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Processos Grupais Resumo 3

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Processos Grupais 
Profª Valeria Telles 
Resumo 3 
 
 
O Nascimento de Uma Disciplina 
 
Introdução 
 
Apesar de estudos anteriores sobre grupos e fenômenos 
sociais coletivos, foi no século XX que passou a ser 
conhecida a expressão dinâmica de grupo, como 
conteúdo e processo de abordagens diferentes dos 
trabalhos realizados anteriormente. 
Grupos de psicólogos e sociólogos começaram, nesta 
fase, a dar tratamento mais científico ao estudo de grupo. 
Os dados obtidos da observação de grupos foram 
tratados com análise estatística mais acurada. 
 
 
 
 
 
A Pré-História da Psicologia Grupal 
 
 Gabriel Tarde (1843-1904), um dos mentores de 
Comte - "a sociologia será uma psicologia ou 
nada será", polarizaram-se as correntes que 
procuravam explicar o social e o coletivo pelo 
individual ou vice-versa. 
 Com a obra de Gustave Le Bon (1841-1931), 
Psicologia das multidões, que serviu, 
posteriormente, como ponto de partida para as 
reflexões de Freud sobre os comportamentos 
coletivos dos seres humanos à luz da 
psicanálise, delineou-se o campo específico a 
que se dedicaria a psicologia social, ou seja, o 
dos macrogrupos humanos. 
 
A Pré-História da Psicologia Grupal 
 
Breve histórico 
A Psicologia Social adquiriu sua identidade como 
disciplina com a criação da cátedra de psicologia 
social na Universidade de Harvard, em 1917, que 
teve como titular, a partir de 1920, William Mc 
Dougall, autor da primeira obra especificamente 
dedicada a então nascente disciplina: "Uma 
introdução à psicologia social". 
Apesar de estudos anteriores sobre grupos e 
fenômenos sociais coletivos, foi no século XX que 
passou a ser conhecida a expressão dinâmica de 
grupo, como conteúdo e processo de abordagens 
diferentes dos trabalhos realizados anteriormente. 
Grupos de psicólogos e sociólogos começaram, nesta 
fase, a dar tratamento mais científico ao estudo de 
grupo. Os dados obtidos da observação de grupos 
foram tratados com análise estatística mais acurada. 
 Psicologia Grupal - surgiu na interface entre a 
psicologia propriamente dita (que se ocupa dos 
fenômenos psíquicos do indivíduo enquanto tal) e a 
psicologia social (que, por sua vez, se originou nas 
fronteiras entre a psicologia e a sociologia). 
 A Psicologia Grupal, começa com o perfil dos face-to-
face groups, traçado por Kurt Lewin - psicólogo 
alemão (1890-1948). 
 A expressão Dinâmica de Grupo surgiu pela primeira 
vez num artigo publicado por Kurt Lewin, em 1944, 
onde tratava da relação entre teoria e prática em 
Psicologia Social; 
 
 Na tentativa de compreender o comportamento 
grupal, ou de modificá-lo, é necessário conhecer a 
natureza dos grupos; seu funcionamento; relação 
indivíduo-grupo; relação grupo-sociedade. 
 Lewin, um pesquisador por excelência, entendia que 
não seria possível, ao menos com as técnicas de 
exploração e instrumentação mental existentes em 
sua época, realizar experiências e formular hipóteses 
a partir do exame da sociedade global ou dos 
grandes conjuntos sociais. 
 Formulou, então, um método que denominou 
pesquisa-ação, que lhe permitiria examinar as 
variáveis dos fenômenos grupais no âmbito de 
pequenos grupos de 12 a 15 membros, ou seja, 
grupos nos quais os indivíduos podem-se reconhecer 
em sua singularidade durante a experiência em que 
estão envolvidos; 
 Por outro lado, Lewin observou que os fenômenos 
grupais só se tornam compreensíveis ao pesquisador 
que consente em participar de seu devir. 
 A noção de que o observador é parte indissociável 
dos fenômenos humanos que estuda, intuída e 
assimilada por Lewin em suas pesquisas, só bem 
mais tarde foi definitivamente incorporada ao 
campo das ciências em geral, com o advento da 
chamada segunda cibernética na teoria sistêmica 
(anos 80 em diante). 
 Com a Pesquisa-Ação e a sistemática introduzida por 
Lewin e seus discípulos na formação de profissionais 
destinados a coordenar atividades grupais de cunho 
não explicitamente terapêutico, nascia a Dinâmica 
de Grupos, matriz a partir da qual se desenvolveria a 
psicologia grupal. 
 
