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Aula 8 Contabilidade e Mercado de Trabalho

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Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
GST0006 – Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
Aula 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Objetivos: 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de 
• Conhecer os relatórios obrigatórios x os não obrigatórios; 
• Analisar capital de terceiros e capital próprio; 
• Compreender os requisitos e importância dos demonstrativos. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• As empresas privadas brasileiras e as estrangeiras com operação no 
Brasil devem, ao final de cada período de incidência do Imposto de 
Renda, quando submetidas ao regime de apuração com base no Lucro 
Real, apurar o lucro líquido do exercício mediante a elaboração das 
seguintes Demonstrações Financeiras que de acordo com a legislação 
societária e, posteriormente, a legislação fiscal e outras consagraram o 
uso da expressão "Demonstrações Financeiras" para o mesmo conjunto 
de informações contábeis. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Assim, a expressão "Demonstrações Financeiras" tem exatamente o 
sentido da expressão "Demonstrações Contábeis", e vice-versa, 
observando, inclusive, as disposições da lei comercial: 
 
• Balanço Patrimonial (BP); 
• Demonstração do Resultado do Período de Apuração também 
denominado Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) pela 
legislação comercial. 
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). 
 
No que se refere ao Balanço Patrimonial, a legislação do Imposto de 
Renda obriga o contribuinte a sua transcrição no Livro Diário ou no Livro 
de Apuração do Lucro Real (LALUR). 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Observamos, ainda, que a elaboração dessas demonstrações é obrigatória 
também em face da legislação comercial brasileira, conforme determina 
o artigo 176, I a III da Lei nº 6.404/1976. Além delas, a citada lei comercial 
ainda obriga as companhias em geral (as que estão submetidas à Lei das 
S/A's) a elaboração das seguintes demonstrações: 
a) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), exceto as companhias 
fechadas e de acordo com o artigo 4º da Lei nº 6.404/1976, a companhia é 
aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão 
estejam ou não admitidos à negociação em bolsa ou em mercado de 
balcão, observando-se que somente os valores mobiliários de companhia 
registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem ser 
distribuídos no mercado e negociados na bolsa ou no mercado de balcão, 
com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 
(Dois milhões de reais); 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
a) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); 
b) Demonstração do Valor Adicionado (DVA), de elaboração 
obrigatória somente pelas companhias abertas; 
c) Demonstração do Resultado Abrangente (DRA); e 
d) Notas Explicativas (NE's) e outros quadros analíticos necessários 
para esclarecimento da situação patrimonial e do resultado do 
exercício. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Devido a importância do tema, principalmente para os iniciantes na 
ciência contábil, veremos neste Roteiro quais são as Demonstrações 
Financeiras obrigatórias perante as legislações tributária, comercial, 
societária e nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Procuraremos, 
também, dar ao nosso leitor uma pequena explicação do significado de 
cada uma das demonstrações citadas no decorrer do presente trabalho. 
É importante observar que a não obrigatoriedade de apresentação não 
significa impedimento de se elaborar espontaneamente a demonstração. 
 
Base Legal: Artigo 176, caput e § 4º da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's); 
Artigo 274 do RIR/1999; Deliberação CVM nº 676/2011; Resolução CFC nº 
1.185/2009 e; Resolução CFC nº 1.376/2011. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
As Demonstrações Financeiras são o conjunto de informações que devem ser 
elaboradas pelas empresas e demais entidades com objetivo de prestar 
contas e/ou informar aos sócios ou acionistas, governo e demais usuários da 
informação contábil as reais condições de seu patrimônio. Tais informações, 
juntamente com outras constantes das notas explicativas às demonstrações 
financeiras, auxiliam os usuários a estimar os resultados futuros e os fluxos 
financeiros futuros da entidade. 
Demonstrações Financeiras 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Segundo o IBRACON as Demonstrações Contábeis (ou Financeiras): 
 
(...) são uma representação monetária estruturada da posição 
patrimonial e financeira em determinada data e das transações 
realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das 
demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a 
posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma 
entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na 
tomada de decisões. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
As demonstrações contábeis também mostram os resultados do 
gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados. 
Na elaboração das Demonstrações Financeiras, as entidades devem 
observar as normas regulamentares dos órgãos normativos. Além disso, a 
legislação societária exige que as Sociedades Anônimas publiquem suas 
demonstrações em jornais de grande circulação, já as sociedades 
constituídas sob outros tipos societários necessitam apenas manter as 
demonstrações publicadas no Livro Diário e, quando solicitado, enviar 
cópias a bancos, fornecedores, outros parceiros comerciais e investidores. 
 
Base Legal: Item 7 da NPC 27 (Demonstrações Contábeis) do IBRACON e; 
Item 13 da ITG 2000 - Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC 
nº 1.330/2011. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Conforme disposto no item 13 da ITG 2000 - Escrituração Contábil, 
todas as Demonstrações Financeiras devem ser transcritas no Livro 
Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou do 
representante legal da entidade e do profissional da contabilidade 
legalmente habilitado. 
• Lembramos que igual procedimento deve ser adotado na hipótese de 
Demonstrações Financeiras elaboradas por força de disposições 
legais, contratuais ou estatutárias. 
Transcrição das Demonstrações no Livro Diário 
• Base Legal: Item 13 da ITG 2000 - Escrituração Contábil, aprovada pela 
Resolução CFC nº 1.330/2011 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Lucro Real 
Conforme determinadaa legislação do Imposto de Renda, as 
Demonstrações Financeiras obrigatórias perante a legislação tributária 
devem ser transcritas no Livro Diário ou, opcionalmente, no Livro de 
Apuração do Lucro Real (LALUR), completando-se com as assinaturas do 
contabilista e do titular ou do representante legal da empresa. Essa 
regra possui validade para os Balanços ou Balancetes levantado 
anualmente ou trimestralmente. 
Porém, na hipótese de levantamento de Balanço ou Balancete para 
suspensão ou redução da estimativa, a Instrução Normativa SRF nº 
93/1997 exige a transcrição no Livro Diário até a data fixada para 
pagamento do imposto devido no respectivo mês. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Os contribuintes que adotarem a Escrituração Contábil Digital (ECD) e, 
ainda, a Escrituração Fiscal Digital (EFD), estarão eximidos da 
obrigatoriedade de transcrever mensalmente os balanços ou 
balancetes de suspensão ou redução (Artigo 6º, III, da Instrução 
Normativa RFB nº 1.420/2013). 
 
