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TOXICOLOGIA

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Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 1 
ESTUDOS DOS TÓXICOS 
 
Caso: Mulher inala veneno e apresenta diarreia e vômito. Na bula do veneno conta que sua intoxicação 
causa diarreia e vômito. 
Qual a HD? -> Intoxicação? Não!! A DH indica o tratamento inicial, se a HD estiver errada o tratamento 
inicial também será errado! 
O que é ctz? -> Que houve exposição ao veneno. Pode ser intoxicação, mas também pode ser, por 
coincidência, uma gastroenterite aguda. 
HD: Exposição a veneno 
 
SUMÁRIO 
Aspectos Gerais de Toxicologia ____________________________ Pg 1 
Agrotóxicos e Pesticidas ____________________________________ Pg 5 
Intoxicação por Depressores _______________________________ Pg 8 
Acidentes com animais peçonhentos ______________________ Pg 12 
 Cobras ________________________________________________ Pg 12 
 Escorpião _____________________________________________ Pg 19 
 Aranhas ______________________________________________ Pg 21 
Referência Bibliográfica _____________________________________ Pg 24 
 
 
- TOXICOLOGIA é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de 
substâncias químicas com o organismo. A toxicologia abrange uma vasta área do conhecimento, onde 
atuam profissionais de diversas formações: Química Toxicológica, Toxicologia Farmacológica, Clínica, 
Forense, Ocupacional, Veterinária, Ambiental, Aplicada a Alimentos, Genética, Analítica, Experimental 
e outras áreas. 
- AGENTE TÓXICO ou TOXICANTE: Entidade química capaz de causar dano a um sistema 
biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição. 
- VENENO: Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo alguns autores, é 
termo para designar substâncias provenientes de animais, com função de autodefesa ou predação. 
- TOXICIDADE: Capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar efeitos nocivos 
em organismos vivos. O efeito tóxico é geralmente proporcional à concentração do agente tóxico no 
nível do sítio de ação (tecido alvo). 
- AÇÃO TÓXICA: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas 
teciduais. 
- DL 50: (Dose Letal 50%) ou dose letal média de uma substância expressa o grau de toxicidade 
aguda de substâncias químicas. Correspondem às doses que provavelmente matam 50% dos animais 
de um lote utilizados para experiência. São valores calculados estatisticamente a partir de dados 
obtidos experimentalmente. Com base nas DL50 de várias substâncias, são estabelecidas classes 
toxicológicas de produtos químicos e farmacológicos, no entanto, para se dizer se uma substância é 
tóxica ou inócua para o ser humano, devemos também optar por critérios que avaliem se uma 
substância oferece Risco ou Perigo para um determinado sistema biológico, para um determinado 
indivíduo ou para a saúde pública. 
- ANTÍDOTO: Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de substâncias. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 2 
- INTOXICAÇÃO: É um processo patológico causado por substâncias endógenas ou exógenas, 
caracterizado por desequilíbrio fisiológico, consequente das alterações bioquímicas no organismo. 
Processo é evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais. 
- INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única- potência da droga) ou 
múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico, num período de tempo aproximado de 
24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas. Estuda 
a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50. 
- INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA OU SUB-CRÔNICA: Exposições repetidas a substâncias químicas 
– caracteriza estudos de dose/resposta após administrações repetidas. 
- INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada a doses 
cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período prolongado, geralmente maior de 3 meses a 
anos. 
FASES DA INTOXICAÇÃO: O processo de INTOXICAÇÃO pode ser desdobrado, para fins 
didáticos, em quatro fases: 
Fase de Exposição: É a fase em que as superfícies externa ou interna do organismo entram em 
contato com o toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introdução, a frequência e a 
duração da exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a concentração do 
xenobiótico e a susceptibilidade individual. 
Fase de Toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade 
química e a concentração do fármaco nos diferente tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a 
absorção, a distribuição, o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas. 
As propriedades físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim 
como a velocidade de sua eliminação do organismo. 
Fase de Toxicodinâmica: Compreende a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de 
ação, específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio 
homeostático. 
Fase Clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações 
patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados 
pela interação do toxicante com o organismo. 
- INTERAÇÕES ENTRE SUBSTÂNCIAS: A exposição simultânea a várias substâncias 
pode alterar uma série de fatores (absorção, ligação proteica, metabolização e excreção)que influem 
na toxicidade de cada uma delas em separado. 
Assim, a resposta final a tóxicos combinados pode ser maior ou menor que a soma dos efeitos 
de cada um deles, podendo-se ter: 
Efeito Aditivo (efeito final igual à soma dos efeitos de cada um dos agentes envolvidos); 
Efeito Sinérgico (efeito maior que a soma dos efeitos de cada agente em separado); 
Potencialização (o efeito de um agente é aumentado quando em combinação com outro 
agente); 
Antagonismo (o efeito de um agente é diminuído, inativado ou eliminado quando se combina 
com outro agente). 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 3 
 
Diagnóstico laboratorial: Os exames laboratoriais são importantes no atendimento a um 
paciente intoxicado. Os principais objetivos são: afastar ou confirmar uma intoxicação, avaliar o grau 
de agressão que o agente tóxico está causando no organismo e auxiliar na avaliação do tratamento. 
Eles fornecem importantes subsídios para um diagnóstico e acompanhamento mais seguros destes 
pacientes. Vale ressaltar que nem sempre estes exames são imprescindíveis para o diagnóstico e/ou 
tomada de decisão. Podemos classificá-los assim: 
1.Análises Clínicas: a) Gerais: hemograma, glicemia, eletrólitos, ureia, creatinina, bilirrubinas, 
CPK, aminotransferases, hemogasometria arterial, sumário de urina, etc. b) Específicas: tempo de 
protrombina, tempo de coagulação, ferro sérico, etc. 
2.Análises Toxicológicas: análise do agente químico propriamente dito e/ou de seus produtos 
de biotransformação. A existência de um Centro de Referência em Toxicologia com recursos 
laboratoriais dá um suporte melhor ao atendimento de pacientes intoxicados. As solicitações de 
exames de triagem (screening) toxicológicos não devem ser feitas de forma indiscriminada, pois tem 
um alto custo e pouco valor prático. É importante que o médico indique a sua suspeita diagnóstica, 
dose ingerida, tempo decorrido entre a exposição e o atendimento, sinais e sintomas, uso de antídotos 
ou outros medicamentos. 
 Nos casos mais complexos, é importante que haja um contato direto com o analista, para que 
se possa concluir qual a amostra quemelhor represente a biodisponibilidade, a eliminação ou o efeito 
do toxicante no organismo, a técnica a ser utilizada e quais análises a serem realizadas permitindo a 
obtenção de resultados com maior agilidade. Nas intoxicações agudas, o sangue (soro e plasma) e a 
urina são as amostras mais usadas; líquido de lavagem gástrica, vômitos, restos de alimentos e 
medicamentos encontrados junto ao paciente também são importantes. A urina é empregada como 
amostra de escolha tanto para o controle da dopagem quanto para o da dependência a drogas. 
 
