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Ibet Módulo CIT seminário 7

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IBET – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
Nome: Rafael Tili Ferreira
Módulo: Controle da Incidência Tributária
Seminário nº 7 – Contribuições
Data da Entrega: 30.11.2013
1) Definir o conceito de “contribuição”. Quais as espécies de contribuição existentes na CF/88? Que critério jurídico informa esta classificação normativa?
Contribuições, segundo Paulo de Barros Carvalho “são entidades tributárias, subordinando-se em tudo e por tudo às linhas definitórias do regime constitucional peculiar aos tributos”.
O Artigo 4° do Código Tributário Nacional define que é irrelevante a destinação legal do produto de arrecadação para a sua qualificação. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Partindo desta redação Paulo Barros de Carvalho classificou as contribuições em três espécies: (i) Social, (ii) Interventiva e (iii) Corporativa. O critério jurídico que informa a classificação normativa é a destinação da receita arrecadada, muito embora não exista uma relação com a destinação do produto da arrecadação e sua qualificação.
2) Sobre a hipótese de incidência das contribuições, pergunta-se:
a) A União pode, na criação de contribuição com fundamento no art. 149 da CF, utilizar uma das materialidades que lhe foram atribuídas constitucionalmente para a instituição de impostos?
A União pode sim instituir contribuições com materialidades atribuídas para instituição de impostos, desde que a finalidade obedeça ao disposto no Art. 149 da Constituição Federal.
b) A hipótese de incidência destas contribuições pode abranger fatos que, por ocasião da repartição constitucional de competências para a instituição de impostos foram atribuídos como materialidades próprias dos Estados, Distrito Federal e Municípios?
Tendo em vista que a instituição de contribuições sociais ser de competência privativa da União conforme o Artigo 149 da Constituição Federal, entendo que é sim possível instituir contribuições sociais que utilizem materialidade de impostos que foram atribuídos como competência dos Estados, Distrito Federal e municípios.
3) A destinação do produto da arrecadação tributária é relevante para a classificação jurídica dos tributos e consequente definição das contribuições? E a efetiva destinação da receita arrecadada a título de contribuição é relevante para se caracterizar a legitimidade da cobrança? Se os valores arrecadados a título de contribuição não forem aplicados na destinação prescrita na lei, pode o contribuinte requerer restituição do tributo pago? Sob qual fundamento? Justificar.
De acordo com o Artigo 4º do Código Tributário Nacional a destinação do produto da arrecadação tributária é irrelevante para a definição deste, entretanto, tendo em vista a instituição das contribuições pela Constituição Federal de 1988 tal conceito foi relativizado eis que com a criação das contribuições o produto destas deve sim ser veiculado as suas finalidades, portanto, entendo que sim, a destinação do produto é relevante para a classificação jurídica do tributo.
Entendo que a efetiva destinação do valor arrecadado do tributo é relevante para determinar a sua legitimidade eis que o produto da arrecadação de tais contribuições é vinculado, ou seja, ele deve ser obrigatoriamente destinado à finalidade a qual a contribuição foi criada.
Entendo que sim, o contribuinte poderá sim pedir a restituição do tributo, eis que a União não respeitou a finalidade do mesmo. Importante observar a dificuldade de prova do contribuinte com relação a tal utilização ou não. Pode-se fundamentar em referido pedido que o artigo 149 da Constituição Federal exigiu uma destinação especifica para o produto de referida contribuição.
4) Sobre as contribuições ao PIS-COFINS no regime não-cumulativo:
a) diferencie “receita” e “ingresso de caixa”, manifestando-se acerca da possibilidade de incidência do tributo sobre indenizações e reembolsos;
Podemos extrair a definição de “receita” dos itens 4.25 e 4.29 do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis:
4.25 Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:
(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;
4.29 A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos.
A receita surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis.