Base Legal: Artigo 274, § 2º do RIR/1999; Artigo 12, § 5º, "b" da 
Instrução Normativa SRF nº 93/1997 e; Artigo 6º, III, da Instrução 
Normativa RFB nº 1.420/2013. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Demonstrações Obrigatórias para efeitos Tributários 
Conforme já mencionado, todas as pessoas jurídicas submetidas ao 
regime de apuração com base no Lucro Real, seja qual for o tipo 
societário adotado, estão obrigadas a elaborar, ao final de cada período 
de incidência do Imposto de Renda (trimestral ou anual), com 
observância das leis comerciais (Lei nº 6.404/1976), as seguintes 
demonstrações financeiras: 
a) Balanço Patrimonial (BP); 
b) Demonstração do Resultado do Período de Apuração; e 
c) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). 
 
O contribuinte do Imposto de Renda deverá elaborar, também, 
Demonstração do Lucro Real a ser transcrita no LALUR. 
Base Legal: Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's) e; Artigo 274 do RIR/1999. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Balanço Patrimonial (BP): 
• O Balanço Patrimonial é uma demonstração financeira que tem por objetivo 
mostrar a situação (ou a saúde) financeira e patrimonial de uma entidade 
num determinado momento, normalmente no final do ano, representando, 
portanto, uma posição estática da mesma. 
• O Balanço Patrimonial é dividido em 2 (duas) colunas, sendo a do lado 
esquerdo denominada de Ativo (bens e direitos) e a do lado direito 
denominado de Passivo (exigibilidades e obrigações com terceiros) e 
Patrimônio Líquido (recursos aplicados pelos sócios ou acionistas), que é 
resultante da diferença entre total de ativos e passivos. 
• Como bem esclarece o Professor Marion, o termo Ativo pressupõe algo 
positivo, dinâmico, que produz, que gera riqueza. É o conjunto de bens e 
direitos de propriedade da empresa, que lhes trazem benefícios e 
proporcionam ganhos. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Já o termo Passivo, ao contrário, dá uma ideia de negativo, dívidas, 
exigibilidades, obrigações, portanto, são as obrigações exigíveis da 
empresa, às dívidas que serão futuramente cobradas a partir da data 
de seu vencimento. 
• O passivo exigível é conhecido no mercado financeiro como dívidas 
com terceiros, ou recursos (dinheiro) de terceiros, ou capital de 
terceiros. 
• Por fim, temos o Patrimônio Líquido representa o total das aplicações 
dos proprietários na entidade, e seu valor é a diferença positiva entre 
o valor do Ativo e o valor do Passivo. 
• Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado 
é denominado Passivo a Descoberto. Portanto, a expressão 
Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a Descoberto. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Demonstração do Resultado do Período de Apuração (DRE) 
• A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) destina-se a 
evidenciar a formação do resultado líquido num determinado 
exercício (normalmente, um ano), diante do confronto das receitas, 
custos e despesas apuradas segundo o Regime de Competência 
Contábil, desse modo, a DRE oferece uma síntese econômica dos 
resultados operacionais de uma empresa em certo período. 
 
• Desse confronto surge o conceito de lucro ou prejuízo, assim, se as 
receitas (vendas) forem maior que as despesas a empresa obteve 
lucro, caso contrário, se as despesas e custos forem maior a empresa 
obteve prejuízo. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
A apuração do resultado é feita de forma destacada na DRE, ou seja, 
apresenta-se de forma vertical um resumo ordenado das despesas, custos e 
receitas do período, facilitando, dessa forma, a tomada de decisão. Segundo 
a Lei das S/A's a DRE deve discriminar: 
• A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os 
abatimentos e os impostos; 
• A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços 
vendidos e o lucro bruto; 
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das 
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas 
operacionais; 
• O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para 
o imposto; 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de 
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que 
não se caracterizem como despesa; 
• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do 
capital social. 
 
Embora a DRE seja elaborada anualmente para fins de divulgação, em geral 
são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente para fins 
fiscais. A DRE, pode ser utilizada como indicadores de auxílio a decisões 
financeiras. 
 
• Base Legal: Artigo 187, caput da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's). 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Primeiramente, há que se destacar que, após a edição da Lei nº 
11.638/2007, que alterou parcialmente a Lei nº 6.404/1976, retificada e 
ratificada pela MP 449/2009 (transformada na Lei nº 11.941/2009), para 
as empresas S/A's não existe mais a rubrica de Lucros Acumulados, 
assim sendo, tornou-se impossível a partir do ano calendário de 2008 a 
existência de saldo positivo no balanço a título de lucros acumulados. 
Apesar disso, ainda persiste sua obrigatoriedade de elaboração. 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
A DLPA apresenta o resultado da entidade e as alterações nos lucros ou 
prejuízos acumulados para o período de divulgação. A Resolução CFC nº 
1.255/2009 permite que a entidade apresente a DLPA no lugar da 
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) e da Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), se asúnicas alterações no seu 
patrimônio líquido durante os períodos para os quais as demonstrações 
financeiras são apresentadas derivarem: 
 
