produçao do GH, ocorrendo também acromegalia.
Cushingóide, em lua cheia ou moon face = Rosto redondo. Acompanhado por obesidade 
em pescoço, tronco e abdômen. Ocorre por aumento dos mineralocorticóides produzidos na 
supra-renal, tal como na Síndrome de Cushing.
Renal = Ocorre nos casos de insuficiência renal, apresentando o paciente edema de face 
pela manhã (periorbitário) e pele pálida de coloração amarelo palha.
Pseudobulbar = Fisionomia abobada. Mastigação e deglutição feitas com dificuldade. 
Freqüentemente crises de choro ou de riso irreprimíveis. Pelos lábios entreabertos flui 
constantemente saliva. A maioria dos indivíduos têm mais de 60 anos.
Paralisia facial = A paralisia de metade do rosto determina a imobilidade dessa metade, 
enquanto os músculos do lado oposto, sem a ação dos antagonistas do lado paralítico, 
desviam o rosto para esse lado.
Ectoscopia
A inspeção do paciente permite avaliar o seu biotipo, postura, atitude, marcha, estado 
nutricional, hidratação e fácies, objetivando obter dados que facilitem o diagnóstico clínico.
Paralisia Facial 
Periférica
Facies Renal
Facies hipocrático Facies Luético
Facies Tetanico Facies 
Pseudobulbar
Galeria de Fácies
Facies Adenoidiano Facies Mongolóide
Atitudes
Ortopnéia = O paciente apresenta alívio da dispnéia somente quando está sentado, pois 
esta posição facilita o funcionamento dos músculos auxiliares da respiração (escalenos, 
trapézio e peitorais) e favorecer a expansão torácica e a circulação venosa. Pode ser 
achado na Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e na Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica (DPOC).
Prece maometana = O paciente encontra alívio da dor ao ficar ajoelhado no leito com os 
cotovelos sustentando a parte anterior do corpo. Pode ser encontrado na Pancreatite 
Aguda, na Pericardite e no Derrame Pericárdico.
Atitude de peritonismo = Paciente em decúbito dorsal com flexão em ângulo obtuso ou 
reto de uma coxa sobre o abdômen, indicando isto irritaçao peritonial. pode ser achado na 
peritonite ou na apendicite.
Posição de Cócoras = Por melhorar o retorno venoso, pode ser encontrado em pacientes 
com Tetralogia de Fallot.
Atitude miopática = Corresponde ao sinal de Gowers, no qual o paciente escala o próprio 
corpo para poder ficar em pé.
Anquilose = Ocorre na espondilite anquilosante, onde o paciente não consegue encostar a 
cabeça na parede quando nela está encostado. É denominada de postura de esquiador.
Atitude hemiplégica = quando um dos dimídios se apresenta sem força muscular e 
flácido, ocorrendo na fase aguda do infarto ou de hemorragia cerebral.
Decorticação = O membro superior se apresenta aduzido e flexionado, com a flexào dos 
dedos. O membro inferior se apresenta extendido e com rotaçào interno, havendo flexão 
plantar. Indica disfunção supratentorial em regiões profundas na cápsula interna.
Descerebração = O membro superior se apresenta aduzido, extendido e pronado, com a 
flexão dos dedos. O membro inferior se apresenta extendido e com rotação interna, 
havendo flexão plantar. indica lesão alta em tronco cerebral, entre núcleo rubro e 
diencéfalo.
Marchas
Ceifante ou hemiplégica = O braço do lado plégico é mantido fletido junto ao corpo, 
enquanto a perna deste mesmo lado permanece extendida, com flexao plantar do pé. Ao 
caminhar, o paciente forma semicírculos com a sua perna plégica. Ocorre nos infartos 
cerebrais.
Parkinsoniana ou petit pass = O paciente assume uma postura simiesca, com a cabeça e 
o pescoço inclinados para a frente e os joelhos e quadris se apresentam levemente 
flexionados. Os braços são flexionados em cotovelos e punhos. Ao iniciar o movimento, o 
paciente o faz lentamente. Os passos sao curtos e, ao virar-se, o faz em monobloco. É tipica 
da doença de Parkinson.
Ebriosa, cerebelar ou atáxica = A marcha é oscilante, instável e a base de sustentação se 
apresenta alargada, semelhante a de um indivíduo etilizado. Ocorre em lesoes cerebelares.
Escarvante = O paciente anda com os pés caídos em decorrência de lesão do neurônio 
motor inferior. Ocorre nas neuropatias periféricas.
Marcha em tesoura = Ocorre nas paresias espáticas bilaterais dos membros inferiores. A 
marcha é rígida, com o lento avançar de cada perna. As coxas tendem a se cruzar a cada 
passo, que são sempre curtos. É como se o paciente estivesse andando na água.
Ataxia sensorial = A marcha é instável e com base alargada, tendo o paciente a 
necessidade de observar o chao para se orientar ao andar. Caso fechem os olhos, não 
conseguem ficar em pe com os és juntos (Sinal de Romberg). Esta marcha ocorre nas 
lesões do cordão posterior, tal como na sífilis ou deficiência de vitamina B12.
Marcha do idoso = Os passos sao curtos e incertos, sendo que as pernas podem se 
apresentar flexionadas nos quadris e joelhos.
Leonina = Ocorre na hanseníase Wirchoviana, com o desaparecimento dos supercílios 
(madarose), nariz em cela e lábios proeminentes, grossos e endurecidos. 
