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Aula1_Apostila1_O4DELVUNEA

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Legislação Aduaneira p/ RFB ‐ 2017
Teoria e Questões 
Prof. Ricardo Vale‐ Aula 01
Prof. Ricardo Vale                    www.estrategiaconcursos.com.br                             Página 2 de 131
1- TRIBUTA‚ÌO SOBRE O COMƒRCIO EXTERIOR:
1.1-Regramento Constitucional e Legisla‹o Espec’fica:
A primeira pergunta que nos cabe fazer Ž a seguinte: quais s‹o os
tributos que incidem sobre uma opera‹o de importa‹o?
S‹o v‡rios. Em uma importa‹o, incidem o Imposto de Importa‹o
(I.I), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as contribui›es
PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o, o ICMS e o AFRMM
(Adicional ao Frete para Renova‹o da Marinha Mercante). H‡, ainda,
outras taxas incidentes, como, por exemplo, a Taxa de Utiliza‹o do
SISCOMEX. Dependendo da opera‹o, tambŽm h‡ incidncia de contribui›es
de interven‹o sobre o dom’nio econ™mico, como a CIDE-Combust’veis.
A tributa‹o sobre o comŽrcio exterior encontra previs‹o
constitucional. O art. 153 da CF/88 prev que a Uni‹o poder‡ instituir impostos
sobre a importa‹o de produtos estrangeiros e sobre a exporta‹o, para
o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. S‹o eles o Imposto
de Importa‹o (I.I) e o Imposto de Exporta‹o (I.E).
TambŽm Ž a Uni‹o o ente federativo respons‡vel pela institui‹o do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) (art. 153, inciso IV), das
contribui›es para o PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o e de
contribui›es para interven‹o no dom’nio econ™mico. Quanto a esse œltimo
ponto, destaque-se que o art. 149 da CF/88 disp›e que Òcompete
exclusivamente ˆ Uni‹o instituir contribui›es sociais, de interven‹o no
dom’nio econ™mico e de interesse das categorias profissionais ou
econ™micasÓ. Mais ˆ frente, a CF/88, ainda estabelece que as contribui›es
sociais e de interven‹o sobre o dom’nio econ™mico incidir‹o tambŽm sobre
a importa‹o de produtos estrangeiros ou servios (art. 149, ¤ 2¼, inciso
II, da CF/88). Na —rbita dos Estados, est‡ a competncia para instituir o
ICMS, tributo que incide sobre a circula‹o de mercadorias, ainda que as
opera›es se iniciem no exterior (art. 155, inciso II, da CF/88).
E quais s‹o os tributos que incidem sobre as opera›es de
exporta‹o?
Aqui a hist—ria Ž diferente! A resposta Ž que, sobre as opera›es de
exporta‹o, ir‡ incidir somente o imposto de exporta‹o (I.E). A CF/88, em
perfeita conson‰ncia com os objetivos de pol’tica comercial do pa’s,
estabeleceu v‡rias regras de n‹o-incidncia tribut‡ria sobre opera›es de
exporta‹o. Com efeito, a pol’tica comercial brasileira busca incentivar as
exporta›es como forma de obter o desenvolvimento econ™mico nacional.
Destaque-se que todas as hip—teses de n‹o-incidncia previstas na CF/88 s‹o
imunidades tribut‡rias. A prop—sito, imunidade Ž uma hip—tese de n‹o-
incidncia constitucionalmente qualificada.
Legislação Aduaneira p/ RFB ‐ 2017
Teoria e Questões 
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Nesse sentido, pode-se verificar que a CF/88 disp›e que o IPI n‹o
incidir‡ sobre produtos industrializados destinados ao exterior (art.
153, inciso III). Por sua vez, a CF/88 determina que o ICMS n‹o incidir‡
sobre opera›es que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
servios prestados a destinat‡rios no exterior. Por œltimo, o art. 149, ¤ 2¼,
inciso I, da CF/88 disp›e que as contribui›es sociais e de interven‹o no
dom’nio econ™mico n‹o incidir‹o sobre as receitas decorrentes de
exporta‹o. Assim, podemos dizer que, na exporta‹o, temos: i) imunidade
de IPI; ii) imunidade de ICMS e; iii) imunidade de contribui›es sociais e de
contribui›es de interven‹o no dom’nio econ™mico.
1) Tributos incidentes sobre o comŽrcio
exterior:
- Imposto de Importa‹o (I.I)
- Imposto de Exporta‹o (I.E)
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
- PIS/PASEP-Importa‹o
- COFINS-Importa‹o
-Contribui›es de interven‹o no dom’nio econ™mico
- ICMS
2) Imunidades na Exporta‹o:
- Imunidade do ICMS
- Imunidade do IPI
-Imunidade das contribui›es sociais e de
contribui›es de interven‹o no dom’nio econ™mico
A tributa‹o sobre o comŽrcio exterior, como se pode perceber, n‹o
tem finalidade arrecadat—ria, mas sim extrafiscal. O governo a utiliza
como forma de regula‹o econ™mica. Assim, alguns princ’pios constitucionais
tribut‡rios n‹o se aplicam aos tributos incidentes sobre o comŽrcio exterior.
Fazemos men‹o, nesse momento, aos princ’pios da legalidade, da
anterioridade e da noventena. O que s‹o cada um desses princ’pios?
Recordemo-nos das aulas de Direito Tribut‡rio! 
O princ’pio da legalidade est‡ previsto no art. 150, inciso I, da
CF/88, que disp›e que Ž vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Munic’pios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea. Em outras
palavras, a norma competente para instituir e aumentar a al’quota de um
tributo Ž a lei.
O princ’pio da anterioridade, por sua vez, est‡ insculpido no art.
150, inciso III, al’nea b, da CF/88. Segundo esse princ’pio, Ž vedado ˆ Uni‹o,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Munic’pios cobrar tributos no mesmo
exerc’cio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou. Assim, se uma lei majora um tributo em agosto de 2014, este
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somente poder‡ ser recolhido pela al’quota maior a partir de 1¼ de janeiro de
2015.
O princ’pio da noventena, tambŽm chamado de anterioridade
nonagesimal, encontra previs‹o no art. 150, inciso III, al’nea c, da CF/88. Ele
veda que a Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal e os Munic’pios cobrem
tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que haja
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Destaque-se que os
princ’pios da anterioridade e da noventena devem ser observados em
conjunto.
Suponha que uma lei majore um tributo em 1¼ de novembro de
2014. Pelo princ’pio da anterioridade, este poderia ser recolhido pela al’quota
maior a partir de 1¼ de janeiro de 2015. No entanto, h‡ que se observar
tambŽm a noventena, eis que o tributo somente poder‡ ser recolhido 90 dias
ap—s 1¼ de novembro de 2014, ou seja, em 1¼ de fevereiro de 2015.
Agora que j‡ recordamos esses princ’pios constitucionais tribut‡rios,
vejamos como eles s‹o excepcionados em rela‹o aos tributos incidentes sobre
o comŽrcio exterior:
a) Imposto de Importa‹o (I.I):
- N‹o obedece ao princ’pio da legalidade quanto ˆ altera‹o de
al’quotas, o que quer dizer que n‹o h‡ necessidade de lei para alterar a
al’quota do imposto de importa‹o. Hoje, a altera‹o de al’quotas do imposto
de importa‹o compete ˆ C‰mara de ComŽrcio Exterior (CAMEX), que o faz
mediante Resolu‹o.
- N‹o obedece ao princ’pio da anterioridade e ao princ’pio da
noventena. Assim, a altera‹o de al’quotas gera efeitos imediatos.
b) Imposto de Exporta‹o (I.E):
- Da mesma forma que o imposto de importa‹o, o imposto de
exporta‹o n‹o obedece ao princ’pio da legalidade quanto ˆ altera‹o de
al’quotas. A fixa‹o da al’quota do imposto de exporta‹o tambŽm compete ˆ
CAMEX.
- O imposto de exporta‹o tambŽm n‹o obedece aos princ’pios da
anterioridade e da noventena.
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A CAMEX tem competncia para fixar a al’quota do imposto
de importa‹o e do imposto de exporta‹o.
Se uma quest‹o disser que a CAMEX fixa a al’quota dos
tributos incidentes sobre o comŽrcio exterior, ela estar‡
errada. Por qu?
Porque sobre o comŽrcio exterior h‡ incidncia de v‡rios
outros tributos alŽm doimposto de importa‹o e do imposto
de exporta‹o.
c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):
- O IPI n‹o obedece ao princ’pio da legalidade quanto ˆ altera‹o de
al’quotas.
- O IPI n‹o obedece tambŽm ao princ’pio da anterioridade.
- Cuidado! O IPI obedece ao princ’pio da noventena. Assim,
embora n‹o seja necess‡rio esperar pelo pr—ximo exerc’cio, faz-se mister
aguardar o per’odo m’nimo de 90 dias.
d) PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o:
- O PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-Importa‹o obedecem ao
princ’pio da legalidade quanto ˆ altera‹o de al’quotas.
- O PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-Importa‹o n‹o obedecem ao
princ’pio da anterioridade, mas obedecem ao princ’pio da noventena
(anterioridade nonagesimal). Isso Ž o que prev o art. 195, ¤ 6¼, da CF/88.
1.2-Produtos, Bens e Mercadorias:
Qual a diferena entre produtos, bens e mercadorias?1
Bens s‹o coisas, corp—reas e incorp—reas, possuidoras de utilidade
econ™mica e que representam riqueza incorporada ao patrim™nio e
pass’vel de avalia‹o pecuni‡ria (avalia‹o em dinheiro). S‹o exemplos de
bens: os im—veis (casas, prŽdios), ve’culos, televis›es, notebooks, ipads, etc.
1
 Os conceitos apresentados a seguir foram extra’dos do seguinte artigo:
MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importa‹o. In: Temas Atuais de
Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. S‹o Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103-
106.
