Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: Direito Internacional Público I Professor: William Smith Kaku Aluno: Volmar Correa Vieira TRABALHO 1 - TEMA: Reparações de Guerra da Alemanha NOTÍCIAS A seguir, segue a relação de 17 notícias pesquisadas acompanhadas dos respectivos títulos, datas e links em ordem cronológica de publicação, e organizadas em 4 grupos de assuntos mais específicos. As notícias números 2 e 9 não possuem links, mas estão anexas ao final do trabalho. O artigo em alemão está traduzido ao final. A notícia 8 está em francês, e as demais em português ou inglês. Grupo 1: Caso do partido PiS (polonês) 1) For Berlin, the question of Polish reparations was settled long ago (04/08/2017) http://www.dw.com/en/for-berlin-the-question-of-polish-reparations-was-settled-long- ago/a-39972576 2) Reparations for Poland - Upping the ante - The embattled ruling party picks a fight with Germany (19/08/2017) (notícia sem link, anexa ao final do trabalho, publicada na revista britânica The Economist, 19-26 agosto 2017, v. 424, n. 9054, p. 44) 3) Poland has no right to WWII reparations, German lawyers say (31/08/2017) http://www.dw.com/en/poland-has-no-right-to-wwii-reparations-german-lawyers-say/a- 40319980 4) Germany rejects Polish call for WWII reparations (08/09/2017) http://www.aljazeera.com/news/2017/09/germany-rejects-polish-call-wwii-reparations- 170908162121754.html 5) Poland Sees Legal Grounds to Demand War Damages From Germany (11/09/2017) https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-09-11/poland-sees-legal-grounds-to- demand-war-reparations-from-germany 6) Polônia tem direito a indenizações da Alemanha por II Guerra, afirma parecer (11/09/2017) https://g1.globo.com/mundo/noticia/polonia-tem-direito-a-indenizacoes-da-alemanha- por-ii-guerra-afirma-parecer.ghtml 7) Poland is LEGALLY RIGHT to demand World War 2 reparations from Germany - lawyers say (12/09/2017) http://www.express.co.uk/news/world/852734/WW2-Poland-reparations-Germany-claim- against-Nazis-Beata-Szydlo-Angela-Merkel 8) La Pologne rouvre le débat sur la demande de réparations de guerre à l’Allemagne (13/09/2017) http://www.lemonde.fr/europe/article/2017/09/13/la-pologne-rouvre-le-debat-sur-la- demande-de-reparations-de-guerre-a-l-allemagne_5185143_3214.html 9) Reparationen - Gabriel weist Polen zurück (Reparações - Gabriel rejeita a Polônia) (16/09/2017) (notícia sem link, publicada na revista alemã Der Spiegel, 17 agosto 2017, n. 38, p. 30, tradução anexa após a última notícia) 10) Opinion: Is Poland's demand for war reparations a threat to German-Polish relations? (17/09/2017) http://www.dw.com/en/opinion-is-polands-demand-for-war-reparations-a-threat-to- german-polish-relations/a-40548195 Grupo 2: Caso dos pescadores do barco Changri-lá (brasileiros) 11) STJ volta a discutir indenização à descendente de vítima de barco afundado (29/08/2008) https://extra.globo.com/noticias/rio/stj-volta-discutir-indenizacao-descendente-de-vitima- de-barco-afundado-567803.html 12) Reparação de guerra - Parentes de brasileiros mortos por ataques nazistas na costa do Rio de Janeiro na Segunda Guerra querem indenização do governo alemão (01/04/2010) http://istoe.com.br/62047_REPARACAO+DE+GUERRA/ 13) Brasil pode julgar Alemanha por ataque a navio durante 2ª Guerra? (11/11/2015) https://jota.info/justica/brasil-pode-julgar-alemanha-por-ataque-a-navio-durante-2a- guerra-11112015 14) Fachin defende repercussão geral no caso Changri-lá (24/04/2017) https://jota.info/justica/fachin-defende-repercussao-geral-no-caso-changri-la-24042017 15) STF vai decidir se Justiça brasileira pode julgar atos de guerra de outro país cometidos em território nacional (19/05/2017) http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=343889 Grupo 3: Caso dos irmãos Hluchov (ucranianos) 16) Vítimas do nazismo ainda lutam por reparação (06/01/2008) http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0601200832.htm Grupo 4: Caso dos judeus sobreviventes (várias nacionalidades) 17) Holocaust Reparations - Germany to Pay 772 Million Euros to Survivors (29/05/2013) http://www.spiegel.de/international/germany/germany-to-pay-772-million-euros-in- reparations-to-holocaust-survivors-a-902528.html 1) RESUMOS DAS NOTÍCIAS Os resumos abaixo não são por notícia, mas por grupo, tendo em vista que muitas das informações contidas nas notícias de um mesmo grupo são praticamente as mesmas, pois tratam sobre o mesmo caso. Todos os grupos possuem em comum o fato de se referirem a reparações de guerra por danos físicos e/ou morais sofridos durante a 2ª Guerra Mundial pela ação dos nazistas alemães. 