Tetânica = Contratura dos músculos da face eu faz com que os lábios fiquem repuxados em 
sentido horizontal, as fendas palpebrais estreitam-se e os sulcos nasolabiais tornam-se mais 
fundos. Tem-se a impressão de que o paciente está com riso sardônico.
Lúpica = Devido a fotossensibilidade, ocorre rash malar em forma de asa de borboleta.
Luética = Ocorre proeminência do osso frontal (fronte olímpica).
Tetânico = Presença de riso sardônico, pela contração do masseter.
Hipertireoidismo Hipotireoidismo
Gigantismo Cushing
Lúpus Hansen 
Wirchoviana
Fácies Parkinsoniano
Estado Nutricional
Avaliar a altura, estando o paciente descalço, ereto e com a cabeça erguida.
Avaliar o peso, estando o paciente idealmente despido e em jejum. A variação normal do 
peso é de até 5% do peso corporal. Uma perda significativa é aquela em que se perdeu > 
5% do peso corporal.
Avaliar a circunferência braquial e a prega tricipital.
Procurar por sinais clínicos que indiquem desnutrição, tais como: diminuição da bola de 
Bichat, aumento das proeminências ósseas, perda de massa muscular, língua lisa e sem a 
presença de papilas, estomatite angular, cabelo quebradiço e em vários tons, marasmo 
(paciente magro e sem a presença de edema) ou Kowashiokor (magro mas com presença 
de edema devido a perda protéica).
Determinar o IMC (Índice de Massa Corporal), segundo a fórmula: IMC = peso / (altura)2, 
sendo que o IMC é classificado em:
-Baixo: ! 20
-Normal: entre 20 e 25
-Sobrepeso: entre 25 e 30
-Obesidade: entre 30 e 40
-Obesidade mórbida: > 40
Hidratação
Avalia-se a hidratação do paciente através dos seguintes sinais e sintomas: Perdas 
rápidas de grande quantidade de peso, turgor cutaneo diminuído (Sinal da Massa de 
Pastel: ao puxar a pele e ela demora a voltar ao normal quando desidratado), elasticidade 
cutânea (quanto mais elástica, menos hidratado), umidade cutanea (quanto mais áspera 
a pele, menos hidratado), mucosas secas, fontanelas deprimidas (em crianças), olhos 
com enoftalmia (fundos), sede excessiva, diurese diminuída, pulso acelerado e filiforme, 
pulso jugular diminuído, pressão arterial diminuída e com hipotensão ortostática (variação 
da pressão sistólica > que 20 mmHg e diastólica > que 10 mmHg entre as posições), 
alteração da consciência (com 40% de desidratação o paciente fica em estado de torpor).
Evolução Clínica da Desidratação:
<10% = apenas história de perda.
10-20% = história de perda + algum sintoma ou sinal clínico. 
20-30% = história de perda + sintomas ou sinais clínicos evidentes. 
30-40% = história de perda + hipotensãopostural.
>40% = história de perda e hipoperfusão tecidual
O líquido extra-celular (LEC) corresponde a 20% do peso corporal (calcule a 
percentagem de perda de acordo com os parâmetros acima): Ex. Paciente de 70 Kg tem 
14L de LEC (20% do peso), se perdeu estimadamente 30% então a perda de LEC será 
de 4,2L!
Biotipos
Longilíneo = Tendência para estatura alta. A massa corporal desenvolve-se mais em 
sentido vertical que em sentido horizontal.
Normolíneo = Não se observam aqui tendências mórbidas especiais. Tipo médio normal.
Brevilíneo = Estatura pouco elevada. A massa corporal desenvolve-se mais em sentido 
horizontal que em sentido vertical.
Cálculo para Reposição 
de Líquidos:
A á g u a t o t a l ( A T ) 
corresponde a 60% do 
peso corporal. Para o 
cálculo da perda utilize a 
fórmula:
AT x Na (encontrado) = AT 
( n o r m a l ) x N a 
(normal=140mEq)
Ex. pcte de 70kg tem 42 L 
de água total (60% do 
peso). Se o Na no exame 
evidenciar 155mEq, então:
AT x 155 = 42 x 140 ! AT 
= 37,93 arredondamos 
para 38 L. Agora para 
saber o déficit vejamos a 
diferença: 42-38 = 4 L.
Professores
Dr. Ivan Paredes
Dr. Carlos Caron
Dr. Joachim Graf
Dr. Carlos Borges
Dr. Carlos Cardoso
Bibliografia Básica: 
BATES, B. Propedêutica Médica. 8
a
 ed. Guanabara Koogan, 2004.
EPSTEIN, O.; et al. Exame Clínico. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2004. 
TALLEY, N.J., O’CONNOR, S. Exame Clínico – Um guia do 
diagnóstico físico. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Sites de Interesse:
http://www.martindalecenter.com/MedicalClinical_Exams.html: site tipo 
“portal” sobre propedêutica e semiologia, contendo vídeos, textos, 
imagens, etc. 
http://www.conntutorials.com/video.html: vídeos de propedêutica 
separados por áreas como cabeça e pescoço, cardiovascular, neurológico, 
etc.
GESEP (Grupo de Estudos de Semiologia e Propedêutica) 
Faculdade Evangélica do Paraná
Padre Anchieta, 2770. Campina do Siqueira
80730-000
Curitiba - PR
Contato com o grupo de professores:
gesep@googlegroups.com
Home Page da Disciplina:
http://web.mac.com/ivanjose/GESEP

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