Algumas manifestações em intoxicações Vai depender do composto e dose. 
 ◊ Taquicardia: atropina, anfetamina, corante, antidepressivos tricíclicos; ◊ Bradicardia: 
digitálicos, betabloqueadores, espirradeira, barbitúricos; 
◊ Hipertermia: anfetaminas, atropina e AAS; ◊ Hipotermia: barbitúricos, sedativos e insulina; 
◊ Hiperventilação: salicilatos e teofilina; 
◊ Depressão respiratória: morfina, barbitúricos, antidepressivos e sedativos, álcool; 
◊ Hipertensão: anfetaminas e fenciclidina; 
◊ Hipotensão: barbitúricos antidepressivos, sais de ferro e teofilina; 
◊ Rubor da pele - atropina, plantas tóxicas; ◊ Midríase - atropina e anfetaminas; 
◊ Miose: organofosforados e carbamatos, pilocarpina, .fenotiazínicos; 
◊ Hemorragia oral: anticoagulantes, sais de ferro, acidentes ofídicos; 
◊ Delírios e alucinações: anfetaminas, atropina, salicilatos, plantas, álcool, cocaína, maconha 
◊ Distúrbios Visuais - metanol, ofídismo; 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 4 
◊ Convulsão: organoclorados, anti-histamínicos, estricnina, cianetos, anfetaminas, nicotina 
 
 
 Dependendo da dose, tudo pode ser tóxico, até fatal. (Sulfato ferroso e oxigênio podem 
ser tóxicos). Dosar acetilcolinesterase: Altera em intoxicação, hepatopatias, gestação. 
 
Primeira medida a ser tomada -> Avaliar sinais vitais 
1° Passo: ABCDE + Sinais Vitais + Exame físico. 
A – Abordagem das vias aéreas 
B – Avaliar Respiração, ventilação 
C – Avaliação Circulação 
D – Avaliação neurológica 
E - Exposição completa do paciente e medidas para evitar hipotermia 
* Há quanto tempo o produto foi ingerido ? 
 
2° Passo: Decidir se a lavagem gástrica deve ser feita 
O tempo ideal para fazer a lavagem após suspeita de intoxicação é de 1h após ingestão da 
substância (em alguns casos se faz até 2h após) 
Método: Injeta-se soro fisiológico (250ml, no máximo, no adulto) 
Injeta 250 ml → Retira 250ml → Injeta 250ml .... Até somar 8l (8l é o mínimo e 20l o máximo 
para adultos) 
Caso volte limpo antes de somar 8l → Não para, continuar até dar 8l 
Caso volte sujo com 8l → Não para, continua até sair limpo 
Crianças: 
 < 5 anos → 3l → 10 ml por kg, por vez 
 5 a 9 anos → 5l → 10 ml por kg, por vez 
 11 a 12 anos → 8l → 10 ml por kg, por vez 
Obs. Não deve ser administrado o soro em grande quantidade, pois iria “empurrar” a 
substância só estômago para o duodeno (órgão que faz maior absorção), aumentando o efeito tóxico 
as substância no organismo. 
Contraindicações para lavagem: 
 Substâncias causticas, como água sanitária e soda caustica (o produto queima na entrada 
e para sair também). 
 Derivados do petróleo, como gasolina e querosene (risco de evaporar e ir para o pulmão, 
a gasolina é 100x mais tóxica pro pulmão que para o estômago). Só vai lavar se tiver mistura com 
veneno (veneno vai matar se não lavar), neste caso deve-se entubar o paciente antes de começar a 
lavagem. 
 Líquidos que são absorvidos muito rapidamente 
 
 
3° passo: Decidir se administra carvão ativado. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 5 
São grânulos que sofrem ação de um gás, ficando multiporoso, o que aumenta sua capacidade 
de absorção. O carvão realiza absorção das substâncias que restaram no estômago (ele gruda nas 
substâncias, formando um complexo que será eliminado do organismo nas fezes), 
Usa-se 1 vez; Em casos graves usa seriamente. Sempre avaliar risco benefício. 
 Crianças: 1g/kg, diluído em 10ml/kg de água. 
 Adulto (ou criança com peso de adulto): 40g a 100g de carvão, diluído em 100ml de 
água (geralmente usa-se 40g). 
 Pac em UTI: seriado de 4 em 4h, administrando laxante nos intervalos, para evitar 
empedramento das fezes 
 
Contraindicações para carvão ativado 
 Substâncias que o carvão não absorve: álcool etílico, sulfato ferroso, etc.. 
 Cirurgias intestinais prévias (risco de rompimento) 
 Recém nascido (intestino muito fino, pode entupir) 
 Gestante apresentando obstipação intestinal 
 
4° passo: Antídoto (se houver) + Aumentar hidratação 
5° passo: Aumentar a eliminação renal, se esta for renal 
Deve-se aumentar o volume da hidratação e administrar diuréticos, para que a substância seja 
eliminada rapidamente. 
Mesmo que a droga seja excretada pelos rins, parte dela será absorvida e reabsorvida nos 
túbulos renais, o que é prejudicial ao organismo. Para diminuir essa reabsorção, deve-se saber qual o 
pka da droga (quando o pH =7, não há absorção). 
Pka alcalino (ex. anfetaminas) → acidificar o meio. Isso diminui a absorção da droga. Para isso 
usa-se Vitamina C, não é necessário fazer gasometria. 
 