Contribuições dos Referenciais Teórico-Técnicos 
 
 Freud - Psicanálise, sua teoria dos afetos e a 
compreensão das motivações inconscientes das 
ações humanas. 
Indubitavelmente, a psicanálise, com seu aporte à 
compreensão das motivações inconscientes da 
conduta humana, fornece substrato indispensável 
para quem se proponha a entender o que se passa 
no campo das interações grupais. 
No entanto, o entendimento dos fenômenos grupais 
sempre esteve a demandar novas contribuições 
epistemológicas que privilegiassem o enfoque do 
que é peculiar ao campo grupal, o que não se 
constitui no escopo da psicanálise. 
 Pichon-Riviere - Teoria dos Vínculos e dos Grupos 
Operativos, a forma de discernir os objetivos 
(tarefas) dos grupos e das instituições e o modo de 
abordá-los operativamente, a partir dos vínculos 
relacionais. 
 J.L.Moreno - Abordagem Psicodramática - 
Psicodrama, a visualização dos papéis designados no 
cenário dos sistemas humanos e a utilização do role-
playing (representar um papel) como ferramenta 
operacional. 
 Von Bertalanffy - Teoria Sistêmica, a possibilidade 
de perceber e discriminar o jogo interativo dos 
indivíduos no contexto grupal e, a partir dessa 
percepção, catalisar as mudanças possíveis no 
sistema, trabalhando com os elementos fornecidos 
pela teoria da comunicação humana, (Bateson) no 
sentido de esclarecer os "mal-entendidos" e desfazer 
os "nós comunicacionais" que obstaculizam o fluxo 
operativo. 
 Foi com a Teoria Geral dos Sistemas e com os 
estudos sobre a comunicação humana, que se 
esboçou uma nova concepção do que se passa na 
interface entre os indivíduos que e se começou a 
privilegiar o interpessoal ou interacional, ao lado do 
intrapsíquico, para redimensionar a compreensão do 
comportamento dos seres humanos como entes 
grupais. 
Enfim, todo um conjunto aparentemente desconexo 
de ideias e enfoques que paulatinamente encontrou 
suas ressonâncias e articulações na construção do 
alicerce teórico-prático que viria sustentar o 
surgimento de uma nova disciplina, a psicologia 
grupal, cuja identidade plasmou-se na inter-relação e 
no intercâmbio de conhecimentos oriundos dessas 
distintas instâncias epistemológicas. 
 
 Dinâmica de Grupo 
 
 As Dinâmicas de grupo têm-se mostrado 
instrumentos preciosos no trabalho com grupos 
e a utilização deste instrumento tem 
aumentado consideravelmente no âmbito 
profissional e de desenvolvimento pessoal. 
 O aspecto lúdico nos remete a espontaneidade, 
ao improviso e ao ensaio da realidade. 
 A proposta inusitada da Dinâmica de grupo 
favorece a expressão espontânea o que nos 
permite a observação de atitudes com menor 
probabilidade de simulação. 
 
 São vivências e exercícios grupais, com as 
variáveis internas e externas, onde são 
programados pontos críticos que demandam 
Tomada de Decisão: Criatividade , Flexibilidade , 
Liderança, Energia, Comunicação, Cooperação, 
Trabalho em equipe. 
 
O GRUPO 
 A história de vida do indivíduo é a história de 
pertencer a inúmeros grupos sociais. É através 
dos grupos que as características sociais mais 
amplas agem sobre o ser humano. 
 Essas relações sociais ocorrem, inicialmente, no 
grupo familiar, num estágio de preparação para 
participar mais adiante das relações sociais mais 
amplas. A preparação do indivíduo significa, ao 
longo de sua existência, “que ele irá 
internalizar, apropriar-se da realidadeobjetiva” 
e esta será fundamental na sua formação 
psíquica. É um processo em permanente 
construção. 
 
 
 
 
GRUPO 
Supõe um conjunto de pessoas num processo de 
relação mútua e organizado com o propósito de 
atingir um objetivo imediato ou mais a longo prazo. 
O imediato pode ser, por exemplo, fazer um trabalho 
escolar e, mais a longo prazo, editar um jornal 
impresso para a turma. 
 
