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ALUNO: DIOGO HENRIQUE PORTELA DA SILVA CLASSE:12311 CURSO: DIREITO MATÉRIA: DIREITO CIVIL 1°.SEMESTRE (UNIRP) PROFESSORES: Dra. SUZANA FERREIRA . ________________________________________________________ CONCEITO DE BENS E COISAS são objetos raros e úteis ao homem, de expressão econômica, que podem ser apropriados . ________________ “Bens são coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis.” __________________ Coisa é gênero do qual bem é espécie. Coisa é tudo que existe objetivamente menos o homem. Bem são coisas úteis e raras, de valor econômico, suscetível de apropriação. _______________________________ Coisas comuns: são aquelas insuscetíveis de apropriação pelo homem, como o mar e o ar. Coisa sem dono (res nullius): nunca foram apropriadas, como peixe, caça solta (podem ser apropriadas, desde que respeitado o disposto em regulamentação). Coisa abandonada (res derelicta), foi objeto de relação jurídica mas o seu dono o abandonou, pode ser apropriada por qualquer pessoa. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS: BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS: a) corpóreos e incorpóreos Os Corpóreos (a grande maioria) têm existência física, material e os incorpóreos não possuem existência material, mas abstrata e com valor econômico (Ex: crédito, dir. autoral, fundo de comércio) b) móveis e imóveis Os móveis podem ser deslocados sem dano, conforme art. 82, dividem-se em: Móveis por natureza, que se dividem em semoventes (seres com movimentopróprio, 82, exemplo animais) e móveis propriamente ditos (Ex. cadeira) Móveis por determinação legal I - as energias que tenham valor econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. (art. 83) Bens móveis por determinação legal são considerados móveis para que se submetam ao regime dos bens móveis. Móveis por antecipação: são bens incorporados ao solo, mas com a finalidade de separação para transformação em móveis. Ex: árvores para corte. Conforme explica Carlos Roberto Gonçalves, “a doutrina refere-se, ainda, a esta terceira categoria de bens móveis. São bens incorporados ao solo, mas com a intenção de separá-los oportunamente e convertê-los em imóveis, como as árvores destinadas aos corte e os frutos ainda não colhidos.” Como se vê, os bens móveis por antecipação são aqueles que por vontade humana podem ser mobilizados, atendendo sua finalidade econômica. Estes são bens aderentes a imóveis que depois de separados atendem a finalidade a que se destinam e se tornam bens imóveis. Os imóveis são aqueles que não podem ser deslocados, art, 79. Dividem-se em: Imóveis por natureza: (Art. 79, 1ª parte): São imóveis pôr natureza o solo, subsolo e espaço aéreo. imóveis por acessão natural: São as árvores e frutos pendentes e todos os demais acessórios naturais, como pedras, fontes; imóveis por acessão artificial ou industrial (art. 79, 2ª parte): ocorre a acessão quando uma coisa adere a outra. Tudo que o homem incorpora ao solo e chamada acessão artificial ou industrial, como as construções e plantações. imóveis por determinação legal (art. 80): São imóveis por força de lei: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II - o direito à sucessão aberta. Bens imóveis por determinação legal são aqueles que a lei assim os considera, embora fisicamente não sejam coisas imóveis, visando unicamente a maior segurança das relações jurídicas. c) fungíveis e infungíveis Os fungíveis são os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade (art. 85, Ex: dinheiro), Os infungíveis, ao contrário, não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade (ex. quadro de um pintor). d) consumíveis e inconsumíveis Os consumíveis (art. 86) : são os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. Ou seja, se exaurem com o uso normal, como-os alimentos. Os destinados à alienação são chamados de consumíveis de direito, como um livro. Os inconsumíveis: São os que o uso reiterado não importa na deterioração de sua substância. Ex: mesa Justificativa: Os bens consumíveis, conforme art. 86 do Código Civil, são os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. O bem pode ser consumível de fato (ocorre a imediata destruição com o uso, como ocorre com os alimentos) ou de direito (por ficção jurídica são os destinados à alienação, como livros em uma livraria e o próprio dinheiro). Também neste caso é a destinação que distingue: o vinho, naturalmente consumível, pode ser inconsumível se for usado numa exposição, o livro é consumível para a livraria que vende e inconsumível para quem compra e) divisíveis e indivisíveis Os divisíveis (art. 87) são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Os indivisíveis, ao contrário, os que se NÃO podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam . Podem ser indivisível por natureza, por determinação legal (ex. hipoteca) e por vontade das partes(ex. doação). Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. f) singulares e coletivos São singulares aqueles que, mesmo reunidos, podem ser considerados isoladamente. (art. 89, um livro, um boi) e coletivos os encarados na sua universalidade (art. 90, universalidade de fato = biblioteca, rebanho; 91, universalidade de direito = complexo de rel. jurídicas = patrimônio, herança, massa falida); BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS a) Principal e acessório Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. Ou seja, Principal é aquele que tem existência própria. Acessório (art. 92) , a existência depende do principal. Ex: o solo (principal) em relação a árvore (acessório). Carro em relação ao aparelho de CD. Princípio básico: o acessório segue o principal e pode ser: Frutos: são utilidades que uma coisa periodicamente produz. Dividem-se , quanto a origem, em natural, industrial (derivado do trabalho humano) e civil (juros, aluguel, rendimentos); Quanto ao estado em pendentes, percebidos ou colhidos, estantes (separados para venda), percipiendos (deviam ser, mas ainda não foram colhidos) e consumidos. Produtos: são as utilidades quase retiram da coisa, o que diminui sua quantidade. Ex: pedras e metais extraídas da pedreira e minas. Pertenças via de regra não são acessórios, mantendo sua individualidade e autonomia, sem incorporação à coisa principal; as pertenças são empregadas intencionalmente para exploração, aformoseamento ou comodidade da coisa principal (ex: som num automóvel, lustre e cortina numa casa, art. 94) Acessões: é a aderência de uma cosia a outra. Dá –se por formação de ilhas, plantações, construções etc (art. 1248, I a IV). Benfeitorias: são acessórios industriais, decorrentes do trabalho humano, ou seja, são obras feitas para conservar, melhorar ou embelezar a coisa principal (arts. 96 e 97). Dividem-se em : voluptuárias, úteis ou necessárias. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. BENS QUANTO AO TITULAR DO DOMÍNIO Bens Públicos (99) e particulares (98), Segundo o art. 98, São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Às espécies de bens públicos estão elencadas no art. 99: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Dominicais: consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.(art. 99, parag. Único) BENS FORA DO COMÉRCIO Outros bens estão fora do comércio (ex: bens públicos 100, bens inaproveitáveis como o ar, a luz do sol, a areia da praia, a água do mar; bens inalienáveis por determinação do dono em favor de terceiros nas doações e testamentos 1911 e p.ú.; bem de família dos arts. 1.715 e 1.717) Diogo Henrique Portela diogohenrique87@hotmail.com
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