Pka ácido → alcalinizar o meio. Para isso usa-se bicarbonato. Só pode fazer após gasometria. 
Repetir a gasometria logo após administrar o bicarbonato. Se não alcalinizou, fazer mais uma 
dose. Se alcalinizou, parar processo e administrar diurético. 
Gasometria: HCO3-, PCO2, PO2, pH, sat O2, sat CO2. Se pH e pCO2, indicarem acidez, a 
alcalinização pode ser feita. Caso contrário não alcalinizar. 
Dose: 1meq/kg de HCO3- ou 1ml de HCO3- 8,4%/kg (bicarbonato 8,4% tem 1ml = 1meq → adm 
1ml/kg) 
 
6° passo: Para casos mais graves. Se mesmo com processo de alcalinização/ acidificação a 
substância dor absorvida as opções são: 
 Diálise peritoneal (para drogas dialisáveis). 
 Hemodiálise (para drogas dialisáveis). 
 Hemoperfusão com carvão ativado(para drogas dialisáveis), o sangue passa por um 
filtro de carvão ativado, esse tratamento não tem no SUS 
 Azul de metileno no soro (em casos leves de metahemoglobinemia tóxica) 
 Exosanguineo transfusão (em casos muito graves de metahemoglobinemia tóxica) 
- metahemoglobina: Hb que perder sua positividade, não é mais capaz de carrear O2. 
- metahemoglobina tóxica: Níveis de O2 normais ou aumentados, e os níveis de Hb estão 
diminuídos ou as Hb estão incapazes de carrear O2. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 6 
 
 
 
AGROTÓXICOS / PESTICIDAS 
 
Inseticidas, fungicidas, herbicidas, formicidas, raticidas, acaricidas, nematicidas 
 
 
ORGANOFOSFORADO - Folidol, Malathion, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox, 
DDVP e CARBAMATOS - Carbaril, Temik, Zectram, Furadam, Sevin, Propoxur. 
Os organofosforados inibem a acetilcolinesterase(Ache). Quando a Ache diminui, a acetilcolina 
aumenta. A atropina é quem compete com a acetilcolina em excesso e faz parte do tratamento. Quando 
há grande inibição da Ache e grande aumento de acetilcolina, devido à intoxicação por 
organofosforados, avalia-se o uso do antídoto (atropina). Esta avaliação é feita pela sintomatologia do 
paciente. Portanto, só administra atropina quando o excesso de acetilcolina manifesta-se na 
clínica. 
A diminuição de Ache e aumento de acetilcolina causam 3 síndromes: Sins. muscarínica, Sind. 
Nicotínica, Sind. do SNC 
 Síndrome muscarínica: Há aumento das secreções em todo corpo (sialorreia, diarreia, 
sudorese,vômito, miose e bradicardia) 
 Síndrome nicotínica: abalos e tremores musculares, taquicardia, 
 Síndrome do SNC: Agitação psicomotora, confusão mental, convulsão e coma 
Sempre ocorre mais de uma síndrome simultaneamente, porém há predomínio de uma. 
- Efeito muscarínico predominante: bradicardia (↓ FC) 
- Efeito nicotínico predominante: taquicardia (↑FC). É a mais grave, quando predomina é 
sinal de gravidade. 
Se os dois estiverem em equilíbrio: FC normal 
Quadro Clínico: Intoxic. aguda-PRIMEIRAMENTE-Sudorese abundante, sialorréia, fraqueza, 
lacrimejamento, tonturas, dor abdominal, visão turva. DEPOIS – Miose, vômitos, dificuldade 
respiratória, choque, bradicardia ou taquicardia, tremores musculares, convulsões e coma 
 
 Para diferenciar a intoxicação por organofosforado de carbamato deve-se dosar Ache. 
No organofosforado sempre estará diminuído (liga-se a enzima e não solta). nos carbamatos o pac 
pode estar mal, mas a Ache está normal (a ligação é temporária). 
 Pac com sintomatologia dosa-se Ache, se tiver diminuída dá atropina (bem pouco). 
Deve-se sempre avaliar o risco benefício. Quando necessária, se não adm atropina o pac pode morrer 
por edema agudo de pulmão. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 7 
Atropina é antídoto para organofosforados e carbamatos. A atropina causa diminuição das 
secreções liberadas no pulmão quando há intoxicação. Porém, ela também causa aumento de 
frequência cardíaca. Administrar atropina e monitorar o paciente, caso ele pare fazer a ressuscitação. 
Nunca usar como profilaxia. 
Dose: Adulto 1 ampola (0,25). Fazer lentamente, EV, avaliando sempre a pupila (de isocórica 
para dilatada) e os batimentos cardíacos (até a FC que o pac suportar). Infusão de 10 em 10min. 
Criança usa 0,01 mg/kg de peso. 
Paciente atropinizado: pupila dilatada e FC muito alta. 
Além da atropina, existem outros antídotos como: 
 OXIMAS (pralidoxima e obdoxima). Só reverte organofosforados! Elas reativam a 
colinesterase, porém não podem ser adm em intoxicação por carbamatos, porque os sítios são 
diferentes (não vai reverter com carbamatos). Na dúvida adm atropina. 
 
PIRETRÓIDE - Piretrina, Aletrina, D-fenotrina, Cialotrina, Cifenotrina Fenfopantrin, etc 
Produto sintético com estrutura semelhante à Piretria, existente nas flores do Crysanthemun 
cinerariaefolium . Presente na maioria dos produtos de casa, principalmente dispositivos liberadores 
de veneno, colocados na tomada. São da classe 4 (seguros). Porém facilmente causam alergia (rinite, 
bronquite, placas cutâneas, etc... ) Em altas doses causam agitação e convulsão (ação no SNC). 
Quadro clínico: Intoxicação aguda: PRIMEIRAMENTE, formigamento nas pálpebras e lábios, 
irritação das conjuntivas e mucosas. Espirros. DEPOIS - Prurido intenso, manchas na pele, secreção e 
obstrução nasal, reações agudas de hipersensibilidade, excitação e convulsões. 
Conduta: ABCDE , não tem antídoto. Sempre examinar a pele do paciente, fazer ausculta 
pulmonar à procura de broncoespasmo, observar agitação. 
Se ingerido: lavagem gástrica e carvão ativado. 
Contato com pele: lavar local com água e sabão. 
Se causar alergias: corticoides e anti-histamínico 
 
ORGANOCLORADOS – DDT , DDD, Dicofol, Aldrin, BHC, Heptacloro, etc 
Apesar de proibidos são muito usados no Brasil. Contaminam o solo permanentemente. 
Alimentos cultivados em solo contaminado também serão contaminados. Acumulam-se no organismo 
da pessoa que tem contato (principalmente em tecido adiposo) 
Quadro clínico: Intoxic. Aguda - PRIMEIRAMENTE, Irritabilidade, cefaléia, cansaço e mal-estar. 
DEPOIS tontura, náuseas e vômitos, colapso e convulsões. 
Não tem tratamento específico. Fazer lavagem gástrica e carvão ativado. Sua característica é a 
convulsão. 
Ex. Mulher trabalhava em contato com organoclorados, vai fazer uma lipo e morre por 
convulsão, pois no procedimento houve liberação da substância que tinha se acumulado ao longo dos 
anos. 
 