• Do resultado; 
• De pagamento de dividendos ou de outra forma de distribuição de 
lucros; 
• Correção de erros de períodos anteriores; e 
• De mudanças de políticas contábeis. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Por outro lado, o § 2º do artigo 186 da Lei nº 6.404/1976 dispensada da 
apresentação em separado da DLPA, quando a companhia elaborar e 
publicar a DMPL, uma vez que aquela estará obrigatoriamente contida 
nesta. Porém, registramos que a Instrução CVM nº 59/1986 obriga as 
companhias de capital aberto a elaborar e publicar a DMPL. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
A entidade deve apresentar, na DLPA, os seguintes itens, adicionalmente 
às informações requeridas na DRE e DRA: 
 
a) Lucros ou prejuízos acumulados no início do período contábil; 
b) Dividendos ou outras formas de lucro declarados e pagos ou a pagar 
durante o período; 
c) Ajustes nos lucros ou prejuízos acumulados em razão de correção de 
erros de períodos anteriores; 
d) Ajustes nos lucros ou prejuízos acumulados em razão de mudanças de 
práticas contábeis; 
e) As reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; 
f) As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros 
incorporada ao capital; e 
g) Lucros ou prejuízos acumulados no fim do período contábil. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os 
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da 
retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que 
não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 
 
• Por fim, registramos que a DLPA deverá indicar o montante do 
dividendo por ação do capital social. 
 
• Base Legal: Artigo 186 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's); Lei nº 
11.638/2007; Lei nº 11.941/2009; Itens 6.4 e 6.5 da Resolução CFC nº 
1.255/2009 e; Artigo 1º da Instrução CVM nº 59/1986. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Além das Demonstrações Financeiras exigidas pela legislação tributária, 
a lei comercial, ainda obriga as companhias em geral (as que estão 
submetidas à Lei das S/A's) a elaboração das seguintes demonstrações: 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) 
• Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), exceto as companhias 
fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 
2.000.000,00 (dois milhões de reais); 
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA), de elaboração obrigatória 
somente pelas companhias abertas; e 
• Notas Explicativas (NE's) e outros quadros analíticos necessários para 
esclarecimento da situação patrimonial e do resultado do exercício. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Lembramos que as Demonstrações Financeiras devem ser 
obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a Lei nº 
6.404/1976, pela administração de uma sociedade por ações e 
representa a sua prestação de contas para com os sócios e acionistas. 
 
• A prestação anual de contas é composta pelo Relatório da 
Administração, as Demonstrações Financeiras e as notas explicativas 
que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (caso 
houver) e o Parecer do Conselho Fiscal (caso existir). 
 
• Base Legal: Artigo 176 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's). 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• A DFC visa mostrar como ocorreram as movimentações das disponibilidades e 
do fluxo de caixa em um dado período contábil, evidenciando separadamente 
as mudanças nas atividades operacionais, de investimentos e de 
financiamento. Vem substituindo em alguns países, como no caso do Brasil, a 
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). 
• A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das 
Demonstrações Financeiras uma base para avaliar a capacidade de a entidade 
gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da entidade para utilizar 
esses fluxos de caixa. 
• Assim, por intermédio de um bom planejamento financeiro, as empresas 
podem saldar suas obrigações na data do vencimento aprazado, sem o 
desembolso desnecessário de encargos incidentes sobre o pagamento em 
atraso de dívidas, problema típico da falta de planejamento de fluxo de caixa. 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
O Pronunciamento Técnico CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de 
Caixa define os requisitos para a apresentação da DFC e respectivas 
divulgações. 
Observa-se que, ainda nos termos da Lei nº 6.404/1976, artigo 176, § 
6º, a companhia fechada com Patrimônio Líquido, na data do balanço, 
inferior a R$ 2.000.000,00 não será obrigada à elaboração e publicação 
da DFC. 
 Base Legal: Artigo 176, IV, § 6º da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's); 
Deliberação CVM nº 676/2011 e; Pronunciamento Técnico CPC 03 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• A DVA tem como objetivo principal informar ao usuário, de forma 
concisa, o valor da riqueza criada pela empresa em determinado 
período e a forma de sua distribuição. Foi implantada oficialmente no 
Brasil através da Lei n° 11.638/2007 que alterou a nossa Lei das 
S/A's (Lei nº 6.404/1976), sendo obrigatório sua elaboração para os 
exercícios encerrados a partir de 01/01/2008. 
• Sua elaboração é obrigatória somente pelas companhias abertas, mas 
nada impede que as demais entidades venham a elaborá-la. 
 
• Base Legal: Artigo 176, V da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's). 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
A Lei das S/A's prescreve que as Demonstrações Financeiras devem ser 
complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessárias para uma plena avaliação da situação e 
da evolução patrimonial e dos resultados do exercício de uma entidade. 
 
Assim, as Notas Explicativas devem: 
• Apresentar informações sobre a base de preparação das Demonstrações 
Financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para 
negócios e eventos significativos; 
• Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil 
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das Demonstrações 
Financeiras; 
• Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias Demonstrações 
Financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; 
Notas Explicativas 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, 
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e 
exaustão, de constituição de provisões para encargosou riscos, e dos 
ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos 
do ativo; 
• Os investimentos em outras sociedades, quando relevantes; 
• O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas 
avaliações; 
• Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias 
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou 
contingentes; 
E indicar: 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das 
obrigações a longo prazo; 
• O número, espécies e classes das ações do capital social; 
• As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
• Os ajustes de exercícios anteriores; e 
• Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação 
financeira e os resultados futuros da companhia. 
 