1.1) Grupo 1 As notícias do Grupo 1 foram publicadas entre os meses de agosto e setembro de 2017 e tratam, em linhas gerais, todas elas, sobre o mesmo conteúdo: as reparações de guerra que o governo da Polônia tem demandado recentemente do governo da Alemanha. O valor das reparações tem sido avaliado por técnicos poloneses em cerca de 1 trilhão de dólares. Durante a Segunda Guerra Mundial, foram mortos em decorrência do conflito em torno de 6 milhões de poloneses (cerca de 20% da população), incluídos aí 3 milhões de judeus. Ocorreu também a destruição quase total de muitos vilarejos e cidades, entre elas, a capital Varsóvia. A Alemanha rejeita tal exigência, alegando que a Polônia renunciou à indenização em diversas ocasiões como em 1953, 1970 e, depois de 1989, já como Estado soberano e sem a influência da ex-União Soviética. A Polônia ressalta que a renúncia à indenização pelo seu governo comunista de 1953 foi inconstitucional e só ocorreu por influência forçada da União Soviética e, mesmo assim, só se aplicava à Alemanha Oriental. Na época, a Alemanha Ocidental fez indenizações à Grécia, Israel e Iugoslávia. 1.2) Grupo 2 As notícias de números 11 a 15 tratam especificamente sobre o caso do navio pesqueiro Changri-lá, que foi a pique após ser bombardeado pelo submarino alemão U-199 na costa brasileira, provocando a morte de dez pescadores. Contudo, durante décadas, pensava-se que o barco havia naufragado por problemas climáticos ou falha humana. Em 2001, um historiador brasileiro apresentou a versão do ataque do Eixo, a partir de depoimento do comandante do submarino alemão a autoridades em Washington e dos diários de bordo. Alguns dos parentes dos pescadores mortos entraram na justiça brasileira para obterem alguma indenização, contudo, até o momento, não obtiveram muito sucesso, apesar de um dos processos já ter chegado ao STF. Nas diversas instâncias, as decisões têm sido no sentido de extinguir o processo, sem julgamento de mérito, com o entendimento de incidir a prescrição e não ser possível submeter um país soberano a pagar indenização por atos de império. Em um recurso encaminhado ao STJ, o tribunal considerou que ação militar praticada em período de guerra constitui ato de império e, portanto, não submeteria um estado soberano à jurisdição de outro, confirmando a decisão da primeira instância. Atualmente este processo está no STF (notícias 14 e 15). O relator garante que a índole da matéria é constitucional por envolver questões do Estado de Direito brasileiro em relação à sociedade internacional. O caso do barco Changri-lá é um entre as 33 embarcações brasileiras que foram a pique em ataques de submarinos da Alemanha nazista durante a 2ª Guerra Mundial, provocando mais de mil mortos, muitos deles civis, cujas famílias ainda não receberam nenhuma reparação por parte do Estado alemão. 1.3) Grupo 3 Os três irmãos ucranianos da família Hluchov querem indenização do governo da Alemanha por terem sido obrigados a viver, junto comseus familiares, no campo de trabalhos forçados em Papenburg por 13 meses, entre 1944 e 1945. Os pais dos irmãos morreram no final da década de 1970, em Doutor Camargo (a 476 km de Curitiba), onde alguns dos irmãos vivem até hoje. Até o momento da publicação da notícia (em 2008), o advogado dos irmãos havia apenas reunido documentos para comprovar a história contada pelos irmãos para, então, procurar um escritório de advocacia na Alemanha para ingressar com a ação. Um funcionário da embaixada alemã em Brasília disse haver precedentes de indenização para quem comprovou ter sido submetido a trabalhos forçados. A German Forced Labour, uma fundação que indeniza prisioneiros de guerra, reconheceu, em 2003, o direito dos Hluchow à indenização. A fundação, no entanto, negou pagamento aos irmãos, sob alegação que as indenizações obedeciam outra ordem de prioridade. 