CUMARÍNICOS – raticida (flocos rosa e azuis) 
Para matar precisa sem em altas doses ou dose diária por longo tempo 
Inibe o tempo de atividade protrombínico (TAP), portanto o antídoto é a Vit K. Quando há 
intoxicação por cumarínico ou carbamato para rato, dosar TAP na entrada do paciente no PS e após 7 
dias. A alteração pode ser imediata ou tardia. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 8 
Conduta: Lavagem gástrica e carvão, Se TAP alterado administra Vit K. 
 
PARAQUAT Dipiridílicos 
Herbicida, veneno para ervas daninhas. 
5 a 10ml são suficientes para matar. Morte ocorre de 4 a 7 dias após a ingestão. 99% dos casos 
vão a óbito. Não tem antídoto. Morte por insuficiência respiratória, renal e hepática. 
Início aparece lesão leve na mucosa oral (ao redor e dentro da boca), epixtase, conjuntivite, 
seguida de queimação no estômago e mal estar. 
Depois de 3 dias começa quadro de tosse. A tosse causa a penetração do tóxico no pulmão, 
causando quadro de dispneia. O2 é substrato para a produção de fibrose pulmonar maciça; Forma-se 
peroxidase a partir do oxigênio. Após o quadro de tosse, o paciente morre em 4 ou 7 dias. 
Tratamento: ABCDE , lavagem gástrica e carvão ativado. Porém, na grande maioria das vezes é 
ineficaz. Recomendado uso de Terra Fuller inicialmente. Internar em UTI 
 
 
 
INTOXICAÇÃO POR AGENTES DEPRESSORES 
 
 
 
Álcool etílico 
Pode levar até grau 4 
Não fazer lavagem gástrica nem carvão ativado, pois a absorção é muito rápida. Sempre fazer 
ABCDE, pegar acesso venoso e hidrataçao. Avaliar glicemia do paciente, se necessario amd glicose 
(ingestao de alcool causa hipoglicemia, pois a ingestao de bebida sacia a fome). Administra também vit 
B1. 
 
 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 9 
A síndrome de Wernicke-Korsakoff é uma doença neurodegeneratva, caracterizada por 
lesões cerebrais profundas, que engloba duas síndromes clínicas: a Encefalopatia de Wernicke e a 
psicose de Korsakoff. Os sintomas clínicos são anormalidades oculares, falta de coordenação de 
movimentos e confusão mental, podendo evoluir para quadros de amnésia profunda e permanente 
que caracterizam a psicose de Korsakoff. A síndrome é caracterizada pela manifestação desse 
conjunto desses sintomas clínicos pelo indivíduo. 
Indivíduos com a síndrome de Wernicke-Korsakoff apresentam vários défidts cognitivos, 
principalmente em processos de aprendizagem e memória. Esses indivíduos têm dificuldades de 
aprendizagem e apresentam um quadro de amnésia que chamamos de amnésia anterógrada. Isso 
significa que esses indivíduos não conseguem se lembrar de fatos e eventos ocorridos após o 
aparecimento dos sintomas da doença. Entretanto, esses pacientes conseguem se lembrar dos fatos e 
eventos ocorridos antes do desenvolvimento da síndrome. 
Essa síndrome ocorre em 2 a 3% dos alcoólatras crônicos e é causada pela ingestão crônica de 
bebidas alcoólicas associada a uma deficiência de vitamina B1. Essa deficiência ocorre, pricipalmente, 
devido à ingestão diminuída dessa vitamina pelo indivíduo e/ou pela diminuição na absorção da 
mesma pela trato gastrintestinal provocada pelo álcool. A presença do álcool juntamente com a falta 
da vitamina compromete o metabolismo cerebral, causando disfunções que variam desde alterações 
funcionais até lesões cerebrais irreversíveis. 
 
ANTIHISTAMÍNICO (Atropina-Like) / ANTIDEPRESSIVO 
“criança chega ao PS como se tivesse usado cocaína” 
Sinais e sintomas: midríase, boca seca, rubor facial, taquicardia, retenção urinária, aumentodo 
apetite, mudança de comportamento rapidamente (do choro ao riso e vice versa). 
Não há tratamento, o líquido é absorvido rapidamente e carvao ativado raramente funciona. 
Melhora dos sintomas em 7 dias. 
Conduta: ABCDE + lavagem gástrica (quando possível e viável) + carvao ativado (quando 
possível e viável). 
 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (Atropina-like) 
Drogas com efeito tardio no miocárdio (risco de vida), sempre observar o paciente. Não há 
tratamento 
1° - paciente fica em coma por 6 a 10h 
2° - paciente apresenta euforia (síndrome atropina-like, risco de vida!) 
Realizar ECG na entrada, se normal observar o paciente por no mínimo 48h. Se alterado, 
monitorar tempo todo com monitor cardíaco. 
Conduta: ABCDE + lavagem gástrica (quando possível e viável) + carvao ativado (quando 
possível e viável). Suporte respiratório e cardiovascular 
 
BARBITÚRICOS 
Há de curta, média e longa duração ( são usados no tratamento anticonvulsivante). Eles 
potencializam o efeito de outras drogas. 
Causam hipomotilidade intestinal, Tem menor absorção intestinal. Melhor resposta da 
lavagem gástrica e do carvão ativado, mesmo após agumas horas. 
Quadro clínico (longa duração): Depressão do SNC, comas em graus variados (1 a 4), 
hipotermia, depressão respiratória central. Hipotensão e choque. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 10 
Conduta grau 1 e 2 : ABCDE, lavagem gástrica e carvao ativado. 
Conduta grau 3: ABCDE, lavagem gástrica, carvao ativado, diurese forçada, adm antídoto 
(alcalinização, após gasometria) 
Conduta grau 3 : mesmas do grau 3 + diálise e hemoperfusão 
 
BENZODIAZEPÍNICOS 
Geralmente causam grau 1 e 2. Intoxicação por benzodiazepinico, somente, não chega a grau 4. 
Chegam ao grau 4 quando associados a barbitúricos. Nesse caso, o paciente deve ser intubado. 
(benzodiazepinico + barbiturico ou benzodiazepinico + álcool → Grau 4 ) 
Quadro clínico: sedação em graus variados, ataxia, e relaxamento muscular. Coma e depressão 
respiratória. Pode causar reações paradoxais de hiperexcitabilidade. 
Conduta: ABCDE + lavagem (depende do tempo da ingestão) + carvão ativado + antídoto 
(Antídoto: flumazenil ou Lanexati; solicitar gasometria) + fazer diálise se grau 4 
Drogas depressoras causam hipomotilidade gástrica. Portanto, a lavagem gástrica pode ser 
feita após agumas horas. 
 
