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TEXTO 01 - O que é Filosofia

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FACULDADE DOCTUM DE ADMINISTRAÇÃO E EDUCAÇÃO 
DE VITÓRIA – DOCTUM
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
Professor: Gustavo Caverzan
Disciplina: Filosofia Geral 
Turma: 2º Período 
TEXTO 01
Pergunta norteadora: O que é Filosofia?
“Segundo Gramsci, “não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que não pense, precisamente porque pensar é próprio do homem como tal”. Isso quer dizer que as questões filosóficas fazem parte do cotidiano de todos nós” (Maria Lúcia de Arruda Aranha).
“A Filosofia surge, portanto, quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos e as coisas da Natureza, os acontecimentos e as ações humanas, podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesma” (Marilena Chaui). 
Filosofia: Philo (amigo, amante); Sophia (saber, sabedoria). (Etimologia, Pitágoras).
“Para Platão, a primeira virtude do filósofo é admirar-se. Isso significa que a filosofia é sobretudo uma atitude, um pensar permanente” (Maria Lúcia de Arruda Aranha).
“Filosofia é um ato de reflexão, pois refletir significa pensar o já pensado, voltar para si mesmo e colocar em questão o que já se conhece” (Maria Lúcia de Arruda Aranha).
“Aristóteles diz (...) “Pelo espanto os homens chegam agora e chegaram antigamente à origem imperante do Filosofar” (àquilo de onde nasce o filosofar e que constantemente determina sua marcha)” (Martin Heidegger).
“O phátos do espanto não está simplesmente no começo da filosofia, como, por exemplo, o lavar das mãos precede a operação do cirurgião. O espanto carrega a filosofia e impera em seu interior” (Martin Heidegger). 
“Filosofia é o exercício do pensamento que, diante do esforço de superação às perguntas provocadas, desloca-nos para um ´lugar` diferente das considerações ordinárias sobre as coisas, sobre o mundo, enfim, sobre o real”. (Gustavo Caverzan).
“O que é o real? Dá-se faz filosofia quando esta pergunta se instaura, quando este valor mais alto se alevanta...! Ela é, pois, a hora da filosofia”. (Gilvan Fogel).
 “Paremos e reconsideremos. Começamos perguntando: o que é filosofia? E dissemos que, antes de ser um “algo”, uma “coisa”, trata-se de uma atitude, melhor, de um modo de ser do próprio homem ou da própria vida, para o qual cabe despertar, abrir-se, pré-dispor-se e assim conquistar o que já é seu (do homem), apropriar-se de si ou, o que é a mesma coisa, nesta conquista, através dela e graças a ela, vir o homem a ser o que ele é. Identificamos esta conquista com a disposição ou o “phátos da distância”, que corresponde à conquista do olhar, da poética do ver” (Gilvan Fogel). 
 “E começo a distanciar-me deste mundo, que me é dado, quando ele, de algum modo, começa a ficar sob suspeita para mim, isto é, quando eu começo a duvidar dele”. (Gilvan Fogel).
 “Por filosofia vamos entender a paisagem que se abre no instante que marca o salto de ultrapassamento da proximidade excessiva e a simultânea transposição para este distante, à parte – o lugar e a hora do olhar, do ver. Isto é ultrapassamento, transposição ou simultânea inserção na paisagem, pátria. Estranha esta hora! Faz-se distância, sim. Mas, e aí está o estranho, só agora tem-se também a experiência, a evidência da proximidade – a presença de uma ausência ! Proximidade na distância, pela distância, desde a graça da distância”. (Gilvan Fogel).
 “Portanto, o afastamento em questão é a distância necessária entre mim e as coisas, entre mim e o próprio viver, para que estes apareçam, se façam visíveis... É o esforço para se sustentar uma instância privilegiada, isto é... a do ver... Tal lugar exige a distância ideal, justa e ajustada, uma vez que perto demais, ou seja, colado ou chapado às coisas, elas não se deixam ver e longe demais, quer dizer, distantes talvez, mas apáticos e indiferentes, elas também não se deixam ver, fugindo, escapando no indefinido, no vago e diluído do longe demais”. (Gilvan Fogel).
 “Filosofia, à medida que é incidência na e coincidência com a vida e respectivamente no e com o real, constitui-se na evidência desta necessidade de volta, de retorno, como imperativo de avanço, de projeção”. (Gilvan Fogel).
 Filosofar dialeticamente está reservado “àquele que quer saber”, ou seja, a dialética enquanto “arte de perguntar” torna-se naquele que a sustenta, a saber, no filósofo, “a arte de continuar perguntando; isso significa, porém, que é a arte de pensar”. Assim, “perguntar quer dizer colocar no aberto”. (Háns-Georg Gadamer).
 “Filosofar é exercício e aprendizagem de ver abismos”. (Gilvan Fogel).
 “E a verdade o que será? A filosofia busca a verdade nas múltiplas significações do ser-verdadeiro segundo os modos do abrangente. Busca, mas não possui o significado e substância da verdade única. Para nós, a verdade não é estática e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofia leva esse conflito ao extremo, porém o despe de violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a seus olhos, graças ao intercâmbio com outros pensadores e ao processo que o torna transparente a si mesmo. Quem se dedica à filosofia põe-se à procura do homem, escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e ação, desejoso de partilhar, com seus concidadãos, do destino comum da humanidade. Eis por que a filosofia não se transforma em credo. Está em contínua pugna consigo mesma” (Karl Jaspers, Introdução ao pensamento filosófico, p. 138 apud Maria Lúcia de Arruda Aranha). 
Referências Bibliográficas:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e Maria Helena Pires Martins. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1993. Págs. 72, 74. 
FOGEL, Gilvan. Que é Filosofia?: Filosofia como exercício de finitude. Aparecida, SP : Ideias & Letras. P.43, 101, 16, 93, 90, 23, 110.
HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos (Os Pensadores). In: Que é isto – A Filsofofia. Tradução e notas de Ernildo Stein. 4ª ed. – São Paulo: Nova Cultural, 1991. Pág. 21.
GADAMER, Háns-Georg. Verdade e Método I: Traços fundamentais da hermenêutica filosófica. Trad. de Flávio Paulo Meurer, nova revisão da tradução por Enio Paulo Giachini. 8ª ed. Petrópolis: Vozes, Bragança Paulista: Universidade São Francisco, 2007. Págs. 478, 479, 474.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1995. Págs. 19, 23

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