1.4) Grupo 4 Em maio de 2013, o governo alemão comprometeu-se a pagar 772 milhões de euros (1 bilhão de dólares) para o atendimento de sobreviventes idosos do Holocausto como resultado de negociações em Israel entre Berlim e um fundo para vítimas judaicas da agressão nazista. Cerca de 56 mil pessoas se beneficiarão do dinheiro da ajuda. O dinheiro será entregue em etapas entre 2014 e 2017 e servirá para custear cuidados de enfermagem em casa, medicamentos e serviços sociais para os sobreviventes que, por serem bastante idosos, têm uma necessidade cada vez maior por tais serviços. 2) TEMA ATUAL E RELEVANTE A questão sobre as reparações de guerra merece relevância, porque põem em confronto dois valores perseguidos no âmbito das relações internacionais: a prevalência dos direitos humanos e a igualdade entre os Estados. Além disso, estes dois princípios estão presentes na Constituição Brasileira no artigo 4º, incisos II e V. Outro indicativo sobre a relevância, bem como a atualidade, do tema pode ser inferido a partir da decisão inédita do STF, em 11 de maio de 2017, no caso do afundamento do barco Changri-lá, em que foi reconhecida, pela maioria dos Ministros, a existência de Repercussão Geral, no Recurso Extraordinário com Agravo 954.858 RJ, em relação à questão constitucional sobre o alcance da imunidade de jurisdição de Estado estrangeiro em relação a ato de império ofensivo ao direito internacional da pessoa humana. A partir do debate sobre as reparações de guerra entre a Polônia e a Alemanha, pode-se extrair mais alguns elementos que reforçam a atualidade e relevância do assunto, tais como, a frequência com que ele reaparece nas relações entre os dois países, sendo que os pedidos de reparações ora vem de um, ora do outro. Além disso, os dois países são membros da União Europeia, o maior e mais importante bloco econômico do mundo, no qual há um elevado grau de integração entre seus membros e, em grande parte, é formado por países bastante desenvolvidos, sendo a Alemanha o mais rico e influente entre eles, além de ser o principal responsável pelas duas Grandes Guerras do século XX. Tais pedidos de reparação tem afetado negativamente as relações entre os países. A atualidade do tema se torna ainda mais evidente quando se leva em conta que ainda há numerosos sobreviventes vivos do Holocausto, alguns reivindicando que este nunca seja esquecido para que nunca mais se repita. Segundo a organização internacional The Blue Card, que presta auxílio financeiro a sobreviventes do Holocausto, eles são atualmente em torno de 100 mil e a maioria vive na pobreza. 3) RELAÇÕES DO TEMA COM A DISCIPLINA 3.1) Relações Internacionais e Sujeitos de Direito Internacional Todas as notícias acima tratam sobre relações em que, invarialvelmente, num de seus polos, há um Estado, a Alemanha, enquanto, no outro polo, varia, podendo ser outro Estado, como a Polônia, ou indivíduos de outras nacionalidades. Contudo, quando, num dos polos, há um indivíduo, normalmente, este não se relaciona de forma direta com um Estado estrangeiro, mas por intermédio do Estado ao qual pertence a sua nacionalidade. Isto é assim, pelo menos, nos casos analisados aqui neste trabalho, como, por exemplo, o caso das famílias dos pescadores mortos no barco Changri-lá, que, ao pretenderem receber indenização da Alemanha, entram na justiça brasileira, e esta verifica a viabilidade, ou não, de interpelar aquele outro país. Tal observação reforça a tese de que o Estado é o único sujeito de Direito Internacional com capacidade jurídica plena. Todas estas relações, por não se restringirem às fronteiras de um mesmo Estado, podem ser consideradas como relações internacionais. E elas podem ser de aproximação ou de distanciamento. Nas notícias dos grupos 1, 2 e 3, como as demandas por indenizações ainda não foram, e possivelmente nunca venham, a ser atendidas pelo governo alemão, pode-se dizer que as relações internacionais são de distanciamento. Já, no caso do grupo 4, as relações são de aproximação, pois, conforme noticiado, a Alemanha decidiu indenizar e prestar auxílio aos judeus sobreviventes dos campos de concentração seja qual for o país onde eles estejam vivendo no momento. 