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Avaliação I UTI

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Avaliação I
Disciplina: Fisioterapia em Terapia Intensiva
A Imobilidade Prolongada é vivenciada por uma parcela significativa dos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva. Ocasiona comprometimento generalizado, agravando a evolução do paciente e acometendo vários sistemas os quais podem estar relacionados com a redução da força muscular (FM) e da funcionalidade. A utilização de ferramentas padronizadas e validadas para avaliação desses pacientes contribui para uma melhor elaboração do plano de tratamento e para o desfecho deste.Diante deste contexto, responda as questões a seguir:
a)Qual a importância da avaliação da força muscular periférica do paciente 
internado em UTI? Cite um dos instrumentos utilizados e de que forma se realiza a interpretação.
Em alguns ambientes, como as unidades de terapia intensiva (UTIs), diversos fatores expõem os pacientes internados à inatividade e às alterações na função muscular, as quais podem estar relacionadas a desfechos clínicos importantes, como incapacidade física e até mortalidade.Dessa forma, apesar de o foco, durante a internação, ser o tratamento da doença e a garantia da sobrevida, torna-se fundamental uma avaliação concomitante dos distúrbios de movimento que esses pacientes podem vir a apresentar, incluindo as alterações na função do músculo esquelético.O reconhecimento precoce das alterações musculares, além ser fundamental para a descrição do estado de saúde do paciente internado na UTI, tem importância para o direcionamento das intervenções e para a definição do prognóstico 
Pode ser usado a escala de MRC, que é uma escala usada rotineiramente para rastrear a fraqueza em doentes críticos. 
O escore do MRC utiliza variáveis categóricas ordinais que variam de 0 (ausência de contração) até 5 (força muscular normal contra resistência) para cada grupo muscular, sendo avaliados 12 grupos musculares (abdutores de ombro, flexores de cotovelo, extensores de punho, extensores de quadril, extensores de joelho e dorsiflexores, avaliados bilateralmente). 
O escore total apresenta pontuação de 0 a 60 pontos, e o escore menor que 48  apresentam fraqueza muscular periférica e MRC menor que 30 são classificados com fraqueza muscular grave (severamente grave)
b)Qual a importância da avaliação da funcionalidade do paciente internado em UTI? Cite dois instrumentos de avaliação da funcionalidade em UTI e sua forma de interpretação
.
Está avaliação pode diagnosticar e direcionar o atendimento fisioterapêutico possibilitando uma perda menos significante da autonomia dos pacientes internados. garantindo melhor plano de tratamento. Assim como o sistema musculoesquelético geralmente é o mais acometido pelo imobilismo, as limitações funcionais podem prejudicar as transferências, posturas e movimento no leito e em cadeiras de rodas, além de dificultar as AVD’S, alterar o padrão da marcha e aumentar o risco de formação de úlceras de pressão . Estudos mostram que o imobilismo a partir de 7 a 15 dias já pode gerar muitas alterações no sistema músculo esquelético, como resultado de todas as alterações do sistema ósseo, articular e muscular, podendo surgir complicações como contratura articular, hipotrofia, atrofia muscular e osteoporose. É fundamental que o fisioterapeuta, além da preocupação quanto a melhora da capacidade respiratória, tenha muita atenção na capacidade motora para tentar atuar juntamente com outros profissionais, proporcionando, assim, grandes benefícios ao paciente acamado como: evitar atrofia muscular e manter e/ou restaurar amplitude articular, prevenir trombose venosa profunda, embolia pulmonar, pneumonias e hipotensão postural, aliviar a dor, diminuir ou prevenir edemas, melhorar o condicionamento cardiovascular, reduzir o tempo de internação, restaurar a funcionalidade para atividades de vida diária, preparar para deambulação, quando o paciente tiver tais condições .
A FSS-ICU é uma medida de desfecho que avalia a função física . Esta ferramenta envolve cinco tarefas funcionais (rolamento, transferir-se da posição supina para sentada, transferir-se da posição sentada para em pé, sentar-se à beira do leito e caminhar). Cada uma das tarefas é avaliada com uso de uma escala ordinal de 8 pontos que varia de zero (totalmente incapaz de realizar) até 7 (independência completa).
A escala MIF consiste em um instrumento validado capaz de medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros que um paciente portador de alguma deficiência exige para realização de suas tarefas motoras e cognitivas. Ela verifica o desempenho do indivíduo na realização de 18 tarefas referentes a autocuidado, controle esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e cognição social. Cada item pode ser classificado em valores de 1 (dependência total) a 7 (independência completa na realização de tarefas). Com base no escore total obtido é possível classificar os níveis de independência dos pacientes, sendo que um escore de 18 pontos refere-se à dependência completa (assistência total), de 19 a 60 pontos à dependência modificada (assistência de até 50% na tarefa), de 61 a 103 pontos à dependênciamodificada (assistência de até 25% na tarefa) e de 104 a 126 pontos à independência modificada ou completa.

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