Base Legal: Artigo 176, §§ 4º e 5º da Lei nº 6.404/1976 (Atualizado 
até a Lei 11.941/2009). 
Contabilidade e Mercado de Trabalho Ciências Contábeis 
AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
As Demonstrações Financeiras Consolidadas compreendem o Balanço 
Patrimonial Consolidado, a Demonstração Consolidada do Resultado do 
Exercício e a Demonstração Consolidada das Origens e Aplicações de Recursos, 
complementadas por Notas explicativas e outros quadros analíticos necessários 
para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados consolidados. 
Outras obrigações previstas nas leis comerciais 
Consolidação das Demonstrações Financeiras 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
Sua elaboração é obrigatória, ao final de cada exercício social, pela: 
• Companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas, 
incluindo as sociedades controladas em conjunto, assim consideradas 
aquelas em que nenhum acionista exerce, individualmente, os poderes de 
preponderância nas deliberações sociais e de eleger ou destituir a maioria 
dos administradores; e 
 
• Sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia 
aberta. 
 
Base Legal: Artigo 249 da Lei nº 6.404/1976 e; Artigos 21 e 22 da Instrução CVM 
nº 247/1996. 
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Não faz parte das Demonstrações Financeiras propriamente ditas, mas a 
lei exige a apresentação do Relatório da Administração, descrevendo e 
explicando as características principais do desempenho financeiro da 
entidade e os principais riscos e incertezas que enfrentam. 
Relatório da Administração 
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Esse relatório deve contemplar, além do solicitado pela lei, entre outras, 
as seguintes informações: 
a. Descrição dos negócios, produtos e serviços: 
• Comentários sobre a conjuntura econômica geral relacionada à entidade, 
incluindo concorrência nos mercados, atos governamentais e outros fatores 
exógenos materiais sobre o desempenho da companhia; 
• Informações sobre recursos humanos; 
• Investimentos realizados; 
• Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços; 
• Reorganizações societárias e programas de racionalização; 
• Direitos dos acionistas e políticas de dividendos, societárias e perspectivas e 
planos para o período em curso e os futuros; 
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b) Fatores principais e influências que determinam o desempenho, 
incluindo mudanças no ambiente no qual a entidade opera, a 
resposta da entidade às mudanças e seu efeito, a sua política de 
investimento para manter e melhorar o desempenho; 
c) Fontes de obtenção de recursos da entidade; e 
d) Os recursos da entidade não reconhecidos no balanço por não 
atenderem à definição de ativos 
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• No Brasil a Lei das S/A's, sendo alterada em parte pela Lei nº 
11.638/2007, determina que as Demonstrações Financeiras sejam 
auditadas por auditores independentes registrados na Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM). 
• Normas específicas também exigem que as instituições subordinadas 
ao Banco Central do Brasil (Bacen), à Superintendência de Seguros 
Privados (Susep) e outras também tenham suas Demonstrações 
Financeiras auditadas. 
Parecer dos Auditores Independentes 
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• Já em países com economias mais avançadas, onde a auditoria é uma 
obrigatoriedade para a grande maioria das empresas e entidades, 
inclusive as governamentais, quando não por lei, por exigência natural 
da sociedade e da comunidade de negócios; empréstimos, relações 
comerciais, transações importantes e linhas de crédito, normalmente 
só são concretizados nestes países, quando acompanhadas de 
Demonstrações Financeiras avalizadas por auditores independentes. 
 
• Nos EUA esta necessidade é ainda maior após o advento da SOX (The 
Sarbanes-Oxley Act of 2002) e normalmente esta necessidade se 
reflete em todas filiadas americanas domiciliadas em outros países. 
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No Brasil não é obrigatória a publicação do Parecer do Conselho Fiscal, 
caso existir ele deve ser submetido à Assembleia Geral dos acionistas, 
mas a sua publicação é opcional, contudo, a prática mostra de que ele é 
publicado na maioria das vezes em que existe. 
Parecer do Conselho Fiscal 
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• O capital próprio é o dinheiro que os próprios sócios desembolsam 
para realizar os investimentos necessários para o crescimento da 
empresa. Já o capital de terceiros é o dinheiro vindo de fora da 
sociedade empresarial, ou seja, não vem dos sócios da empresa, mas 
sim através de empréstimos bancários e ofertas de ações por exemplo. 
• Esse investimento, tanto próprio quanto de terceiros, pode ser para a 
aquisição de materiais, produtos, ampliação física da empresa ou 
virtual através da construção de um site. 
• Na aquisição de capital de terceiros, é necessário levar em conta o 
custo desse capital, como juros e taxas, por exemplo, que podem 
acabar invalidando o projeto. 
• Sempre é necessário um bom planejamento e tornar os riscos do 
investimento o mais calculado possível antes de fazer a escolha. 
Capital de Terceiros x Capital Próprio 
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• A expressão capital, em sentido genérico, em doutrina contábil, 
significa todo um complexo que abrange tanto as origens como 
as aplicações dos recursos (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido). 
 
• Uma coisa, para a doutrina, é, pois, o capital, observado como 
conceito holístico, e outra, o capital social ou individual da empresa e 
que se registra. 
 
• A Contabilidade estuda o capital dos empreendimentos human
os como objeto, sob a ótica da eficácia,mas também o direito o estuda 
e o regula. Boa parte do direito comercial é direito do capital, e outra 
boa parte do direito civil é, também, direito patrimonial. 
ATIVIDADES E DIFERENÇAS DE ESTRUTURAS DE CAPITAIS 
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• A composição da riqueza varia de empresa para empresa, de acordo 
com a atividade que elas praticam. Cada atividade requer uma 
estrutura específica de capitais. 
 
