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DEPRESSÃO NO IDOSO. Introdução A depressão em idosos caracteriza-se por elevado grau de sofrimento, diminuição da qualidade de vida e elevada morbimortalidade, não podendo ser considerada consequência natural do envelhecimento. Epidemiologia Dados da literatura referem taxas de 1% de pressão maior em idosos enquanto aproximadamente 15% deles têm sintomas depressivos. Estudos realizados em países em desenvolvimento: encontram taxas mais altas até 30% Em idosos institucionalizados ou hospitalizados: Atinge 22%. Homens idosos solteiros: tem a mais alta taxa de suicídios de qualquer grupo demográfico. Fisiopatologia Alterações no sistema de neurotransmissores. Fatores que contribuem para a apresentação atípica desta condição na população de idosos: Biológicos (vulnerabilidade genética, sexo feminino, metabolismo de neurotransmissores) Psicossociais (eventos vitais, suporte social, perdas ou luto). Sintomas Segundo a DSM- IV exige pelo menos cinco dos seguintes sintomas para um diagnóstico de depressão maior: • Humor deprimido. • Perda de interesse/prazer em atividades anteriormente significativas; • Perda ou ganho de peso significativo; • Insônia ou hipersonia; • Sentimentos de inutilidade e culpa; • Sentimentos recorrentes sobre morte. Diagnóstico Um rastreamento simples de duas perguntas é sensível em pelo menos 96% para detectar depressão maior. 1. No último mês com que frequência você foi incomodado por se sentir triste, deprimido ou sem perspectiva? 2. No último mês com que frequência você foi incomodado por sentir pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas? Instrumento de avaliação: Escala de depressão geriátrica (EDG). Diagnóstico Diagnóstico diferencial: • Transtorno de humor induzido por drogas (alcoolismo); • Transtorno bipolar; • Reação de luto. Exames laboratoriais: Hemograma, função hepática da tireoide e renal, cálcio, EQU e ECG, pode ser útil para descartar problemas clínicos que se apresentam como ou contribuem para depressão. Tratamento Questionar o paciente e a família sobre o uso de medicamentos incluindo: • Corticosteróides; • Benzodiazepínicos; • Cimetidina; Betabloqueadores; • Clonidina. Em linhas gerais existem dois grupos de tratamento: • Biológicos; • Não biológicos; Tratamento Biológicos: - Farmacoterapia; - Eletroconvulsoterapia-ECT; - Estimulação magnética transcraniana; - Fototerapia. Não biológicos: - Psicoterapia. As principais classes de antidepressivos: Cloripramina,amitriplitina,nortriplitina, Venlafaxina,Duloxetina. . Papel do enfermeiro Processo de pensamento perturbado relacionado ao envelhecimento, evidenciado por dificuldade de concentração, falta de clareza de raciocínio. Intervenções: Criar medidas para manter orientação; Auxiliá-lo a lembrar onde fica seu quarto; Fazê-lo caminhar , estimular a memória com: fotografias, figuras, músicas, história da cidade ,instigar a habilidade cognitiva com: jogos, figuras, calendários, relógio, escrita, desenhos, materiais táteis. Papel do enfermeiro Risco de solidão relacionado a isolamento social. Intervenções: Envolver o idoso em atividades e programas de exercícios, promovendo sua socialização; identificar as causas, avaliar os sentimentos do idoso acerca de si próprio, identificar os motivos para isolamento; promover participação do idoso em atividades de lazer/recreação. Papel do enfermeiro Sentimento de impotência relacionado ao ambiente de assistência à saúde evidenciada por insatisfação. Intervenções: Transmitir empatia, com o intuito de promover a verbalização, por parte do idoso, de dúvidas, medos, preocupações e os motivos de sua insatisfação; ajudando-o a identificar pontos importantes e vantagens pessoais; envolvê-lo na tomada de decisões. DOENÇA DE PARKINSON Doença de parkinson Introdução Em 1817, James Parkinson publicou uma monografia intitulada Na essay on the shaking palsy (um ensaio sobre a paralisia agitante). Estava descrita a doença caracterizada por tremor de repouso, bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez e postura encurvada para frente, marcha festinante. Meio século mais tarde, Jean- Martin Charcort acrescentou anormalidades no tônus muscular e na cognição e propôs o nome de doença de Parkinson à descrita feita em 1817. O que é? É um distúrbio neurológico complexo degenerativo e progressivo. Caracterizado pela degeneração de células na camada ventral da parte compacta da substância nigra. Epidemiologia Prevalência 550 por 100.000 aos 70 anos. A incidência tem aumentado 1,5% em pessoas acima de 65 anos de idade e 2,5% nos acima de 85 anos