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Produto, por sua vez, Ž o nome que se atribui a toda e qualquer
coisa ou utilidade que foi extra’da de outra. Trata-se de um conceito
abrangente, mais amplo, inclusive, que o de bem. Isso porque a palavra
ÒprodutosÓ abrange atŽ mesmo coisas que n‹o sejam pass’veis de avalia‹o
econ™mica. Existem produtos agr’colas, produtos industrializados, minerais,
intelectuais, etc.
Mercadorias, por fim, s‹o coisas que servem como objeto de
opera›es comerciais. Toda mercadoria Ž um bem, mas nem todo bem Ž
mercadoria. Apenas s‹o mercadorias os bens m—veis destinados ˆ realiza‹o
de opera›es mercantis. A t’tulo de exemplo, a bagagem de viajantes n‹o
pode ser considerada mercadoria, mas apenas um bem.
O C—digo Aduaneiro do Mercosul, embora ainda n‹o esteja
em vigor, nos traz o conceito aduaneiro de ÒmercadoriaÓ.
Segundo o referido diploma, Òmercadoria Ž todo bem
suscet’vel de um destino aduaneiroÓ.
E quais s‹o os destinos aduaneiros poss’veis?
S‹o quatro os destinos aduaneiros:
1) inclus‹o (admiss‹o) em um regime aduaneiro especial;
2) retorno ao exterior;
3) abandono;
4) destrui‹o.
Tais conceitos (bens, produtos e mercadorias) s‹o importantes para
interpretarmos a incidncia do imposto de importa‹o e do imposto de
exporta‹o. Vejamos o que nos informa a CF/88:
Art. 153. Compete ˆ Uni‹o instituir impostos sobre:
I - importa‹o de produtos estrangeiros;
II - exporta‹o, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados;
Como se percebe da leitura do art. 153, o legislador constituinte
autorizou a Uni‹o a instituir o imposto de importa‹o e o imposto de
exporta‹o, os quais podem incidir sobre produtos, conceito este que j‡
vimos que Ž mais amplo do que o de mercadorias e que o de bens.
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Vamos agora dar uma olhada no que nos informa o Regulamento
Aduaneiro, cujos dispositivos advŽm do Decreto-Lei n¼ 37/66! 2
Art. 69. O imposto de importa‹o incide sobre mercadoria
estrangeira.
...
Art. 212. O imposto de exporta‹o incide sobre mercadoria
nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.
Analisando esses artigos, verifica-se que foi feita men‹o ao termo
ÒmercadoriaÓ. Mas ser‡ que a incidncia do imposto de importa‹o e do
imposto de exporta‹o Ž mesmo t‹o restrita assim? Como vimos, ÒmercadoriaÓ
engloba apenas os bens m—veis objeto de opera›es comerciais.
Segundo Liziane Angelotti, ˆ primeira vista, pode parecer que o
legislador exerceu apenas parcela restrita de sua competncia, afinal a
Constitui‹o autorizou a incidncia do I.I e I.E sobre produtos, cujo conceito Ž
bem mais amplo que o de mercadorias.
Entretanto, analisando os outros dispositivos da legisla‹o, percebe-
se que n‹o Ž essa a interpreta‹o adequada. Como estudaremos
detalhadamente mais ˆ frente, h‡ previs‹o normativa para que o imposto de
importa‹o tambŽm incida sobre bagagem de viajantes (que n‹o s‹o
mercadorias, mas bens!). Ou, ainda, que h‡ incidncia do imposto de
importa‹o em rela‹o a outras opera›es comerciais em que n‹o h‡
transferncia de propriedade (aluguel, arrendamento operacional, etc.). Outro
exemplo Ž a incidncia do imposto de importa‹o na hip—tese de doa‹o.
Conclui-se, a partir desse debate, que n‹o se pode afirmar, a partir
de uma interpreta‹o sistem‡tica do ordenamento jur’dico nacional, que o
imposto de importa‹o e o imposto de exporta‹o incidam apenas sobre
mercadorias. O imposto de importa‹o e o imposto de exporta‹o
incidem sobre bens. 3
2
 V‡rias normas do Regulamento Aduaneiro vm desse Decreto-Lei que, pasmem, Ž de
1966. As normas de comŽrcio exterior precisam, urgentemente, ser reformadas e
adequadas ˆ nova realidade internacional.
3
  MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importa‹o. In: Temas Atuais de
Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. S‹o Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103-
106.  
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1) Na prova, voc deve marcar como correta uma
assertiva que traga a literalidade dos art. 69 e art.212
do R/A:
Art. 69. O imposto de importa‹o incide sobre
mercadoria estrangeira.
...
Art. 212. O imposto de exporta‹o incide sobre
mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao
exterior.
2) Se a quest‹o adentrar em debates doutrin‡rios,
voc poder‡ afirmar que o imposto de importa‹o
incide sobre bens estrangeiros e que o imposto de
exporta‹o incide sobre bens nacionais ou
nacionalizados.
3) Lembre-se, por œltimo, de que a literalidade da
CF/88 prev que a Uni‹o est‡ autorizada institua
imposto sobre a importa‹o de produtos
estrangeiros e imposto sobre a exporta‹o de
produtos nacionais ou nacionalizados.
1.3-Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e
Desnacionalizados
Vamos entender esses conceitos, que ser‹o muito importantes para
entendermos a tributa‹o no comŽrcio exterior.
a) Produtos Nacionais: s‹o os produtos fabricados no Brasil ou que
sofreram uma transforma‹o substancial em territ—rio nacional. 4
b) Produtos Estrangeiros: s‹o os produtos origin‡rios do exterior,
observadas as regras de origem. Um carro fabricado na Alemanha, por
exemplo, Ž um produto estrangeiro.
c) Produtos Nacionalizados: ƒ um produto estrangeiro que Ž
importado com ‰nimo de definitividade. ƒ importante destacar que quando
um bem entra no pa’s admitido em um regime aduaneiro especial, como, por
exemplo, a admiss‹o tempor‡ria, ele n‹o est‡ se nacionalizando brasileiro.
Veja: nesse caso, o bem n‹o ingressou em territ—rio nacional com ‰nimo de
definitividade. Sua entrada est‡, desde j‡, condicionada ao retorno para o
exterior. O retorno de uma admiss‹o tempor‡ria Ž denominado reexporta‹o.
4 Para determinar se um produto Ž ou n‹o nacional, devem ser observadas as regras
de origem.
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A ESAF considera que a nacionaliza‹oocorre quando
a mercadoria Ž importada a t’tulo definitivo,
independentemente de despacho para consumo.
Nesse caso, a mercadoria considera-se nacionalizada
na data do embarque no exterior.
d) Produtos Desnacionalizados: ƒ o produto nacional ou
nacionalizado exportado com ‰nimo de definitividade. A exporta‹o tempor‡ria
n‹o tem como conseqŸncia a desnacionaliza‹o do produto, uma vez que a
sa’da deste j‡ est‡ condicionada ao retorno ao Brasil. Destaque-se que o
retorno de uma exporta‹o tempor‡ria Ž denominado reimporta‹o.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
1. (ATRFB-2012) Ao dispor sobre o Imposto de Importa‹o, o art. 153, I,
da Constitui‹o Federal, reza que compete ˆ Uni‹o instituir impostos sobre
importa‹o de bens estrangeiros.
Coment‡rios:
A CF/88 disp›e que compete ˆ Uni‹o instituir impostos sobre a
importa‹o de produtos estrangeiros. Quest‹o errada.
2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre
mercadorias industrializadas destinadas ao exterior.
Coment‡rios:
O IPI n‹o incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao
exterior, uma vez que h‡ imunidade de IPI nas exporta›es. Quest‹o errada.
3. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exporta›es, a
Constitui‹o Federal atribui, excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito
Federal a competncia para exonerar os contribuintes do Imposto de
Exporta‹o.
Coment‡rios:
O imposto de exporta‹o Ž tributo da competncia da Uni‹o, n‹o
tendo sido atribu’da pela CF/88 qualquer competncia aos Estados e DF no que
diz respeito a esse imposto. Quest‹o errada.
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4. (Quest‹o InŽdita) Um bem exportado temporariamente n‹o se
desnacionaliza.
Coment‡rios:
Quando Ž realizada uma exporta‹o tempor‡ria, n‹o h‡ ‰nimo de
definitividade e, portanto, n‹o h‡ que se falar em desnacionaliza‹o. Um bem
exportado temporariamente continua sendo um bem nacional. Quest‹o
correta.
2- IMPOSTO DE IMPORTA‚ÌO (arts. 69 a 211-A do R/A)
2.1- Introdu‹o:
O imposto de importa‹o Ž um tributo de car‡ter eminentemente
extrafiscal, isto Ž, visa permitir que o governo exera a fun‹o de regula‹o
econ™mica por meio do controle das importa›es. Assim, n‹o se pode
dizer que o imposto de importa‹o possui finalidade arrecadat—ria, embora a
arrecada‹o de recursos para os cofres pœblicos seja um efeito da imposi‹o
desse tributo. Nos œltimos anos, o imposto de importa‹o tem representado
apenas algo em torno de 5% do total da arrecada‹o tribut‡ria brasileira.
Mas como assim o governo exerce controle das importa›es?
Simples. Ao aumentar o imposto de importa‹o, o governo confere
prote‹o ˆ indœstria nacional em detrimento de bens estrangeiros. Ao reduzir o
imposto de importa‹o, por outro lado, o governo estimula a entrada de bens
estrangeiros no territ—rio nacional. Assim, se a indœstria nacional de txteis
est‡ enfrentando forte concorrncia externa e, em raz‹o disso, acumulando
preju’zos, o governo poder‡ aumentar a al’quota do I.I para produtos txteis.
Por outro lado, o governo pode reduzir a al’quota do I.I incidente sobre um
determinado tipo de m‡quina / equipamento que n‹o possua produ‹o
nacional, estimulando, assim, os investimentos produtivos no pa’s. Da mesma
forma, diante de uma crise de desabastecimento interno, Ž interesse do
governo estimular a entrada de produtos, o que Ž feito por meio da redu‹o da
al’quota do imposto de importa‹o.