• O capital de um Banco não tem a mesma estrutura de um capital de 
uma Siderúrgica. Lopes de Sá demonstrou, como defluência de sua 
teoria dos Capitais, que a composição da riqueza se altera diante de 
dois fatores básicos: 
 
 A velocidade que a atividade requerer em seus negócios e 
 A forma como obtém-se o lucro. 
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• Um Banco pode ter 10% de recursos de seus acionistas, contra 90% de 
dívidas a seus depositantes e a outras instituições e estará equilibrado. 
• Uma usina de eletricidade, entretanto, normalmente necessitará demais 
capital de seus associados, quase sempre superior a 65% dos investimentos 
fixos; mesmo assim, poderá ter em dívidas em longo prazo, pelo menos 35% 
por exemplo. 
• Isto, porque os investimentos em tal tipo de empresa são maiores em capital 
que não vai girar logo e que só se transformará em dinheiro a longo prazo. 
• Cada empresa tem, pois, necessidades de combinar os seguintes fatores, 
percentualmente, para que possua um equilíbrio: 
o Capital circulante; 
o Capital fixo; 
o Capital próprio e 
o Capital de terceiros. 
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• A natureza relativa do capital circulante e aquela do capital de 
terceiros é a de girar, normalmente, pois, em curto prazo. 
• A natureza relativa do capital permanente e a do capital próprio é ade 
não girar em prazo curto (fixo em investimento e financiamento). 
• Embora tal estrutura não seja a seguida pelas normas, em razão de 
estas não seguirem os preceitos da ciência, a realidade objetiva é estar 
aqui demonstrada. 
• Compor sabiamente, racionalmente, essa estrutura é uma tarefa que 
se deve inspirar em leis científicas. 
• Os capitais se transformam no tempo, em prazos variáveis de acordo 
com a natureza da atividade aziendal, mas, por natureza, tendem a 
constantes transformações. 
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• A velocidade na circulação dos valores e a natureza da atividade são 
determinantes na composição da estrutura do capital. 
• Estas são verdades de valor universal e perene e por isto, também, 
leis científicas em Contabilidade. 
• Se estudarmos a quantidade necessária de cada coisa, para a 
formação de um capital que vai explorar uma determinada 
atividade, veremos que, enquanto certas empresas vão precisar de 
muitas máquinas, outras já necessitarão de poucos equipamentos; 
umas, de muita mercadoria, outras de pouca mercadoria; umas de 
amplo espaço físico, outras de pouco espaço físico; umas 
dependerão do ponto em que se situam, outras podem estabelecer-
se em qualquer ponto etc. 
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• Não existe um padrão universal de composição de capitais para todas 
as atividades, mas, sim, um modelo típico para cada uma, face à ação 
dos agentes que a transformam e os efeitos que são suportados na 
movimentação. 
• O equilíbrio ou estabilidade de uma empresa dependem da estrutura 
de seu capital e da velocidade do mesmo, na consecução do lucro. 
• Uma padaria, por exemplo, vende velozmente o que fabrica 
enquanto uma joalheria não segue o mesmo ritmo; uma padaria, 
pois, tende a ter menos exigência de capital próprio em relação a 
uma joalheria; o mesmo acontece com os bancos que lidam mais 
com o capital de terceiros; cada tipo de negócio tem seu próprio giro 
e por isto deve ter sua própria estrutura de capital. 
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• Por natureza, o circulante, como grupo do capital, é o que tende a reunir 
bens que mais rapidamente se transformam em dinheiro ou já são 
dinheiro; há um circulante imediato (dinheiro e o que diretamente 
equivale) e um, mediato (que em curto prazo, dentro de um exercício se 
transforma em dinheiro). 
• Disponíveis (uso imediato) e realizáveis (uso mediato), portanto, formam o 
capital circulante. Classificam-se, no capital circulante, todavia, segundo a 
lei brasileira (Lei 6.404/76, art. 179, I) os seguintes componentes: 
o Disponibilidades (dinheiro e tudo que o representa); 
o Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente 
(duplicatas a receber, títulos a receber a curto prazo); 
o Despesas do exercício seguinte (antecipações de despesas, ou seja, o 
que se pagou antes de vencer o exercício). 
CAPITAL CIRCULANTE 
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• Doutrinariamente, em Contabilidade, o item c misturas contas de 
resultados em um grupo de elementos da liquidez, sendo um 
componente estranho, não servindo para ser considerado como meio 
de pagamento, como os demais. 
• Nas empresas que não estão constituídas na forma de sociedades por 
ações, não há necessidade de seguir-se no Plano de Contas a 
defeituosa classificação de Despesas do Exercício Seguinte como sendo 
uma conta do Ativo Circulante, melhor se caracterizando como valores 
pendentes de apuração. 
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• Também, em doutrina, inclui-se no capital circulante tudo o que tende 
para a transformação em dinheiro, por natureza e nesse caso se inclui, 
também, o realizável a longo prazo, desde que não tenha ele 
características de uma imobilização financeira, fato este, todavia, não 
aceito pela classificação hoje sugerida e que inclui o realizável em 
longo prazo como Não Circulante. Logicamente o realizável em longo 
prazo circula, sim, variando apenas o prazo em que isso ocorre. 
 
• À distinção de curto e longo prazo faz com que a lei só considere como 
circulante o que se realiza no prazo de um exercício. 
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Por natureza o fixo, também dito permanente ou não circulante, como grupo do 
capital, é o que tende a transformar-se em dinheiro em prazo muito 
longo, especialmente porque nesse tempo é utilizado; em sentido absoluto tudo se 
transforma na riqueza, sendo o conceito de fixo ou permanente apenas relativo a uma 
duração e utilização. 
 