3.2) Direito Internacional Público e Sociedade Internacional O Direito Internacional Público trata principlamente sobre a sociedade internacional, tendo como principais integrantes os Estados e as organizações internacionais interestatais, mas há também espaço para a atuação dos indivíduos no plano internacional. Contudo, o entendimento sobre sociedade internacional não é totalmente claro. Atualmente, há uma grande variedade e quantidade de organizações internacionais e de outras coletividades chamadas não estatais (como os beligerantes, os insurgentes e os movimentos de libertação nacional entre outros). Sendo assim, é provável que o conceito de sociedade internacional se modifique em breve através da entrada de novos tipos de atores nas relações internacionais. Apesar disso, no momento, ainda são os Estados os atores mais importantes, mesmo quando direitos humanos estão em questão, pois depende da ratificação dos Estados a internalização de tais direitos aos seus respectivos direitos internos. Nas notícias analisadas, neste trabalho, foi fácil de notar a predominância das decisões tomadas pelos Estados. 3.3) Jus cogens Apesar de existirem normas cogentes (jus cogens) no Direito Internacional, dentre as quais destacam-se as que se referem aos direitos humanos, existem também normas que, de certa forma, se contradizem a estas, como as normas relativas à imunidade e à igualdade entre os Estados, levando ainda em conta a pouca eficácia das sanções internacionais, a falta de uma autoridade hierarquicamente superior aos Estados, e, por fim, a pouca eficácia das normas referentes ao Direito de Guerra. Tendo-se esses aspectos em mente, compreende-se melhor porque as ações judiciais sobre as reparações de guerra tem sido um problema de difícil solução para a maioria dos indivíduos que se sentem prejudicados. 4) ANÁLISE CRÍTICA No caso analisado no Grupo 1, os pedidos de reparação vem da Polônia para a Alemanha, mas, em outros momentos, já foi o inverso. Segundo alguns analistas, o objetivo do governo polonês não é tanto o dinheiro em si, mas desviar o foco da atenção pública das acusações de retrocesso democrático que o país vem sofrendo desde que o Partido Lei e Justiça (PiS) reassumiu o poder em 2016. Percebe-se, neste caso, que as relações internacionais entre os dois Estados está sendo prejudicada pela influência da ação de um partido político, ou seja, um ator que, tecnicamente, não é considerado como um sujeito de direito internacional, mas que, devido à posição de poder que ocupa, acaba por influir sobre toda a população, uma vezque qualquer retaliação da Alemanha, ou da União Europeia por influência desta, poderá trazer sanções que serão sofridas por todos. No caso do Grupo 2, em linhas gerais, percebe-se um certo receio por parte do governo brasileiro em fazer valer os direitos humanos de seus nacionais. Será este receio motivado pelo fato de a Alemanha ser um dos países mais ricos do mundo e o mais influente da União Europeia. Teria o Brasil medo de prejudicar suas relações comerciais com a União Europeia? Por que a Polônia não tem nem um pouco este mesmo receio? Teria o Brasil muito mais a perder que a Polônia? O caso do Grupo 3 serviu para ilustrar a iniciativa de um advogado brasileiro que procura intervir no país estrangeiro, não por intermédio do Estado, mas de um escritório de advocacia alemão, levando em conta também que seus clientes, embora vivam no Brasil, são de outra nacionalidade. No caso analisado no Grupo 4, a respeito das indenizações dadas pela Alemanha aos judeus sobreviventes do Holocausto, percebe-se que o valor concedido é ínfimo (cerca de 50 mil reais por sobrevivente), se forem considerados todos os danos físicos e morais sofridos por essas pessoas. O ato alemão parece, assim, ter mais efeito político que prático perante à sociedade internacional, como se fosse uma espécie de satisfação ou obrigação moral. No âmbito das relações internacionais litigiosas entre Estados e indivíduos, mesmo quando estes são vítimas de violação de direitos humanos por aqueles, percebe-se que os Estados, sobretudo os desenvolvidos, são os mais privilegiados e portadores de prerrogativas, como se os Estados fossem os fins, e os indivíduos os meios, apesar de todo o respeito que é dado aos princípios que regem os processos judiciais. 