Levando-se em conta o conceito de “receita” podemos observar que está se trata de todos os benefícios econômicos obtidos durante o período contábil decorrentes das atividades econômicas da empresa, logo podemos diferenciar a receita do mero ingresso de caixa pois para ser considerada uma receita os ingressos devem ser decorrentes das atividades desempenhadas pela empresa, já um ingresso de caixa é todo aquele valor que vem a ingressar o patrimônio do contribuinte, mas não decorre de suas atividades, como por exemplo os prêmios de seguro, que visam unicamente recompor o patrimônio deste contribuinte por um dano prévio por este suportado.
b) defina em que momento a receita se considera “auferida” para fins de incidência de tributo, manifestando-se criticamente sobre a possibilidade de exigência do PIS-COFINS sobre receitas auferidas e não recebidas (Vide anexos I e II).
Para fins de incidência de PIS-COFINS a receita é considerada auferida no momento da transferência da posse do bem, que geralmente se dá no faturamento deste. Entretanto tal sistemática acaba incorrendo em injustiça, posto que muitas vezes o contribuinte é tributado e tem de recolher o tributo antes que tal beneficio econômico que deu ensejou a tributação esteja de sua posse, ou até que tenha sido registrado em sua contabilidade de maneira própria, situação vivida pelos que utilizam o regime de caixa e não o regime de competência.
5) A Lei Federal n.º 10.865/2004 instituiu a Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na importação de produtos estrangeiros ou serviços (PIS/PASEP-Importação) e a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo importador de bens estrangeiros ou serviços do exterior (COFINS-Importação). Analisando criticamente o artigo 7º da referida lei, e os enunciados constitucionais, bem que atribuem competência para a União instituir contribuições, bem como o conceito de valor aduaneiro do Decreto n.º 6.743/2009, pergunta-se:
a) É possível identificar um conceito constitucional de valor aduaneiro? (Vide anexo III).
Não, em seu texto a lei cria uma espécie de conceito próprio de valor aduaneiro, que servirá para compor a base de calculo do PIS-COFINS Importação.
b) O que compreende o valor aduaneiro para fins de quantificação do PIS-Importação e da CONFINS-Importação?
O valor aduaneiro conforme a lei acima é composto pelo imposto de importação, acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições.
c) É possível sustentar a inconstitucionalidade da base de cálculo do PIS-Importação e da CONFIS-Importação constante da Lei Federal n.º 10.865/2004, ou a sua ilegalidade, tendo em vista oque dispõe o art. 110 do CTN? (Vide anexo IV).
Sim, conforme julgamento em realizado pelo STF no dia 20.03.2013, onde foi analisado o Recurso Extraordinário nº. 559.937/RS, o STF declarou a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS, bem como do PIS e da COFINS na base de cálculo dessas mesmas contribuições sociais incidentes sobre a importação de bens e serviços.
6) Sobre as contribuições de intervenção no domínio econômico, pergunta-se:
a) Que se entende por intervenção no domínio econômico? As causas de intervenção estão restritas aos artigos 170 a 181 da Constituição Federal?
As CIDE são tributo de competência exclusiva da União, sem materialidade definida, instituídas como instrumento de intervenção estatal em setores econômicos específicos e cujo produto da arrecadação tem destinação pré-determinada. Tais tem o propósito especifico de custear a intervenção do estado em determinado setor da economia. Sim a intervenção no domínio econômico esta restrita aos artigos 170 a 181 da Constituição Federal.
b) O produto da arrecadação da CIDE deve ser legalmente destinado à intervenção no setor econômico de que trata a contribuição (intervenção positiva), ou pode ser instituída com finalidade de desestimular determinada atividade, ou seja, com caráter extrafiscal (intervenção negativa).
A CIDE tem de ter o produto da sua arrecadação pré-determinado independentemente do seu tipo de intervenção, seja positiva ou negativa, nunca podendo ter caráter de extra fiscalidade.
c) A sua materialidade e o sujeito passivo devem estar relacionados com a destinação escolhida pelo legislador como forma de intervenção no domínio econômico?
Sim, a materialidade e o sujeito passivo devem estar relacionados ao setor ao qual o Estado quer intervir no domínio econômico, devendo haver inclusive compatibilidade com os valores Constitucionais e pertinência para a sua instituição.

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