CARBAMAZEPINA e ÁCIDO VALPRÓICO 
Não são importantes depressores, mas porem potencializar outras drogas. Não possui antídoto. 
Quadro clínico: Ataxia, nistagmo, oftalmoplegia, midríase e taquicardia sinusal e outras 
arritmias. Quadros graves com convulsões, coma, e PCR. 
Conduta: ABCDE + Lavagem gástrica (em até 2h) + carvao ativado . Usar diazepan, caso tenha 
convulsoes. 
 
FENOTIAZÍDICOS / BUTIROFENONAS 
Causam sinais extrapiramidais (sinal da roda dentada → abre os braços em “soquinhos” ). O 
paciente chega rigido (pode confundir com torcicolo). 
Conduta: ABCDE + lavagem gástrica + carvao ativado + antídoto: Difenidramina ou Biperideno 
(escolha) 
 
 IDANTOINATOS – Idantoina / Idantol 
Usados no tratamento da convulsao. Não há antidoto 
Quadro: Causa sonolência e ou nistagmo (vertical ou horizontal), sendo o nistagmo sinal mais 
preocupante. 
Conduta: ABCDE + lavagem gástrica + carvao ativado (quando possível) 
Pessoas em coma: drogas depressoras do SNC 
Pessoas andando: drogas que não causam sintomas, mais agressivas e matam mais rápido. 
 
METANOL (ÁLCOOL METÍLICO) 
Queixa principal: dor nas pernas e embriaguez. 
Sempre perguntar a procedencia da bebida alcóolica, pois muitas podem conter metanol. 
Metanol: in natura (não ocorre nada) ou metabolizado (causa cegueira e morte). 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 11 
Portanto, devemos impedir o metanol de ser metabolizado. Na metabolização, o metanol forma 
formaldeído e ácido fórmico. Neste caso, o antídoto é oferecer bebida alcoolica de origem conhecida, 
alcool etílico, o que vai inibir a metabolização do metanol, pois utiliza a mesma via de metabolização. 
 
OPIÓIDES 
Tríade clássica: miose puntiforme, coma e despressão respiratória. 
Quadro clínico: pupilas reagentes (miose), sonolência, dificuldade respiratória, dispneia, 
coma. 
Conduta: ABCDE + lavagem gástrica + carvao ativado + antídoto (Naloxone) 
 
AGENTE TÓXICO ANTÍDOTO / 
ANTAGONISTA 
Ação do antídoto 
Opióides Naloxone antagonista farmacológico. desloca os 
opióides dos seus sítios receptores se 
ligando a eles imediatamente 
Benzodiazepinicos Flumazenil ou 
Lameati 
Age cessando a ação do tóxico. É um 
antagonista do flumazenil 
Metemoglobina Azul de metileno + 
Vit C 
Age cessando a ação do tóxico. Transforma 
a metahemoglobina em hemoglobina. 
Barbitúricos Alcalinização, após 
gasometria 
 
Beta bloqueadores Glucagon, infusao 
de adrenalina 
 
Monóxido de carbono O2 a 100%, 1-3min 
Antidepressivo e outras com 
efeito quinidina-Like (cocaína...) 
Alcalinização, após 
gasometria 
 
Tiroxina Propanolol 
Metanol Etanol 
Warfarina,cumarínicos Vitamina K (após 
TAP) 
antagonista farmacológico. 
organofosforados Oximas e atropina Age cessando a ação do tóxico. Reativa 
Ache 
carbamatos atropina antagonista farmacológico. Bloqueia os 
efeitos muscarínicos da acetilcolina. 
heparina Protamina 
etanol Tiamina (vitamina 
B1) 
 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 12 
Metoclopramida / bromoprida Biperideno / 
Difenidramina 
 
 
 
 
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 
 
 SERPENTES 
Na maioria dos casos a cobra não é levada até a unidade de saude. Saber qual é a cobra é 
fundamental para se tomar a contuta correta. Em todos os casos, a primeira coisa a se fazer é lavar o 
local com água e sabão (profilaxia contra tétano) 
Tipos de mordida: 
 2 furos : mordida certeira; jararaca, cascavel ou sururucu 
 1 furo: mordida desviada; jararaca, cascavel ou sururucu 
 2 furos pequenos e alguns riscos ao redor: cobra coral 
 Varios arranhoes: cobra não venenosa 
 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 13 
 
 
 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 14 
 
A cobra coral é a única venenosa sem fosseta loreal. Existem dois tipos de corais, a verdadeira e 
a falsa. Quando paicente relatar picada de cobra coral, sempre considerar que é coral verdadeira 
 
 
 
 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 15 
 
Jararaca – Gênero Bothrops 
Compreende cerca de 30 espécies, conhecidas popularmente por: jararaca, ouricana, 
jararacuçu, urutu-cruzeira, jararaca-do-rabo-branco, malhade-sapo, patrona, surucucurana, 
combóia, caiçara, e outras denominações. Estas serpentes preferem ambientes úmidos como matas 
e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para proliferação de roedores (paióis, celeiros, 
depósitos de lenha). Têm hábitos predominantemente noturnos ou crepusculares. Podem apresentar 
comportamento agressivo quando se sentem ameaçadas, desferindo botes sem produzir ruídos. 
Corresponde ao acidente ofídico de maior importância epidemiológica no país, pois é responsável por 
cerca de 90% dos envenenamentos. 
 A picada pode ter 1 ou 2 furos, com um botão hemorrágico.Ocorre dor e edema intensos no 
local (4+/4+). O edema pode se espalhar. Há ateração no tempo de coagulação. Veneno tem ação local 
e as complicações estão associadas a processos hemorrágicos. Não fazer garrote ou torniquete, não 
tentar sugar o veneno com ca boca, não cortar o local. Veneno também pode causar insuficiencia renal. 
Ações do veneno: Ação Proteolítica (Lesões locais, como edema, bolhas e necrose.), Ação 
coagulante [Pode causar incoagulabilidade sangüínea (quadro semelhante ao da coagulação 
intravascular disseminada), também pode alterar a função plaquetária e levar a plaquetopenia.], Ação 
hemorrágica (As manifestações hemorrágicas são decorrentes da ação das hemorraginas que 
provocam lesões na membrana basal dos capilares, associadas à plaquetopenia e alterações da 
coagulação.) 
 