de idade. A tendência é superar o câncer e ser a segunda causa de morte dos idosos no ano de 2040. Fonte: Freitas,et al,2006 Fisiopatologia Morte de neurônios dopaminérgicos (Substância nigra) Ocorrendo a perde de 60% de neurônios dessas regiões e 80 % da dopamina estriado Resulta em mais neurotransmissores excitatórios que inibidores, lavando a um desequilíbrio que afeta o movimento voluntário. Sintomas • Sinais cardinais da doença de Parkinson: Sintomas Sintomas e sinais adicionais mais prevalente da doença de Parkinson: Fáceis inexpressivas; Fala hipofônica; Aumento no tempo das AVD; Micrografia; Déficit cognitivo; Marcha festinante; Cãibras; Perda do balanço dos braços ; Hipotensão ortostática; Acumulo de saliva. Diagnóstico Exames auxiliares: Exames laboratoriais; Tomografia computadorizada do crânio; A ressonância magnética do crânio; * Estes exames não são confirmatórios de diagnóstico. Tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Carbidopa: Deve-se iniciar com doses baixas, 1 ou 2 horas antes das refeições. Por apresentar meia vida em torno de 2 horas deve ser administrado de 3 a 4 vezes por dia. Agonista da dopamina (Os resultados são observados ao longo de 4 a 6 semanas). Agentes anticolinérgicos (cloridrato de amantadina) é utilizado para reduzir a rigidez, tremores e bradicinesia, por um período de oito meses. Medidas não farmacológicas Tratamento cirúrgico • A estimulação encefálica profunda (EEP) por meio de eletrodos implantados; • As cirurgias para destruir parte do tálamo (talamotomia e palidotomia estereotáxicas); • O transplante de células neurais de tecido fetal de origem humana ou animal; CUIDADOS DE ENFERMAGEM Mobilidade física prejudicada, relacionada com rigidez muscular e fraqueza motora. Intervenção: Ajudar o cliente a planejar um programa progressivo de exercícios diários para aumentar a força muscular. Incentivar exercícios para a mobilidade das articulações ex: bicicleta ergométrica e caminhada. Déficit de autocuidado (alimentar-se, beber, vestir-se fazer higiene), relacionados com tremores e o distúrbio motor. Intervenção:Incentivar, orientar e apoiar o cliente durante as AVDS. Encaminhar para acompanhamento terapeuta ocupacional. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Comunicação prejudicada, relacionada com a diminuição do volume da fala, lentidão fala e incapacidade de mover os músculos faciais. Intervenção: Instruir o cliente a falar com frases curtas e respirar varias vezes antes de falar. Orientar o cliente a ficar de frente para o ouvinte, falar lentamente e de modo deliberado e exagerar a pronúncia das palavras. Conclusão As doenças demenciais associadas a outras patologias são altamente prevalentes e causam de forma significativa redução da qualidade de vida. Faz-se importante ter um melhor conhecimento sobre fatores de risco e maior compreensão, sobre os mecanismos biológicos tornando- se uma forma de prevenção do desenvolvimento das alterações cognitivas. Apesar do grande avanço de novos conhecimentos sobre as demências, suas causas permanecem desconhecidas, porém, é de fundamental importância que o diagnostico seja precoce. Existem tratamentos farmacológicos potencialmente eficazes combinados com dieta equilibrada e exercícios físicos. Responda 1. São demências crônicas irreversíveis que acometem a pessoa idosa: A. Hipertensão cerebral e doença de Pick. B. Tremores e Hipertensão cerebral. C. Alzheimer e Demência por Vascular. D. Demência por Vascular e dificuldades de movimentos. E. Dificuldade de falar e Demências dos corpúsculos de Lewy. Resposta 1. São demências crônicas irreversíveis que acometem a pessoa idosa: A. Hipertensão cerebral e doença de Pick. B. Tremores e Hipertensão cerebral. C. Alzheimer e Demência por Vascular. D. Demência por Vascular e dificuldades de movimentos. E. Dificuldade de falar e Demências dos corpúsculos de Lewy. Responda 2. Cite três sinais cardinais da doença de Parkinson e dois sintomas adicionais prevalentes da doença de Parkinson. Resposta Sinais cardinais : Bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural. Sintoma adicional prevalente da doença de Parkinson: Depressão; Fáceis inexpressivas; Marcha festinante; Perda do balanço dos braços; Fala hipofônica; Acumulo de saliva; Micrografia dentre outros. Bibliografia 1. Wilson Jacob Filho,Elina Lika KIKUCHI. Geriatria E Gerontologia Básicas, 2012 p.214-216. 2. LANGE. Medicina: Diagnóstico e Tratamento referência rápida p.176. 3. VIANA DE FREITAS Elizabete, PY Ligia. Tatado de Geriatria e Gerontologia.3ed.p.285-289.
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