Diante de todas essas hip—teses, Ž f‡cil perceber que o governo
brasileiro precisaria de flexibilidade para poder alterar as al’quotas do
imposto de importa‹o de forma r‡pida. Com base nessa ideia, a CF/88
determinou, em seu art. 153, ¤ 1¼, que, atendidas as condi›es e os limites
estabelecidos em lei, Ž facultado ao Poder Executivo alterar as al’quotas do
imposto de importa‹o. Em outras palavras, a CF/88 estabelece que o
imposto de importa‹o n‹o obedece ao princ’pio da legalidade quanto
ˆ altera‹o de al’quotas. Atualmente, a altera‹o das al’quotas do imposto
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de importa‹o compete ˆ CAMEX (C‰mara de ComŽrcio Exterior), que o faz
mediante Resolu‹o.
Cabe destacar, todavia, que a altera‹o das al’quotas do imposto
de importa‹o deve observar os compromissos internacionais
assumidos pela Repœblica Federativa do Brasil, sob pena de
responsabilidade internacional. Nesse sentido, h‡ limites tarif‡rios m‡ximos
para o imposto de importa‹o acordados pelo Brasil na OMC, os quais s—
podem ser ultrapassados caso realizada renegocia‹o multilateral.5 Ademais,
os membros do MERCOSUL definem em conjunto as al’quotas do imposto de
importa‹o, salvo nas hip—teses de exce‹o ˆ TEC.6
O imposto de importa‹o tambŽm representa uma exce‹o aos
princ’pios da anterioridade e da noventena7. Dessa forma, a altera‹o de
al’quotas do imposto de importa‹o gera efeitos imediatos. O objetivo do
legislador constituinte foi, de fato, conferir maior agilidade ˆs decis›es
governamentais no que diz respeito ˆ regula‹o do comŽrcio exterior.
2.2- Lanamento:
Segundo o art. 142 do C—digo Tribut‡rio Nacional, lanamento Ž o
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador
da obriga‹o correspondente, determinar a matŽria tribut‡vel, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso,
5 O art. II do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e ComŽrcio) estabelece que nenhum
membro da OMC poder‡ conceder, aos produtos de outros membros, tratamento
menos favor‡vel do que o previsto em sua Lista de Concess›es. A Lista de Concess›es
representa, assim, o limite m‡ximo do imposto de importa‹o que cada Estado-
membro se comprometeu a observar.
6 O MERCOSUL, por tratar-se de uma uni‹o aduaneira, aplica uma Tarifa Externa
Comum em rela‹o ˆs importa›es de terceiros pa’ses. As al’quotas da TEC s‹o
definidas em conjunto pelos Estados-membros do MERCOSUL. No MERCOSUL,
todavia, existem diversas exce›es ˆ TEC (produtos em rela‹o aos quais n‹o se
aplica a al’quota da TEC), o que nos permite dizer que esse bloco regional trata-se de
uma uni‹o aduaneira imperfeita.
7 O princ’pio da anterioridade est‡ previsto no art. 150, inciso III, al’nea b, da
CF/88, que veda aos entes federativos cobrar tributos no mesmo exerc’cio financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Por sua vez, o
princ’pio da noventena (anterioridade nonagesimal) est‡ previsto no art. 150,
inciso III, al’nea c, da CF/88, vedando aos entes federativos cobrar tributos antes de
decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou. Os dois princ’pios s‹o verdadeiras limita›es constitucionais ao poder
de tributar e s‹o, em regra, exigidos cumulativamente. Destaque-se que o imposto de
importa‹o n‹o precisa obedecer a nenhum desses princ’pios.
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propor a aplica‹o da penalidade cab’vel. A partir dessa defini‹o, Ž poss’vel
verificar que Ž o crŽdito tribut‡rio Ž constitu’do pelo lanamento.
Como voc deve ter estudado em Direito Tribut‡rio, existem trs
modalidades de lanamento: i) lanamento de of’cio ou direto; ii)
lanamento por declara‹o ou misto e; iii) lanamento por homologa‹o
(ÒautolanamentoÓ).
Cabe-nos perguntar o seguinte: qual o tipo de lanamento se
aplica ao imposto de importa‹o?
Ë primeira vista, voc pode me dizer: ÒAh, o lanamento doimposto
de importa‹o Ž por declara‹o! Afinal existe uma Declara‹o de Importa‹o!Ó
Isso est‡ absolutamente errado. Em regra, o imposto de
importa‹o Ž objeto de lanamento por homologa‹o. ƒ o importador que
elabora a Declara‹o de Importa‹o (DI), registrando-a no SISCOMEX,
antecipando o pagamento sem prŽvio exame da autoridade administrativa.
Registrada a DI, os tributos s‹o automaticamente debitados da conta do
importador. Caber‡ ˆ autoridade aduaneira, a posteriori, fazer a
homologa‹o do lanamento realizado pelo contribuinte. Somente com a
homologa‹o Ž que o crŽdito tribut‡rio considera-se definitivamente extinto.
A homologa‹o poder‡ ser expressa ou t‡cita. A homologa‹o ser‡
expressa quando, por meio de ato administrativo, a autoridade declarar a
concord‰ncia com a atividade realizada pelo sujeito passivo. Por outro lado, a
homologa‹o ser‡ t‡cita quando for ultrapassado o prazo legal para a
homologa‹o expressa sem que a autoridade administrativa se posicione.
Nesse sentido, o art. 150, ¤ 4¼, do CTN, disp›e que se a lei n‹o fixar prazo
para a homologa‹o, ser‡ ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrncia do
fato gerador. Uma vez expirado esse prazo sem que a Fazenda Pœblica
tenha se pronunciado, o lanamento considera-se homologado e o
crŽdito tribut‡rio definitivamente extinto, salvo se comprovada a
ocorrncia de dolo, fraude ou simula‹o.
Segundo a doutrina tributarista majorit‡ria, o fim do prazo para
homologa‹o (5 anos), alŽm de implicar em homologa‹o t‡cita, opera a
decadncia do direito de a Administra‹o Tribut‡ria constituir o crŽdito
tribut‡rio, lanando de of’cio eventuais diferenas apuradas. Portanto, pode-
se afirmar que, em regra, o imposto de importa‹o ir‡ decair em 5 (cinco)
anos a contar da data da ocorrncia do fato gerador. 8
8
 Segundo o Prof. Ricardo Alexandre, na sistem‡tica do lanamento por homologa‹o,
tem-se o œnico caso em que o prazo decadencial Ž contado exatamente da data
da ocorrncia do fato gerador. Peo, ent‹o, que voc tenha muito cuidado com o
art. 752, inciso I do R/A, que n‹o pode se aplicar ao imposto de importa‹o, que
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2.3- Base de C‡lculo:
A base de c‡lculo do imposto de importa‹o Ž definida pelo art. 75 do
Regulamento Aduaneiro, conforme transcrito a seguir:
Art. 75. A base de c‡lculo do imposto Ž:
I - quando a al’quota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e
ComŽrcio - GATT 1994; e
II - quando a al’quota for espec’fica, a quantidade de mercadoria
expressa na unidade de medida estabelecida.
Conforme se pode observar ao ler o dispositivo supracitado, h‡ duas
situa›es diferentes:
- se a al’quota do imposto for ad valorem, a base de c‡lculo do I.I
ser‡ o valor aduaneiro. As regras para a determina‹o do valor aduaneiro
est‹o previstas no Acordo sobre a Implementa‹o do art. VII do GATT, que,
por ter sido regularmente internalizado no ordenamento jur’dico interno,
possui status de lei ordin‡ria. Em aula posterior, n—s estudaremos sobre a
valora‹o aduaneira.
Como estudaremos em aula futura, o valor
aduaneiro n‹o Ž exatamente o valor CIF
(valor da mercadoria somado ao frete e seguro
internacionais). Entretanto, as principais
parcelas que comp›em o valor aduaneiro s‹o,
de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro
internacionais. Assim, podemos afirmar o
seguinte:
1) ƒ razo‡vel dizer que, no c‡lculo do imposto de
importa‹o, toma-se como base o valor CIF.
2) A base de c‡lculo do imposto de importa‹o
Ž o valor aduaneiro.
- se a al’quota do imposto for espec’fica, a base de c‡lculo ser‡ a
quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida
estabelecida. A t’tulo de exemplo, imaginemos que a al’quota do imposto de
importa‹o incidente sobre soja seja de US$ 2,00 / kg. Se forem importados
est‡ sujeito a lanamento por homologa‹o. O art. 752, inciso I do R/A determina que
o direito de exigir o tributo extingue-se em cinco anos, contados do primeiro dia do
exerc’cio seguinte ˆquele em que poderia ter sido lanado.
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2000 kg de soja, essa quantidade (2000 kg) ser‡ exatamente a base de
c‡lculo do imposto de importa‹o.
O c‡lculo do imposto de importa‹o ser‡ feito, ent‹o, pela aplica‹o
das al’quotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a base de
c‡lculo determinada conforme as regras anteriores.9 Isso n‹o se aplica
ˆs remessas postais internacionais (quando sujeitas ao regime de tributa‹o
simplificada), aos bens enquadrados como bagagem de viajante procedente do
exterior (quando sujeitos ao regime de tributa‹o especial) e ˆs mercadorias
procedentes da Repœblica do Paraguai, importadas por via terrestre, quando
aplicado o Regime de Tributa‹o Unificada (RTU).