Complicações Locais: Síndrome Compartimental (rara, surge em casos graves, difícil 
manejo. Edema intenso comprimi vasos e nervos. Manifestações mais importantes são a dor intensa, 
parestesia, diminuição da temperatura do segmento distal, cianose e déficit motor.) Abscesso 
(ocorrência varia de 10 a 20%. Ação proteolítica favorece o aparecimento de infecções locais. 
Patogênicos provem da boca do animal, da pele ou do uso de contaminantes sobre o ferimento.), 
Necrose(Ação proteolítica, associada à isquemia local decorrente de lesão vascular e de outros 
fatores como infecção, trombose arterial, síndrome de compartimento ou uso indevido de torniquetes. 
O risco é maior nas picadas em extremidades podendo evoluir para gangrena) 
 Complicações Sistêmicas: Choque(raro, em casos graves. Patogênese multifatorial, 
pode decorrer da liberação de substâncias vasoativas, do seqüestro de líquido na área do edema e de 
perdas por hemorragias.) Insuficiência Renal Aguda (patogênese multifatorial, pode decorrer da 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 16 
ação direta do veneno sobre os rins, isquemia renal secundária à deposição de microtrombos nos 
capilares, desidratação ou hipotensão arterial e choque ) 
Exames: Tempo de Coagulação e Tempo de Sangramento (sempre estará alterado, usa para 
diagnóstico e acompanhamento); Hemograma (leucocitose e plaquetopenia) ; Urina1 (proteinúria, 
hematúria e leucocitúria).; Métodos de imunodiagnóstico (antígenos do veneno botrópico podem ser 
detectados no sangue ou outros líquidos corporais por meio da técnica de ELISA). ; Outros exames 
podem ser solicitados, visando à detecção da insuficiência renal aguda 
Tratamento específico: Administrar, o mais precocemente possível, do soro antibotrópico 
(SAB) por via intravenosa. Posologia de acordo com extensão do edema : 4 ampolas (edema local), 8 
ampolas (edema local e ao redor da picada), 12 ampolas (edema extenso ). Não há diferença de dose 
entre crianças e adultos. O ideal é que o soro seja administrado nas primeiras 3h após a picada. Soro 
EV direto quando o acidente ocorreu a algumas horas; caso tenha sido de minutos até 1h, fazer 
mistura com soro fisiológico e adm divagar. Se o TC permanecer alterado 24 horas após a soroterapia, 
está indicada dose adicional de duas ampolas de antiveneno. 
É extremamente importante deixar material de intubação próximo, devido o risco de choque 
anafilático após administrar o soro. 
Caso o paciente apareça na unidade com garrote ou torniquete, este deve ser liberado muito 
devagar, para que o veneno não vá de uma vez para a corrente sanguínea e o paciente choque. 
Tratamento geral: Fazer profilaxia para tétano (soro e/ou vacina); Manter elevado e 
estendido o segmento picado; Emprego de analgésicos para alívio da dor; Manter o paciente 
hidratado, com diurese entre 30 a 40 ml/hora no adulto, e 1 a 2 ml/kg/hora na criança; uso de 
antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. 
Surucucu – Gênero Lachesis 
Existem poucos casos relatados, por se tratar de serpentes encontradas em áreas florestais, não 
habita locais abertos. 
Quadro clínico: Provoca quadro semelhante ao da jararaca, porém com mais gravidade e 
destruição local. Edema, bradicardia, hipotensão, diarreia, vômito e hemorragia. 
 
Tratamento: Soro antilaquético (SAL), ou antibotrópico-laquético (SABL) deve ser utilizado 10 
a 20 ampolas, em dose única, por via intravenosa. 
 
 
 
 
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Cascavel – Gênero Crotalus 
Apresenta o maior coeficiente de letalidade devido à frequência com que evolui para 
insuficiência renal aguda (IRA). Costuma habitar lugares secos, não habita floresta. Pode atacar 
diretamente no rosto. Quadro clínico muito diferente entre jararaca e cascavel. A principal 
complicação é a IRA nas primeiras 48h. 
Ações do veneno: Ação neurotóxica ( devido à crotoxina, uma neurotoxina que inibe a 
liberação de acetilcolina) ; Ação miotóxica (lesões de fibras musculares esqueléticas (rabdomiólise) 
com liberação de enzimas e mioglobina para o soro e que são posteriormente excretadas pela urina.); 
Ação coagulante (consumo de fibrinogênio que pode levar à incoagulabilidade sanguínea.. As 
manifestações hemorrágicas, quando presentes, são discretas.) 
Manifestações locais: pouco importantes. Não há dor, ou esta pode ser de pequena 
intensidade. Há parestesia local ou regional, que pode persistir por tempo variável, podendo ser 
acompanhada de edema discreto ou ausente e eritema no ponto da picada. 
Manifestações sistêmicas: 
a)Gerais: mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência ou inquietação e 
secura da boca podem aparecer precocemente e estar relacionadas a estímulos de origem diversas. 
b) Neurológicas: decorrem da ação neurotóxica do veneno, surgem nas primeiras horas após a 
picada, e caracterizam o fácies miastênica (fácies neurotóxica de Rosenfeld) evidenciadas por ptose 
palpebral uni ou bilateral, flacidez da musculatura da face, alteração do diâmetro pupilar, 
incapacidade de movimentação do globo ocular (oftalmoplegia), paciente franze a testa para abrir os 
olhos. 
c) Musculares: Dores musculares generalizadas (mialgias), devido à rabdomiolise. Há 
aumento de CPK, LDH, TGO TGP, devido à rabdomiolise, além de urina escura ou anúria; a 
mioglobinúria é a manifestação clínica mais evidente da necrose da musculatura esquelética 
 