Fazem parte desse grupo: 
• Imobilizado material de uso na produção (terrenos, edifícios, máquinas, veículos, 
ferramentas, equipamentos etc.) 
• Imobilizado material com o objetivo de obter renda acessória ou adicional (quotas e 
ações de outras empresas, imóveis alugados, títulos de renda fixa a longo prazo etc.). 
• Imobilizado imaterial de uso ou de renda (patentes, marcas de fábrica, nome 
comercial, direitos autorais etc.), diferido (despesas de instalação, luvas, gastos para 
obtenção de concessões etc.).CAPITAL FIXO 
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Classificam-se, no capital fixo ou não circulante, todavia, segundo alei brasileira 
(Lei 6.404/76, art. 179, III, IV e V) os seguintes componentes: 
 
III. em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e 
os direitos de , não classificáveis no ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
IV. no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 
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V. (Revogado pela Lei 11.941, de 2009) Tal classificação sofreu 
alteração impressa pelas Leis 11.638/07 e11.941/09 que dividiu o 
Ativo referido em ativo não circulante 
em investimentos, imobilizado e intangível. 
 
O conceito legal, vetusto, derivou do empirismo e que considerou como 
circulante o que se está sempre convertendo em dinheiro, e não 
circulante o que, para ser transformado leva muito 
tempo, parecendo fixo no momento em que se observa. 
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• Tal fato se deve a uma associação entre a visão estática do balanço face 
a cada período de tempo ou exercício. 
• Os conceitos modernos, todavia, diferem, ou seja, hoje admite-se que 
todos os valores se transformam na riqueza, em todos os momentos, 
quer por efeitos internos, quer por efeitos externos, e que influem 
sobre a célula social; logo, tudo se movimenta. 
• Na realidade, perante o valor, a totalidade dos meios patrimoniais não 
é permanente no patrimônio, e tudo tende ao circulante ou à variável, 
alterando-se, apenas, o prazo da circulação ou temporalidade 
funcional. 
• Também sob a denominação de Ativo Não Circulante inclui-se segundo 
alteração feita pela MP 449/08 (lei 11.941/2008), o Ativo Realizável a 
Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
O capital próprio é o recurso que a azienda não buscou em 
terceiros, mas, em decorrência de sua própria existência, de seus 
naturais recursos, quer originários, quer decorrentes da atividade. 
 
Constituem tal parte: 
 
• Aporte de capital dos sócios; 
• Lucros acumulados; 
• Reservas de todas as naturezas; 
• Fundos de reintegração do capital e para garantia de riscos; 
• Reservas de reavaliações 
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• Essa, a forma doutrinária de análise da composição do capital próprio e 
que não coincide totalmente com o que a legislação societária 
brasileira estabelece. 
 
• A denominação patrimônio líquido é a adotada no Brasil, pela lei, 
embora não o seja em outros países, especialmente os da Comunidade 
Europeia (onde se elegeu a denominação de capital próprio). 
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• Classificam-se, no patrimônio líquido, todavia, segundo a lei 
brasileira aplicável a sociedades por ações e empresas de grande 
porte (6.404/76, art.182, §§ 1º a 4º e pertinentes 
modificações), os seguintes componentes: 
 
 Capital social subscrito, deduzido da parcela não realizada; 
 Reservas de capital; 
 Reservas de correção monetária do capital realizado; 
 Reservas de Reavaliação; 
 Reservas de Lucros. 
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A Lei 11.638/07 estabeleceu para as sociedades por ações e de grande 
porte que o patrimônio líquido fosse dividido em: 
 Capital social; 
 Reservas de capital; 
 Ajustes de avaliação patrimonial; 
 Reservas de lucros; 
 Ações em tesouraria; e 
 Prejuízos acumulados (como valor de redução). 
 
Ensejou-se o subjetivismo irresponsável na questão dos ajustes, fato 
que duramente criticado não recebeu, todavia, por parte do poder 
público, até agora, a atenção merecida e ainda prejudicou-se a clareza 
excluindo os Lucros Acumulados (fato incoerente por admitir-se Perdas 
Acumuladas como redutoras). 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Para a doutrina (embora nem todos os autores estejam de acordo com 
isto) incluem-se ainda (embora desconhecido pela lei) os fundos que 
são extraídos dos lucros para garantirem a integridade do capital 
(Depreciação, Amortização e exaustão) e para cobertura de riscos 
(Devedores Duvidosos, oscilações de valores de Títulos etc.), assim 
como os lucros acumulados e não distribuídos ainda. 
• Tanto que tais fundos de reintegração e riscos são recursos que na 
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos a própria lei 
obrigou a incluir as depreciações como recurso (Lei 6.404/76, art. 188 
I,a). 
• A Demonstração de Origem e aplicação de recurso aqui está sendo 
citada apenas para efeitos históricos, uma vez que o referido 
demonstrativo foi substituído pela Demonstração do Fluxo de Caixa. 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Embora a Demonstração de origens e Aplicações de Recursos tenha 
sido substituída pelo Fluxo de Caixa, fato notório é que os fundos de 
reintegração são recursos retidos. 
• Como está na lei, todavia, os fundos de depreciação, amortização, 
exaustão e para riscos se apresentam como deduções dos elementos 
pertinentes do ativo. Esta a razão por que também, de acordo com a 
lei, não se incluem os fundos de depreciação, amortização, exaustão e 
fundos para riscos no grupo do capital próprio. 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• O capital de terceiro é aquele cedido à azienda por fornecedores, credores 
diversos, bancos etc., e tanto pode ser a curto como a longo prazo. 
 
• A lei estabelece que o grupo das dívidas deve ser classificado por prazos 
exigíveis para o pagamento; denomina, pois, de Passivo Circulante o grupo 
que reúne as contas que registram obrigações que vencem dentro do 
exercício (Lei 6.404/76, art. 181). 
 