A al’quota aplic‡vel Ž aquela que estiver em vigor na data da
ocorrncia do fato gerador. Segundo o art. 97 do R/A, para efeitos de
c‡lculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira dever‹o ser
convertidos em moeda nacional ˆ taxa de c‰mbio vigente na data em que
se considerar ocorrido o fato gerador. Com a entrada em vigor da Decis‹o
CMC n¼ 13/2007, em 03/06/2012, a taxa de c‰mbio aplic‡vel passou a ser a
taxa di‡ria estabelecida pelo banco central ou autoridade monet‡ria central de
cada Estado Parte, tomando-se a taxa vigente no fechamento do dia
anterior ao da data da numera‹o do despacho de importa‹o. 10
2.4- Pagamento do Imposto:
O imposto de importa‹o Ž pago na data do registro da
Declara‹o de Importa‹o (DI). No ato do registro da DI, Ž feito o dŽbito
do valor referente ao imposto de importa‹o. O Ministro da Fazenda poder‡,
em casos especiais, fixar outros momentos para o pagamento do imposto.
A import‰ncia a pagar ser‡ o resultado da apura‹o do total do
imposto, na declara‹o de importa‹o ou em documento de efeito equivalente.
O dep—sito para garantia de qualquer natureza ser‡ feito na Caixa
Econ™mica Federal (CEF), na forma da legisla‹o espec’fica.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
9 N‹o podemos nos esquecer de que existem as exce›es ˆ TEC. Os produtos
relacionados como exce›es ˆ TEC n‹o se sujeitam ˆs al’quotas previstas na TEC, mas
sim ˆs al’quotas do I.I discricionariamente definidas pela CAMEX.
10 Para fins de concurso pœblico, o candidato pode considerar como correta tanto a
literalidade do art. 97 quanto a regra insculpida na Decis‹o CMC n¼ 13/2007.
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5. (AFRFB-2012) A base de c‡lculo do Imposto de Importa‹o, quando a
al’quota for espec’fica, Ž o valor aduaneiro apurado segundo as normas do
artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e ComŽrcio (GATT 1994).
Coment‡rios:
Quando a al’quota for espec’fica, a base de c‡lculo do imposto de
importa‹o ser‡ a quantidade de mercadoria na unidade de medida
estabelecida. A base de c‡lculo do I.I ser‡ o valor aduaneiro quando a al’quota
for ad valorem. Quest‹o errada.
6. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de c‡lculo do imposto
de importa‹o Ž a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida
estabelecida, quando a al’quota for espec’fica.
Coment‡rios:
De fato, quando a al’quota for espec’fica, a base de c‡lculo do
imposto de importa‹o Ž a quantidade de mercadoria na unidade de medida
estabelecida. Quest‹o correta.
7. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Bens sujeitos ˆ al’quota zero
de imposto de importa‹oimplicam a ado‹o de al’quota zero no imposto de
produtos industrializados.
Coment‡rios:
N‹o h‡ rela‹o entre a al’quota do imposto de importa‹o e a
al’quota de qualquer tributo. Assim, se a al’quota do imposto de importa‹o for
zero, n‹o h‡ obrigatoriedade de que a al’quota do IPI tambŽm seja zero.
Quest‹o errada.
8. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Caso a al’quota incidente
seja Òad valoremÓ, o imposto de importa‹o ser‡ calculado pela aplica‹o das
al’quotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a quantidade ou o
peso da mercadoria importada.
Coment‡rios:
Se a al’quota for ad valorem, o imposto de importa‹o ser‡ calculado
pela aplica‹o das al’quotas fixadas na TEC sobre o valor aduaneiro. Quest‹o
errada.
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2.5- Fato Gerador:
O imposto de importa‹o Ž tributo de competncia da Uni‹o que tem
como fato gerador a entrada de mercadoria estrangeira no territ—rio nacional.
O Regulamento Aduaneiro disp›e exatamente nesse sentido no art. 72,
estabelecendo que Òo fato gerador do imposto de importa‹o Ž a entrada
de mercadoria estrangeira no territ—rio aduaneiro.Ó A entrada da
mercadoria estrangeira no territ—rio aduaneiro Ž considerada pela doutrina o
elemento espacial (geogr‡fico) do fato gerador. Uma mercadoria, ao cruzar
os limites territoriais (geogr‡ficos) do Pa’s, entrando no territ—rio aduaneiro
pela zona prim‡ria, d‡ ensejo ˆ ocorrncia do fato gerador do imposto de
importa‹o.
Mas a’ cabe fazer a pergunta: em que momento exato se considera
que uma mercadoria estrangeira entrou no territ—rio aduaneiro?
A defini‹o do momento temporal exato em que ocorre o fato gerador
do imposto de importa‹o Ž muito importante, uma vez que o c‡lculo do
tributo dever‡ ser realizado levando-se em considera‹o a al’quota vigente no
momento da ocorrncia do fato gerador. Mas n‹o pense voc que Ž f‡cil definir
esse momento temporal... Imagine se tivŽssemos que saber exatamente
quando um avi‹o entrou no espao aŽreo brasileiro! Ou, ent‹o, o momento
exato em que um navio entrou nas ‡guas territoriais do pa’s!
Em virtude dessas complica›es, disp›e o art. 73 do R/A que
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importa‹o na data do
registro da declara‹o de importa‹o de mercadoria submetida a despacho
para consumo. Segundo entendimento do STJ, embora o fato gerador do
imposto de importa‹o ocorra com a entrada da mercadoria
estrangeira no territ—rio nacional, este apenas se aperfeioa com o
registro da Declara‹o de Importa‹o no regime comum (REsp
362.910/PR).
Na prova, voc deve considerar corretas as
seguintes assertivas:
1) O fato gerador do imposto de importa‹o Ž a
entrada de mercadoria estrangeira no territ—rio
aduaneiro (territ—rio nacional).
2) O fato gerador do imposto de importa‹o
considera-se ocorrido na data do registro da
Declara‹o de Importa‹o.
Mas n‹o pensem que Ž t‹o simples assim n‹o! Vejamos o que diz o
inteiro teor do art. 73 do R/A:
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Art. 73. Para efeito de c‡lculo do imposto, considera-se ocorrido o fato
gerador:
I - na data do registro da declara‹o de importa‹o de
mercadoria submetida a despacho para consumo;
II - no dia do lanamento do correspondente crŽdito tribut‡rio,
quando se tratar de:
a) bens contidos em remessa postal internacional n‹o sujeitos ao
regime de importa‹o comum;
b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada;
c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declara›es de
efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade
aduaneira; ou
d) mercadoria estrangeira que n‹o haja sido objeto de declara‹o de
importa‹o, na hip—tese em que tenha sido consumida ou revendida,
ou n‹o seja localizada;
III - na data do vencimento do prazo de permanncia da
mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo
despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da
mercadoria, na hip—tese a que se refere o inciso XXI do art. 689
IV - na data do registro da declara‹o de admiss‹o tempor‡ria
para utiliza‹o econ™mica
Par‡grafo œnico. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de
despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de
tributa‹o, e de mercadoria contida em remessa postal internacional
ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importa‹o comum.
O Regulamento Aduaneiro define outros momentos temporais para
que se considere como ocorrido o fato gerador do imposto de importa‹o.
Cada um deles se refere a uma situa‹o espec’fica. Vejamos:
1) O art. 73, inciso I n—s j‡ estudamos. Quando uma mercadoria Ž
despachada para consumo11, ou seja, quando Ž importada a t’tulo definitivo, o
fato gerador do imposto de importa‹o considera-se ocorrido na data do
registro da Declara‹o de Importa‹o.
2) O art. 73, inciso II estabelece as situa›es em que a data da
ocorrncia do fato gerador Ž o dia do lanamento do crŽdito tribut‡rio.
Trata-se de situa›es em que n‹o se faz registro de Declara‹o de
Importa‹o.
11 Existem trs tipos de despacho aduaneiro: i) despacho para consumo: aplic‡vel
ˆs mercadorias importadas a t’tulo definitivo (mercadorias nacionalizadas); ii)
despacho para admiss‹o: aplic‡vel ˆs mercadorias que ingressam no pa’s ao amparo
de regimes aduaneiros especiais (estudaremos esses regimes em aulas futuras) e; iii)
despacho para interna‹o: aplic‡vel as mercadorias que saem da Zona Franca de
Manaus ou çreas de Livre ComŽrcio em dire‹o ao restante do territ—rio nacional.
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a) A al’nea ÒaÓ se refere aos bens contidos em remessa postal
internacional n‹o sujeitos ao regime de importa‹o comum. Quanto a esse
ponto, cabe destacar que h‡ dois regimes de tributa‹o poss’veis para as
remessas postais internacionais: o regime de tributa‹o simplificada e o
regime de tributa‹o comum.
O regime de tributa‹o simplificada se aplica ˆs importa›es de
bens pelos correios, companhias aŽreas, empresas de courier, presentes
recebidos do exterior e compras pela Internet. O valor m‡ximo dos bens
importados ao amparo desse regime Ž US$ 3.000,00 e a al’quota do imposto
de importa‹o incidente ser‡ de 60%. Ressalte-se que as remessas no valor
total de atŽ US$ 50,00 est‹o isentas de impostos, com a condi‹o de que
sejam transportadas pelo servio postal e que remetente e destinat‡rio sejam
pessoas f’sicas. Alguns bens n‹o se submetem ao regime de tributa‹o
simplificada: bebidas alco—licas, fumo e produtos de tabacaria.
O regime de tributa‹o comum, por sua vez, se aplica ˆs
importa›es de remessas postais internacionais cujo valor supere os US$
3.000,00 ou caso o produto seja bebida alco—lica ou produto de tabacaria.
Nesse caso, haver‡ necessidade de registro da Declara‹o de
Importa‹o.
Voltando ˆ quest‹o do momento do fato gerador, verificamos que:
- No caso de remessas postais internacionais importadas ao
amparo do regime de tributa‹o simplificada, n‹o h‡ registro da D.I, logo
o fato gerador considera-se ocorrido no dia do lanamento.