 A realização do objetivo impõe tarefas, regras 
que regulem as relações entre as pessoas 
(normas), num processo de comunicação entre 
todos os participantes e o próprio 
desenvolvimento do grupo em direção ao seu 
objetivo. Mas o que vem a ser um grupo? 
 Para se falar de grupos, há que se fazer uma 
distinção entre os microgrupos (pertencem a 
área da psicologia), e os macrogrupos 
(pertencem à área da macro sociologia). 
 E dentro dos microgrupos se faz também 
necessária uma distinção entre grupo 
propriamente dito e agrupamento. 
 Por "agrupamento" entendemos um conjunto 
de pessoas que convivem partilhando de um 
mesmo espaço e que guardam entre si uma 
certa valência de inter-relacionamento e uma 
potencialidade em virem a se constituir como 
um grupo propriamente dito. 
Ex: uma série de pessoas que estão se 
encaminhando para um congresso científico: elas 
estão próximas, mas como não se conhecem e não 
estão interagindo elas não formam mais do que um 
agrupamento, até que um pouco mais adiante 
podem participar de uma mesma sala de discussão 
clínica e se constituírem como um interativo grupo 
de trabalho. 
 Pode-se dizer que a passagem da condição de 
um agrupamento para a de um grupo consiste 
na transformação de "interesses comuns" para 
a de "interesses em comum". 
 Os microgrupos costumam reproduzir, em 
miniatura as características sócio-econômico-
políticas da dinâmica psicológica os grandes 
grupos. 
 O grupo é um todo dinâmico (é mais do que a 
simples soma de suas partes) – uma mudança 
no estado de qualquer elemento modifica o 
estado do grupo como um todo; se constitui 
como nova entidade, com leis e mecanismos 
próprios. 
 
 
 Dynamis é uma palavra de origem grega que 
significa força, energia, ação. 
 
 
Técnicas de Dinâmica de Grupo 
 
As Técnicas/Dinâmicas 
São meios de ação de que nos servimos para realizar 
determinada tarefa, tendo em vista determinados 
objetivos. 
As técnicas que têm em conta o respeito à pessoa 
humana foram criadas para estudar os problemas que 
surgem na vida dos grupos. Esta ciência não deseja 
reduzir-se a uma simples elaboração de técnicas, por 
muito eficazes que elas possam ser, mas sim que essas 
técnicas constituam meios que favoreçam a 
personalização dos membros do grupo e do próprio 
grupo. 
 
 As dinâmicas possibilitam vivências, que ao 
serem refletidas e partilhadas favorecem um 
aprendizado pessoal e grupal libertador, 
possibilitando, dentre outras coisas: 
 Exercício de escuta e acolhida do outro como ser 
diferente; 
 Experiência de abertura ao outro e participação 
grupal; 
 Percepção do todo e das partes, tanto da vida como 
da realidade que nos cerca; 
 Desenvolvimento da consciência crítica; 
 Confronto e avaliação da vida e da prática; 
 Tomada de decisão de modo consciente e crítico; 
 Sistematização de conteúdos, sentimentos e 
experiências; 
 Construção coletiva do saber. 
 
A Dinâmica de Grupo é, pois: 
 Uma ciência, o estudo da psicologia dos grupos; 
 Técnicas que favorecem a vida das pessoas dentro 
do grupo, nas suas relações com os outros membros 
do mesmo grupo e com os outros grupos; 
 Uma orientação, tendente a favorecer o desabrochar 
da personalidade através das técnicas elaboradas, e 
não exercendo pressão alguma sobre os membros 
do grupo. 
Não apenas os grupos constituem objeto de estudo da 
dinâmica de grupo, mas principalmente a dinâmica da 
vida coletiva, os fenômenos e os princípios que regem seu 
processo de desenvolvimento. 
 
Bibliografia 
 
 O Nascimento de uma disciplina. Em: OSORIO, 
Luiz Carlos. Psicologia grupal: uma nova 
disciplina para o advento de uma era. Porto 
Alegre: Artmed, 2003. 
 MACCIO, Charles. Animação de Grupos. 
Tradução de Antônio Ravara. Rio de Janeiro: 
Moras 1969.

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