Exames complementares: 
Sangue: Aumento de CK (precoce com pico em 24h), LDH ( lento e gradual, usado no diag 
tardio), AST, ALT e aldolase. Na fase oligúrica da IRA, é observada elevação dos níveis de uréia, 
creatinina, ácido úrico, fósforo, potássio e diminuição da calcemia. O Tempo de Coagulação 
frequentemente está prolongado. 
Urina: o sedimento urinário geralmente é normal quando não há IRA. Pode haver proteinúria 
discreta, com ausência de hematúria. Há presença de mioglobina. 
Tratamento Específico: Soro anticrotálico (SAC) EV, o ideal é que seja feito em até 3h. A dose 
(5, 10 ou 20 ampolas) depende da gravidade do caso. Não há diferença de dose entre criança e adulto. 
Poderá ser utilizado o soro antibotrópico-crotálico (SABC). 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 18 
É extremamente importante deixar material de intubação próximo, devido o risco de choque 
anafilático após administrar o soro. 
Tratamento Geral: Hidratação para prevenir IRA (manter fluxo urinário de 1 ml a 2 
ml/kg/hora na criança e 30 a 40 ml/hora no adulto). A diurese osmótica pode ser induzida com o 
emprego de solução de manitol a 20% . Caso persista a oligúria, indica-se o uso de diuréticos de alça 
tipo furosemida por via intravenosa. Fazer alcalinação monitorizada por controle gasométrico 5 
(urina ácidapotencia a precipitação intratubular de mioglobina). 
 
Coral – Gênero Micrurus ou Elapidae 
As corais verdadeiras habitam todo o Brasil e em qualquer tipo de terreno. Não atacam, apenas 
se defendem quando são atacadas ou sentem-se ameaçadas. Sempre considerar que a picada foi por 
coral verdadeira quando o paciente relatar picada por cobra coral. Quadro clínico semelhante ao da 
cascavel, evoluindo mais rapidamente para a insuficiência respiratória, causa de óbito neste tipo de 
envenenamento. 
Manifestações locais: discreta dor local, geralmente acompanhada de parestesia com 
tendência a progressão proximal. 
Manifestações sistêmicas: Inicialmente, o paciente pode apresentar vômitos. Posteriormente, 
pode surgir um quadro de fraqueza muscular progressiva, ocorrendo ptose palpebral, 
oftalmoplegia e a presença de fácies miastênica . Podem surgir dificuldades para manutenção da 
posição ereta, mialgia localizada ou generalizada e dificuldade para deglutir em virtude da paralisia do 
véu palatino. A paralisia flácida da musculatura respiratória compromete a ventilação, podendo haver 
evolução para insuficiência respiratória aguda e apneia. 
 
Tratamento Específico: Soro antielapídico (SAE) deve ser administrado na dose de 10 
ampolas, pela via EV. 
Tratamento geral: Nos casos com manifestações clínicas de insuficiência respiratória, é 
fundamental manter o paciente ventilado, seja por máscara e AMBU, intubação traqueal e AMBU ou 
até mesmo por ventilação mecânica. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 19 
 
ESCORPIAO 
Os escorpiões ou lacraus apresentam o corpo formado pelo tronco (prosoma e mesosoma) e 
pela cauda (metasoma). O prosoma dorsalmente é coberto por uma carapaça e nela se articulam os 
quatro pares de pernas, um par de quelíceras e um par de pedipalpos. O mesosoma apresenta sete 
segmentos dorsais e cinco ventrais. A cauda é formada por cinco segmentos e no final da mesma 
situa-se o telso, composto de vesícula e ferrão (aguilhão). A vesícula contém duas glândulas de 
veneno. Estas glândulas produzem o veneno que é inoculado pelo ferrão. 
 
Alimentando-se de insetos, possuem hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia sob 
pedras, troncos, dormentes de linha de trem, em entulhos, telhas ou tijolos. Muitas espécies vivem em 
áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como alimentação farta. Os 
escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate 
muito difícil. Eles mudam de cor de acordo com o ambiente que estão, por isso a classificação não 
pode ser feita pela cor. 
 
Tityus serrulatus - “escorpião amarelo”: tronco marrom-escuro; pedipalpos e patas 
amarelados, a cauda, que também é amarelada, apresenta uma serrilha dorsal nos dois últimos 
segmentos e uma mancha escura no lado ventral da vesícula. Comprimento de 6 cm a 7 cm. É o mais 
perigoso, pode levar crianças e idosos a óbito. 
 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 20 
Tityus bahiensis- “escorpião preto”: tronco marrom-escuro, patas com manchas escuras; 
pedipalpos com manchas escuras nos fêmures e nas tíbias. Sem presença de serrilha. Comprimento de 
6 cm a 7 cm 
 
 
Quadro Clínico: A picada de ambos os tipos causam intensa dor, podendo estar acompanhada 
de parestesia. 
O encontro de sinais e sintomas mencionados impõe a suspeita diagnóstica de escorpionismo, 
mesmo na ausência de história de picada e independente do encontro do escorpião: hipo ou 
hipertermia e sudorese profusa.; náuseas, vômitos, sialorréia; priaprismo arritmias cardíacas, 
hipertensão ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque.; taquipnéia, dispneia e 
edema pulmonar agudo.; agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores. 
Quadro Leve: apresentam apenas dor imediata no local da picada e, às vezes, parestesias. – 
Fazer analgesia a cada 30min e observação. 
Quadro Moderado: Dor intensa no local da picada e manifestações sistêmicas como leve 
sudorese, sialorreia, náuseas, sonolência, ansiedade, taquicardia, taquipnéia e hipertensão leve. – 
Além de analgesia, dar 2 ampolas de soro SAEEs EV 
Quadro Grave: além dos sinais e sintomas já mencionados, apresentam uma ou mais 
manifestações como sudorese profusa, vômitos incoercíveis, salivação excessiva, hipotermia, picos 
hipertensivos, arritmia, alternância de agitação com prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca, 
edema pulmonar, choque, convulsões e coma. – Adm 4 a 5 ampolas de soro SAEEs EV em 10min 
Os óbitos estão relacionados a complicações como edema pulmonar agudo e choque. 
 