- No caso de remessas postais internacionais importadas ao
amparo do regime de tributa‹o comum, haver‡ registro de DI e,
portanto, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro de D.I.
b) A al’nea ÒbÓ diz respeito aos bens enquadrados no conceito de
bagagem, acompanhada ou desacompanhada. Bagagem acompanhada Ž o
conjuntos de bens que o viajante traz consigono mesmo meio de transporte
em que realiza a viagem, os quais n‹o est‹o amparados por conhecimento de
embarque ou documento de mesma finalidade. Bagagem desacompanhada
Ž o conjunto de bens que chega ao pa’s ou vai para exterior em decorrncia da
viagem do indiv’duo. Tais bens est‹o amparados por conhecimento de
embarque (conhecimento de carga).
H‡, fundamentalmente, quatro tratamentos distintos para os
bens trazidos ao pa’s por viajantes, conforme previsto na IN RFB n¼
1059/2010. S‹o eles: i) isen‹o; ii) regime de tributa‹o especial; iii) regime
de importa‹o comum e; iv) perdimento.
A isen‹o ser‡ concedida aos seguintes bens integrantes de
bagagem acompanhada:
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- livros, folhetos e peri—dicos;
-bens de uso ou consumo pessoal (abrangem uma m‡quina
fotogr‡fica, um rel—gio de pulso e um telefone celular, desde que em
compatibilidade com as circunst‰ncias da viagem)
- outros bens, observado o limite de US$ 500,00 (no caso de ingresso
no pa’s por via mar’tima ou aŽrea) e de US$ 300,00 (no caso de ingresso no
pa’s por via terrestre, fluvial ou lacustre).12
H‡ ainda limites quantitativos para a isen‹o, como, por exemplo,
para bebidas alco—licas (12 litros), cigarros (10 maos), charutos ou cigarrilhas
(25 unidades) e fumo (250 gramas)
O regime de tributa‹o especial Ž o que permite o despacho de
bens integrantes de bagagem com a exigncia apenas do imposto de
importa‹o, a uma al’quota de 50%. Aplica-se aos bens que n‹o se
enquadrarem nos limites de isen‹o. Por exemplo, se for importado um
notebook cujo valor Ž US$ 2000,00, incidir‡ a al’quota de 50% do I.I
sobre o que exceder o limite de isen‹o. Considerando que o limite de
isen‹o Ž US$ 500,00 (ingresso por via aŽrea), a al’quota de 50% do I.I
incidir‡ sobre US$ 1500,00.
No caso de bens trazidos por viajante aos quais se
aplique o regime de tributa‹o especial n‹o haver‡
registro de DI, mas sim lanamento do crŽdito
tribut‡rio. Da’ dizer-se que o fato gerador ocorre no
momento em que Ž realizado o lanamento no caso
de bens compreendidos no conceito de bagagem.
O regime de importa‹o comum, por sua vez, se aplica aos bens
que n‹o possam ser enquadrados como bagagem ou que excedam os limites
quantitativos. Considera-se bagagem, nos termos da IN RFB n¼ 1059/2010,
Òos bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as
circunst‰ncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo
pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade,
natureza ou variedade, n‹o permitirem presumir importa‹o ou
exporta‹o com fins comerciais ou industriais.Ó Est‹o exclu’dos do
conceito de bagagem ve’culos automotores em geral, motocicletas, motonetas,
bicicletas com motor, motores para embarca‹o, motos aqu‡ticas e similares,
casas rodantes (motor homes), aeronaves e embarca›es de todo tipo.
12 A literalidade da IN RFB 1.059/2010 prev que Ž US$ 150,00 o limite de isen‹o
para bens que ingressem no pa’s , na condi‹o de bagagem de viajantes por via
terrestre, fluvial ou lacustre. Entretanto, a Portaria MF 307/2017 estabeleceu que esse
limite ainda n‹o est‡ em vigor, sendo aplic‡vel, no momento, a isen‹o de US$
300,00. A previs‹o Ž de que, em 01¼ de julho de 2018, o limite de isen‹o passar‡ a
ser US$ 150,00.
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Para os bens importados ao amparo do regime de importa‹o
comum, o imposto de importa‹o incidir‡ com a al’quota prevista na TEC,
devendo ser registrada uma Declara‹o de Importa‹o pelo importador. Nesse
caso, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da DI.
Por fim, o perdimento se aplica aos bens que n‹o podem ser
trazidos pelo viajante ao pa’s. Citamos, como exemplo, mercadorias cuja
produ‹o tenha violado direito autoral e cigarros e bebidas fabricados no
Brasil, destinados ˆ venda exclusivamente no exterior.
c) A al’nea ÒcÓ se refere a mercadoria constante de manifesto ou de
outras declara›es de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado
pela autoridade aduaneira. Perceba que, mesmo nessa situa‹o (extravio de
mercadoria), haver‡ fato gerador do imposto de importa‹o. A situa‹o n‹o
Ž simples, pois a mercadoria extraviada pode nem sequer ter entrado no
territ—rio nacional.
Para resolver esse problema e evitar discuss›es, o art. 72, ¤1¼, do
R/A, disp›e que, para efeito de ocorrncia do fato gerador, considera-se
entrada no territ—rio aduaneiro a mercadoria que conste como
importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade
aduaneira. Presume-se que a mercadoria extraviada entrou no territ—rio
aduaneiro, da’ dizer-se que essa situa‹o configura fato gerador presumido
do imposto de importa‹o.
As diferenas percentuais de mercadoria a granel extraviadas n‹o
ser‹o consideradas, para fins de exigncia do imposto de importa‹o, quando
forem inferiores a 1% (um por cento). Em outras palavras, admite-se o
extravio de 1% de mercadorias a granel sem que seja exigido o imposto de
importa‹o em rela‹o a estas. Se o extravio for superior a 1%, o imposto
de importa‹o ser‡ exigido em rela‹o ˆ integralidade das mercadorias
extraviadas.
Registre-se que, no caso de extravio, quem pagar‡ o imposto de
importa‹o ser‡ o respons‡vel (transportador ou deposit‡rio), e n‹o o
importador. Ao contr‡rio, por j‡ ter feito o recolhimento do imposto de
importa‹o no momento do registro da Declara‹o de Importa‹o (DI), o
importador far‡ jus ˆ restitui‹o dos valores relativos a esse imposto.
TambŽm Ž importante conhecermos o tratamento tribut‡rio dado ˆ
avaria de mercadoria. De in’cio, Ž preciso ter em mente que, no caso de
avaria, apesar de a mercadoria ter sofrido algum dano, ela entrou no
territ—rio aduaneiro.
A avaria da mercadoria ter‡ como efeito a redu‹o do montante
tribut‡vel (base de c‡lculo) do imposto de importa‹o, proporcionalmente ao
preju’zo. O importador, tendo recolhido o imposto de importa‹o sobre o valor
total da mercadoria (sem considerar o preju’zo), far‡ jus ˆ restitui‹o do que
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foi pago a maior (montante do imposto relativo ao preju’zo). A Receita
Federal ir‡ cobrar do respons‡vel (transportador ou deposit‡rio) o imposto de
importa‹o incidente sobre o valor do preju’zo.
AtŽ a edi‹o da Lei n¼ 12.350/2010, a apura‹o da
responsabilidade pela avaria ou extravio de mercadoria era realizada por
meio de um processo administrativo denominado de vistoria aduaneira. A Lei
n¼ 12.350/2010 colocou um fim ˆ vistoria aduaneira, o que foi confirmado com
a edi‹o do Decreto n¼ 8.010/2013. Hoje, a autoridade aduaneira, ao verificar
a ocorrncia de avaria ou extravio de mercadoria, ir‡ proceder ao lanamento
de of’cio, formalizado por meio de auto de infra‹o. Portanto, nesse caso, o
fato gerador considera-se ocorrido no momento do lanamento do crŽdito
tribut‡rio.
Antes da edi‹o do Decreto n¼ 8.010/2013, o art. 72,
¤ 1¼, do R/A, dispunha o seguinte:
ÒPara efeito de ocorrncia do fato gerador, considera-
se entrada no territ—rio aduaneiro a mercadoria que
conste como importada e cujo extravio tenha sido
apurado pela autoridade aduaneira.Ó
Com a edi‹o do Decreto n¼ 8.010/2013, o art. 72, ¤
1¼, do R/A, passou a dispor da seguinte forma:
ÒPara efeito de ocorrncia do fato gerador, considera-
se entrada no territ—rio aduaneiro a mercadoria que
conste como importada e cujo extravio tenha sido
verificado pela autoridadeaduaneira.Ó
A raz‹o dessa pequena mudana foi o fim do
processo de vistoria aduaneira. A vistoria
aduaneira era o processo administrativo cujo objetivo
era apurar avaria ou extravio de mercadoria. Com o
fim da vistoria aduaneira, a autoridade aduaneira,
uma vez constatada a avaria ou extravio de
mercadoria, ir‡ simplesmente lavrar um auto de
infra‹o, efetuando o lanamento de of’cio. Assim,
atualmente, n‹o h‡ mais que se falar em Òapura‹oÓ
de avaria/extravio (que pressup›e a existncia de um
processo administrativo), mas somente em
Òverifica‹oÓ.
d) A al’nea ÒdÓ diz respeito a mercadoria estrangeira que n‹o haja
sido objeto de declara‹o de importa‹o, na hip—tese em que tenha sido
consumida ou revendida, ou n‹o seja localizada.
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Aqui temos o caso de uma mercadoria que foi importada sem DI,
ou seja, que entrou no pa’s de forma irregular. Se essa mercadoria for
encontrada, a Receita Federal ir‡ apreend-la, aplicando a pena de
perdimento. Se a RFB aplicar a pena de perdimento, n‹o haver‡ incidncia do
imposto de importa‹o. Em sentido contr‡rio, caso a RFB n‹o encontre a
mercadoria, em virtude de esta j‡ ter sido consumida ou revendida,
n‹o h‡ que se falar em pena de perdimento, havendo a incidncia do
imposto de importa‹o. A autoridade aduaneira far‡, ent‹o, o lanamento
do crŽdito tribut‡rio, momento em que se considera ocorrido o fato gerador do
imposto de importa‹o.