44 Europe The Economist August 19th 2017 2 tives for investmentnot just in bigcities but for smaller-scale production in towns and villages. This suited economic traditions: the hilly south had generally been farmed in small patches by self-sufficient families, while the flatter north lent itself to larger, more class-stratified agri-businesses. The south’s specialised firms, serving high-precision giants like Daimler and Sie- mens, left it better prepared than the north for the decline of heavy industry. Bruno Hildenbrand, a sociologist, even suggests that the relative autonomy of the southern farmingfamilies gave the region a more en- trepreneurial and pragmatic mentality. The region also has most of Germany’s best universities, its main stock exchange (Frankfurt) and its two biggest airports (Frankfurt and Munich), all ever-bigger as- sets in an age of digitisation, globalisation and financial services. Southern parts of the former east have similarly combined luckand skill. More ur- ban than the rest and bestriding major transport routes, Saxony and Thuringia had pre-communist industrial traditions— trade fairs in Leipzig, optical technology in Jena, aviation in Dresden—that could suc- ceed in reunified Germany. When Germany goes to the polls on September 24th, the political contours of the divide will be on display. The larger southern states are strongholds of Angela Merkel’s centre-right CDU/CSU alliance; quite how resounding a victory she wins depends partly on her ability to win votes in poorer, traditionally Social Democratic (SPD) parts of the north. Notably, the chan- cellor launched her campaign in post-in- dustrial Dortmund, in the north-western Ruhr Valley. Both she and Martin Schulz, her SPD rival, are making early campaign stops in Bremen. North and south are not yet distinct po- litical blocs. But it is possible to imagine this changing with time. Gigantic transfers ofwestern cash have helped close the east- west divide. But transfers from south to north are politically trickier. Under the constitution, the federal government is not generally permitted to interfere in educa- tion, making it harder to direct remedial funds to the (overwhelmingly northern) states where schools are struggling. Like- wise, a “debt brake” limiting state borrow- ing introduced in 2011appliesmainly to the more heavily indebted northern govern- ments. Other big national issues pit one end of the country against the other: the SPD’s proposed rise in the top tax rate would most hit the south, which contains nine of the ten cities with the highest sala- ries; federal action to increase infrastruc- ture investment is pressing mostly in the under-funded north; interventions to slow house prices make more sense in pricey southern municipalities than depressed northern ones. The Demographic Risk Atlas, a study of population trends, suggests that Ger- many’s north-south divide could become larger than Italy’s. As Marcel Fratzscher of the DIW notes, such a rift would contra- vene the constitution, which guarantees equal opportunities for all Germans. In a country with a federal structure, and with- out the unique circumstances of reunifica- tion, this pledge will not be easy to keep.7 2Indexing Germany’s two divides Sources: Institut der Deutschen Wirtschaft Köln; Federal employment agency 50 25 75 100 125 150 1995 2000 05 10 15 South (North=100) GDP per person West (East=100) South (North=100) Unemployed, as % of population West (East=100) POLAND lost a fifth of its population inthe second world war. Vast swathes of Warsaw were razed to the ground and the city still bears the scars. Damage to the cap- ital alone amounted to $45bn, according to an estimate in 2004 by city hall. Yet Poland got nothing in compensation. In 1953, un- der pressure from the Soviet Union, its communist government renounced any claim to reparations from the then East Germany, ruled by a fellow-communist re- gime. (West Germany made payments to Greece, Israel and Yugoslavia.) Now the ruling right-wing Law and Jus- tice party (PiS) has put reparations back on the agenda, after an unsuccessful attempt by MPs in 2004 to get the matter raised. It echoes calls by the Greek government two years ago. Poland is already locked in a row with the European Commission overwhat Brussels sees as its undermining of the rule of law, most recently for attempting to con- trol the judiciary. So one might think that Poland needs friends in Europe. Instead, PiS is Berlin-baiting. Talk of reparations was revived last month by the PiS leader, Jaroslaw Kaczyn- ski, who is known for his anti-German rhetoric. At his party’s congress, he linked Poland’s right to EU development funds to its lack of compensation for wartime dam- age from Germany. Speaking on the ultra- conservative Radio Maryja on July 27th, he announced that the Polish government is “preparing a historical counter-offensive”, involving “huge sums”. A parliamentary analysis on whether Poland can legally make a claim after the decision of1953 is in the works. “We cannot build a good rela- tionship with Germany until the matter is definitely settled,” says Arkadiusz Mular- czyk, the PiS member of parliament who requested it. Nationalists are astir. Germany owes Poland $6trn, claimed a recent cover of Sieci Prawdy, a pro-PiS weekly, though the rationale for this astronomical sum is shaky. A right-wing television channel, Te- lewizja Republika, has come under fire for using a picture of the words Reparationen machen frei (“reparations set you free”), printed to resemble those at the entrance to the former Nazi concentration camp at Auschwitz. In Berlin, PiS’s move has raised eyebrows; reparations for Poland were “dealt with conclusively in the past”, said a spokeswoman for the chancellor, Angela Merkel. Back in Warsaw, the centrist oppo- sition has dismissed PiS’s talk of repara- tions as unhelpful politicking. About two-thirds ofPoles support repa- rations, according to a recent poll. The par- liamentaryanalysis has been delayed, os- tensibly because of its complexity. Tensions within PiS are simmering after the president, Andrzej Duda, a former party member, last month blocked a law sacking supreme-court judges. Still, PiS is pushing on. A new offensive against priv- ate media outlets is expected this autumn. German publishers, which own dozens of regional newspapers in Poland, may be particularly affected. “Poland needs to re- gain its dignity,” Mr Kaczynski told his fol- lowers at a gathering in Warsaw last week. But in trying to restore it, PiS is making a lot ofenemies along the way. 7 Reparations for Poland Upping the ante WARSAW Theembattled rulingpartypicks afight withGermany That’ll cost you Rechtsextremisten NPD will Staatsgeld Mit einer Klage vor dem Bundesverfassungsgericht will die rechtsextreme NPD erreichen, dass sie weiterhin finanzielle Unterstützung vom Staat erhält. Wie ein Gerichtssprecher bestätigte, ging in dieser Woche ein ent- sprechender Antrag der Par- tei in Karlsruhe ein. Die Kla- ge richtet sich gegen einen im Juni gefassten Beschluss des Bundestags zur Ände- rung des Grundgesetzes. Demnach sollen verfassungs- feindliche Parteien von der staatlichen Parteienfinanzie- rung ausgeschlossen werden. Seit Jahren hat die NPD mit den Folgen einer Spenden - affäre und diverser Finanz- skandale zu kämpfen. Ohne Staatsgeld wäre die Kleinpar- tei kaum überlebensfähig: Laut NPD-Rechenschaftsbe- richt betrug der Anteil staat- licher Mittel an den Gesamt- einnahmen zuletzt fast 49 Prozent. Größere Spenden von externen Gönnern oder finanzkräftigen Altnazis tau- chen in dem Bericht dagegen nicht mehr auf. hip, srö 30 DER SPIEGEL 38 / 2017 Deutschland JÜ R G E N R IT T E R / I M A G O Flughafen Berlin Wacklige Prognosen Die Flughafengesellschaft Berlin Brandenburg räumt Kapazitätsprobleme am Flug- hafen BER ein. Der Airport ist für jährlich 22 Millionen Passagiere geplant, wird aber schon bei seiner Eröffnung 27 Millionen Passagiere pro Jahr abfertigen müssen. Dies sei durch „Lerneffekte“ und „Optimierungsmaßnahmen“ angeblich möglich. So steht es im vertraulichen Bericht, der den Eigentümern am 16. August vorgelegt wurde. Höhere Fluggastzahlen erfor- derten jedoch eine „erhöhte Stabilität von Prozessen“ am