Tratamento Sintomático: Para ambos os tipos. Lidocaína sem vasoconstritor (1 ml a 2 ml 
para crianças; 3 ml a 4 ml para adultos) no local da picada, a cada 30min. 
Tratamento Específico Tituyus Serrrulatus: Administração de soro antiescorpiônico 
(SAEEs) ou antiaracnídico (SAAr) aos pacientes com formas moderadas e graves. Dose adequada, de 
acordo com a gravidade. A dor local e os vômitos melhoram rapidamente após a administração da 
soroterapia específica. 
Quando assintomático: Crianças com menos de 3 anos ou idosos com mais de 65 anos 
administra soro. Crianças de 3 a 12 anos (grupo de risco) deve internar e observar a evolução. Jovens 
e adultos devem ficar em observação por 12h. 
 
 
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ARANHAS 
Dificilmente é feito a identificação da aranha (quando levam ao atendimento está amassada). 
Perguntar sobre a dor: se doeu logo após a picada ou depois, e quantas horas após a picada. 
Normalmente a picada de aranha não deixa furo de início. 
As aranhas alimentando-se de insetos. como grilos e baratas. Muitas têm hábitos domiciliares e 
peridomiciliares. Apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdome. No cefalotórax articulam-se 
os quatro pares de pernas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras. Nas quelíceras estão os 
ferrões utilizados para inoculação do veneno 
 
ARANHA ARMADEIRA – PFONEUTRIA 
Apresentam um comportamento de defesa, no ataque apoiam-se nas pernas traseiras, erguem 
as dianteiras e os palpos, abrem as quelíceras, tomando bem visíveis os ferrões, e podem pular 
atingindo até 30cm procuram picar. Podem atingir de 3 cm a 4 cm de corpo e até 15 cm de 
envergadura de pernas. Não constroem teia geométrica, sendo animais errantes que caçam 
principalmente à noite. Os acidentes ocorrem frequentemente dentro das residências e nas suas 
proximidades, ao se manusearem material de construção, entulhos, lenha ou calçando sapatos. 
Picadas normalmente em mãos e pés. 
 
 
Quadro leve: 91% dos casos. Dor local ou irradiada. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 22 
Quadro moderado: 7,5% dos casos. Dor intensa, sudorese e vômito. – Usar 2 a 4 ampolas de 
soro antiaracnídeo EV. 
Quadro grave: 0,5 dos casos, praticamente restritos as crianças. Além das alterações citadas, 
há a presença de uma ou mais das seguintes manifestações: sudorese profusa, sialorréia, vômitos 
frequentes, diarreia, priapismo, hipertonia muscular, hipotensão arterial, choque e edema pulmonar 
agudo. – Usar 5 a 10 ampolas de soro antiaracnídeo EV. 
Tratamento: Xilocaina, sem vasoconstritor, a cada 30min, no local ao redor da picada. Dose de 
1 a 3ml, no máximo 3 vezes. Caso a dor não cesse, usar Dolantina. É raro apresentar efeitos sistêmicos, 
mas se presente usar soro antiaracnídeo 
 
ARANHA MARROM – LOXOCELES 
No brasilé a mais perigosa. Constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de 
árvores, telhas e tijolos empilhados, atrás de quadros e móveis, cantos de parede, sempre ao abrigo da 
luz direta. Possuem coloração marrom avermelhado; cefalotórax achatado, podem atingir 1 cm de 
corpo e até 3 cm de envergadura de pernas. Não são aranhas agressivas, picando apenas quando 
comprimidas contra o corpo. No interior de domicílios, ao se refugiar em vestimentas, acabam 
provocando acidentes. Mais comum no sul do brasil. Acidentes atingem mais adultos, ocorrendo no 
intradomicílio e observa-se uma distribuição centrípeta das picadas, acometendo coxa, tronco ou 
braço. 
 
 
Quadro: A dor ocorre aproximadamente após 10h da picada. Provoca lesão cutânea local com 
necrose central, pelo processo inflamatório. Também pode causar lesão renal. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 23 
Tratamento: Soro antiloxocélico ou soro antiaracnídeo EV (1 a 4 ampolas). Deixar material de 
intubação próximo, devido o risco de choque anafilático após administrar o soro. 
 
Forma cutânea: 87% a 98% dos casos. Instalação lenta e progressiva, com dor, edema 
endurado e eritema no local da picada. Sintomas locais se acentuam nas primeiras 24 a 72 horas após 
o acidente e variam de intensidade. A lesão pode evoluir para escara, em cerca de 7 a 12 dias, que, ao 
se destacar em 3 a 4 semanas, deixa uma úlcera de difícil cicatrização. Acompanhando alterações do 
estado geral como astenia, febre alta nas primeiras 24 horas, cefaleia, exantema morbiliforme, prurido 
generalizado, petequeias, mialgia, náusea, vômito, visão turva, diarreia, sonolência, obnubilação, 
irritabilidade, coma. 
Forma cutâneo-visceral (hemolítica) Além do comprometimento cutâneo, observam-se 
manifestações clínicas em virtude de hemólise intravascular como anemia, icterícia e hemoglobinúria 
que se instalam geralmente nas primeiras 24 horas. Frequência variável de 1% a 13% dos casos, 
dependendo da região e da espécie da aranha envolvida. Os casos graves podem evoluir para 
insuficiência renal aguda, de etiologia multifatorial, principal causa de óbito no loxoscelismo. 
 
ARANHA DE JARDIM – LYCOSA – TARANTULA 
Os acidentes, apesar de frequentes, não constituem problema de saúde pública. São aranhas 
errantes, não constroem teia e frequentemente são encontradas em gramados e jardins. Possuem 
coloração marrom e marcas escuras no dorso, podem variar de tamanho, sendo que as maiores 
atingem até 3 cm de corpo por 5 cm de envergadura de pernas. A dor é pouco intensa e logo cessa. 
 
Caderno de TOXICOLOGIA Ariane Chiara S.Oliveira - XXXVI UNOESTE 24 
 
 
ARANHA CARANGUEJEIRA 
Apresentam variadas cores e de tamanhos, desde alguns milímetros até 20 cm de envergadura 
de pernas. Algumas são muito pilosas. Aranha dócil, não venenosa, porém podem causar irritação e 
alergia, devido seus pelos urticantes que algumas espécies liberam como forma de defesa. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA – SESAB, Apostila de Toxicologia Básica, Centro de 
Informações Antiveneno da Bahia – CIAVE, Salvador – Bahia Agosto de 2009

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