3) O art. 73, inciso III estabelece uma situa‹o em que o momento
da ocorrncia do fato gerador ser‡ a data do vencimento do prazo de
permanncia da mercadoria em recinto alfandegado. Esse ser‡ o
momento temporal do fato gerador se for iniciado o despacho aduaneiro de
importa‹o antes de aplicada a pena de perdimento na hip—tese de abandono
de mercadoria em recinto alfandegado.
Vamos entender esse neg—cio! 
Uma mercadoria Ž considerada abandonada nas hip—teses previstas
no art. 642 do R/A. Uma vez que a mercadoria tenha sido considerada
abandonada, a autoridade aduaneira dar‡ in’cio ao processo administrativo
para aplica‹o da pena de perdimento. Vejamos as hip—teses em que uma
mercadoria Ž considerada abandonada:
Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer
em recinto alfandegado sem que o seu despacho de importa‹o seja
iniciado no decurso dos seguintes prazos
I - noventa dias:
a) da sua descarga; e
b) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal
internacional sujeita ao regime de importa‹o comum;
II - quarenta e cinco dias:
a) ap—s esgotar-se o prazo de sua permanncia em regime de
entreposto aduaneiro;
b) ap—s esgotar-se o prazo de sua permanncia em recinto alfandegado
de zona secund‡ria; e
c) da sua chegada ao Pa’s, trazida do exterior como bagagem,
acompanhada ou desacompanhada; e
III - sessenta dias da notifica‹o a que se refere o art. 640.
¤ 1o Considera-se tambŽm abandonada a mercadoria que permanea
em recinto alfandegado, e cujo despacho de importa‹o:
I - n‹o seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da cincia
a) da releva‹o da pena de perdimento aplicada; ou
b) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho;
ou
II - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por a‹o ou
por omiss‹o do importador
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¤ 2o O prazo a que se refere a al’nea ÒbÓ do inciso II do caput Ž de
setenta e cinco dias, contados da data de entrada da mercadoria no
recinto.
¤ 3o Na hip—tese em que a mercadoria a que se refere a al’nea ÒcÓ do
inciso II do caput que n‹o se enquadre no conceito de bagagem,
aplicam-se os prazos referidos na al’nea ÒaÓ do inciso I do caput ou na
al’nea ÒbÓ do inciso II do caput, conforme o caso.
¤ 4o No caso de bagagem de viajante saindo da Zona Franca de
Manaus para qualquer outro ponto do territ—rio aduaneiro, o prazo
estabelecido na al’nea ÒcÓ do inciso II do caput ser‡ contado da data
de embarque do viajante.
Art. 643. Nas hip—teses a que se refere o art. 642, o importador,
antes de aplicada a pena de perdimento, poder‡ iniciar o
respectivo despacho de importa‹o, mediante o cumprimento das
formalidades exig’veis e o pagamento dos tributos incidentes na
importa‹o, acrescidos de juros e de multa de mora, e das despesas
decorrentes da permanncia da mercadoria em recinto alfandegado
Par‡grafo œnico. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedir‡
os atos necess‡rios ˆ aplica‹o do disposto no caput
Nos termos do art. 643, Ž poss’vel que o importador, antes de
aplicada a pena de perdimento, d in’cio ao despacho de importa‹o.
Assim, ele evita que seja declarado o perdimento da mercadoria considerada
abandonada. Nesse caso, ocorrer‡ o fato gerador do imposto de importa‹o na
data do vencimento do prazo de permanncia da mercadoria em
recinto alfandegado. Perceba que, nesse caso, embora tenhamos o registro
de uma DI, o fato gerador se considera ocorrido em momento anterior (data
do vencimento do prazo de permanncia em recinto alfandegado)
4) O art. 74, inciso IV estabelece como momento da ocorrncia do
fato gerador do I.I a data do registro da declara‹o de admiss‹o
tempor‡ria para utiliza‹o econ™mica. Mais ˆ frente em nosso curso, n—s
estudaremos os regimes aduaneiros especiais, oportunidade em que falaremos
sobre a admiss‹o tempor‡ria para utiliza‹o econ™mica.
Por ora, no entanto, precisamos saber que esse regime aduaneiro
especial Ž aplic‡vel aos bens que ingressam a t’tulo tempor‡rio no pa’s a fim
de serem empregados em atividade econ™mica. Tais bens s‹o importados com
suspens‹o parcial de tributos. Logo, por haver recolhimento tribut‡rio parcial,
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importa‹o na hip—tese de
bens que entram no pa’s ao amparo do regime aduaneiro especial de
admiss‹o tempor‡ria para utiliza‹o econ™mica. E o momento temporal
da ocorrncia do fato gerador ser‡ o registro da declara‹o para admiss‹o no
regime.
A contrario sensu, pode-se interpretar que a entrada de bens no pa’s
ao amparo de outros regimes aduaneiros especiais suspensivos de tributa‹o
n‹o Ž fato gerador do imposto de importa‹o. Esse foi, inclusive, o
entendimento adotado pela ESAF no œltimo concurso de Auditor da RFB 2009,
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na prova de Direito Tribut‡rio. Entretanto, cabe destacar que h‡ grande
controvŽrsia doutrin‡ria e jurisprudencial quanto a esse tema. 13
2.6-N‹o-ocorrncia do fato gerador:
O art. 74 do Decreto n¼ 6759/2009 relaciona duas hip—teses em
que n‹o ocorre o fato gerador do imposto de importa‹o.
A primeira delas diz respeito ao retorno ao pa’s de mercadoria que
tenha sido exportada temporariamente. Nesse caso, como a sa’da da
mercadoria n‹o se revestiu do car‡ter de definitividade, n‹o podemos
considerar que ela foi desnacionalizada. O retorno ao pa’s de mercadoria
exportada temporariamente Ž denominado de reimporta‹o. Podemos dizer,
ent‹o, que na reimporta‹o, n‹o h‡ fato gerador do imposto de importa‹o.
A segunda situa‹o diz respeito ao pescado capturado fora das
‡guas territoriais brasileiras, por empresa localizada no seu territ—rio, desde
que observadas as normas da atividade pesqueira. Vejamos o que prev o art.
74 do R/A:
Art. 74. N‹o constitui fato gerador do imposto a entrada no territ—rio
aduaneiro:
I - do pescado capturado fora das ‡guas territoriais do Pa’s, por
empresa localizada no seu territ—rio, desde que satisfeitas as
exigncias que regulama atividade pesqueira; e
II - de mercadoria ˆ qual tenha sido aplicado o regime de exporta‹o
tempor‡ria, ainda que descumprido o regime.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
9. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importa‹o, pode-se
afirmar que para efeito de c‡lculo do imposto, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declara‹o de importa‹o de mercadoria
submetida a despacho para consumo.
Coment‡rios:
13
  A pr—pria ESAF j‡ se posicionou de forma diversa em concursos anteriores. Nas
aulas sobre regimes aduaneiros especiais, nos aprofundaremos melhor nesse assunto:
ocorre fato gerador do imposto de importa‹o na admiss‹o de bens em regimes
aduaneiros especiais?
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No caso de mercadorias submetidas a despacho para consumo, o fato
gerador do I.I considera-se ocorrido na data do registro da DI. (art. 73, inciso
I, do R/A). Quest‹o correta.
10. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importa‹o, pode-se
afirmar que para efeito de c‡lculo do imposto, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declara‹o de importa‹o, inclusive no caso de
despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributa‹o e
de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por
viajante, sujeita ao regime de importa‹o comum.
Coment‡rios:
No caso de mercadoria contida em remessa postal internacional ou
conduzida por viajante, haver‡ registro de DI, motivo pelo qual esse ser‡ o
momento da ocorrncia do fato gerador. A data do registro da DI tambŽm ser‡
o momento do fato gerador no caso de despacho para consumo de mercadoria
submetida a regime suspensivo de tributa‹o. Quest‹o correta.
11. (AFRFB-2012) O fato gerador do Imposto de Importa‹o Ž a entrada
de mercadoria estrangeira no territ—rio nacional. Este Ž o conceito que a
doutrina chama de elemento geogr‡fico ou espacial do fato gerador. Para
efeito de c‡lculo, entre outras situa›es, considera-se ocorrido o fato gerador
do Imposto de Importa‹o no dia do lanamento do correspondente crŽdito
tribut‡rio, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem,
acompanhada ou desacompanhada.
Coment‡rios:
O fato gerador do imposto de importa‹o Ž a entrada de mercadoria
estrangeira no territ—rio nacional. No caso de bens compreendidos no conceito
de bagagem (acompanhada ou desacompanhada), o fato gerador se considera
ocorrido na data do lanamento do crŽdito tribut‡rio. Quest‹o correta.
12. (Quest‹o InŽdita) O fato gerador do imposto de importa‹o Ž a
entrada de mercadoria estrangeira no territ—rio aduaneiro. Para efeito de
ocorrncia do fato gerador, considera-se entrada no territ—rio aduaneiro a
mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado
pela autoridade aduaneira.
Coment‡rios:
O fato gerador do I.I Ž a entrada de mercadoria estrangeira no
territ—rio aduaneiro. Para fins de incidncia do I.I, considera-se que a
mercadoria extraviada ingressou no territ—rio aduaneiro. Quest‹o correta.
13. (Quest‹o InŽdita) Para efeito de c‡lculo do imposto de importa‹o,
considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lanamento do correspondente
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crŽdito tribut‡rio, quando se tratar de bens contidos em remessa postal
internacional sujeitos ao regime de tributa‹o especial.