• Por exercício, todavia, entende-se o tempo daquele social (um ano) ou maior 
que este quando o ciclo produtivo da empresa abranger mais que um ano 
(caso de empreiteiras de estradas, empresas agrícolas etc.). 
CAPITAL DE TERCEIROS 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Doutrinariamente, os chamados débitos a terceiros se classificam 
em: Débitos de funcionamento ou operacionais (os que se têm para com 
Fornecedores) e Débitos de financiamento (os que se têm com instituições 
financeiras). 
 
• Isto, porque o capital de terceiros pode chegar à empresa em forma de 
coisas (mercadorias, materiais, máquinas etc.) ou de dinheiro (em espécie 
ou em conta bancária). 
 
• Para que a empresa mantenha-se equilibrada,é preciso sempre que 
observe a proporção entre o que emprega ou investe usando recursos 
próprios e o que aplica em decorrência de recorrer a empréstimos e 
fornecimento a prazo. 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Grande parte das concordatas e das falências se opera por falta de 
observação de um rigor nessa proporcionalidade. 
• É óbvio que, quanto mais ágil for o capital que a empresa movimenta, 
menos necessitará de capital próprio, como já foi referido. 
• Não é boa política patrimonial o endividar-se para imobilizar, a menos 
que o retorno dos investimentos possa ter capacidade de cobrir as 
obrigações, somadas aos custos dela decorrentes e ainda permitir o 
crescimento da empresa. 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Cientificamente a Contabilidade estuda não apenas o capital de forma 
estática, como foi exposto para fins de conceituações. 
• Importante é a análise dos fenômenos defluentes da movimentação 
patrimonial sob o aspecto da finalidade maior, que é a prosperidade. 
• É da natureza do capital a variação, como efeito da transformação constante 
do patrimônio. 
• Todavia, quando o capital próprio sofre uma redução, é preciso identificar a 
causa de tal efeito, pois pode estar em curso um processo de definhamento 
da riqueza, este que se confirma pela constância da redução do valor efetivo 
do capital. 
• Quer a prosperidade quer o definhamento são aspectos de importância que 
as doutrinas contábeis não podem deixar de, seriamente, observar, tendo em 
vista a relevância do fato para a continuidade dos empreendimentos 
VARIAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO E APROSPERIDADE DAS EMPRESAS 
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AULA 08: Relatórios Obrigatórios x Não Obrigatórios e Capital de Terceiros e Capital Próprio 
• Quando a empresa tem uma constante eficácia plena, quando a 
defluência de tal fato é também a dilatação permanente do capital 
próprio, pode-se afirmar que o estado da referida célula social é o 
de prosperidade plena. 
• Ou seja: se existe um aumento dos recursos próprios, que se opera 
sempre e, se esse é capitalizado, o empreendimento é próspero. 
• Em termos científicos da Contabilidade, segundo a doutrina 
neopatrimonialista, pode-se, em relação a essa realidade, enunciar a 
proposição lógica seguinte: 
• A constante ocorrência de eficácia plena dos sistemas de funções 
patrimoniais (EaP) promove a prosperidade plena (PsP). 
PROSPERIDADE E DEFINHAMENTO 
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• Ou ainda, em dialética matemática: (EaP ® ¥) Þ PsP 
• Obviamente, o entendimento de tal verdade demanda também o de 
um conjunto de conceitos. 
• Os teoremas são sempre agregados de conceitos, como estes o são de 
razões defluentes de percepções de acontecimentos submetidos à luz 
da razão. 
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Não é demasiado, pois, voltar a situar entendimentos relativos à 
questão, ou seja: 
o No caso, eficácia plena é aquela que ocorre em todos os sistemas 
de funções patrimoniais. 
o Eficácia é a satisfação da necessidade. 
o Sistema de funções patrimoniais é o agregado que tem por 
elementos os meios patrimoniais e as necessidades específicas 
que tem por finalidade satisfazer, como as de liquidez, 
resultabilidade, estabilidade, economicidade, produtividade, 
invulnerabilidade, elasticidade e socialidade. 
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• Finalidade do sistema é a eficácia. 
• Se todos os sistemas de funções estão satisfazendo a todas as 
necessidades patrimoniais, há, então, uma eficácia plena. 
• Se isso ocorre sempre, existe prosperidade. 
• De forma oposta, o que advém é o definhamento. 
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Ou seja: 
 
• A constante ocorrência de ineficácia plena dos sistemas de funções 
patrimoniais promove o definhamento da célula social. 
 
• São fenômenos de natureza inversa, pois, aqueles que se derivam do 
mau funcionamento dos sistemas patrimoniais, especialmente 
daqueles básicos. 
 
• Sistemas patrimoniais básicos são os que cumprem as funções de 
liquidez, resultabilidade, estabilidade e economicidade. 
 
• Essa a visão da doutrina neopatrimonialista contábil, de forma ampla, 
teórica. 
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• Na prática tais entendimentos são guias para a aplicação do raciocínio 
na análise das situações espelhadas pelos balanços das empresas (cada 
sistema pode originar um balanço). 
 
• Tais entendimentos, de natureza universal, todavia, na realidade 
podem ser modificados quando se tem apenas a visão de um lucro que 
sempre ocorre e que faz crescer uma empresa. 
 
• Se a visão é apenas a reditualista, pode haver uma percepção 
unilateral, esta que tende até a prevalecer quando a ótica é 
exclusivamente a pragmática. 
 
• Nesse caso, abandonam-se as tendências de ineficácias em outros 
sistemas, o que tende a destorcer a realidade. 
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• Uma empresa, por exemplo, pode ter lucro e estar comprometendo a 
sua liquidez, de forma a ter perdas futuras e até desequilíbrios de 
maior monta. Também pode ocorrer, mesmo com produção de lucro, o 
desperdício ou improdutividade, com lesões futuras e efetivas 
reduções de margens de resultados melhores. 
 