Flughafen. Doch genau dies kann der BER vermutlich nicht bieten. So fehlt es an Abfertigungs- positionen für Flugzeuge. Bleibt eine Maschine liegen, seien laut Bericht „operative Prozesse nicht mehr stabil umsetzbar“ – es drohen Ver- spätungen. Ab 2022 soll zu- dem mitten auf dem Flug - hafengelände ein neuer Ter- minal gebaut werden, um mindestens weitere 12 Millio- nen Passagiere bewältigen zu können. „Durch das schnelle Wachstum wird es immer schwieriger, die notwendigen Kapazitäten zur Verfügung zu stellen“, heißt es im Be- richt. Im Bundesverkehrsmi- nisterium wächst die Skepsis, ob nach der BER-Eröffnung auf den Airport Tegel ver- zichtet werden kann: „Die Betreiber glauben an ihre ei- genen Pläne nicht“, heißt es. Am 24. September stimmen die Berliner ab, ob Tegel of- fen bleiben soll. gt Bundespolizei Massiv überlastet Die Bundespolizei hat in den ersten sieben Monaten dieses Jahres 2,4 Millionen Über- stunden angehäuft – ein Zu- wachs um 35 Prozent seit Ja- nuar. Das geht aus einer Ant- wort der Bundesregierung auf eine Kleine Anfrage der Grünen im Bundestag her- vor. Mit 56 Prozent war der Anstieg bei der Bereitschafts- polizei am höchsten, was durch Großereignisse wie den G-20-Gipfel in Hamburg zu erklären ist. „Dies zeigt, dass die Bundespolizei viel zu wenig Personal hat, um ihre gesetzlichen Aufgaben zu erfüllen“, sagt Jörg Radek, der stellvertretende Vorsit- zende der Gewerkschaft der Polizei. Trotz Personalman- gels sollen die Aufgaben der Bundespolizei erweitert wer- den: Erst im Sommer wur- den 1552 Beschäftigte in ei- ner Abteilung zur Bekämp- fung politisch motivierter Kriminalität gebündelt. Die Cyberabwehr könnte laut Antwort der Regierung eben- falls zu den künftigen Auf - gaben der Bundespolizei ge- hören, da sich der Grenz- schutz auch auf den „Äther- raum“ beziehe. Irene Miha- lic, die innenpolitische Spre- cherin der Grünenfraktion, warnt vor einer Konkurrenz für das Bundeskriminalamt. „Das ist genau der Weg, wie chaotische Doppelzuständig- keiten entstehen, spätestens wenn wir zwei konkurrieren- de Kriminalpolizeibehörden auf Bundesebene haben“, sagt sie. „Wir brauchen das Gegenteil: eine effiziente Sicherheitsarchitektur mit eindeutig definierter Ver - antwortung.“ kno Reparationen Gabriel weist Polen zurück Die polnischen Reparations- forderungen für die Zerstö- rungen des Zweiten Welt- kriegs gefährden nach An- sicht von Außenminister Sigmar Gabriel die deutsch- polnischen Beziehungen. „Reparationsforderungen wären ein Versuch, das über die Jahre gewachsene enge und gute Verhältnis zwi- schen Deutschland und Po- len einzutrüben“, sagt der SPD-Politiker. Die Bundes - regierung sei gut beraten, „jetzt ganz ruhig zu bleiben“. Nie seien die Beziehungen zwischen Polen und der Bundesrepublik besser gewe- sen, nie die Menschen sich näher gewesen als heute. Gabriel: „Wir wollen, dass das so bleibt.“ flo, sev TRADUÇÃO DO ARTIGO EM ALEMÃO Der Spiegel 38 - 16 September 2017 - p. 30 Reparationen. Gabriel weist Polen zurück. Die polnischen Reparationsforderungen für die Zerstörungen des Zweiten Weltkriegs gefährden nach Ansicht von Außenminister Sigmar Gabriel die deutschpolnischen Beziehungen. „Reparationsforderungen wären ein Versuch, das über die Jahre gewachsene enge und gute Verhältnis zwischen Deutschland und Polen einzutrüben“, sagt der SPD-Politiker. Die Bundes - regierung sei gut beraten, „jetzt ganz ruhig zu bleiben“. Nie seien die Beziehungen zwischen Polen und der Bundesrepublik besser gewesen, nie die Menschen sich näher gewesen als heute. Gabriel: „Wir wollen, dass das so bleibt.“ Reparações. Gabriel rejeita a Polônia. Os requisitos polacos de reparação para a destruição da Segunda Guerra Mundial, de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sigmar Gabriel, comprometem as relações germano-polonesas. "As demandas de reparação seriam uma tentativa de minar o relacionamento próximo e bom entre a Alemanha e a Polônia ao longo dos anos", diz o político do SPD. O governo federal é aconselhável "permanecer calmo agora". As relações entre a Polônia e a República Federal nunca foram melhores, as pessoas nunca estiveram mais próximas do que eram hoje. Gabriel: "Queremos que isso permaneça assim".
Compartilhar