Coment‡rios:
Para efeito de c‡lculo do imposto de importa‹o, considera-se
ocorrido o fato gerador no dia do lanamento do correspondente crŽdito
tribut‡rio bens contidos em remessa postal internacional n‹o sujeitos ao
regime de importa‹o comum. O regime de tributa‹o especial se aplica a
bagagem de viajantes, e n‹o a bens contidos em remessa postal
internacional. Quest‹o errada.
14. (Quest‹o InŽdita) O retorno de mercadoria exportada
temporariamente, quando descumprido o regime, Ž fato gerador do imposto de
importa‹o.
Coment‡rios:
O retorno de exporta‹o tempor‡ria, mesmo quando este Ž
descumprido, Ž hip—tese de n‹o-ocorrncia do fato gerador do imposto de
importa‹o. Quest‹o errada.
15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) No caso de Declara‹o de
Importa‹o (DI) registrada no Siscomex, Ž calculado pelo sistema, de acordo
com a al’quota vigente na data do fato gerador do imposto, ou seja, na data da
entrada da mercadoria no pa’s.
Coment‡rios:
A al’quota aplicada Ž a vigente na data da ocorrncia do fato
gerador do imposto de importa‹o. O fato gerador considera-se ocorrido na
data do registro da DI (e n‹o na data da entrada da mercadoria!). Suponha,
por exemplo, que uma mercadoria ingresso no pa’s no dia de hoje, mas o
registro da DI ocorra apenas daqui a 40 dias. A al’quota aplic‡vel n‹o ser‡ a
vigente no dia de hoje (data da entrada no pa’s), mas sim aquela que estiver
em vigor na data do registro da DI. Quest‹o errada.
2.7- Hip—teses de n‹o-incidncia:
Segundo o art. 69 do R/A, o imposto de importa‹o incide sobre
mercadoria estrangeira. A contrario sensu, est‹o exclu’das do campo de
incidncia do I.I as mercadorias nacionais.
Mas qual o conceito de mercadoria estrangeira?
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Mercadoria estrangeira, nos termos da legisla‹o aduaneira, n‹o Ž
apenas a mercadoria produzida no exterior. TambŽm Ž considerada estrangeira
a mercadoria nacional ou nacionalizada que foi exportada para o exterior.
Dizemos que, quando uma mercadoria sai do pa’s com o ‰nimo de
definitividade, ela se desnacionaliza, tornando-se estrangeira.
Logo, incidir‡ o imposto de importa‹o sobre o retorno de
mercadoria nacional ou nacionalizada anteriormente exportada. Com
efeito, se ela foi exportada em definitivo, podemos consider‡-la estrangeira.
Tenham cuidado!
1) O retorno de uma exporta‹o tempor‡ria n‹o Ž
fato gerador do imposto de importa‹o. A
mercadoria n‹o saiu do pa’s com ‰nimo de
definitividade, logo, ela n‹o se desnacionalizou.
2) O retorno de uma exporta‹o Ž, sim, fato gerador
do imposto de importa‹o. Se a exporta‹o foi
definitiva, a mercadoria se desnacionalizou. Ela se
tornou estrangeira e entra no campo de incidncia
do imposto de importa‹o.
Esse Ž o entendimento que se pode ter a partir da leitura do caput do
art. 70:
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidncia do imposto,
a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao
Pa’s, salvo se:
I - enviada em consigna‹o e n‹o vendida no prazo autorizado;
II - devolvida por motivo de defeito tŽcnico, para reparo ou para
substitui‹o;
III - por motivo de modifica›es na sistem‡tica de importa‹o por parte
do pa’s importador;
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pœblica; ou
V - por outros fatores alheios ˆ vontade do exportador.
Par‡grafo œnico. Ser‹o ainda considerados estrangeiros, para os fins
previstos no caput, os equipamentos, as m‡quinas, os ve’culos, os
aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peas, os
acess—rios e os componentes, de fabrica‹o nacional, adquiridos no
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e
exportados para a execu‹o de obras contratadas no exterior, na
hip—tese de retornarem ao Pa’s
A leitura do art. 70 como um todo nos permite observar que h‡
situa›es em que uma mercadoria foi exportada, mas, em seu retorno,
n‹o Ž considerada estrangeira. S‹o elas:
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a) Mercadoria enviada em consigna‹o e n‹o vendida no prazo
autorizado. A exporta‹o em consigna‹o Ž uma modalidade especial de
exporta‹o regulamentada e administrada pela SECEX que permite que uma
mercadoria seja exportada e, caso n‹o seja vendida dentro de 720 dias
contados do embarque, possa regressar ao Pa’s. Pois bem, se uma mercadoria
Ž exportada em consigna‹o e n‹o Ž vendida dentro de 720 dias, ela dever‡
retornar ao pa’s. No retorno, essa mercadoria Ž considerada n‹o-estrangeira.
b) Mercadoria devolvida por motivo de defeito tŽcnico, para
reparo ou para substitui‹o. Imagine que uma empresa brasileira exportou
um equipamento de raio-X para um hospital mexicano. Entretanto, uma pea
desse equipamento deu defeito e ter‡ que retornar ao Brasil para ser
consertada (a empresa presta assistncia tŽcnica!). Essa pea do equipamento
de raio-X Ž considerada n‹o-estrangeira, n‹o havendo a incidncia do
imposto de importa‹o.
c) Mercadoria que retorne por motivo de modifica›es na
sistem‡tica de importa‹o por parte do pa’s importador. Imagine que uma
empresa brasileira exporte brinquedos para a Argentina. Ela est‡ acostumada a
fazer isso sem problema algum! No entanto, dessa vez, ao exportar os
brinquedos para a Argentina, estes s‹o barrados na Alf‰ndega dos nossos
ÒhermanosÓ. Mudou a sistem‡tica de importa‹o na Argentina. Os brinquedos
precisam, por exemplo, ser inspecionados no pa’s de origem e receber um selo
de qualidade. Ixi!! Eles v‹o ter que retornar ao Brasil. Nesse retorno, ser‹o
considerados n‹o-estrangeiros, n‹o havendo incidncia do imposto de
importa‹o.
d) Mercadorias que retorne por motivo de guerra ou de
calamidade pœblica. Aqui Ž o caso de uma empresa brasileira que estava
exportando cafŽ para a L’bia. Certo dia, eclode a guerra civil naquele pa’s... A
mercadoria vai ter que retornar ao Brasil. No retorno, Ž considerada n‹o-
estrangeira.
e) Mercadoria que retorne por outros fatores alheios ˆ
vontade do exportador. O retorno da mercadoria por qualquer fator que seja
alheio ˆ vontade do exportador brasileiro faz com que esta n‹o seja
considerada estrangeira. Assim, n‹o haver‡ incidncia do I.I.
Em todas as situa›es listadas acima n‹o ocorreu a incidncia do
imposto de importa‹o, uma vez que as mercadorias n‹o eram
estrangeiras. E, como vimos, o imposto de importa‹o incide apenas sobre
mercadorias estrangeiras.
Por œltimo, o art. 70, par‡grafo œnico, trouxe regra que, em nosso
entendimento, n‹o traz grandes inova›es. Ele trata de hip—tese em que uma
m‡quina Ž fabricada no Brasil, adquirida por empresa nacional de engenharia
e, em seguida, exportada para o exterior a fim de ser utilizada na execu‹o
de obras. Ora, se a m‡quina foi exportada (n‹o estamos falando de exporta‹o
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tempor‡ria, mas sim definitivas!), ela se desnacionalizou. No retorno, ela ser‡,
ent‹o, considerada estrangeira. Haver‡ incidncia do imposto de
importa‹o.
O art. 71 do R/A, todavia, especifica situa›es em que n‹o h‡
incidncia do imposto de importa‹o sobre a importa‹o de mercadorias
estrangeiras. Vejamos o que prev o referido dispositivo:
Art. 71. O imposto n‹o incide sobre:
I Ð mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegar ao Pa’s por erro inequ’voco ou
comprovado de expedi‹o, e que for redestinada ou devolvida
para o exterior;
II Ð mercadoria estrangeira idntica, em igual quantidade e
valor, e que se destine a reposi‹o de outra anteriormente
importada que se tenha revelado, ap—s o desembarao aduaneiro,
defeituosa ou imprest‡vel para o fim a que se destinava, desde
que observada a regulamenta‹o editada pelo MinistŽrio da
Fazenda;
III Ð mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de
perdimento, exceto na hip—tese em que n‹o seja localizada, tenha
sido consumida ou revendida;
IV Ð mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do
registro da declara‹o de importa‹o, observada a
regulamenta‹o editada pelo MinistŽrio da Fazenda;
V Ð embarca›es constru’das no Brasil e transferidas por matriz
de empresa brasileira de navega‹o para subsidi‡ria integral no
exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade
da mesma empresa nacional de origem;
VI Ð mercadoria estrangeira destru’da, sob controle aduaneiro,
sem ™nus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraada.; e
VII Ð mercadoria estrangeira em tr‰nsito aduaneiro de passagem,
acidentalmente destru’da.
Vamos tentar entender cada uma dessas hip—teses:
a) O inciso I se refere ˆ situa‹o em que uma mercadoria
estrangeira chega ao Brasil por erro inequ’voco ou comprovado de
expedi‹o. Mandaram-na para o Pa’s equivocadamente. Ela deveria ter sido
enviada para outro lugar, conforme previsto nos documentos de transporte.