• Pode, também, estar fluindo o lucro, mas, com tais margens de riscos 
que a empresa de um momento para outro pode cair em profundo 
definhamento. 
 
• O conceito, pois, de eficácia plena, do Neopatrimonialismo, alcança a 
todos os sistemas de funções dos meios patrimoniais, evitando 
julgamentos parciais, insuficientes para definirem uma prosperidade 
deveras efetiva e de qualidade abrangente. 
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Fonte: Fundamentos da Contabilidade Geral - Introdução ao Conhecimento 
Prático e Doutrinário da Ciência Contábil Moderna - Com Referências 
Relativas à Reforma das Sociedades por Ações - Lei 11.638/07 e Lei 
11.941/09, 4ª Edição - Revista e Atualizada. Antônio Lopes de Sá-
Atualizado pelo Professor Wilson Alberto Zappa Hoog. 
• Nos tempos atuais o conceito exclusivo de lucro como eficácia 
empresarial cede lugar, pois, a uma série de restrições, requerendo 
uma visão holística, esta que o Neopatrimonialismo oferece como 
conjunto de teorias. 
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REQUISITOS BÁSICOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
As demonstrações, para assumirem a forma contábil, sujeitam-se a 
requisitos básicos. Subordinam o conceito, portanto, as razões lógicas 
fundamentais, pertinentes às Demonstrações Contábeis, ou sejam: 
 
o Referir-se a fato patrimonial aziendal; 
o Essencialmente basear-se em sistema tecnológico, obedecendo aos 
princípios fundamentaisde Contabilidade; 
o Evidenciar situação específica; 
o Possuir forma tecnológica de Contabilidade. 
 
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As demonstrações, sejam quais forem, obviamente, devem obedecer 
às dimensionalidades de causa, efeito, tempo, espaço, qualidade e 
quantidade, em relação aos fatos patrimoniais, identificando, também, a 
empresa ou grupo delas a que se refere o evidenciado. 
 
Portanto, uma demonstração contábil precisa evidenciar com clareza: 
o Nome da empresa ou do grupo (no caso de consolidação); 
o Data ou período a que se refere o demonstrado; 
o Identificação clara das origens dos fatos; 
o Identificação clara do destino dos fatos; 
o Identificação do estágio evidenciado (liquidação, cisão etc.); 
o Valores pertinentes a cada origem e a cada destino. 
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 São ainda requisitos fundamentais das demonstrações contábeis: 
o Clareza; 
o Fidelidade e sinceridade; 
o Consideração do objetivo a que se destinam. 
 
Quando ocorrer dúvida ou diante de uma situação de incerteza, deve-se 
complementar os requisitos exigíveis com ressalvas. 
Todas as vezes, também, que se tornarem exigíveis maiores explicações, 
estas devem ser feitas de forma a deixar inequívoco o que se demonstra. 
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NATUREZA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
• As demonstrações contábeis podem ser voluntárias, estatutárias, 
contratuais ou obrigatórias. 
• São voluntárias as que se realizam para simples estudos ou para servira 
interesses em geral administrativos, como, por exemplo, as relativas ao 
movimento de um produto novo e que se deseja conhecer como se 
comportaram os resultados em relação ao mesmo. 
• As estatutárias são demonstrações previstas em Estatuto e que devem 
ser exibidas aos associados em uma determinada época e sempre 
relativa a um determinado período e com objeto específico, como, por 
exemplo, as exigidas em assembleias e relativas a movimentos de 
pagamentos de amortizações de ações preferenciais e de fundadores. 
• As contratuais derivam de obrigações fixadas em contratos, como, por 
exemplo, os de consórcios de obras. 
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• São obrigatórios, todavia, os demonstrativos contábeis que se acham 
previstos em lei para as sociedades de maior porte e por ações (as que se 
acham no mercado de capitais), os seguintes: Balanço Patrimonial, 
Resultado do Exercício, Fluxo de Caixa, Lucros e Prejuízos Acumulados e 
para as maiores, ainda o de Valor Adicionado. 
• As sociedades de capital aberto, ou seja, as que possuem títulos no 
mercado de capitais, em Bolsa, sujeitam-se a obedecer às normas 
estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários, e estas seguem o 
padrão de uma entidade particular que se denomina IASB. 
 
Fonte: Fundamentos da Contabilidade Geral - Introdução ao Conhecimento Prático e 
Doutrinário da Ciência Contábil Moderna - Com Referências Relativas à Reforma das 
Sociedades por Ações - Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09, 4ª Edição - Revista e Atualizada. 
Antônio Lopes de Sá-Atualizado pelo Professor Wilson Alberto Zappa Hoog. 
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Exercício 01: 
O que o capital de terceiros representa ? 
a) A conta bancos conta movimento. 
 
b) As obrigações que a empresa possui. 
 
c) Os direitos que a empresa possui. 
 
d) A conta caixa. 
 
e) A conta vendas. 
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Exercício 02: 
Qual das alternativas aponta relatórios obrigatórios para as sociedades 
anônimas de capital aberto ? 
a) Balanço patrimonial, demonstração do valor 
adicionado. 
b) Balanço patrimonial, relatório de vendas. 
c) Demonstração do valor adicionado, relatório de 
compras. 
d) Demonstração do resultado do exercício, relatório 
interno de gestão. 
e) Balanço patrimonial, demonstração da folha de 
pagamento. 
 
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AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
E NA PRÓXIMA AULA.... 
 
 
Contabilidade, Legislação e o 
Processo de Internacionalização

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