Nesse caso, ela ser‡ redestinada (enviada ao pa’s para onde deveria ter sido
expedida) ou devolvida ao exterior, n‹o havendo incidncia tribut‡ria.
b) O inciso II diz respeito ˆ hip—tese de substitui‹o de
mercadorias. Suponha que uma empresa realize a importa‹o de um
equipamento de inform‡tica e que, ap—s o despacho aduaneiro, este se revele
defeituoso ou imprest‡vel para o fim ao qual se destina. Nesse caso, ela vai
querer substituir a mercadoria que deu defeito, n‹o Ž mesmo? Muitas vezes
h‡, inclusive, um contrato de garantia celebrado entre a empresa e o
fornecedor estrangeiro. O equipamento de inform‡tica Ž, ent‹o, devolvido ao
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exterior e, em seu lugar, vem um novo em substitui‹o. Sobre esse
equipamento novo que substitui o imprest‡vel / defeituoso, n‹o ir‡ incidir o
imposto de importa‹o.
c) O inciso III se refere ˆ situa‹o em que Ž aplicada a pena de
perdimento em virtude de uma mercadoria ter entrado irregularmente no
pa’s. Nesse caso, n‹o haver‡ incidncia do imposto de importa‹o. Relembre-
se que, caso a mercadoria tenha entrado no Brasil irregularmente e n‹o tenha
sido encontrada ou tenha sido vendida, haver‡ incidncia do imposto de
importa‹o, considerando-se ocorrido o fato gerador na data do lanamento.
d) O inciso IV trata da hip—tese em que uma mercadoria Ž
devolvida ao exterior antes de registrada a DI. Ora, se n‹o houve registro
da DI, o fato gerador do imposto de importa‹o n‹o se aperfeioou. O R/A
considera, portanto, que n‹o incidir‡ o imposto de importa‹o.
e) O inciso V versa sobre o retorno de embarca›es ao registro
brasileiro. Nesse caso, a embarca‹o foi constru’da no Brasil e transferida por
uma empresa brasileira de navega‹o a uma subsidi‡ria no exterior. A
embarca‹o, posteriormente, retorna ao Brasil, n‹o sofrendo a incidncia do
imposto de importa‹o. Para isso, ela dever‡ retornar como propriedade da
mesma empresa nacional de origem.
f) O inciso VI trata de situa‹o em que a mercadoria Ž destru’da
sob controle aduaneiro, sem ™nus para a Fazenda Nacional, antes de
desembaraada. 14 Veja que, nessa situa‹o, a mercadoria n‹o precisa ter
sido avariada ou ter se revelado imprest‡vel para o fim ao qual se
destinava; para que n‹o haja incidncia do imposto de importa‹o, basta que
ela seja destru’da sob controle aduaneiro, sem ™nus para a Fazenda Nacional e
antes do desembarao. Destaque-se, entretanto, que a autoridade
aduaneira poder‡ indeferir (negar) o pleito de destrui‹o da mercadoria,
com base no que dispuser legisla‹o espec’fica.
g) O inciso VII trata da destrui‹o acidental de mercadoria
submetida ao regime de tr‰nsito aduaneiro de passagem. O tr‰nsito aduaneiro
Ž um regime aduaneiroespecial que permite o transporte de mercadoria pelo
territ—rio nacional com suspens‹o de tributos. Na modalidade de passagem, a
mercadoria estrangeira passa pelo territ—rio nacional com destino ao exterior
(mercadoria vem da Inglaterra e tem como destino final o Paraguai!) Se a
mercadoria for destru’da nesse percurso, a responsabilidade pelo crŽdito
tribut‡rio caber‡ ao transportador. Por outro lado, caso a destrui‹o seja
acidental, n‹o haver‡ incidncia do imposto de importa‹o.
14 Desembarao aduaneiro, conforme estudaremos em aula futura, Ž o ato final do
despacho aduaneiro. ƒ o momento em que a mercadoria Ž liberada pela RFB e est‡
livre para ingressar no territ—rio nacional.
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2.8- Sujeito Ativo:
Segundo o art. 119 do C—digo Tribut‡rio Nacional, o sujeito ativo da
obriga‹o tribut‡ria Ž a pessoa jur’dica de direito pœblico titular da
competncia para exigir o seu cumprimento. ƒ o ente que tem a titularidade
do direito subjetivo de exigir a presta‹o jur’dico-tribut‡rio. No caso do
imposto de importa‹o, o sujeito ativo Ž a Uni‹o, competncia que lhe Ž
atribu’da pelo art. 153, inciso I, da CF/88.
2.9- Sujeito Passivo: contribuintes e respons‡veis:
Segundo o art. 121 do C—digo Tribut‡rio Nacional, o sujeito passivo
da obriga‹o principal Ž a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuni‡ria. O sujeito passivo pode ser classificado em duas
categorias: contribuinte e respons‡vel. Nos termos do art. 121, contribuinte
Ž aquele que possui uma rela‹o pessoal e direta com a situa‹o que constitua
o fato gerador do tributo; respons‡vel Ž aquele que, sem revestir-se da
condi‹o de contribuinte, possua obriga‹o decorrente de expressa disposi‹o
em lei.
No caso do imposto de importa‹o, os contribuintes (que possuem
rela‹o pessoal e direta, portanto, com o fato gerador) est‹o relacionados no
art. 104 do R/A:
Art. 104. ƒ contribuinte do imposto:
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a
entrada de mercadoria estrangeira no territ—rio aduaneiro;
II - o destinat‡rio de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente; e
III - o adquirente de mercadoria entrepostada.
O inciso I afirma que o importador Ž contribuinte do imposto de
importa‹o. Trata-se de afirma‹o que consideramos intuitiva e que n‹o
suscita grandes dœvidas. Cabe ressaltar que o dispositivo define importador
como a pessoa que promove a entrada de mercadoria estrangeira em
territ—rio aduaneiro. Em outras palavras, importador Ž a pessoa em nome
da qual foi registrada a Declara‹o de Importa‹o.
O inciso II estabelece que o destinat‡rio de remessa postal
internacional indicado pelo remetente Ž contribuinte do imposto de
importa‹o. ƒ isso mesmo, meu amigo! Se o seu tio que mora no exterior te
enviar um presente, voc ser‡ contribuinte do imposto de importa‹o! 
O inciso III, por œltimo, relaciona o Òadquirente de mercadoria
entrepostadaÓ como contribuinte do imposto de importa‹o. Trata-se da
situa‹o em que uma mercadoria Ž importada em consigna‹o, ficando
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armazenada em recinto alfandegado, com os tributos suspensos, atŽ que
alguŽm decida nacionaliz‡-la, comprando-a em car‡ter definitivo. No momento
da compra, Ž realizado o recolhimento integral dos tributos suspensos. Quem
ir‡ recolher esses tributos ser‡ o adquirente.
E os respons‡veis? Quem a legisla‹o aduaneira relaciona como
respons‡veis pelo imposto de importa‹o?
Art. 105. ƒ respons‡vel pelo imposto:
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do
exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno
II - o deposit‡rio, assim considerada qualquer pessoa incumbida da
cust—dia de mercadoria sob controle aduaneiro.
III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
Art. 106. ƒ respons‡vel solid‡rio:
I - o adquirente ou o cession‡rio de mercadoria beneficiada com
isen‹o ou redu‹o do imposto.
II - o representante, no Pa’s, do transportador estrangeiro.
III - o adquirente de mercadoria de procedncia estrangeira, no caso
de importa‹o realizada por sua conta e ordem, por intermŽdio de
pessoa jur’dica importadora.
IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de
procedncia estrangeira de pessoa jur’dica importadora.
V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realiza‹o do transporte multimodal.
VI - o benefici‡rio de regime aduaneiro suspensivo destinado ˆ
industrializa‹o para exporta‹o, no caso de admiss‹o de mercadoria
no regime por outro benefici‡rio, mediante sua anuncia, com vistas ˆ
execu‹o de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado; e
VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
ƒ importante sabermos a diferena entre respons‡vel e respons‡vel
solid‡rio!
Respons‡vel Ž aquele que, em virtude da ocorrncia de um
determinado evento, passa a figurar, sozinho, no p—lo passivo da obriga‹o
tribut‡rio. No caso do imposto de importa‹o, s‹o respons‡veis o
transportador e o deposit‡rio. Se ocorrer extravio ou avaria de mercadoria
que esteja sob a tutela destes, o imposto de importa‹o lhes ser‡ exigido.
Respons‡vel solid‡rio Ž aquele que, em conjunto com outra
pessoa, figura no p—lo passivo da obriga‹o tribut‡ria. Todos os agentes
relacionados no art. 106 do R/A, portanto, dividem com outrem a
responsabilidade pelo pagamento de tributos e eventuais penalidade cab’veis.
ƒ o caso, por exemplo, de uma pessoa que adquira mercadoria estrangeira por
meio de outra pessoa jur’dica importadora, realizando o que se chama de
importa‹o por conta e ordem. Nessa situa‹o, o contribuinte ser‡ a pessoa
jur’dica importadora, que figura no p—lo passivo da rela‹o tribut‡ria em
conjunto com o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem.
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Vale a pena destacar que a responsabilidade Ž solid‡ria (e n‹o
subsidi‡ria!).
ƒ importante memorizar os sujeitos passivos do imposto de
importa‹o. Eu uso a seguinte tabela para isso! 
Contribuintes
Importador
Destinat‡rio de Remessa postal internacional
Adquirente de mercadoria entrepostada
Respons‡veis
Transportador
Depos’t‡rio
Respons‡veis
solid‡rios Outros casos, relacionados no art. 106, do R/A.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
16. (AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidncia do
Imposto de Importa‹o, toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada,
que retorne ao Pa’s.
Coment‡rios:
Nem todas as mercadorias nacionais ou nacionalizadas exportadas
que retornem ao Pa’s ser‹o consideradas estrangeiras. H‡ diversas exce›es a
essa regra, as quais est‹o relacionadas no art. 70, do Regulamento Aduaneiro.
Quest‹o errada.
17. (AFRFB-2012) O Imposto de Importa‹o incide sobre mercadoria
estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hip—tese
em que n‹o seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.
Coment‡rios:
Segundo o art. 71, inciso III, do R/A, o imposto de importa‹o n‹o
incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de
perdimento, exceto na hip—tese em que n‹o seja localizada, tenha sido
consumida ou revendida. Quest‹o errada.
18. (ATRFB-2012) O imposto de importa‹o n‹o incide sobre mercadoria
estrangeira em tr‰nsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destru’da.
Coment‡rios:
Legislação

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